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Hipersensibilidades 2, 3, 4 1 Hipersensibilidades 2, 3, 4 anotação OneNote data revisado Reações de Hipersensibilidade Doenças Causadas por Anticorpos anticorpos diferentes de IgE podem causar lesão tecidual por recrutamento e ativação de células inflamatórias e por interferência com função de células inflamatórias normais órgão-específicas anticorpos produzidos contra antígenos celulares ou teciduais especificamente as células ou tecidos onde esses antígenos estão presentes sistêmicas doenças causadas por imunocomplexos refletem o local da deposição desses imunocomplexos não são determinadas pela fonte celular do antígeno afetam múltiplos órgãos e tecidos suscetíveis, como os rins e as articulações @September 3, 2020 Hipersensibilidades 2, 3, 4 2 Doenças Causadas por Anticorpos contra Células Fixas e Antígenos Teciduais três mecanismos principais Opsonização e fagocitose opsonizar diretamente as células ou ativar o sistema complemento, resultando na produção de proteínas do complemento que opsonizam: C3b células opsonizadas são fagocitadas e destruídas pelos fagócitos que expressam receptores para a porção Fc dos anticorpos IgG e receptores para proteínas do complemento ex: anemia hemolítica autoimune, trombocitopenia autoimune, hemólise nas reações transfusionais anticorpos específicos para hemácias ou plaquetas, respectivamente, levam à opsonização e remoção dessas células da circulação Inflamação anticorpos (igM) depositados nos tecidos ativam o complemento marginnote3app://note/72AA0AFD-A972-4DB3-AB46-025ABDA61D4D Hipersensibilidades 2, 3, 4 3 liberação de produtos de clivagem: C5a e o C3a recrutam neutrófilos e macrófagos leucócitos são ativados → liberação de enzimas lisossomais e espécies reativas de oxigênio ex: glomerulonefrite: acúmulo de proteínas nas paredes renais → dano renal Funções celulares anormais outras proteínas podem interferir com as funções desses receptores ou proteínas e causar doença sem inflamação ou dano tecidual doença de Graves, miastenia grave, anemia perniciosa marginnote3app://note/55C18502-232C-43D0-8AAA-22573227CDDA Hipersensibilidades 2, 3, 4 4 Hipersensibilidade tipo II: exemplos: Transfusão sanguínea: incompatibilidade ABO anticorpos previamente formados modulam a destruição das hemácias rejeição hiperaguda a transplantes de órgãos eritroblastose fetal / doença hemolítica do recém nascido Hipersensibilidades 2, 3, 4 5 mãe Rh- e filho Rh+ passagem de hemácias Rh+ para o sangue materno durante o parto → organismo materno cria anticorpos anti-Rh- na 2ª gravidez: passagem dos anticorpos maternos para a circulação fetal → ataca as hemácias fetais anemia hemolítica por transfusão anticorpos contra proteínas nas hemácias formação de CAM eventos clínicos: manchas vermelhas na pele, dificuldade respiratória doença auto-imune Tireodite de Hashimoto Miastenia Graves auto-anticorpo contra o receptor de acetilcolina leva a fraqueza muscular e paralisia (facial) Doença de Graves: auto-anticopos se ligam aos receptores da tireoide → estimula a produção de hormônios da tireoíde independente do TSH → hipertireidismo Artrite reumatóide (LES): lesão de articulação Lupus eritematoso sistêmico Púrpura trombocitopênica autoimune fagocitose de plaqueta opsonizada → problema de coagulação antígenos auto-imune contra liproteínas de plaquetas anticorpos autoanticorpos anticorpos específicos para microrganismos. reagem de forma cruzada com um componente dos tecidos próprios febre reumática Hipersensibilidades 2, 3, 4 6 anticorpos produzidos contra as bactérias reagem de forma cruzada com antígenos do coração Hipersensibilidade tipo III doença mediada por complexos imunes compostos por anticorpos ligados a autoantígenos ou a antígenos estranhos anticorpos ligam-se e formam complexos com o antígeno circulante complexos são inicialmente removidos por macrófagos no fígado e no baço alguns deles depositam-se em leitos vasculares complexos induzem inflamação rica em neutrófilos pela ativação da via clássica do complemento e pelo acoplamento a receptores Fc em leucócitos manifestações clínicas Hipersensibilidades 2, 3, 4 7 vasculite, nefrite e artrite pequenas artérias, glomérulos renais e sinóvia das articulações Doença do soro: induzida pela administração sistêmica de antígeno proteico exógeno → resposta de anticorpo e leva à formação de complexos imunes circulantes respostas de anticorpos contra os anticorpos estranhos injetados e outras proteínas séricas resultando na formação de complexos imunes doença do soro aguda sintomas clínicos são geralmente de curta duração lesões se curam a menos que o antígeno seja injetado novamente doença do soro crônica múltiplas injeções de antígeno formação de complexos menores que normalmente se depositam nos rins, nas artérias e nos pulmões Formação de imunocomplexo: 1- formação célula B → produção de IgM e IgG anticorpos se liga a antígenos circulantes → imunocomplexo 2- deposição imunocomplexos de tamanho intermediário → deposição do tecido → ativação do complemento 3- inflamação ativação de sistema complemento C5 convertase recrutamento e ativação de neutrófilos → liberação de enzimas lisossomais → lesão tecidual Patogênese das Doenças quantidade de imunocomplexos depositados nos tecidos é determinada pela natureza dos complexos e pelas características dos vasos sanguíneos Hipersensibilidades 2, 3, 4 8 causam doença quando são produzidos em quantidades excessivas não são eficientemente removidos e se depositam nos tecidos Pequenos complexos não são normalmente fagocitados e tendem a se depositar nos vasos grandes complexos, geralmente removidos pelos fagócitos complexos contendo antígenos catiônicos produzem lesão tecidual grave e de longa duração ligam-se avidamente a componentes negativamente carregados das membranas basais dos vasos sanguíneos imunocomplexos depositados nas paredes dos vasos e nos tecidos ativam os leucócitos e mastócitos secretam citocinas e mediadores vasoativos mediadores podem ampliar a deposição dos imunocomplexos nas paredes dos vasos pelo aumento da permeabilidade vascular e do fluxo sanguíneo. principal mecanismo de lesão tecidual nas doenças causadas por imunocomplexos é a inflamação no interior das paredes dos vasos sanguíneos, resultando em ativação do complemento e ligação de receptores Fc presentes nos leucócitos aos anticorpos dos complexos depositados doenças imunológicas sistêmicas em seres humanos lúpus eritematoso sistêmico (LES) complexos constituídos de antígenos nucleares e anticorpos depositam- se nos vasos sanguíneos dos glomérulos renais, pele antígeno envolvido: DNA, nucleoproteínas poliarterite nodosa, vasculite mediada por imunocomplexos envolvendo artérias musculares de calibre médio antígenos virais e anticorpos complicação tardia da infeção viral, frequentemente associada ao vírus da hepatite B Hipersensibilidades 2, 3, 4 9 glomerulonefrite pós-estreptocócica após a infeção estreptocócica causada por complexos de antígenos estreptocócicos e anticorpos que se depositam nos glomérulos renais Hipersensibilidade do tipo tardio (IV) Doenças Causadas por Linfócitos T linfócitos T → produção de citocinas → inflamação ou pela destruição direta das células-alvo → lesão tecidual Th1 e Th17. principal mecanismo de lesão tecidual é o killing de células pelos CTLs CD8+ lesão tecidual mediada por linfócitos T também pode ser acompanhada de fortes respostas imunes protetoras contra microrganismos persistentes, especialmente os intracelulares, que resistem à erradicação pelos fagócitos e anticorpos Hipersensibilidades 2, 3, 4 10 Doenças Causadas pela Inflamação Mediada por Citocinas células Th1 e Th17 secretam citocinas que recrutam e ativam leucócitos IL-17, produzida por células Th17, promove o recrutamento de neutrófilos IFN-γ, produzido por células Th1, ativa macrófagos TNF e quimiocinas produzidos peloslinfócitos T e células da imunidade inata, envolvidos no recrutamento e ativação de muitos tipos de leucócitos lesão tecidual resulta de produtos dos neutrófilos e macrófagos recrutados e ativados enzimas lisossomais e as espécies reativas de oxigênio. artrite reumatoide, da esclerose múltipla, do diabetes tipo 1, da psoríase Hipersensibilidades 2, 3, 4 11 reações de células T específicas para microrganismos e outros antígenos estranhos também podem levar à infamação e à lesão tecidual Bactérias intracelulares Mycobacterium tuberculosis, induzem fortes respostas de células T e de macrófagos que resultam em inflamação granulomatosa e fibrose tuberculose doença infecciosa na qual a lesão tecidual se deve, principalmente, à resposta imune do hospedeiro Fases da hipersensibilidade tardia: 1. Fase de sensibilização APC → macrófagos e Th cells 2. Fase efetora: Th1 produz: INF-gama, TNF-ß, Il-2, IL-3, IL-8, MCAF, MIF ativação do macrófago: MHC de classe 2, receptor de TNF, radicais livres, NO Hipersensibilidade do Tipo Tardio (DTH) reação inflamatória prejudicial mediada por citocinas resultante da ativação de células T, particularmente das células T CD4+ Hipersensibilidades 2, 3, 4 12 desenvolve tipicamente 24 a 48 horas após o desafio antigênico em indivíduos previamente imunizados (sensibilizados), fase de sensibilização administração de um antígeno proteico emulsificado em adjuvante fase de elicitação desafiado por via subcutânea com o mesmo antígeno reações crônicas de DTH podem se desenvolver se uma resposta Th1 a uma infecção ativar os macrófagos, mas falhar em eliminar os microrganismos fagocitados granulomas inflamação granulomatosa é uma tentativa de conter a infecção, mas também é a causa de lesão tecidual significativa e prejuízo funcional alta produção de INF-gama macrófagos ativados também sofrem alterações células epitelioides células gigantes multinucleadas ex: M. tuberculosis e alguns fungos DTH crônica sinais prolongados de citocinas é um ciclo de lesão tecidual e inflamação crônica, seguido por substituição por tecido conectivo (fibrose) Síndromes clínicas e Tratamento as reações da célula T tendem a ser prolongadas e autoperpetuante Expansão de epítopo: lesão tecidual → liberação e alteração das proteínas próprias → reações contra essas proteínas recém encontradas doenças inflamatórias automediadas → doença inflamatória crônica terapia: redução da inflamação Hipersensibilidades 2, 3, 4 13 inibir respostas das células T esteróides anti-inflamatórios potentes antagonista de TNF: redução de inflamação atrite reumatóide e doença intestinal inflamatória medicamentos que bloqueiam os coestimuladores como B7 e antagonistas contra os receptores artrite reumatóide e esclerose múltipla Lúpus eritematoso: doença mediada por imunocomplexos autoimune crônica multissistêmica principais manifestações clínicas incluem erupções cutâneas, artrite e glomerulonefrite, anemia hemolítica, trombocitopenia e envolvimento do SNC Muitos autoanticorpos diferentes são encontrados em pacientes com LES anticorpos antinucleares, anti-DNA anticorpos contra ribonucleoproteínas, histonas e antígenos dos nucléolos imunocomplexos formados a partir desses autoanticorpos e seus antígenos específicos se depositam em pequenas artérias e capilares em todo o corpo e são responsáveis por glomerulonefrite, artrite e vasculite. A anemia hemolítica e a trombocitopenia são causadas por autoanticorpos contra eritrócitos e plaquetas, respectivamente Artrite reumatóide doença inflamatória que envolve pequenas e grandes articulações das extremidades caracterizada por inflamação da sinóvia associada à destruição da cartilagem articular e óssea Células CD4+ Th1 e Th17, linfócitos B ativados, plasmócitos e macrófagos, bem como outras células inflamatórias são encontradas na sinóvia inflamada IL-1, IL-8, TNF, IL-6, IL-17 e IFN-γ, foram detectadas no líquido sinovial (articular) Hipersensibilidades 2, 3, 4 14 citocinas recrutem leucócitos, cujos produtos causam lesão tecidual, e também estimulem células sinoviais residentes a produzirem enzimas proteolíticas anticorpos também podem contribuir para a destruição da articulação anticorpos circulantes IgM ou IgG que reagem com as porções Fc (e raramente Fab) de suas próprias moléculas de IgG. autoanticorpos são denominados fatores reumatoides e sua presença é utilizada como um teste diagnóstico para a artrite reumatoide. Esclorose Múltipla: doença autoimune do SNC células T CD4+ das subpopulações Th1 e Th17 reagem contra autoantígenos de mielina → inflamação com ativação de macrófagos ao redor dos nervos no cérebro e na medula espinhal → destruição da mielina → anormalidades na condução nervosa e deficit neurológicos Diabetes tipo 1: doença metabólica multissistêmica resultante da produção deficiente de insulina → resultante da destruição imunomediada das células β produtoras de insulina das ilhotas de Langerhans no pâncreas mecanismos: inflamação mediada por células CD4+ Th1 reativas aos antígenos das ilhotas lise de células das ilhotas mediada por CTL, produção local de citocinas (TNF e IL-1) que danificam as células das ilhotas autoanticorpos contra as células das ilhotas
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