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Imunidade aos microrganismos 1 Imunidade aos microrganismos anotação OneNote data revisado Imunidade aos Microrganismos Visão Geral das Respostas Imunes aos Microrganismos defesa contra os microrganismos é mediada pelos mecanismos efetores da imunidade inata e adaptativa sistema imune inato fornece a defesa inicial sistema imune adaptativo fornece uma resposta mais sustentada e forte Muitos microrganismos patogênicos evoluíram para resistir à imunidade inata dependente das respostas imunes adaptativas respostas adaptativas gerados grandes números de células efetoras e moléculas de anticorpo células de memória que protegem o indivíduo contra infecções repetidas @September 9, 2020 → September 16, 2020 Imunidade aos microrganismos 2 sistema imune responde de maneira especializada e diferenciada aos diversos agentes infecciosos para combater mais efetivamente esses agentes infecciosos Diferentes microrganismos requerem mecanismos distintos de eliminação especialização da imunidade adaptativa diferentes subpopulações de células T CD4+ efetoras diferentes isotipos de anticorpos A sobrevida e patogenicidade dependem da capacidade de resistência e evasão do microrganismo microrganismos infecciosos e o sistema imune coevoluíram Alguns microrganismos estabelecem infecções latentes, ou persistentes, em que a resposta imune controla, mas não elimina o microrganismo latência é uma característica das infecções causadas por diversos vírus vírus contendo DNA pertencentes às famílias do herpesvírus e poxvírus DNA viral pode ser integrado ao DNA das células infectadas, porém nenhum vírus infeccioso é produzido bactérias intracelulares infecções bacterianas persistentes, como a tuberculose, a bactéria pode sobreviver nas vesículas fagocíticas das células infectadas Imunidade aos microrganismos 3 lesão tecidual e a doença podem ser causadas pela resposta do hospedeiro ao microrganismo, em vez do próprio microrganismo em si. Defeitos herdados ou adquiridos na imunidade inata e adaptativa são causas importantes de suscetibilidade a infecções causas adquiridas infecção pelo HIV e a imunossupressão intencional por fármacos síndromes de imunodeficiência hereditárias teste mais útil é a medida de anticorpos séricos específicos para microrganismos particulares IgM: infecção recente IgG: infecção antiga respostas de célula T testes cutâneos para tuberculose teste de liberação de citocina Imunidade a Bactérias Extracelulares Aspectos Gerais bactérias extracelulares são capazes de se replicar fora das células hospedeiras doença é causada por meio de dois mecanismos principais induzem inflamação → destruição tecidual no sítio de infecção produzem toxinas → efeitos patológicos endotoxinas, que são componentes das paredes celulares bacterianas endotoxina é o lipopolissacarídeo (LPS) potente ativador de macrófagos, células dendríticas e células endoteliais exotoxinas, que são secretadas pelas bactérias toxina diftérica: bloqueia a síntese proteica nas células infectadas toxina colérica: interfere no transporte de íons e água toxina tetânica: inibe a transmissão neuromuscular Imunidade aos microrganismos 4 toxina do antraz: interrompe diversas vias de sinalização bioquímica importantes nas células infectadas interferem nas funções celulares normais sem matar as células estimulam a produção de citocinas causadoras de doença Imunidade Inata a Bactérias Extracelulares principais mecanismos de imunidade inata ativação do complemento via alternativa: peptidoglicanos presentes nas paredes celulares de bactérias Gram-positivas e o LPS encontrado em bactérias Gram- negativas via da MBlectina: bactérias que expressam manose opsonização e a aumentada fagocitose das bactérias complexo de ataque à membrana espécies de Neisseria que são particularmente suscetíveis à lise → finas paredes celulares subprodutos do complemento estimulam respostas inflamatórias via recrutamento e ativação de leucócitos fagocitose fagócitos (neutrófilos e macrófagos) usam receptores de manose e receptores scavenger → reconhecer bactérias extracelulares receptores Fc e de complemento → reconhecer bactérias opsonizadas com anticorpos e proteínas do complemento células linfoides inatas (ILCs) atuar na defesa inicial ILC-3 secretam interleucina-17 (IL-17), IL-22 e GM-CSF. intensificam a função de barreira epitelial e recrutam neutrófilos para os sítios de infecção extracelular resposta inflamatória células dendríticas e os fagócitos ativados pelos microrganismos secretam citocinas que induzem infiltração de leucócitos em sítios de Imunidade aos microrganismos 5 infecção bactérias extracelulares são suscetíveis ao killing pelos fagócitos Macrófagos: responde a componentes do complemento receptores que facilitam as vias de sinalização, fagocitose produção de EROs, ânion superóxido, OCl-, NO Imunidade Adaptativa a Bactérias Extracelulares imunidade humoral constitui uma das principais respostas imunes protetoras contra bactérias extracelulares bloqueando a infecção, eliminando os microrganismos e neutralizando suas toxinas respostas de anticorpo mecanismos efetores: neutralização neutralização é mediada pelos isotipos de alta afinidade IgG, IgM e IgA, opsonização opsonização é mediada pelas subclasses IgG1 e IgG3 da IgG, ativação do complemento pela via clássica ativação do complemento é iniciada pela IgM, IgG1 e IgG3. fagocitose (ADCC) polissacarídeos ou proteínas polissacarídeos são antígenos T- independentes que induzem respostas de anticorpo sem ativar células T imunidade humoral é o principal mecanismo de defesa contra bactérias encapsuladas ricas em polissacarídeos antígenos proteicos induzem anticorpos mais potentes, bem como imunidade mediada por células Imunidade aos microrganismos 6 Streptococcus pneumoniae, espécies de Neisseria baço exerce papel importante tanto na produção de anticorpos como na eliminação fagocítica de bactérias opsonizadas perdem o baço → contrair infecções graves causadas por bactérias encapsuladas ativam células T auxiliares CD4+: Th17 e Th1 produzem citocinas estimulam a produção de anticorpo inflamação Th1: INF-gama: ativação clássica de macrófago → microbicida ativação de células B → IgG → ativação de complemento e opsonização Th17: Il-17: recrutam neutrófilos e monócitos promovendo inflamação local IL-22: aumento da função de barreira Imunidade aos microrganismos 7 defeitos genéticos no desenvolvimento de Th17 suscetibilidade aumentada a infecções bacterianas e fúngicas múltiplos abscessos cutâneos Efeitos Lesivos das Respostas Imunes a Bactérias Extracelulares principais consequências lesivas: inflamação e sepse mesmas reações que atuam erradicando a infecção também causam dano tecidual pela produção local de espécies reativas do oxigênio e enzimas lisossômicas Sepse microrganismos viáveis ou produtos microbianos estão presentes no sangue: bactérias Gram-negativas e Gram-positivas distúrbios sistêmicos de perfusão tecidual, coagulação, metabolismo e função orgânica choque séptico: colapso circulatório (choque) e coagulação intravascular disseminada tempestade de citocinas pró-inflamatórias TNF-alfa, INF-gama, IL-12 fase inicial da sepse bacteriana citocinas produzidas pelos macrófagos ativados por componentes da parede celular bacteriana, incluindo LPS e peptidoglicanos TNF, IL-6 e IL-1 Superantígenos toxinas bacterianas estimulam todas as células T que expressam membros de uma família particular de genes Vβ ativam um número muito maior de clones de células T do que aquele induzido pelos antígenos peptídicos convencionais habilidade de ativar muitas células T produção de grandes quantidades de citocinas Imunidade aos microrganismos 8 causar uma síndrome inflamatória sistêmica complicação tardia da resposta imune humoral febre reumática estreptococos β-hemolíticos infecções levam à produção de anticorpos contra uma proteína da paredecelular bacteriana anticorpos fazem reação cruzada com proteínas miocárdicas e são depositados no coração, onde causam inflamação (cardite) glomerulonefrite pós-estreptocócica anticorpos produzidos contra essas bactérias formam complexos com antígenos bacterianos e esses complexos podem se depositar nos glomérulos renais e causar nefrite Imunoevasão por Bactérias Extracelulares virulência associada a alguns mecanismos que permitem aos microrganismos resistir à imunidade inata Bactérias com cápsulas ricas em polissacarídeos resistem à fagocitose S. penurmoniae, S. pyogenes cápsulas que contêm resíduos de ácido siálico que inibem a ativação do complemento pela via alternativa Imunidade aos microrganismos 9 pseudomonas: secreção de elastase que inativa C3a e C5a Mecanismos Variação dos antígenos de superfície gonococos e Escherichia coli estruturas responsáveis pela adesão bacteriana às células hospedeiras habilidade de alterar antígenos ajuda as bactérias a evadirem o ataque por anticorpos pilina-específicos embora sua principal importância para as bactérias possa ser a seleção de fímbrias mais aderentes às células do hospedeiro, de modo que as bactérias sejam mais virulentas Alterações na produção de glicosidases alterações químicas no LPS ex: influenza As bactérias também liberam antígenos de superfície em blebs de membrana desviar os anticorpos afastando-os dos próprios microrganismos Secreação de proteases que clivam a IgA dimérica Imunidade aos microrganismos 10 N. meningitis, N. gonorrhoeae, H. influenzae Inibição da fagocitose estafilococos: secreta coagulase que forma um revestimento de fibrina indução de apoptose de macrófagos Shigella Imunidade a Bactérias Intracelulares Característica gerais habilidade de sobreviver e até replicar dentro dos fagócitos encontram um nicho onde se tornam inacessíveis aos anticorpos circulantes eliminação das bactérias requer imunidade adaptativa( imunidade mediada por células) Imunidade aos microrganismos 11 Imunidade Inata a Bactérias Intracelulares mediada principalmente por fagócitos e células NK inicialmente neutrófilos e depois macrófagos bactérias intracelulares patogênicas são resistentes à degradação no interior dos fagócitos reconhecidos por TLRs e proteínas citoplasmáticas da família de receptores do tipo NOD ativação dos fagócitos células NK DC cells e macrófagos produzem INF, IL-15, IL-12 e IL-18 → ativa NK produzem IFN-γ e TNF → ativa DC e macrófagos → killing das bactérias fagocitadas reconhece células infectadas e danificadas ativa ou inativa de acordo com os receptores que reconhece das células com MHC I → desativada sem MHC I → ativa → mata imunidade inata geralmente falha em erradicar essas infecções, sendo que a erradicação exige imunidade adaptativa mediada por células ILC-1: respondem à IL-12, IL- 15 e IL-18 secretam IFN-γ e TNF → ativam macrófagos Imunidade aos microrganismos 12 ILCs residem nos tecidos, podem conferir a defesa inicial contra infecções nesses locais Imunidade Adaptativa a Bactérias Intracelulares principal resposta imune protetora contra bactérias intracelulares é o recrutamento e ativação de fagócitos mediados pela célula T (imunidade celular) linfócitos sinalizam, macrófagos matam imunidade celular deficiente pacientes com Aids, são extremamente suscetíveis a infecções com bactérias intracelulares → queda de CD4 fungos e vírus intracelulares células T conferem defesa contra infecções por meio de dois tipos de reações resposta mediada por Th1: INF-gama ativação de macrófagos ações do ligante de CD40 e do IFN-γ, killing de microrganismos ingeridos que sobrevivem dentro dos fagolisossomos dos fagócitos ativação de células B ativação do complemento, opsonização por anticorpos recrutamento de neutrófilos destruição de células infectadas por linfócitos T citotóxicos (CTLs) CD8 liberação de granulos contendo substâncias como perforina, granzina ou por Fas/FasL → apoptose da célula alvo eliminando os microrganismos que escapam dos mecanismos de killing dos fagócitos estimulado quando a bactéria está no citosol: local onde microrganismos deixam de ser suscetíveis aos mecanismos microbicidas CD4+ auxiliam na transformção de CD8+ → CTL IFN-γ ou IL-12 Imunidade aos microrganismos 13 células T CD4+ se diferenciam em efetores Th1 sob influência de IL-12 células T expressam ligante de CD40 e secretam IFN-γ, ativam macrófagos para a produção de várias substâncias microbicidas óxido nítrico, enzimas lisossômicas e espécies reativas do oxigênio ativação de macrófagos que ocorre em resposta aos microrganismos intracelulares é capaz de causar lesão tecidual bactérias intracelulares frequentemente persistem por longos períodos e causam ativação crônica das células T e dos macrófagos inflamação granulomatosa formação de granulomas circundando os microrganismos associado a graves comprometimentos funcionais causados por necrose e fibrose tecidual reações de hipersensibilidade tardia diferenças entre os indivíduos quanto aos padrões de respostas de células T a microrganismos intracelulares são determinantes importantes da progressão da doença e do desfecho clínico. Mycobacterium leprae, Imunidade aos microrganismos 14 duas formas polares de lepra lepromatosa pacientes exibem altos títulos de anticorpo específico, porém respostas celulares fracas aos antígenos de M. leprae crescimento bacteriano e a ativação persistente (porém inadequada) dos macrófagos resultam em lesões destrutivas na pele e no tecido subjacente micobactérias proliferam nos macrófagos IFN-γ e IL-2 (indicativo de ativação de célula Th1) tuberculoide imunidade celular forte, porém níveis baixos de anticorpos granulomas que se formam ao redor dos nervos e produzem defeitos em nervos sensoriais periféricos menos destruição tecidual e escassez de bactérias nas lesões produzem menos IFN-γ imunidade celular fraca e falha em controlar a disseminação bacteriana Imunoevasão por Bactérias Intracelulares estratégias para resistir à eliminação pelos fagócitos inibição da fusão do fagolisossomo escape para o citosol remoção ou inativação direta das substâncias microbicidas, como as espécies reativas do oxigênio desfecho da infecção varia conforme prevaleçam os mecanismos antimicrobianos de macrófagos estimulados por células T ou a resistência microbiana ao killing resistência à eliminação fagócito-mediada causar infecções crônicas Imunidade aos microrganismos 15 Tuberculose: 90% monta resposta Th1 que controla a infecção Th1 inibe crescimento dos bacilos ativação de macrófagos → inibe ou morte de bacilos resposta dependente de Il-12 e INF-gama 10% evolui para tuberculose pulmonar crônica acúmulo de micobactérias nos tecidos ativação excessiva de Th2 enzimas líticas → lesões caseosas necróticas proliferação dos bacilos no meio líquido dos tubérculos ruptura de lesões e disseminação pelos vasos, ossos, meninges, .. Imunidade aos Fungos Características gerais endêmicas causadas por fungos presentes no ambiente e cujos esporos entram nos seres humanos oportunísticas agentes causais provocam doença branda ou não causam doença em indivíduos sadios infectar e causar doença grave em indivíduos imunodeficientes imunidade comprometida fator predisponente mais importante para as infecções fúngicas deficiência de neutrófilos associadas à imunodeficiência causada pelo HIV terapia para o câncer disseminado rejeição de transplantes Aids Imunidade aos microrganismos 16 pneumonia por Pneumocystis infecção fúngica oportunista podem viver nos tecidos extracelulares e no interior dos fagócitos combinações das respostas a microrganismos extra e intracelulares Imunidade Inata e Adaptativa aos Fungos neutrófilos, macrófagos e ILCs neutropenia extremamente suscetíveis às infecções fúngicas oportunistas Macrófagos e células dendríticas percebem os organismos fúngicos através dos TLRs e receptores do tipolectina (dectinas) → reconhecem β-glucanas, quitina, mananas liberam citocinas que recrutam e ativam neutrófilos diretamente ou via ativação de ILCs residentes teciduais neutrófilos liberam substâncias fungicidas, como as espécies reativas de oxigênio e as enzimas lisossômicas armadilhas NAT: aprisionam patógenos e fungos extracelulares → morte do fungo fagocitam os fungos para o killing intracelular Complemento: fungos extracelulares NK: fungos intracelulares Imunidade aos microrganismos 17 Imunidade inata Células dendríticas e macrófagos liberam citocinas que estimulam ILC-3 IL-17: recrutam neutrófilos e induzem produção de peptídeos antimicrobianos Imunidade aos microrganismos 18 GM-CSF: recrutamento de neutrófilos. estimulam a diferenciação de células T CD4+ → Th17 Cryptococcus neoformans inibem a produção de TNF e IL-12 pelos macrófagos estimulam a produção de IL-10, inibindo macrófagos CD4 e CD8 cooperam para eliminar tende a colonizar pulmão e cérebro em imunodeficiêntes Imunidade adaptativa infecções por fungos intracelulares imunidade mediada por células Th1: protege contra histoplasmo células ILC1 fungos extracelulares ativar respostas de ILC3. respostas Th17 induzidas por Il-6 e Il-23 produzidas pelas DC recruta neutrófilos e macrófagos que destroem os fungos respostas Th17 defeituosas suscetíveis a infecções mucocutâneas crônicas por Candida respostas Th1 são protetoras nas infecções fúngicas intracelulares inflamação granulomatosa Imunidade aos Vírus Características gerais microrganismos intracelulares obrigatórios usam componentes do ácido nucleico e a maquinaria de síntese proteica do hospedeiro para se replicar lesão tecidual Imunidade aos microrganismos 19 replicação viral interfere na síntese proteica e na função celular normal estimular respostas inflamatórias que causam dano aos tecidos causar infecções latentes Imunidade aos microrganismos 20 Imunidade Inata aos Vírus inibição da infecção por interferons do tipo I e células NK produção de IFN do tipo I por células dendríticas, especialmente do tipo plasmacitoide pelas células infectadas IFNs do tipo I atuam inibindo a replicação viral tanto em células infectadas como em células não infectadas promoção do estado anti-viral vias bioquímicas disparam a produção de IFN. reconhecimento de RNA e DNA viral por TLRs 3,7,8,9 ativação de receptores tipo RIG citoplasmáticos ativação de proteínas quinases ativam fatores de transcrição IRF, que estimulam a transcrição do gene de IFN células NK início do curso da infecção expressão de MHC de classe I frequentemente é “desligada” nas células infectadas por vírus, como um mecanismo para escapar dos CTLs permite que as células NK matem as células infectadas, uma vez que a ausência de classe I libera as células NK de um estado normal de inibição efeito citotoxico → lise das células infectadas Imunidade Adaptativa aos Vírus mediada por anticorpos bloqueiam a ligação e a entrada do vírus nas células hospedeiras anticorpos de alta afinidade produzidos nas reações de centros germinativos T-dependentes efetivos contra os vírus somente durante o estágio extracelular Imunidade aos microrganismos 21 extracelulares antes de infectarem as células hospedeiras quando são liberados das células infectadas por brotamento viral morte das células infectadas atuam principalmente como anticorpos neutralizadores, prevenir a fixação e entrada dos vírus nas células hospedeiras. previnem tanto a infecção inicial como a disseminação célula à célula IgA: neutralizar os vírus juntos aos tratos respiratório e intestinal IgM e IgG: opsonizar partículas virais e promover sua eliminação pelos fagócitos. ativação do complemento contra envelope viral, replicação imunidade humoral induzida por infecção prévia ou vacinação é capaz de conferir proteção aos indivíduos a partir da infecção viral, mas por si só não consegue erradicar uma infecção estabelecida CTLs eliminam a infecção destruindo as células infectadas principal função fisiológica dos CTLs é a vigilância contra a infecção viral. reconhecem peptídeos virais citosólicos apresentados por moléculas de MHC classe I diferenciação integral dos CTLs CD8+ muitas vezes requer citocinas produzidas por células auxiliares CD4 células T CD8+ sofrem uma intensa proliferação durante a infecção viral CTLs efetores capazes de destruir qualquer célula nucleada infectada killing das células infectadas ativação de nucleases nas células infectadas secreção de citocinas, como o IFN-γ, que ativa fagócitos e pode ter alguma atividade antiviral estratégias para escapar ao ataque dos CTLs CD8 Imunidade aos microrganismos 22 bloqueio do processamento e apresentação de antígenos pela via do MHC de classe I desligamento das respostas de célula T CD8+ pela indução do fenômeno de exaustão lesão tecidual infecção pelo vírus da hepatite B indivíduos imunodeficientes infectados não desenvolvem a doença e se tornam portadores capazes de transmitir a infecção a indivíduos saudáveis fígado de pacientes com hepatite ativa aguda grandes números de células T CD8+, e CTLs restritos ao MHC de classe I específicos para o vírus da hepatite CTL é a principal causa de lesão tecidual na hepatite viral. formação de imunocomplexos circulantes depositados em vasos sanguíneos e levam à vasculite sistêmica INF-tipo I matem LT naive em linfonodos: aumentar a chance de encontrar antígeno viral aumenta a expressão de MHC I: aumenta a apresentação de antígenos virais atua de maneira autócrina e paracrina aumenta a citotoxicidade de NK e LT CD8 aumenta a diferenciação para Th1 usado como anti-viral em hepatites infecções latentes DNA viral persiste nas células hospedeiras, porém o vírus não se replica nem mata as células infectadas estado de equilíbrio entre infecção e resposta imune CTLs gerados em resposta ao vírus podem controlar a infecção, mas são incapazes de erradicá-la Imunidade aos microrganismos 23 vírus Epstein-Barr e vários outros vírus contendo DNA pertencentes à família do herpesvírus reativação da infecção expressão de genes virais responsáveis pelos efeitos citopáticos lise das células infectadas disseminação do vírus proliferação descontrolada das células. Imunoevasão por Vírus vírus podem alterar seus antígenos e, portanto, deixarem de ser alvos das respostas imunes mutações pontuais e o rearranjo dos genomas de RNA grande importância na disseminação do vírus influenza. genomas virais sofrem mutações nos genes codificadores dessas proteínas de superfície, e a variação resultante é chamada deriva antigênica recombinação de genes virais resulta em alterações significativas na estrutura antigênica, chamadas variação antigênica um vírus pode se tornar resistente à imunidade gerada na população por infecções prévias Imunidade aos microrganismos 24 vírus inibem a apresentação de antígenos proteicos citosólicos associada ao MHC de classe I. bloqueiam diferentes etapas no processamento, transporte e apresentação do antígeno inibição da apresentação antigênica bloqueia a montagem e expressão de moléculas de MHC de classe I e a exibição de peptídeos virais. não podem ser reconhecidas nem mortas por CTLs CD8 células NK são ativadas por células infectadas, especialmente na ausência de moléculas de MCH de classe I produzir proteínas que atuam como ligantes de receptores de inibição das células NK vírus produzem moléculas que inibem a resposta imune codificam moléculas que são secretadas por células infectadas e se ligam a várias citocinas antagonistas competitivos das citocinas vírus Epstein-Barr proteína homóloga à citocina IL-10, que inibe a ativação de macrófagos e células dendríticas suprimir a imunidade mediada por células infecções virais crônicas estão associadas à falha das respostas de CTLs, chamada exaustão permite a persistência viral expressão de moléculas de co-inibição: PD-1 → disfunção de CD8 Imunidadeaos microrganismos 25 exaustão da célula T CD8+ em infecções virais humanas crônicas, incluindo as infecções por HIV e pelo vírus da hepatite vírus podem infectar e destruir ou inativar células imunocompetentes. HIV, que sobrevive infectando e eliminando as células T CD Imunidade aos Parasitas Características gerais parasitas incluem protozoários unicelulares, vermes multicelulares complexos (helmintos) e ectoparasitas 30% da população mundial sofre de infestações parasitárias Muitas infecções parasitárias são crônicas imunidade inata fraca habilidade dos parasitas de evadir ou resistir à eliminação pelas respostas imunes adaptativas muitos fármacos antiparasitários não são efetivos no killing dos organismos. Imunidade Inata aos Parasitas fagocitose muitos desses parasitas são resistentes ao killing fagocítico podem até mesmo se replicar no interior dos macrófagos Imunidade aos microrganismos 26 expressam, todos, glicolipídeos que podem ativar TLR2 e TLR4 Plasmodium (malária) Toxoplasma gondii (toxoplasmose) Cryptosporidium podem atacar parasitas helmintos e secretar substâncias microbicidas para matar organismos tegumentos espessos que os tornam resistentes aos mecanismos citocidas de neutrófilos e macrófagos muito grandes para serem ingeridos por estes fagócitos eosinófilos liberam os conteúdos dos grânulos que são capazes de destruir os tegumentos dos vermes via alternativa do complemento, resistência à lise mediada pelo complemento Imunidade Adaptativa aos Parasitas mecanismo de defesa contra os protozoários que sobrevivem nos macrófagos imunidade celular ativação de macrófagos por citocinas derivadas de células Th1 protozoário que sobrevive no interior dos endossomos dos macrófagos ativação de células Th1 → produzem IFN-γ → ativam os macrófagos para destruir parasitas intracelulares ativação de células Th2 aumentada sobrevivência de parasitas exacerbação das lesões citocinas Th2 inibem a ativação clássica dos macrófagos Imunidade aos microrganismos 27 parasita da malária reside principalmente nas hemácias e em hepatócitos durante seu ciclo de vida resposta de CTL contra os parasitas residentes nos hepatócitos é uma defesa importante contra a disseminação desse protozoário intracelular citocina IFN-γ defesa contra infecções helmínticas mediada pela ativação Th2 → produção de anticorpos IgE + ativação de eosinófilos Th2 de células efetoras que secretam IL-4, IL-5 e IL-13 IL-4 estimula a produção de IgE, que se liga ao receptor Fcɛ de eosinófilos e mastócitos → degranulação de mastócitos IL-5 ativa eosinófilos IgE cobre os parasitas lL-4 e IL-13: secreção de muco intestinal e peristaltismo Imunidade aos microrganismos 28 resposta de ILC-2 helmintos induzem proliferação de ILC-2 produz IL-13 ⇒ aumenta a produção de muco e contratibilidade para expulsão de vermes lesão tecidual induzem respostas granulomatosas com fibrose concomitante. reações DTH formação de granulomas ao redor dos ovos associação com as respostas Th2. granulomas Th2-induzidos serve para conter os ovos do esquistossoma fibrose intensa associada a esta resposta imune celular crônica leva à cirrose formação de complexos de antígenos do parasita e anticorpos específicos depositados nos vasos sanguíneos e glomérulos renais produzem vasculite e nefrite, Imunidade aos microrganismos 29 complicação da esquistossomíase e da malária Imunoevasão por Parasitas parasitas evadem a imunidade protetora diminuindo a própria imunogenicidade inibindo as respostas imunes do hospedeiro Mecanismos de Imunoevasão por Parasitas Variação antigênica alteram seus antígenos de superfície durante o ciclo de vida nos hospedeiros vertebrados alteração estágio- específica estágios teciduais maduros dos parasitas produzem antígenos diferentes daqueles dos estágios infectivos estágio de esporozoíta infectivo dos parasitas da malária é antigenicamente distinto dos merozoítas que residem no hospedeiro e que são responsáveis pela infecção crônica cada onda consiste em parasitas expressando um antígeno de superfície que é diferente da onda precedente difícil vacinar efetivamente os indivíduos contra essas infecções variação contínua dos principais antígenos de superfície alterações na expressão dos genes codificadores do principal antígeno de superfície → tripanossomos africanos Resistência adquirida ao complemento, CTLs larvas de esquistossoma viajam para os pulmões de animais infectados e, durante essa migração, desenvolvem um tegumento que é resistente ao dano causado pelo complemento e pelos CTLs Inibição de respostas imunes do hospedeiro malária e na tripanossomíase produção de citocinas imunossupressoras por macrófagos ativados e células T, bem como a defeitos na ativação da célula T. filariose linfática Imunidade aos microrganismos 30 desorganização arquitetônica pode contribuir para uma imunidade deficiente Leishmania estimulam o desenvolvimento de células T reguladoras que suprimem a resposta imune o suficiente para permitir a persistência dos parasitas Liberação de antígenos Entamoeba histolytica parasita protozoário que solta os antígenos e também pode se converter em uma forma cística no lúmen do intestino grosso
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