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SINAPSE E 
NEUROTRAMISSORES 
Um neurônio sozinho não vai servir par a muita coisa, ele tem que ter 
pelo menos uma outra célula para ter função neural. 
As sinapses neurais são as unidades funcionais do sistema nervoso. 
OS REFLEXOS DE ESTIRAMENTO E DE INIBIÇ ÃO 
RECÍPROCA CONTROLAM O MOVIMENTO EM 
TORNO DE UMA ARTICULAÇÃO 
 
O reflexo mais simples em uma unidade miotática é o reflexo de estiramento 
monossináptico, que envolve apenas dois neurônios: o neurônio sensorial do 
fuso muscular e o neurônio motor somático que se dirige para o músculo. O 
reflexo do tendão patelar é um exemplo de um reflexo de estiramento 
monossináptico. 
Ao percutir um pequeno martelo de borracha no tendão patelar abaixo do joelho, 
o músculo quadríceps, situado na região anterior da coxa, sofre estiramento. 
Esse estiramento ativa os fusos musculares e envia potenciais de ação através 
das fibras sensoriais para a medula espinal. Os neurônios sensoriais fazem 
sinapse diretamente com os neurônios motores que controlam a contração do 
músculo quadríceps femoral (um reflexo monossináptico). A excitação dos 
neurônios motores faz as unidades motoras do quadríceps contraírem e a perna 
se move para a frente. 
Para que a contração muscular estenda a perna, os músculos flexores 
antagonistas devem relaxar, um processo denominado inibição recíproca. Na 
perna, isso requer o relaxamento dos músculos isquiotibiais* dispostos na parte 
de trás da coxa. O único estímulo da percussão no tendão efetua tanto a 
contração do músculo quadríceps femoral quanto a inibição recíproca dos 
isquiotibiais. As fibras sensoriais ramificam-se ao entrar na medula espinal. 
Algumas das ramificações ativam neurônios motores que inervam o quadríceps 
femoral, ao passo que as outras ramificações fazem sinapse com interneurônios 
inibidores. Os interneurônios inibidores suprimem a atividade dos neurônios 
motores que controlam os isquiotibiais (um reflexo polissináptico). O resultado 
é o relaxamento dos isquiotibiais, permitindo que a contração do quadríceps 
femoral prossiga sem oposição. 
OS NEURÔNIOS COMUNICAM-SE NAS SINAPSES 
Cada sinapse tem duas partes: 
 O terminal axonal da célula pré-sináptica 
 Membrana da célula pós-sináptica. 
 
 Em um reflexo neural, a informação move-se da célula pré-
sináptica à célula pós sináptica. 
 As células pós sinápticas podem ser neurônios ou não. 
 Na maioria das sinapses entre neurônios, os terminais axonais pré-
sinápticos estão próximos dos dendritos ou do corpo celular do 
neurônio pós-sináptico. 
 As sinapses também podem ocorrer no axônio ou até mesmo no 
terminal axonal da célula pós-sináptica. 
 As sinapses são classificadas como químicas ou elétricas 
dependendo do tipo de sinal que passa da célula pré-sináptica à 
célula pós-sináptica. 
SINAPSES ELÉTRICAS 
 Transmitem um sinal elétrico, ou corrente, diretamente do 
citoplasma de uma célula para outra através de poros presentes 
nas proteínas das junções comunicantes 
 A informação pode fluir em ambas as direções em quase todas as 
junções comunicantes, porém, em alguns casos, a corrente pode 
fluir em apenas uma direção (uma sinapse retificadora). 
 As sinapses elétricas existem principalmente em neurônios do 
SNC. 
 Encontradas também nas células da glia, em músculos cardíaco e 
liso e em células não excitáveis que usam sinais elétricos, como a 
célula β-pancreática. 
 A principal vantagem das sinapses elétricas é a condução rápida 
e bidirecional dos sinais. 
 As junções comunicantes também permitem que as moléculas 
sinalizadoras químicas se difundam entre células vizinhas. 
SINAPSES QUÍMICAS 
 Maior parte das sinapses do sistema nervoso é desse tipo. 
 Utilizam moléculas neurócrinas para transportar a informação de 
uma célula à outra. 
 O sinal elétrico da célula pré sináptica é convertido em um sinal 
neurócrino que atravessa a fenda sináptica e se liga ao receptor da 
célula alvo (pós sináptica). 
 Nem sempre toda substância liberada na sinapse é um 
neurotransmissor 
OS NEURÔNIOS SECRETAM SINAIS QUÍMICOS 
❖ Os neurócrinos podem funcionar como neurotransmissores, 
neuromoduladores ou neuro-hormônios. 
 Os neurotransmissores e os neuromoduladores atuam como 
sinais parácrinos, com as suas células-alvo localizadas perto 
do neurônio que as secreta. Em contrapartida, os neuro-
hormônios são secretados no sangue e distribuídos pelo 
organismo 
 A distinção entre um neurotransmissor e um 
neuromodulador depende de a qual receptor a molécula 
química se liga, tendo em vista que várias substâncias 
neurócrinas conseguem realizar ambos os papéis. 
- Ex: A glicina não necessariamente vai ser um 
neurotransmissor em todas as sinapses, ela pode 
funcionar apenas como um coativador no receptor de 
glutamato. 
 Em geral, se uma molécula atua principalmente em uma 
sinapse e gera uma resposta rápida, ela é chamada de 
neurotransmissor, mesmo ela também atuando como um 
neuromodulador. 
 Os neuromoduladores agem tanto em áreas sinápticas 
quanto em áreas não sinápticas e produzem ação mais lenta. 
Alguns neuromoduladores também agem nas células que os 
secretam, tornando-os tanto sinais autócrinos quanto sinais 
parácrinos. 
 Os neuro modulares (oxido nítrico), é sintetizado no neurônio 
pós sináptico. 
 Neurônio sensitivo  tipo pseudounipolares 
 
O que define um neurotransmissor? 
✓ Ser sintetizado pelo neurônio pré sináptico 
✓ Tem que estar armazenado no terminal do neurônio pre sináptico 
✓ Tem que ser liberado em uma concentração que gere uma ação no 
neurônio pós sináptico. 
✓ Se essa substância for ingerida de forma exógena tem que gerar a 
mesma resposta do neurotransmissor 
✓ Tem que ter um mecanismo de inativação específicos (recapitado, ou 
vai ter uma enzima que vai degradar esse neurotransmissor) 
RECEPTORES NEURÓCRINOS 
Os receptores neurócrinos encontrados nas sinapses químicas podem 
ser divididos em duas categorias: receptores de canal, que são canais 
iônios dependentes de ligante, e receptores acoplados à proteína G 
(RPG). 
RECEPTOR DE CANAL 
Medeiam a resposta rápida, alterando o fluxo de íons através da 
membrana, por isso são chamados de receptores ionotrópicos(vai 
permitir a abertura ou fechamento do canal iônico) 
 Alguns receptores ionotrópicos são específicos para apenas um íon, 
como o Cl- , mas outros podem ser menos específicos, como, por 
exemplo, os canais catiônicos monovalentes inespecíficos. 
 Quando entra Cl- (carga negativa) ou mais potássio sai  
hiperpolariza  potenciais inibitórios. 
 Quando ocorre a entrada de sódio (carga positiva)  
despolariza potenciais excitatórios. 
 Ou seja, não é o neurotransmissor que define se vai haver uma 
inibição ou excitação, quem define é o receptor. Pois o mesmo 
neurotransmissor pode excitar e inibir. 
RECEPTOR ACOPLADOS Á PROTEÍNA G 
Medeiam uma resposta mais lenta, pois é necessária uma transdução 
do sinal mediada por um sistema de segundos mensageiros. São 
chamados de receptores metabotrópicos (vai ativar vias de segundo 
mensageiros, mecanismo de ação mais tardio, pode estar associado a canais, tem 
outras funções além de despolarizar ou não a célula, podendo aumentar a síntese 
de proteínas nessas células, exemplo maior síntese de neuropeptídio, podendo e 
contribuir para neuroplasticidade neural) 
 Alguns desses canais pode dentre diversas ações, regular a 
abertura ou o fechamento de canais iônicos (ex: AMPc) 
 
▪ Todos os neurotransmissores, exceto o óxido nítrico, ligam-se a 
tipos específicos de receptores. 
▪ Cada tipo de receptor tem vários subtipos, isso permite com que 
um mesmo neurotransmissor tenha efeitos diferentes em tecidos 
diferentes. 
VARIEDADE DE NEUROTRANSMISSORES 
As moléculas neurócrinas podem ser agrupadas informalmente 
em sete classes diferentes, de acordo com a sua estrutura: 
(1) acetilcolina 
(2) aminas, 
(3) aminoácidos, 
(4) peptídeos, 
(5)purinas, 
(6) gases 
 (7) lipídeos. 
 
Os neurônios do SNC liberam vários tipos diferentes de sinais químico. 
 EX: o polipeptídeo, como os hormônios hipotalâmicos 
(ocitocina e vasopressina-ACTH) 
Os neurônios do SNP secretam apenas três substâncias: os 
neurotransmissores acetilcolina e noradrenalina e o neuro-hormônio 
adrenalina. Sendo que alguns cossecretam substâncias como o ATP. 
ACETILCOLINA - ACH 
✓ Sintetizada a partir da colina e da acetil-coenzima A (acetil-CoA). 
✓ A síntese da ACh a partir desses dois precursores ocorre no 
terminal axonal, por reações 
enzimáticas. 
✓ Os neurônios que secretam e os 
receptores que se ligam o ACh são 
descritos como colinérgicos. 
 Nicotínicos – são canais de 
cátions monovalentes, pelos quais tanto Na+ quanto K+ 
atravessam. Encontrados no músculo esquelético, na divisão 
autônoma do SNP e no SNC. 
A entrada de sódio na célula excede a saída de K+, uma vez que o 
gradiente eletroquímico para o Na+ é mais forte  despolariza a célula 
pós-sináptica e a probabilidade de ocorrer um potencial de ação é 
maior. 
 Muscarínicos – são receptores acoplados a proteína G, 
ligados a sistemas de segundos mensageiros. Possuem 5 
subtipos, sendo que a resposta do tecido o à ativação dos 
receptores muscarínicos varia conforme o subtipo. Estão 
presentes no SNC e em células-alvo da divisão autônoma do 
SNP. 
AMINAS 
São todos ativos no SNC 
Assim como os hormônios aminas, esses neurotransmissores 
são derivados apenas de um único aminoácido. 
A serotonina, também chamada de 5-hidroxitriptamina ou 5-HT, é derivada do 
aminoácido triptofano. A histamina, sintetizada a partir da histidina, possuiu 
um papel nas respostas alérgicas, além de atuar como um neurotransmissor. 
O aminoácido tirosina é convertido em dopamina, noradrenalina e 
adrenalina (podem agir como neuro-hormônio). A noradrenalina é o principal 
neurotransmissor da divisão simpática autônoma do SNP. 
Neurônios que secretam noradrenalina/adrenalina  neurônios 
adrenérgicos, ou neurônios noradrenérgicos. 
Os receptores adrenérgicos são divididos em duas classes: α (alfa) e 
β (beta), cada uma com vários subtipos. São receptores acoplados à 
proteína G. Cada subtipo dos receptores adrenérgicos atua por meio de 
diferentes cascatas de segundos mensageiros. 
 
A colina é uma molécula 
pequena também encontrada 
em fosfolipídeos de membrana. 
A acetil-CoA é o intermediário 
metabólico que liga a glicólise 
ao ciclo do ácido cítrico 
AMINOÁCIDOS 
✓ Vários aminoácidos atuam como neurotransmissores no SNC. 
✓ O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do SNC. 
- Também age como neuromodulador, 
- A ação em uma sinapse depende do receptor 
(metabotrópico X ionotrópicos) 
- Os receptores AMPA (ionotrópico) são canais de cátions 
monovalentes dependentes de ligante. A ligação do 
glutamato abre o canal, e a célula despolariza devido 
ao influxo de Na+. Com quem o glutamato se liga 
avidamente. 
- Os receptores NMDA (ionotrópico), são incomuns 
pois permitem a passagem de Na+, K+ e Ca2+pelo 
canal. 
- A glicina e o aminoácido D-serina (sintetizada e liberada 
tanto pela célula da glia quanto pelos neurônios) 
potencializam, ou aumentam, os efeitos excitatórios do 
glutamato em um dos receptores glutamatérgicos. 
✓ O aspartato é um neurotransmissor excitatório apenas em 
algumas regiões do cérebro. 
 Os neurotransmissores excitatórios despolarizam as suas células-
alvo, geralmente abrindo canais iônicos que permitem a entrada 
de íons positivos na célula 
✓ O principal neurotransmissor inibidor no encéfalo é o ácido 
gama-aminobutíruco (GABA) 
 Os neurotransmissores inibidores hiperpolarizam as suas células-
alvo, abrindo canais de Cl- e permitindo a entrada de cloreto na 
célula ou uma maior saída de K+ 
PEPTÍDEOS 
✓ O sistema nervoso secreta uma grande variedade de peptídeos 
que atuam como neurotransmissores e neuromoduladores, 
além de funcionar como neuro-hormônios. 
✓ Entre esses peptídeos existe a substância P, envolvida em 
algumas vias da dor, e os peptídeos opioides (encefalina e 
endorfinas), substâncias que medeiam o alívio da dor, ou 
analgesia. 
✓ Os peptídeos que agem tanto como neuro-hormônios quanto 
como neurotransmissores incluem a colecistocinina (CCK), a 
arginina vasopressina (AVP) e o peptídeo natriurético atrial 
(ANP). 
PURINAS 
✓ A adenosina, a adenosina monofosfato (AMP) e a adenosina 
trifosfato (ATP) podem atuar como neurotransmissores. 
✓ Essas moléculas, conhecidas coletivamente como purinas, ligam-se 
a receptores purinérgicos no SNC e a outros tecidos excitáveis, 
como o coração. 
✓ Todas as purinas se ligam a receptores acoplados à proteína G. 
GASES 
✓ Um dos neurotransmissores mais interessantes é o óxido nítrico 
(NO), um gás instável sintetizado a partir do oxigênio e do 
aminoácido L-arginina. 
✓ O óxido nítrico quando atua como neurotransmissor se difunde 
livremente para a célula-alvo, em vez de ligar-se a um receptor na 
membrana. Uma vez dentro da célula-alvo, o óxido nítrico liga-se a 
proteínas-alvo 
✓ Estudos recentes sugerem que o monóxido de carbono (CO) e o sulfito de 
hidrogênio (H2S), ambos conhecidos como gases tóxicos, são produzidos 
pelo organismo em pequenas quantidades para serem utilizados como 
neurotransmissores. 
LIPÍDEOS 
✓ As moléculas lipídicas neurócrinas incluem vários eicosanoides, 
que são ligantes endógenos para receptores canabinoides. 
✓ O receptor canabinoide CB1 é encontrado no cérebro, e o CB2 é 
localizado nas células imunes. Esses receptores possuem esse 
nome devido a um dos seus ligantes externos, Δ9 -tetra-
hidrocanabinol (THC), proveniente da planta Cannabis sativa, mais 
conhecida como maconha. 
✓ Todos os sinais lipídicos neurócrinos se ligam a receptores 
acoplados à proteína G. 
 
OS NEUROTRANSMISSORES SÃO LIBERADOS DE 
VESÍCULAS 
• Quando examinamos o terminal axonal de uma célula pré- -
sináptica com um microscópio eletrônico, encontrados várias 
vesículas sinápticas pequenas preenchidas com 
neurotransmissores, que são liberadas quando necessário 
• Algumas vesículas estão “ancoradas” às zonas ativas ao longo da 
membrana mais próxima da fenda sináptica, esperando por um 
sinal para liberar seu conteúdo. Outras vesículas atuam como um 
reservatório, aglomerando-se perto dos sítios de ancoragem 
SÍNTESE DE NEUROTRANSMISSORES 
• A síntese de neurotransmissores ocorre tanto no corpo celular 
quanto no terminal axonal. 
• Os polipeptídeos devem ser sintetizados no corpo celular, pois os 
terminais axonais não possuem as organelas necessárias para a 
síntese proteica 
• O grande propeptídeo resultante é empacotado em vesículas, 
juntamente às enzimas necessárias para o modificar. As vesículas, 
então, movem-se do corpo celular para o terminal axonal via 
transporte 
axônico rápido. Dentro da vesícula, o propeptídeo é clivado em peptídeos 
ativos de menor tamanho – um padrão similar ao processo 
pré-pró-hormônio-pró-hormônio ativo das células 
endócrinas. Por exemplo, um propeptídeo contém a 
sequência de aminoácidos para três peptídeos ativos que 
são cossecretados: ACTH, (γ)-lipotrofina e (β)-endorfina. 
• Neurotransmissores pequenos, como acetilcolina, aminas e 
purinas, são sintetizados e empacotados em vesículas no terminal 
axonal, As enzimas necessárias para a sua síntese são produzidas 
no corpo celular e liberadas no citosol. Posteriormente, as 
enzimas dissolvidas são levadas ao terminal axonal via transporte 
axonal lento. 
LIBERAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES 
Os neurotransmissores no terminal axonal são armazenados em 
vesículas, então sua liberação para a fenda sináptica ocorre via 
exocitose. 
Obs: As neurotoxinas que bloqueiam a liberação de neurotransmissores, 
incluindo as toxinas botulínica e tetânica, exercem a sua ação inibindo 
proteínas específicas do mecanismo de exocitose da célula 
1. Despolarização de um potencialde ação alcança o terminal 
axonal  mudança de potencial na membrana 
2. Abertura de canais de Ca+ dependentes de voltagem 
3. Ca+ entra na célula por gradiente de concentração (meio 
extracelular mais cálcio que na célula) 
4. O Ca+ se liga a proteínas reguladoras da exocitose que fica 
nas vesículas. 
5. A membrana da vesícula se funde com a membrana do 
terminal axonal 
6. As moléculas do neurotransmissor atravessam a fenda 
sináptica e se liga a receptores da membrana da célula pós 
sináptica. 
7. Inicia uma resposta na célula pós sináptica 
 
Porção em vermelho na membrana do terminal axonal é chamado de 
zona ativa da sinapse. 
No modelo clássico de exocitose, a membrana da vesícula torna-se 
parte da membrana do terminal axonal. Para prevenir um grande 
aumento da área de superfície da membrana, ela é reciclada via 
endocitose das vesículas em regiões distantes das zonas ativas. As 
vesículas recicladas, então, são recarregadas com neurotransmissores 
recém-sintetizados. 
Os neurotransmissores são concentrados nas vesículas sinápticas por 
um antiporte dependente de H+. As vesículas usam H+ -ATPases para 
concentrar o H+ dentro das vesículas e, então, trocam o hidrogênio 
pelo neurotransmissor. 
TÉRMINO DA ATIVIDADE DOS NEUROTRANSMISSORES 
Uma característica-chave da sinalização neural é a sua curta duração, 
devido à rápida remoção ou à inativação dos neurotransmissores na 
fenda sináptica 
Lembre-se que a ligação do ligante com uma proteína é 
reversível e atinge um estado de equilíbrio, com uma razão 
constante entre neurotransmissor ligado e não ligado. Se o 
neurotransmissor não ligado é removido da sinapse, os 
receptores liberam o neurotransmissor ligado, finalizando a 
sua atividade e mantendo constante a razão neurotransmissor 
não ligado/neurotransmissor ligado. 
A remoção de neurotransmissores não ligados da fenda 
sináptica pode ser realizada de várias maneiras: 
I. Algumas moléculas neurotransmissoras simplesmente 
se difundem para longe da sinapse, separando-se dos 
seus receptores. 
II. Outros neurotransmissores são inativados por 
enzimas na fenda sináptica. 
 Por exemplo, a acetilcolina (ACh) presente no líquido 
extracelular é rapidamente clivada em colina e acetil-CoA 
pela enzima acetilcolinesterase (AChE) na matriz 
extracelular e na membrana da célula pós-sináptica. A 
colina proveniente da degradação da ACh é transportada 
de volta para o terminal axonal da membrana pós-
sináptica através de um cotransportador dependente de 
Na+ . Uma vez de volta ao terminal axonal, ela pode ser 
reutilizada na formação de uma nova molécula de 
acetilcolina. 
III. Muitos neurotransmissores são removidos do líquido 
extracelular por transporte de volta para a célula pré-
sináptica, ou para neurônios adjacentes ou para a glia. 
✓ Por exemplo, a ação da noradrenalina é encerrada quando 
o neurotransmissor intacto é transportado de volta para o 
terminal axonal pré-sináptico. A recaptação da 
noradrenalina utiliza um cotransportador dependente de 
Na! . Uma vez de volta ao terminal axonal, ou a 
noradrenalina é transportada para uma vesícula sináptica, 
ou é clivada por enzimas intracelulares, como a 
monoaminaoxidase (MAO), localizada nas mitocôndrias. 
Os neurotransmissores e seus componentes podem ser 
reciclados para reabastecer vesículas sinápticas vazias. 
 
 
UM ESTÍMULO MAIS 
INTENSO LIBERA MAIS 
NEUROTRANSMISSOR 
 
 
 
INTEGRAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE 
INFORMAÇÃO NEURAL 
A comunicação entre os neurônios nem sempre é um evento um-para-
um. 
Frequentemente, o axônio de um neurônio pré-sináptico ramifica-se, e 
os seus ramos colaterais fazem sinapse com múltiplos neurônios-alvo. 
Esse padrão é chamado de divergência 
 
Quando um número maior de neurônios pré-sinápticos fornece 
informação para um número menor de neurônios pós-sinápticos, o 
padrão é chamado de convergência 
 
Células pós-sinápticas se comunicam com seus neurônios pré-
sinápticos enviando neuromoduladores que se ligam a receptores 
pré-sinápticos 
A habilidade do sistema nervoso de mudar a atividade nas sinapses é 
denominada plasticidade sináptica. A plasticidade de curta duração 
pode aumentar a atividade na sinapse (facilitação) ou reduzi-la 
(depressão). Por exemplo, em alguns casos de atividade prolongada 
em uma sinapse, a liberação de neurotransmissores diminui ao longo 
do tempo porque o axônio não consegue reabastecer o seu estoque de 
moléculas neurotransmissoras tão rapidamente, resultando em 
depressão sináptica. 
 
A RESPOSTA PÓS-SINÁPTICA PODE SER RÁPIDA 
OU LENTA 
A ligação do neurotransmissor ao seu receptor inicia uma série de 
respostas na célula pós-sináptica. 
Os neurotransmissores que se ligam a receptores acoplados à 
proteína G associados a sistemas de segundos mensageiros iniciam 
respostas pós-sinápticas lentas. 
 Alguns tipos de segundos mensageiros atuem do lado citoplasmático 
da membrana celular, para abrir e fechar canais iônicos. As 
mudanças no potencial de membrana, resultantes dessas alterações 
no fluxo de íons, são chamadas de potenciais sinápticos lentos, 
pois a resposta da via dos segundos mensageiros leva mais tempo 
para direcionar a abertura ou o fechamento do canal. Além disso, a 
resposta dura mais, geralmente de segundos a minutos. 
 As respostas pós-sinápticas lentas não estão limitadas a alterar o 
estado de abertura dos canais iônicos. Os neurotransmissores que 
atuam em RPGs também podem modificar proteínas celulares 
existentes ou regular a produção de novas proteínas celulares 
As respostas sinápticas rápidas sempre são associadas à abertura de 
um canal iônico. Na resposta mais simples, o neurotransmissor liga-
se e abre um receptor-canal na célula pós-sináptica, permitindo que os 
íons se movam entre a célula pós-sináptica e o líquido extracelular. A 
mudança resultante no potencial de membrana é chamada de 
potencial sináptico rápido, uma vez que inicia rapidamente e dura 
apenas alguns milissegundos. 
Se o potencial sináptico é despolarizante, ele é chamado de potencial 
excitatório pós-sináptico (PEPS), uma vez que aumenta as chances 
de a célula disparar um potencial de ação. Se o potencial sináptico é 
hiperpolarizante, ele é chamado de potencial inibidor pós-sináptico 
(PIPS), uma vez que a hiperpolarização move o potencial de 
membrana para longe do limiar e torna menos provável que a célula 
dispare um potencial de ação. 
 
AS VIAS INTEGRAM INFORMAÇÕES DE 
MÚLTIPLOS NEURÔNIOS 
Quando dois ou mais neurônios pré-sinápticos convergem nos 
dendritos ou no corpo celular de uma única célula pós-sináptica, a 
resposta da célula é determinada pela soma dos sinais de entrada 
dos neurônios pré-sinápticos. 
Um neurônio pós sináptico pode estar fazendo várias sinapses, 
podendo ser excitatórias ou inibitórias. E a soma de todas essas 
sinapses que vai determinar a atividade desse neurônio. 
A combinação de vários potenciais graduados quase simultâneos é 
chamada de somação espacial. Sendo que esses potenciais se 
originam em locais diferentes, pode ser no dendrito ou diretamente 
no corpo celular. 
 
A somação espacial de 
três neurônios pré-
sinápticos que liberam 
neurotransmissores 
excitatórios (“neurônios 
excitatórios”) e se 
convergem em um 
neurônio pós-sináptico. Os 
PEPSs de cada neurônio 
são muito fracos para 
iniciar um potencial de 
ação, porém se os três 
neurônios pré- -sinápticos 
dispararem ao mesmo 
tempo, a soma dos três 
PEPSs é supralimiar e 
gera um potencial de 
ação. 
 
A somação espacial nem sempre é excitatória. Se a somação evitar um 
potencial de ação na célula pós-sináptica, essa somação é denominada 
inibição pós-sináptica. Isso ocorre quando neurônios pré-sinápticos 
liberam neurotransmissores inibidores. 
 
 
 
 
A somação de potenciais graduados nem sempre necessita de sinais de 
entrada de mais de um neurônio pré-sináptico. Dois potenciais 
graduadosabaixo do limiar vindos do mesmo neurônio pré-sináptico 
podem ser somados se chegarem à zona de gatilho suficientemente 
próximos no tempo. A somação que ocorre a partir de potenciais de 
ação que se sobrepõem no tempo é denominada somação temporal 
 
 
Na medula temos: 
Glutamato – excitação e glicina – inibição. 
A somação de potenciais graduados demonstra uma característica-
chave dos neurônios: a integração pós-sináptica. Quando múltiplos 
sinais atingem um neurônio, a integração pós-sináptica gera um sinal 
com base na força e na duração relativa dos sinais. Se o sinal integrado 
está acima do limiar, o neurônio dispara um potencial de ação. Se o 
sinal integrado está abaixo do limiar, o neurônio não dispara. 
A ATIVIDADE SINÁPTICA PODE SER MODIFICADA 
A atividade das células pré-sinápticas também pode ser alterada, ou 
modulada. 
Quando um neurônio modulador termina em uma célula pré-sináptica, 
os PIPSs ou PEPSs gerados pelo neurônio podem alterar o potencial de 
ação que está chegando ao terminal axonal da célula pré-sináptica e 
modular a liberação de neurotransmissores. 
Na facilitação pré-sináptica, os sinais de entrada de um neurônio 
excitatório aumentam a liberação de neurotransmissores pela célula 
pré-sináptica. 
Se a modulação de um neurônio diminui a liberação de 
neurotransmissores, essa modulação é chamada de inibição pré- -
sináptica. A inibição pré-sináptica pode ser global ou seletiva. Na 
inibição pré-sináptica global, os sinais de entrada nos dendritos e no 
corpo celular de um neurônio reduzem a liberação de 
neurotransmissores de todos os colaterais e todas as células-alvo são 
afetadas igualmente 
 
Mostra três neurônios pré-
sinápticos, dois 
excitatórios e um inibidor, 
convergindo em uma célula 
pós-sináptica. Os 
neurônios disparam, 
gerando um PIPS e dois 
PEPSs, que se somam 
quando eles chegam à zona 
de gatilho. O PIPS 
neutraliza os dois PEPSs, 
criando um sinal integrado 
que está abaixo do limiar. 
Como resultado, nenhum 
potencial de ação é gerado 
na zona de gatilho. 
Já na modulação seletiva, um colateral pode ser inibido, ao passo que 
outros permanecem sem ser afetados. A modulação da liberação dos 
neurotransmissores realizada pela inibição pré-sináptica seletiva 
fornece um controle mais preciso do que a inibição global. Ou seja, 
apenas a sua célula alvo falha em responder. 
 
A atividade sináptica também pode ser alterada através da 
modificação da responsividade da célula-alvo pós-sináptica aos 
neurotransmissores. Isso pode ser feito ao se alterar a identidade, a 
afinidade ou o número de receptores de neurotransmissores. Os 
moduladores podem alterar todos esses parâmetros, influenciando a 
síntese de enzimas, de transportadores de membrana e de receptores. 
A maior parte dos neuromoduladores atua usando sistemas de 
segundo mensageiro que alteram proteínas existentes, e seus efeitos 
duram muito mais do que os dos neurotransmissores. Uma molécula 
sinalizadora pode atuar como neurotransmissor ou como 
neuromodulador dependendo do seu receptor 
A POTENCIAÇÃO DE LONGA DURAÇÃO ALTERA AS 
SINAPSES = NEUROPLASTICIDADE 
Atualmente, dois “assuntos importantes” para a neurobiologia 
são a potenciação de longa duração (LTP) e a depressão de 
longa duração (LTD), processos nos quais a atividade em uma 
sinapse ocasiona mudanças permanentes na qualidade ou na 
quantidade de conexões sinápticas. 
Muitas vezes, as alterações da transmissão sináptica, como a 
facilitação e a inibição, previamente discutidas, são de duração 
limitada. Contudo, se a atividade sináptica persiste por 
períodos maiores, os neurônios podem se adaptar por meio da 
LTP e da LTD. 
Um elemento-chave nas alterações de longo prazo no SNC é o 
aminoácido glutamato, o principal neurotransmissor 
excitatório no SNC. E como foi dito, esse possui dois receptores 
canal: os receptores AMPA e os receptores NMDA (possui uma 
propriedade em incomum. Quando a membrana está em 
repouso, o canal NMDA está bloqueado por um portão e um íon 
Mg2+) 
A ligação do glutamato com o receptor NMDA abre o portão 
dependente de ligante, mas os íons não conseguem fluir além do Mg2+, 
todavia se a célula despolarizar o Mg2+ que está bloqueando o canal é 
expelido e então os íons conseguem fluir pelo canal. Portanto o canal 
NMDA abre-se apenas quando o receptor está ligado ao glutamato e a 
célula está despolarizada. 
Na potenciação de longa duração, quando neurônios pré- -sinápticos 
liberam glutamato, o neurotransmissor pode ligar-se tanto ao receptor 
AMPA (tem mais afinidade) quanto ao NMDA da célula pós-sináptica. 
A ligação a receptores AMPA abre um canal catiônico, e a entrada de 
Na+ despolariza a célula. De forma simultânea, a ligação do glutamato 
ao receptor NMDA abre o portão do canal, e a despolarização da célula 
gera uma repulsão elétrica que expulsa o Mg2+ do canal NMDA. Uma 
vez que o canal NMDA está aberto, Ca2+ entra no citosol. O sinal gerado 
pelo Ca2! inicia as vias de segundos mensageiros. Como resultado 
dessas vias intracelulares, a célula pós-sináptica fica mais sensível ao 
glutamato, possivelmente pela inserção de mais receptores 
glutamatérgicos na membrana pós-sináptica. Além disso, a célula pós-
sináptica libera uma substância parácrina que age na célula pré-
sináptica para aumentar a liberação de glutamato. 
A depressão de longa duração parece ter dois componentes: uma 
alteração no número de receptores pós-sinápticos e uma alteração nas 
isoformas das proteínas do receptor. Diante da liberação continuada 
de neurotransmissor dos neurônios pré-sinápticos, os neurônios pós-
sinápticos removem receptores AMPA da membrana da célula por 
endocitose. Além disso, diferentes subunidades proteicas são inseridas 
nas proteínas do receptor AMPA, alterando o fluxo corrente através 
dos canais iônicos. Os pesquisadores acreditam que a potenciação e a 
depressão de longa duração estão relacionadas aos processos neurais 
da aprendizagem e da memória e às alterações encefálicas que 
ocorrem durante a depressão clínica e outras doenças mentais. 
 Exemplo bem típico no hipocampo. 
CORRELAÇÃO CLÍNICA 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE 
Conceito: 
Ansiedade é uma sensação muito subjetiva da pessoa sente 
ansiedade de uma maneira diferente 
De modo geral é descrita como uma sensação desagradável, 
inquietação interna, preocupação antecipatória, “remoendo o 
passado” 
Normalmente vem acompanhado de muitos sintomas físicos: 
tensão, tremor, dor de cabeça, taquicardia – depende no 
transtorno ansioso 
Possui uma intrínseca relação com o medo, com a questão de 
autoproteção, luta e figa, sinalização de perigo e comportamento 
de esquiva. 
Ex: a pessoa vai fazer uma viagem de avião, em determinado 
momento passa por uma turbulência super forte e naquele 
momento a pessoa teve muito medo. No momento depois em 
uma outra viagem de avião quando está indo para o aeroporto, 
começa a pensar “e se o avião tremer de novo” “se tiver uma 
turbulência”, “se a turbulência for mais forte”, “se o avião cair”. 
Na primeira situação (viagem) a pessoa sentiu medo, mas a 
sensação na segunda viagem após o ocorrido do medo da 
primeira e os questionamentos é ansiedade. 
As maneiras como esses sintomas se expressam variam muito 
com cultura, idade, grau de instrução, entre outros 
Ansiedade é algo normal, todo mundo sente. 
A ansiedade pode ser normal, exagerada e transtorno de 
ansiedade, o que difere um do outro é a intensidade de sintomas, 
tempo e grau de prejuízo ou sofrimento. 
FISIOPATOLOGIA 
Diversas regiões cerebrais participam. 
 Especialmente as relacionadas ao medo, e 
autopreservação e processos de luta e fuga 
 Regiões relacionadas ao estado de alerta e 
responsividade 
 Quais regiões são essas? Locus ceruleus, amigdala 
(região do medo), sistema de inibição comportamental 
septo-hipocampal (SICS), are anterior e medial do 
hipotálamo, entreoutras. 
 Todas têm muitas vias serotoninérgicas. 
 
 
 
 
 
 
Existe um circuito ou parte de um circuito que trabalha 
integrando área do sistema límbico com o hipotálamo e com 
áreas corticais. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS: 
NEUROIMUNOENDOCRINOLOGIA DO STRESS 
A entrada de informação do medo pode se dar pelo córtex frontal 
como pela amigdala, ou outras regiões subcorticais de forma 
inconsciente, tendo uma resposta de stress frente a esse medo. 
Quando tenho uma situação dessa, a amigdala (núcleo de 
neurônios que ficam na parte subcortical, próximo do giro 
parohipocampal) e o hipocampo elas fazem o meio de campo 
entre o neocortéx (funções mais nobres do ser humano em 
relação cognicação) com o hipotálamo (parte visceral, SNS) essa 
interação entre o córtex, subcortex e estruturas ligadas a 
homeostase (como hipotálamo) vai ser decisiva tanto no 
diagnóstico e na abordagem nos transtornos de ansiedade e 
depressão como na questão terapêutica. 
O grupo de neurônios do hipotálamo, que libera os hormônios 
liberador de corticotrofina (CRH) é liberado e modulado pelo 
hipocampo e amigdala (responsável pelo cunho emotivo que 
uma situação, pensamento ou memoria nos traz). 
Quando tem a liberação do CRH pelo hipotálamo sabemos que 
vai ter uma liberação na adenohipofise do hormônio 
adenocorticotrofico (ACTH), atuando na glândula supra renal 
liberando cortisol e adrenalina. Isso vai gerar uma reposta de 
preparação do organismo para luta ou fuga (situação de stress 
saudável). O problema é que muitas vezes esse condicionamento 
é contínuo e de intensidade variável, havendo uma 
retroalimentação desse circuito sem existir um fator de perigo 
real, ou proporcional a realidade. Nesse tipo de transtorno 
(ansiedade) a pessoa tem um medo em potencial que por algum 
motivo o indivíduo pegou aquilo como algo muito importante e 
começa então a disparar esse sistema e outros que vão fazer uma 
retroalimentação no hipocampo e amigdala 
O hipocampo ao contrário da amidala funciona como espécie de 
freio para esse sistema. Hipocampo (é uma área de neuro 
gênese) então tem receptores de glicocorticoide, então quando 
tem uma resposta de stress tem aumento de cortisol, a tendência 
é que o hipocampo fale para amidala que está bom , e ai esse 
circuito ficaria com uma retroalimentação negativa, depois que 
o organismo respondesse a esse agente agressor. Mas na pessoa 
com ansiedade essa retroalimentação negativa não acontece, 
por vários motivos, dentre eles é porque o hipocampo começa a 
ter uma hiperfunção dos receptores de glicocorticoide, gerando 
até mesmo o aumento desses receptores, e essa hiperfunção ao 
se tornar crônico, vai gerar uma disfunção desses receptores no 
hipocampo e também das células hipocampais, levando a uma 
disfunção desse hipocampo, o qual deixa de fazer a 
modulação/controle da entrada desses estímulos 
potencialmente perigosos/danosos para o organismo e vai 
deixar amigdala com uma hiperatividade. Se o hipocampo vai 
deixar de fazer esse feedback do que realmente é perigo para o 
resto do sistema nervoso e do organismo, a amigdala vai ter sua 
ação potencializada, tendo o agravamento dessa condição. 
Explicando por que boa parte dos transtornos de ansiedade 
afetam a memória, já que o hipocampo é importante na 
aprendizagem, a qual está ligada intimamente com capacidade 
de memória. E com a apoptose das células hipocampais vai haver 
o comprometimento da aprendizagem e da memória. Então a 
capacidade de elaborar memória e no caso das de longo prazo e 
depois jogar esta para regiões corticais, ela fica prejudicada. 
Então não é incomum que pessoas ansiosas tenham uma maior 
dificuldade ou o mesmo grau em determinados momentos de 
aprendizado, principalmente quando esse fator estressor está 
muito presente. 
SISTEMA LÍMBICO 
 
 
✓ Verde – giro do cíngulo e giro parahipocampal (abaixo) 
✓ Vermelho – formação hipocampal 
Essas estruturas mediais do lobo temporal, frontal e parietal elas 
são chamadas de lobo límbico, porque são estruturas (sucos e 
giros cerebrais) que vão participar desse sistema límbico. 
Hipocampo (aglomerado de corpos neurais) 
O hipocampo vai se comunicar através do fórnice com o corpo 
mamilar (vai fazer parte do diencéfalo) e está diretamente 
relacionado com o hipotálamo. 
Hipocampo responsável pelo aprendizado e, memorias afetivas 
não só vai lembrar da situação como tende a lembrar com mais 
intensidade detalhes porque é uma memória que colocou com 
afetividade, deu um valor afetivo aquela situação. 
A parte afetiva e emocional vai facilitar a plasticidade nessa 
construção de memórias no hipocampo que depois vai ser 
destinado as regiões de memórias de longo prazo, 
O hipocampo está envolvido na luta ou figa, quando este deixa 
de ter uma retroalimentação negativa saudável, deixando a 
amigdala superativa isso quer dizer que o hipotálamo está sem 
freio (igual amigdala) gerando um aporte de sintomas e sinais 
que estão ligados ao sistema nervoso autônomo (simpática) 
sudorese, extremidades frias, taquicardia, reflexos cólico 
aumentada, diarreia) . 
Os estímulos por ser subconsciente por conta da participação da 
amigdala, porém nem todos os estímulos agressivos passa pela 
amigdala, pode ser que passe só pela amigdala, ou só pelo córtex. 
Quando não passa pelo córtex vai ter as emoções implícitas 
(inconsciente). 
Sistema límbico (também conhecido como cérebro emocional) é 
formado: 
 Hipotálamo 
 Corpo mamilar 
 Tálamo (núcleo anterior) 
 Fórnice (liga o hipocampo ao corpo mamilar, ou seja, ao 
diencéfalo) 
 Amigdala 
 Lóbulo límbico (estruturas corticais que compõem o 
sistema límbico) 
- Giro do cíngulo 
- Giro parahipocampal 
- Hipocampo 
O córtex pré frontal tem uma participação muito grande, pois 
quase todas as funções executivas (sequência de ações para 
você atingir um determinado objetivo). E existe um sistema de 
neurotransmissão que neutraliza outros estímulos, que 
poderiam vir a tirar a tenção da pessoa das suas funções 
executiva, prejudicando-a. E a noradrenalina ela vai ser muito 
responsável por essa atenção. 
 Ex: Professor está dando aula, e sua função executiva é explicar cada 
slide, com o objetivo de passar essa aprendizagem aos alunos. Logo 
nesse momento ele precisa de muita atenção ali naquela função, isso 
quer dizer então que seu cérebro vai estar cheio de noradrenalina, 
para lhe ajudar a manter a sua atenção na sua função executiva, e em 
outras regiões ela vai inibir as entradas de estímulos, como no 
tálamo por exemplo para que eu possa concentrar meu córtex pré 
frontal (nobre por conta da função executiva e cognitiva) para essa 
aula. 
 
COMPLEXO NUCLEAR AMIGDALÓIDE 
A amigdala ela tem uma saída direta para o hipotálamo, isso 
significa que ela vai ter uma ação gigantesca, bem direta na 
interpretação dessas emoções, desses perigos potenciais para 
poder dizer ao hipotálamo se ele tem que desencadear uma 
reação muito ampla no sistema nervoso autônomo, 
principalmente a divisão simpática e também liberação de 
hormônios (cortisol e adrenalina pela suprarenal). 
Justamente nos núcleos da amigdala que vai definir se o estímulo 
que está chegando é um perigo potencial, um perigo próximo ou 
se já está ocorrendo o perigo. Então a amigdala ela tende a dizer 
para o córtex pré frontal (executivo), “aquilo está distante, não 
precisa dar uma inundação de cortisol, de ativar o sistema 
nervoso simpático já que é um perigo em potencial”. Entretanto 
existe uma parte da amigdala, que por exemplo, estou com um 
perigo na minha frente, estou vendo que está tendo uma 
confusão na rua, mas não estou próximo, já seria outra parte da 
amigdala a avisar o córtex “o perigo está aqui, ainda não está 
em você, mas fique atento”. E possui uma terceira parte que vai 
dizer pro hipotálamo, pro córtex pré frontal e para o próprio 
hipocampo, que vai dizer“você já está no perigo, o perigo é real” 
exigindo uma ação de luta ou fuga. 
O grande problema do transtorno ansioso é que esse perigo 
potencial ele predomina, algo que poderá nem ocorrer, ele 
começa a ter uma papel na amigdala (sistema límbico), de forma 
que a uma exacerbação patológica desse estimulo para o 
hipotálamo, para o córtex pré frontal e para a parte motora 
também, por isso tem por exemplo a ansiedade ligada ao 
transtorno obsessivo compulsivo (toque), porque essas 
estruturas também vão terminar no núcleo da base 
(responsáveis pelo controle motor) que vai fazer algo 
automático muitas vezes sem sentindo. No caso de questões 
fisiológicas esses núcleos vão ser ativados para a ação que o 
organismo entender que é a melhor (fugir, lutar, congelar, ficar 
só na expectativa) 
Na porção anterior do hipocampo tem um chamado córtex 
entorrinal, vai receber informação de diversas áreas sensoriais 
do córtex cerebral, inclusive áreas multimodais, ou seja, que 
recebe informações integradas de mais de uma modalidade 
sensitiva como visão, audição, olfato e também motoras. Então 
todas essas informações chegam ao hipocampo através do 
córtex entorrinal. Essas emoções vai ser transmitidas a amigdala 
também pelo hipocampo, e a amigdala vai interpretar se aquele 
monte de informação integrada sensorial e motora se 
relacionada como que tenho de memória no meu hipocampo ou 
nas áreas de memorias de longo prazo se aquela informação está 
causando algo no organismo da pessoa, como é o caso se está 
tendo taquicardia ou não estar, ou seja, ela vai dar um selo da 
magnitude, do grau de importância emotiva daquele estimulo. 
Ex: a pessoa ver uma face a primeira vez e se apaixonou, tem aquela reação do 
sistema nervoso simpático (acelera o coração, mão fria, desconcertado) porque 
aquela reação está subcortical naquele momento (córtex foi embora). E se a 
pessoa se apaixona por aquela pessoa e tem um breve relacionamento. Na hora 
que você no meio de uma multidão e avista uma característica da face de outra 
figura que faça você lembrar da pessoa tem uns 20 anos sem ver, o coração vai 
disparar, porque a amígdala vai dizer “encontrei uma coisa aqui de alto 
significado emocional e eu preciso resgatar isso, preciso que tenha uma ação). 
Desencadeando uma cadeia de emoções e sentimentos com uma simples massa 
de substância cinzenta. 
 
TEGMENTO DO MESENCÉFALO 
O mesencéfalo possui duas grandes subdivisões anatômicas: 
 Tegmento + base = pedúnculo cerebral 
 Onde a maioria das fibras descendente e ascendente vão 
transitar em direção ao tronco encefálico e medula. 
 Esse pedúnculo é dividido em duas partes: base e tegmento. 
 Existe célula da parte do tegmento que vai compor a área 
tegmentar ventral (que vai está mais a frente) essa área vai 
ter uma participação enorme no sistema de recompensa, 
principalmente naqueles relacionados a dependência de 
substâncias ilícitas e também o sistema de saliência da 
dopamina, ou seja, não só vai ter uma dependência por aquele 
estimulo, mas também vai haver situações que fazem lembrar 
e estimulam a conseguir aquela substância (ex: festa, uma 
pessoa que pode me dar a substancia, uma situação eu posso 
ter aquela substância) isso vai estar latamente intenso nessa 
região e mesmo sem ver uma droga ilícita, mesmo que eu não 
fizer o uso dela novamente, esse sistema de saliência da 
dopamina (neurotransmissor mais relacionado a essa 
recompensa de prazer) ele vai fazer com que tenha um 
impulso (mesmo que a pessoa não queria e esteja sendo 
tratado) que não é controlado no córtex (o difícil), e sim 
controlado pela amigdala e por essa área tegmentar do 
mesencéfalo, de forma que as recaídas e isso somado as crises 
de abstinência (porque cada vez mais a pessoa vai precisar de 
mais drogas ilícitas para ter o mesmo prazer que tinha na 
primeira vez) fazendo com que tenha essa ansiedade, procura 
louca de mecanismo para poder burlar essa atividade que o 
córtex está aprendendo que isso é ruim, fazendo o tratamento 
na clínica de repouso. Mas a saliência dopaminérgica vai fazer 
com que a pessoa procure meios, mesmo que inconscientes de 
chegar a essa substância estimulante/ilícita. 
Aqueduto de Sylvius/cerebral/mesencefálico  liga o terceiro 
ventrículo ao quarto ventrículo. 
 Existe uma substância cinzenta que fica ao redor desse 
aqueduto  substância cinzenta periaqueductal 
- Importante em diversos aspectos, mas 
principalmente das emoções e no controle 
endógeno da dor. 
- Tem uma participação em patologias como a 
fibromialgia, 
PRINCIPAIS NÚCLEOS DA FORMAÇÃO RETICULAR 
A formação reticular tem uma importância muito grande para 
clínica, dos diagnósticos dos níveis de consciência, como o coma. 
Em todo o tronco encefálico existe núcleos dessa formação 
rearticular. Imagine os núcleos bem definidos dos nervos 
cranianos (sensitivos e motores), entre esses núcleos vamos ter 
substância branca (fibras de mielina, que sobrem e desce pelo 
tronco encefálico). A formação reticular é filogeneticamente 
antiga, não sendo nem substância cinzenta nem substância 
branca, sendo uma coisa intermediaria entre as duas, logo não 
tem núcleos também definidos como tem no núcleo dos nervos 
cranianos, tem agrupamento de neurônios que vão ter 
determinadas funções e estão localizadas em determinadas 
áreas do tronco encefálico, com diversas funções. 
 A principal função é: 
➢ Fazer uma regulação/interação entre o sistema subcortical 
e tronco encefálico com o córtex e vice versa, e também com 
a medula. Então funciona como uma espécie de circuito de 
projeção/fibras de projeções de diversas categorias que vão 
atuar amplamente/distalmente (muito distante, as vezes lá 
em baixo na medula lombar, ou lá me cima no córtex) e que 
vão faze essa integração do SN em seus vários 
andares/topografia hierárquicas (córtex, subcórtex, tronco 
encefálico, além da medula) 
 
 Esses núcleos possui um neurotransmissor predominante. 
 No tronco encefálico possui 3 pontos de partidas que são 
importantes/vitais para se entender psiquiatria e 
neurologia: 
 Cerulean núcleos (lócus ceruleus) que fica nos 
limítrofes do 4º ventrículo, e esse vai ter justamente a 
norepinefrina como neurotransmissor principal. 
 Na no tegmento ventral do mesencéfalo vai ter a 
dopamina como neurotransmissor principal, assim 
como na substância negra. 
 No núcleo da Raphe, que são núcleos mais extensos 
que vai para todo tronco encefálico, o neurotransmissor 
predominante é a serotonina. 
 
NEUROTRANSMISSORES 
Aminas biogênicas (vão fazer a neurotransmissão no SNC): 
adrenalina, noradrenalina, dopamina, serotonina e histamina. 
O conjunto de 3 aminas biogênicas: adrenalina, noradrenalina e 
dopamina  catecolaminas, porque vão derivar de um mesmo 
aminoácido. 
Outros neurotransmissores: GABA (principal neurotransmissor 
inibitório do SN), Acetilcolina (vem da colina), Glutamato 
(principal neurotransmissor excitatório do SN) e endorfinas 
(várias substâncias) 
 
A noradrenalina, serotonina e dopamina, possuem mecanismo 
de ação, promovem determinados comportamentos que são 
intercessores, ou seja, que se sobre põem. 
 Ex: a atenção ela compartilhada pela noradrenalina e 
pela dopamina. Só que a noradrenalina ela está muito 
vinculada com a questão da concentração/estado de 
alerta, por isso que no transtorno de déficit de atenção 
e hiperatividade (TDH) vai ter uma desregulação desse 
sistema de noradrenalina que vem do lócus ceruleus. 
Quando tem o exagero da liberação de noradrenalina no 
córtex cerebral principalmente, começa a não ter tanta 
concentração, pelo contrário começa a ficar 
desconcentrado. E minha concentração que deveria 
aumentar, ela diminui. *** 
 A serotonina está muito presente na ansiedade, na 
irritabilidade, impulsividade. Hormônio que faz uma 
grande homeostase do SN na parte de controle do 
humor/equilíbrioafetivo e emocional. 
 
A ansiedade está bem ligada com a serotonina e noradrenalina, 
não a toa que os medicamentos antidepressivo, que vão 
funcionar como padrão outro na ansiedade eles vão justamente 
atuar na recaptação seletiva da serotonina e noradrenalina. 
SISTEMAS DE NEUROTRANSMISSORES OU PROJEÇÕES 
DIFUSA 
SISTEMA DA NORADRENALINA 
 
➢ Observa-se o locus ceruleus (aglomerado de neurônios da 
formação reticular no tronco encefálico). Esse emite 
projeções para o cerebelo, medula e para ampla região do 
subcórtex e córtex. 
➢ O locus ceruleus ele vai ter dois tipos de potenciais de ações: 
os tônicos e os fásicos. 
➢ Os tônicos eles vão fazer o que chamamos de vigília 
(homeostase da vigília), vai dar um certo grau de ativação 
do córtex cerebral para que não possamos manter um nível 
de atenção mínimo para estado de vigília e 
consequentemente poder fazer as atividades diárias. Essa 
descarga noradrenérgica basal, ela começa a diminuir 
quando estamos se aproximando do sono, ajudando no 
processo de desligamento do córtex para que a gente possa 
dormir. 
➢ Na fase fásica é justamente o de atenção quanto mais 
interessado e concentrado a pessoa está em um 
determinado objetivo, mais disparos fásicos de maior 
intensidade e de maior frequência vai lançar para 
determinadas áreas corticais, principalmente para o córtex 
cerebral e também para o hipocampo (ajudar na 
aprendizagem). 
➢ Se não houver esses disparos fásicos do locus ceruleus na 
intensidade e frequência ideal para alimentar todo o sistema 
noradrenérgico que vai atuar sobre o córtex e subcortéx, a 
pessoa está acordada, mas não está aprendendo ou não está 
concentrado naquilo que está fazendo. 
➢ Vai ter uma ativação difusa de todo neocórtex, propiciando 
a concentração e atenção seletiva (bloqueia no tálamo os 
estímulos que não são interessantes aquele momento) 
 Ex: a pessoa está dando aula e no local vizinho tem uma 
obra sendo feita (barulho de martelo), nesse caso o 
tálamo será bloqueado a maior parte possível pelo locus 
ceruleus para a pessoa não ter a tensão desviada nesse 
momento. De outro lado quando eu me aproximo do 
período do sono vai haver um enfraquecimento dessa vai 
que vai para o tálamo e ai vou ter o auxilio na questão do 
sono. 
SEROTONINA 
 
➢ A serotonina ela é bem mais ampla. 
➢ Observa os famosos núcleos da Raphe, que são 9. Sendo 
que os mais importantes são os medianos, chamados de 
núcleo magno da Raphe. 
➢ Esses núcleos serotoninérgicos vão atuar no hipotálamo, 
amigdala, hipocampo, tálamo, regiões das áreas septais, 
giro do cíngulo (agressividade e afetividade social). 
 
 
 
ACETILCOLINA 
 
DOPAMINA 
 
Sistema mais envolvido no sistema de recompensa/de 
motivação, consequentemente em relação aos sistemas 
vinculados a dependência de substâncias ilícitas. 
O sistema de neurotransmissores dopaminérgicos é bem 
restrito a algumas estruturas. 
A substância negra vai se dirigir principalmente aos núcleos da 
base que está ligado a motricidade ao planejamento e 
refinamento da motricidade. Mas também vai se ligar ao núcleo 
accubens (faz parte dos núcleos da base, e está fortemente 
ligado ao sistema de recompensa). 
A área ventral tegmentar do mesencéfalo vai fazer uma ligação 
direta com o córtex pré frontal, isso é um ganho evolutivo 
fenomenal porque vai ter motivação sendo 
despejada/intensificada tanto na área do prazer, tanto da área 
de recompensa, como também áreas diretas com o córtex 
frontal que vai ser o comandante/vai coordenar todas nossas 
funções cognitivas mais nobres, incluindo as funções dtas 
executiva . então se tenho um sistema de motivação muito 
intenso seja consciente ou insciente ele de alguma forma ele vai 
atuar no córtex pré frontal e vai atuar na minha área septal 
(área de recompensa) e então terá uma amplificação dessa 
dependência se for uma substância ilícita, serve também para 
alimento, compulsão sexual e todos outros estímulos e 
comportamentos que vai alimentar esse circuito de 
dependência, que deveria ser somente de recompensa 
pontualmente. 
Não basta ter serotonina para alcançar um objetivo/ um 
planejamento estratégico além da serotonina para dar o bem 
estar é preciso da dopamina para dar motivação. 
VIA GABAÉRGICA 
Uma via ampla 
Tem uma vai direta que vai do hipotálamo até a rea de 
associação posterior (visioespacial) 
Possui diversas fibras que chega tanto no tálamo, como no 
hipotálamo como na amigdala. 
A GABA vai servir como um freio/modulador das 
reações/comportamentos emocionais. A deficiência de GABA 
vai gerar uma exacerbação desses quadros. 
Não é atoa que os sedativos benzodiazepínicos (Rivotril, 
Alprazolam, Valium) vão p auxiliar no transtorno da ansiedade 
de forma indireta através da ação gabaérgica, vão potencializar 
a ação gabérgica nesse circuito que estão hiper excitados. 
TRANTORNO DE ANSIEDADE 
A ansiedade vai ter uma característica na qual vai ter uma 
diminuição da serotonina e um aumento patológico da 
noradrenalina (estado de hiper alerta). 
Isso será muito decisivo também na amigdala, a qual vai 
intensificar cada vez mais esse sinal de alerta desproporcional 
e consequentemente toda cascata de stress que devia ser 
fisiológico, mas passara ser patológica, inclusive com 
destruição de células do hipocampo, déficit de memória, déficit 
de atenção. 
A serotonina deixa de ter uma atuação benéfica/modulatória 
na amígdala e aquele medo que era potencial (medo de fazer 
uma viagem, medo de ter uma doença) que devia ficar no nível 
da amigdala sem incomodar ninguém, ele é disparado para o 
córtex a todo momento, inclusive para hipotálamo, porque a 
serotonina nos núcleos da Raphe está diminuída, e 
consequentemente essa modulação na amigdala, para dizer 
“amigdala esse medo é potencial não precisa se preocupar com 
isso agora , e ativar a galera toda”, mas isso não ocorre. E essa 
modulação vai está prejudicado e os estímulos potenciais que 
não deviam gerar uma resposta ampla, vai gerar e isso vai 
tendo um retroalimentação através do distúrbio do hipocampo 
e também através da citocinas inflamatórias que também vão 
atuar no SNC. 
A via serotoninérgica vai estar praticamente com 
hipofunção/inibida e essa serotonina também fala para o 
córtex que esse estímulo não deve ser considerado como um 
estímulo iminentemente de risco, inclusive o núcleo dorsal da 
Raphe tem acesso direto para o córtex pré frontal. 
 Chegou um estimulo, anunciou que está vendo um 
terremoto, mas ele vai chegar com 10 dia , o 
correto seria a serotonina frear a amigdala para 
dar tempo o córtex racionar “vai chegar daqui a 
uma semana , eu tenho como me preparar, vou 
evacuar, vou sair da cidade, ir para um lugar 
seguro, não gerando um pânico). Diferente de 
quando digo está chegando um terremoto daqui a 
20 minutos, ai o córtex é bloqueado, porque é uma 
situação de emergência, pois é um perigo real e 
muito próximo e a amigdala toma o comando de 
processar o valor dessas informações. Mas coma 
defieicnia de serotonina nos transtornos de 
ansiedade (TAG- transtorno de ansiedade 
generalizada) esse estímulo que devia ser 
classificado pelo córtex antes da amigdala, ele vai 
ser classificado primeiro pela amigdala e vai 
disparar todo processo. Em compensação se eu 
tenho todo o processo que seria potencialmente 
perigoso disparando toda hora porque criei aquilo 
na amigada, coloquei o selo que aquele evento que 
poderia ser um potencial risco ele é um risco 
(quando na verdade não é) a amígdala começa a 
estimular muito o hipotálamo, o córtex e o locus 
ceruleus fazendo um circuito de retroalimentação 
positiva para o quadro de ansiedade. A 
norepinefrina vai ser cada vez mais estimulada a 
ser liberada gerando um quadro de ansiedade 
terrível. 
 Quanto mais noradrenalina a pessoa vai ficar mais 
atordoada 
Hiperfunção dos sistemas de projeção noradrenérgicos,e 
vindos também do córtex para o tálamo assim como do córtex 
descendo para amigdala e hipotálamo. A serotonina vai está 
diminuída assim como GABA que deveria está fazendo um 
modulação no córtex e na amigdala, deixa de fazer a modulação 
e aquilo que já estava hiperfuncional vai ficar ainda mais, 
porque teve a perda de função do sistema gabaérgico na 
amigdala, tálamo e córtex. 
Medicamentos sintomáticos 
Muitos pensam que o taxa preta é o tratamento de eleição para 
o transtorno de ansiedade, mas não é, até porque ele pode 
gerar resistência e dependência. 
Até os antidepressivos que vão agir no circuito da serotonina e 
da noradrenalina, fazerem efeito isso demora de 4 a 6 semanas, 
geralmente utilizando os medicamentos taxa 
preta(benzodiazepínicos ou anticonvulsivantes) para poder 
imitar esse efeito nos receptores GABAa, no qual o 
benzodiazepínico vão se ligar a um sitio de ligação diferente do 
sitio do GABA e vão potencializar o efeito do GABA, facilitando 
ainda amis a abertura dos canais para entrada do cloreto, tendo 
uma eletronegatividade muito grande na membrana 
(hiperpolarização). Caso venha outro estimulo de ansiedade, 
por mais poderoso que seja ele tem dificuldade de excitar e 
gerar um potencial de ação nessa célula para a questão da 
ansiedade. 
DEPRESSÃO 
A serotonina e a dopamina estão envolvidos no controle da 
ansiedade, sendo que a dopamina está envolvida no circuito de 
recompensa. 
Na depressão tem a integração de 3 circuitos: dopaminérgico, 
serotoninérgico e em menor grau do noradrenérgico. Tanto é 
que a maioria dos fármacos são destinados a serotonina. 
Existe uma interação do núcleo de sistema de recompensa 
(dopaminérgico) – área ventral tegmentar do mesencéfalo e o 
núcleo da Raphe que está no tronco encefálico 
(serotoninérgico). 
Se tem uma interação do núcleo acumens (recebe tanto 
serotonina como dopamina) e do núcleos da base (recebe tanto 
serotonina quanto dopamina) o que vai acontecer é que se tiver 
um déficit de serotonina vai tender ter sinais e sintomas 
motores porque as duas vias esta atuando nos núcleo da base, 
então pode ter uma hipoatividade motora. Justificando a 
lentificação nos movimentos naquelas pessoas com uma 
depressão mais grave, como a falta de animo de levantar-se da 
cama, de tomar banho. 
Redução da serotonina, logo via ter uma perda do apetite (via 
de regra) 
Como atua no córtex pré frontal, a serotonina vai competir 
coma dopamina que me motiva, e essa motivação no núcleo 
acumens, a tendência seria que a pessoa tivesse muito 
motivado, o que ocorre é que na depressão tem uma queda da 
motivação geral principalmente, mas por exemplos, em 
motivações especificas como, ir ao cinema, visitar a família, 
estudar neuro elas costumam estar mais ou menos preservada 
por conta das vias dopaminérgicas. Mas com o avanço da 
patologia essas vias tendem a ser desregulada também, 
perdendo interesse por tudo. 
Déficit de memória na depressão, déficit na construção de 
pensamento (pensamento letificado) na pessoa com depressão, 
por conta de uma atuação direta no córtex pré frontal (área que 
vai ter a demonstração do comportamento motivacional) 
passando para núcleo da Raphe. 
Quando em uma disfunção muito grande da amigdala cerebral 
vai ter além do processo depressivo vai ter as ideações 
suicidas, passando a ter um medo potencializado que é como se 
fosse uma fronteira clínica entre o espectro depressivo afetivo 
e espectro do transtorno de ansiedade. 
O citalopram é um inibidor seletivo da serotonina, esse 
remédio (antidepressivo), é chamado de inibidor seletivo da 
recaptação de serotonina, melhorando a carência desse 
neurotransmissor que é o que ocorre na depressão. Mais 
utilizado. E mais conhecido é a fluoxetina 
 
Remédio venlafaxina, vai ter dupla atuação, vai ser seletiva 
tanto para serotonina quanto para noradrenalina  inibe a 
recaptação de serotonina e de noradrenalina 
Existe também fármacos que atuam inibindo somente a 
recaptação de noradrenalina. 
 
Os antidepressivos triciclios, fazem o bloqueio de forma 
indiscriminada, de serotonina, noradrenalina e inclusive o 
bloqueio da recaptação de dopamina também, e além de fazer 
isso vai bloquear na membrana plasmática os receptores de 
histamina e acetilcolina, o que vai ocasionar os efeitos 
colaterais. 
➢ Dose dependente (maior quantidade na fenda 
sináptica, maior será atuação dele) – competição 
➢ Boca seca, constipação intestinal, aumento da pressão 
intraocular, sono, tremor – por conta de agir na via 
histamínica e colinérgica. 
➢ Demoram 4 a 6 semanas para fazer efeito.

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