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Exame físico geral O exame físico geral já começa a partir do momento que você chama seu paciente pelo nome e ele se dirige ao consultório; É importante ser bastante observador; A anamnese e o exame físico geral complementam-se; Por meio dele são obtidos dados gerais, independente dos vários sistemas orgânicos. Aparência geral Idade aparente; Higiene; Vestuário; Quando o paciente entra no consultório nós já deduzimos a idade dele através da aparência, depois confirmamos se a idade condiz com a biológica, já conseguimos visualizar se o paciente está bem cuidado ou não, se é higiênico ou não, se está bem vestido, com o vestuário condizente com a idade, se as vestimentas estão colocadas da maneira correta; Através dessa primeira análise geral já conseguimos ter uma noção das condições psicológicas e psiquiátricas do paciente; Quando fazemos essa primeira avaliação do paciente, podemos classificá-lo em: BEG: Bom estado geral; REG: Regular estado geral; MEG: Mal estado geral; Essa avaliação é subjetiva e baseada no conjunto de dados exibidos pelo doente – “é o que aparenta o doente visto em sua totalidade”; Fácies Conjunto de dados exibidos na face do paciente; É uma soma dos traços anatômicos mais a expressão fisionômica; Não apenas os elementos estáticos, mas o olhar, a posição da boca, o batimento das asas do nariz podem indicar alguma coisa; Algumas doenças levam o paciente a ter uma fácie bem peculiar e pela simples observação dela já podemos lançar mão de uma hipótese diagnóstica; Ectoscopia Fácie acromegálica: estruturas da face hipertrofiadas, maior desenvolvimento do maxilar e os olhos parecem pequenos, pois são desproporcionais ao comparar com a face como um todo; Consequência da hiperfunção hipofisária; Fácie paralisia facial periférica: impossibilidade de fechar as pálpebras, repuxamento da boca para o lado paralisado, apagamento das rugas frontais e do sulco nasolabial; Fácie mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pálpebra infiltrada e enrugada, edema periorbital, cabelos secos e sem brilho, desânimo e apatia; Indica hipotireoidismo; Fácie cushingoide ou de lua cheia: rosto arredondado, atenuação dos traços faciais, bochechas vermelhas, aparecimento de acnes; observada no uso prolongado de corticoides ou na hiperfunção do córtex da suprarrenal (Síndrome de Cushing); Fácie hipocrática: olhos fundos, parados e inexpressivos; lábios adelgaçados; nariz fino e batimento de asas do nariz; cianose labial, suor e palidez; falta de gordura facial; observado nos estados agônicos de doenças crônicas terminais e irreversíveis; Fácie renal: edema ao redor dos olhos (pela manhã) e palidez cutânea; observada nas doenças difusas dos rins, especialmente na glomerulonefrite difusa aguda e na síndrome nefrótica; Fácie leonina: pele espessa com grande número de lepromas, confluentes e de tamanhos variáveis; o nariz se espessa e alarga, os lábios se espessam e alargam, os supercílios caem e a barba torna-se escassa (cara de leão). Típica de Mal de Hansen; Fácie Basedowiana: exoftalmia (olhos salientes e brilhantes), rosto magro, aspecto de espanto e ansiedade, presença de bócio. Indica hipertireodismo; Fácie adenoidiana: geralmente, acontece em crianças com hipertrofia das adenoides (que deste modo, dificultam a respiração). As características são nariz pequeno e afilado e boca entreaberta; Fácie mongoloide: típica do mongolismo, popularmente conhecido hoje como trissomia do cromossomo 21 ou Síndrome de Down; olhos bem distantes um do outro (hipertelorismo), braquiocefalia (cabeça achatada), orelhas pontiagudas, expressão fisionômica que denota pouca inteligência; Fácie esclerodérmica: engloba características como imobilidade facial, endurecimento da pele, repuxamento dos lábios, afinamento do nariz, imobilização das pálpebras e fisionomia estática, inexpressiva, imutável; Face etílica ou alcóolica: olhos avermelhados, uma ruborização da face (face avermelhada), sorriso indefinido, o hálito etílico, voz pastosa e conversa embaralhada; Fácie pseudobulbar: aparece na chamada paralisia pseudobulbar (aterosclerose cerebral) e é caracterizada por súbitas crises de choro ou de riso, que levam a um aspecto espasmódico (contínuo e involuntário), ao tentar contê-las; Fácie miastênica: ocorre na miastenia grave; ptose palpebral bilateral (queda da pálpebra superior), a qual obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Fácie Parkinsoniana: típica dos portadores da Síndrome de Parkinson: olhar fixo, supercílios elevados, fronte enrugada, expressão de espanto e fisionomia facial semelhante a uma máscara; Fácie depressiva: dentre as características dessa fácie, destacam-se: olhos pouco expressivos e fixos em um ponto distante; o indivíduo fica cabisbaixo, denotando indiferença, tristeza e sofrimento moral; o sulco nasolabial se acentua, e o canto da boca se rebaixa. ATITUDE E DECÚBITO: Atitude e decúbito é a posição adotada pelo paciente, no leito ou não, para sentir-se mais confortável ou para aliviar algum sintoma. Existem as atitudes voluntárias e as involuntárias. Atitudes voluntárias: Ortopneica: paciente fica sentado na beira da cama com os pés no chão e as mãos sobre o colchão. Além disso, o paciente fica com o tronco protuído para frente. Essa posição é adotada geralmente para aliviar falta de ar em episódios de asma brônquica, ascites volumosas e insuficiência cardíaca. Genupeitoral ou prece maometana: o paciente fica com os joelhos e tronco fletidos sobre a coxa, enquanto a face anterior do tórax fica em contato com o colchão ou com o chão e com o rosto repousado sobre as mãos. Facilita o enchimento do coração em casos de derrame pericárdico. Cócoras: paciente fica agachado, sentado sobre os pés. Essa atitude é adotado principalmente por crianças portadoras de cardiopatias congênitas cianóticas. Ela alivia a hipóxia generalizada que acompanha as cardiopatias congênitas devido à diminuição do retorno venoso ao coração. Parkinsoniana: paciente com Parkinson. Ao se colocar de pé apresenta semiflexão da cabeça, tronco, e membros inferiores e ao caminhar parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. Decúbito: decúbito é a forma preferida de deitar do paciente, que lhe traz mais conforto ou alívio do(s) sintoma(s); Existe o decúbito lateral, frontal e dorsal; Decúbito lateral Decúbito lateral Cócoras Parkinsoniana Ortopneica Genupeitoral Atitudes involuntárias: Atitude passiva: paciente fica na posição em que é colocado no leito. Observado em pacientes inconscientes e comatosos; Órtótono: todo o tronco e membro estão rígidos; Opistótono: contratura da musculatura lombar – o corpo passa a se apoiar na cabeça e calcanhares, embarcando-se como um arco. Observa-se na meningite e tétano. Emprostótono: é o contrário do opistótono, sendo que o paciente forma uma concavidade na região ventral. Observa-se em meningite, tétano e raiva; Pleurostótono: o corpo vai curvar-se lateralmente e acontece em casos raros de meningite, tétano e raiva; Posição em gatilho: hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre a coxa e encurvamento do tronco com convavidade para diante. Acontece em irritações meníngeas – mais comum em crianças; Torcicolo: atitude involuntáriade um segmento do corpo; Marchas O modo de andar do paciente poderá ser de grande utilidade diagnóstica, especialmente nas afecções neurológicas. Deve ser analisada solicitando-se ao paciente que caminhe certa distância (acima de 5 metros), descalço, de preferência com calção, com olhos abertos e fechados, indo e voltando sob a observação do examinador. A marcha normal pode sofrer variações em relação a particularidades individuais (“cada pessoa tem seu jeito de andar”), ou em razão de distúrbios do aparelho locomotor. Marchas Patológicas: Marcha hemiplégica,helicópode ou ceifante: paciente mantém o membro superior fletido em 90º no cotovelo e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. Esse modo de andar lembra o movimento de uma foice em ação. É comum em pacientes que sofreram AVC. Marcha Escarvante: o paciente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé e ao tentar caminhar toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, lembrando o passo de ganso dos soldados prussianos. Marcha tabética: para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados abruptos e explosivamente e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo pesadamente. Com olhos fechados a marcha piora ou se torna impossível. Indica perda de sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. Marcha anserina ou de pato: o paciente para caminhar vai inclinando o tronco ora para direita, ora para esquerda, lembrando o andar de um pato. É encontrada em doenças musculares e traduz uma diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. Os pacientes que apresentam essa marcha geralmente possuem uma hiperlordose. Marcha em tesoura ou espástica: os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam, e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. Esse tipo de marcha é bastante frequente nas formas espásticas da paralisia cerebral. Marcha parkinsoniana: o doente anda como um bloco, enrijecido, sem movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para frente e os passos são curtos e rápidos – corre atrás do seu centro de gravidade- parece que vai cair para frente. Marcha cerebelar ou de ébrio: ao caminhar o paciente fica com os pés bem separados e ziguezagueia como um bêbado. Esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos decorrente de lesões no cerebelo. Marcha claudicante: ao caminhar, o paciente manca para os lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. Marcha de pequenos passos: caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. É típica de atrofia cerebral (paralisia pseudobulbar) e pode ocorrer em idosos normais sem outros sinais de lesão neurológica. Marcha vestibular: o paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda; é como se fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em linha reta. Se o paciente é colocado em ambiente amplo e solicitado a ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados descreverá uma figura semelhante a uma estrela. MUCOSAS: As mucosas conjuntivais, labiobucais, linguais, e gengivais são de fácil observação a olho nú sem auxílio de qualquer aparelho. A única coisa que, às vezes faz-se necessário, é o uso de uma lanterna para uma melhor iluminação, facilitando uma boa inspeção. O metódo de exame consiste em inspecionar com manobras que exponham as mucosas à visão do examinador. Parâmetros analisados: coloração, umidade (hidratação) e integridade (pequenas lesões). Quanto a coloração, as mucosas podem ser: Normocoradas; Hipocoradas; Hipercoradas; Cianóticas; Icterícas; Quanto a umidade, as mucosas podem ser: Úmidas; Secas: aspecto ressequido e perda de brilho; PELE Funções da pele: proteção, termorregulação, percepção e secreção; Para o exame de pele é necessário uma boa iluminação, o desnudamento da parte a ser examinada e o conhecimento prévio dos procedimentos semiotécnincos; É necessário investigar os seguintes elementos: Coloração: palidez, vermelhidão, cianose, icterícia, bronzeamento, albinismo e etc. Umidade: umidade normal, pele seca, umidade aumentada (pele sudorenta); a análise da umidade da pele é fita inicialmente por inspeção, mas é necessário também a palpação; Textura: disposição de elementos que constituem um tecido; a pele pode ter textura normal, ser lisa, fina, áspera, enrugada Espessura: pele de espessura normal, pele atrófica e pele hipertrófica; para determinarmos a espessura da pele devemos pinçar uma dobra cutânea com o dedo indicador e o polegar; Temperatura: temperatura normal (normotérmica), temperatura elevada ou hipertérmica (processos inflamatórios), temperatura diminuída ou hipotérmica (hipotermia corporal); a temperatura da pele é aferida com a palpação com a parte dorsal da mãos ou os dedos. Elasticidade: elasticidade é a propriedade do tegumento cutâneo de se estender quando tracionado. Para conferirmos a elasticidade devemos pinçar a prega cutânea com o polegar e o indicador, fazendo uma certa tração, e depois soltá-la. A pele pode estar com uma aumento da elasticidade ou hiperelástica, com a elasticidade normal e com diminuição da elasticidade ou hipoelástica. Mobilidade: é a capacidade de movimentar os planos fundos subjacentes. A semiotécnica para conferir a mobilidade consiste em colocar a palma da mão sobre a pele e movimentá- la para todos os lados, fazendo deslizar as estruturas. A pele pode estar com a mobilidade normal, com a mobildade aumentada ou a mobilidade ausente. Turgor: o turgor é a capacidade da pele a voltar ao normal depois de ser pinçada e pode indicar desidratação. Com o dedo polegar e o indicador pinça-se uma prega da pele que pega a superfície subcutânea. Se a prega da pele ao se soltar se desfaz rapidamente, temos um turgor normal; se ao se soltar a prega ela se desfazer lentamente temos um turgor diminuído (desidratação). Sensibilidade: dolorosa (hiperalgesia e hipoalgesia), tátil (se o paciente sente o meu toque) e térmica (se ele faz a diferenciação do quente e do frio). Lesões elementares: modificações do tegumento cutâneo por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, por distúrbios do metabolismo ou por defeito de deformação. A semiotécnica é inspeção e palpação. As lesões elementares primárias são as que aparecem sem serem precedidas de outras alterações macroscópicas; As lesões elementares secundárias resultam da evolução de lesões primárias; Lesões planas: Mácula ou mancha: são modificações de coloração da pele sem alteração do relevo ou conscistência. A diferença entre as máculas e as manchas é o tamanho da modificação da coloração da pele. A mácula promove modificações de coloração da pele de diâmetro menor que 0,5 cm, enquanto a mancha promove modificações da coloração da peçe dediâmetro maior que 0,5 cm. As máculas podem ser: Máculas pigmentares: alteração do pigmento da melanina e elas podem ser hipocrômicas (acrômicas) que é quando tem a diminuição ou ausência da melanina, como acontece por exemplo no vitiligo, pitiríase vesicolor, hanseníase, ou hipercrômicas que é quando tem aumento do pigmento de melanina, como acontece por exemplo na Síndrome de Cushing, na Doença de Addison. Máculas vasculares: decorrem de distúrbios da microcirculação da pele (congestão ou constrição vascular e extravasamentode hemácias). Elas se diferem das manchas hemorrágicas, pois desaparecem com digitopressão. Temos lesões como: Eritema: mancha de coloração vermelha decorrente da vasodilatação que desaparecem com a digitopressão ou vitropressão. Pode assumir tonalidades e padrões variados, como: eritema cianótico, rubro oou exantêmico; Telangiectasias: dilatação de vasos terminais, isto é, arteríolas, vênulas e capilares, geralmente na derme superficial, constituindo lesão linear, sinuosa, estelar ou puntiforme. Manchas hemorrágicas: trata-se de sangue extravasado, não desaparece com digitopressão; A. Petéquia: quando puntiforme; B. Víbices: quando lineares; C. Equimoses: quando em placas; Lesões sólidas: Pápula: lesão sólida e circunscrita, menor que 1 cm de diâmetro, elevada (que faz relevo em relação aos planos circunjascentes), com superfície plana ou encurvada. Pode ser epidérmica, dérmica ou mista. Observada em verruga, erupções medicamentosas, acne, hanseníase, sífilis secundária tardia. Placas: lesão elevada, maior que 1cm, geralmente de superfície plana. Obs: A superfície da placa pode ser também descamativa, crostosa, queratinizada ou macerada. Pode ser constituída pela confluência de várias pápulas (placa papulosa). Nódulo: infiltrado sólido circunscrito, geralmente bem delimitado, persistente, de localização dérmica ou hipodérmica, podendo ser elevado ou situado profundamente na derme, medindo 1 a 3 cm de diâmetro. Costuma ser mais palpável que visível. Conteúdo líquido Vesícula: pequena cavidade de localização geralmente intraepidérmica (podendo ser subcórnea, intraepitelial ou subepidérmica), de conteúdo claro, medindo menos de 1cm de diâmetro. A lesão é elevada e circunscrita. A superfície pode ser esférica, pontiaguda ou umbilicada. Freqüentemente ocorre turvação (pustulização) de seu conteúdo. Bolha: elevação circunscrita da pele, maior que 1cm. Situa-se na epiderme ou entre a epiderme e a derme. Seu conteúdo é inicialmente seroso e claro - pode depois ser purulento ou hemorrágico. Dependendo do nível de formação, a bolha pode ser flácida e fugaz (como nos pênfigos) ou tensa e duradoura (como na dermatite herpetiforme de Dühring - Brocq). Quando a bolha é provocada por queimadura, denomina-se flictena . Pústula: elevação circunscrita da epiderme, pequena cavidade similar à vesícula, de conteúdo purulento. A pústula pode ser séptica, como no impetigo ou na acne juvenil, ou asséptica, como na psoríase pustulosa. Abcesso: é uma coleção de pus localizada e profunda, situada na derme ou tecido subcutâneo que geralmente se acompanha de sinais inflamatórios (edema, rubor, calor e dor) causada por infecção, inflamação ou degeneração tumoral. Pode situar-se em qualquer órgão. Na pele, pode se desenvolver a partir de foliculite profunda, traumatismos ao redor de corpo estranho ou outras infecções mais profundas. Pode drenar para a pele como coleção purulenta, mas geralmente apresenta-se como nódulo eritematoso. Vergão: marca ou vinco na pele, especialmente produzida por chibatada ou chicotada; Crostas: é formada por exsudato que se forma na área de perda tecidual, resultante do dessecamento de serosidade, pús ou sangue, em mistura com restos epiteliais. Apresenta cores variáveis conforme o tipo de secreção (vermelho-escuro, amarelo, esverdeada, respectivamente hemática, sero-hemática ou purulenta). No pênfigo, por exemplo, as crostas decorrentes da dessecação de bolhas podem ser serohemáticas e/ou seropurulentas. No impetigo, a cor das crostas é amarela e típica, recebendo a denominação melicérica pela semelhança com a cor do mel. Escama: massa laminar, de aspecto e dimensões variáveis, resultante do acúmulo de queratinócitos, em decorrência de distúrbio da queratinização. Geralmente acompanhada de eritema, a escama pode ser seca ou gordurosa, laminar, nacarada ou fina (furfurácea). Fissura: fenda linear, estreita e profunda na pele. Ocorre com frequência no eczema crônico e no intertrigo. Ocorre quando a pele perde flexibilidade, torna-se quebradiça ou macerada. As fissuras são mais proeminentes em áreas distendidas por movimento, como nos lábios, dobras, mãos e pés. Úlcera: perda circunscrita de epiderme e derme, podendo atingir a hipoderme e tecidos subjacentes. Pode representar também, uma lesão primária como na úlcera de estase, na leishmaniose e outras doenças. Escara: área de necrose, geralmente enegrecida, que evolui para ulceração depois de ser eliminada. Escoriação: escoriações são lesões simples, que ocorrem na camada mais superficial da pele, por exemplo uma perna ralada em uma criança, sem perda ou destruição do tecido. No geral, o sangramento é pequeno, porém podem ser muito dolorosas porque as terminações nervosas ficam expostas. Na maioria dos casos, esse tipo de ferimento acontece devido a materiais cortantes, quedas ou arranhões. Apesar de serem lesões simples e, na maioria dos casos, não apresentarem risco, se não tratadas adequadamente podem se agravar e tornar o tratamento mais complexo. Esclerose: alteração da espessura e da consistência da pele que torna-se rígida, perde o pregueado natural e resiste à distensão ou à tentativa de enrugamento por pressão digital. A área atingida pela esclerose costuma permanecer lisa e brilhante. Pode haver alterações da cor da pele comprometida. Liquenificação: espessamento da pele com acentuação dos sulcos ou do quadriculado normal da pele, em decorrência do ato de coçar persistentemente. A liquenificação pode apresentar alterações da cor da pele. Cicatriz: lesão brilhante, destituída dos anexos cutâneos, decorrente da reparação dos tecidos destruídos. Pode ser plana, deprimida ou elevada. Atrofia: adelgaçamento da pele decorrente de redução dos elementos constituintes dos tecidos normais, com enrugamento, elevação ou depressão em relação aos planos circunjacentes. A atrofia pode ser idiopática ou secundária a processos inflamatórios e infecciosos. Anexos e faneros: Cabelo: palpação e inspeção para verificar tipo de implantação, distribuição, área desprovida de pelo (alopecia), quantidade, coloração, brilho, espessura e conscistência; Unhas: se tem alguma distrofia na unha, às vezes em vidro de relógio, se elas são irrugadas, rugosas ou têm formato irregular; Pelos: hirsutismo (aumento da quantidade de pelo nas mulheres em locais comuns ao homem), hipertricose (excesso de pelo), atraso ou precocidade no aparecimento de pelos. A queda de pelos pode indicar alguma desnutrição, alguma hepatopatia crônica, mixedema, colagenoses e algumas dermatoses; MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS BIÓTIPOS • Longilíneo: pescoço longo, tórax afilado e chato, membros alongados, altos, panículo adiposo pouco desenvolvido, ângulo de Charpy menor que 90º; • Mediolíneo: equilibro entre os membros e o tronco, desenvolvimento harmônico da musculatura e panículo adiposo, ângulo de Charpy igual a 90º; • Brevelíneo: pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, membros curtos em relação ao tronco, musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso, tendência de baixa estatura, ângulo de Charpy maior de 90º;
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