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Rebeca Woset Sistema Digestivo - Parte 1 Parte 1 Cavidade Oral Esôfago Rúmen e retículo Estômago e abomaso Parte 2 Intestinos e peritônio Fígado e vesícula biliar Pâncreas CAVIDADE ORAL ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENO FENDA PALATINA PRIMÁRIA Anomalias dos lábios superiores rostralmente ao septo, columela e pré- maxila Uni ou bilateral Superficial ou estender-se para a narina Fusão incompleta do processo frontonasal com os processos maxilares FENDA PALATINA SECUNDÁRIA Frequentemente associada á fenda palatina primária. Crescimento inadequado das prateleiras palatinas ANOMALIA NO CRESCIMENTO DOS MAXILARES Braquignatia Superior Diminuição da maxila. Cães, suínos Angus e Jersey Braquignatia Inferior/Micrognatia Diminuição da mandíbula. Bovinos, ovinos e cães Prognatismo Prolongamento anormal das mandíbulas. Ovinos Agnatia Nasce sem a mandíbula. DOENÇAS DOS DENTES E TECIDOS DENTAIS CONDIÇÕES DEGENERATIVAS DOS DENTES E TECIDO DENTÁRIO Pigmentação Atrito Deficiência de cálcio (hipoplasia de esmalte e/ou dentina): Comum, o dente fica erosado Deficiência de fósforo (má oclusão) DONEÇAS INFECCIOSAS E INFLAMATÓRIAS DOS DENTES E PERODONTO Placa Tártaro Cárie Doença periodontal OBSTRUÇÕES E DISTÚRBIOS FUNCIONAIS MUCOCELES SALIVARES Defeitos Congênitos Genéticos Consaguinidade Agentes Tetatogênicos Infecciosos Nutriconais Maternos Agentes Tóxicos Agentes Químicos Rebeca Woset Sistema Digestivo - Parte 1 Mucocele salivar é um pseudocisto pequeno ou grande da mucosa oral, preenchido por líquido, de paredes finas e não revestidas por epitélio. Mucoceles grandes são raras e deslocam a língua ou causam obstrução na cavidade oral. Mucoceles de 1 cm ou menos passam provavelmente despercebidas, mas podem ser numerosas. Clinicamente as mucoceles causam salivação, deslocamento da língua e dificuldades na alimentação. Mucoceles salivares são causadas por traumatismos nas bochechas ou na superfície ventral da língua. A saliva penetra o interstício da lâmina própria ou submucosa, formando a mucocele. A mucocele (uma lesão redonda, oval ou irregular) é uma bolha translúcida preenchida por saliva, localizada na mucosa da cavidade oral, podendo medir 2 a 4 cm de diâmetro. A saliva no tecido conjuntivo estimula a formação de uma parede fina de tecido de granulação. SIALOLITÍASE Sialólito duro pode ser observado como uma massa firme, palpável, na submucosa ao longo do curso do ducto parotídeo ou no assoalho da boca. Os animais afetados salivam excessivamente. Sialólitos são concreções calcárias amarelas ou brancas que se formam nos ductos das glândulas salivares parótida ou submandibular e que nas radiografias frequentemente apresentam lamelas concêntricas. O núcleo de formação é frequentemente não identificado, mas pode consistir de bactérias, agregados de muco ou células epiteliais descamadas. Sialólitos têm conteúdo alto em fosfato de cálcio, uma proporção menor de carbonato de cálcio, outros sais solúveis, matéria orgânica e água. PROCESSOS INFLAMATÓRIOS ESTOMATITE Difusa ou local Faringite Glossite Gengivite Amigdalite Angina Podem evoluir para estomatites profundas. ACTINOLACILOSE Infrequentemente, Actinobaci/lus lignieresii causa infecção e inflamação granulomatosa localizadas profundamente nos tecidos da boca e nos linfonodos adjacentes em bovinos, pequenos ruminantes e equinos. Esse bacilo gram-negativo que ocorre no meio ambiente tem acesso aos tecidos da submucosa através de erosões ou perfurações causadas por cascas de cereais ou espinhos presentes no alimento. NEOPLASIAS PAPILOMATOSE ORAL Os tumores têm origem infecciosa, são causados por um Papillomavirus, são transmissíveis e múltiplos, e ocorrem na mucos a bucal e sobre a lingua, palato, faringe e epiglote. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS Carcinomas de células escamosas são relativamente comuns na mucosa oral de cães e gatos velhos. O carcinoma inicia na língua, na gengiva ou na tonsila. Os que se originam nas tonsilas são mais frequentes em cães, enquanto os da língua são mais frequentes em gatos. Carcinomas da mucosa oral são reconhecidos quando são suficientemente grandes para causar dificuldade em comer e deglutir. As neoplasias de gengiva e as da língua podem ser reconhecidas pelo proprietário, mas carcinomas das tonsiIas não são detectados até que ocorram sinais clínicos. Esses incluem tentativas de regurgitação ou de expelir saliva por tosse e interferência com a respiração e deglutição. MELANOMA Melanomas são usualmente lesões solitárias, ocorrem bastante comumente nas porções pigmentadas de cães de 7 a 14 anos, mas podem também originar-se nas gengivas, na mucosa bucal, no palato ou nos lábios. O melanoma inicia Rebeca Woset Sistema Digestivo - Parte 1 como uma mácula preta e se transforma numa massa firme de crescimento rápido. Pode ter forma de cúpula ou apresentar superfície ulcerada, avermelhada e sangrante. Dependendo da quantidade de pigmento presente, o interior da massa pode ser branco-acinzentado, marrom- escuro ou preto. FIBROSSARCOMAS Terceiro tumor maligno oral mais comum em cães. DOENÇAS PARASITÁRIAS DA CAVIDADE ORAL Sarcosporidiose (Sarcocystis spp) e cistercercose (Cysticercus bovis): Músculos estriados da língua Trichinella spiralis: Músculos da língua e mastigação Gongylonema spp; Mucosa da língua Gasterophilus spp: Musocas faríngea G. nasalis: Gengivas (ao redor, entre os dentes e atrás dos processos alveolares) Leishmania infantum: Glossite nodular e ulcerativa. ESÔFAGO Esofagites Obstrução, estenose e perfuração Megaesôfago Parasitoses Neoplasias ESOFAGITES OBSTRUÇÃO, ESTENOSE E PERFURAÇÃO OBSTRUÇÃO Intrínseca Compactação esofágica Área sobreposta a laringe Entrada torácica Base do coração Cranial ao hiato diafragmático Necrose, ulceração, perfuração ou divertículos e fístulas Extrínseca Anomalias vasculares MEGAESÔFAGO Cães com megaesôfago têm ausência de função em uma parte do terço superior ou médio do estômago. A pressão do esfíncter esofágico inferior, no entanto, é normal tanto na forma congênita como na adquirida. Macroscopicamente, o estômago está acentuadamente dilatado, flácido com o diâmetro duas a três vezes maior que o normal. Líquidos e fétidos de alimentos consumidos anteriormente. O esfíncter esofágico inferior, uma zona de I a 2 cm de comprimento, não é afetado. Erosiva Ulcerativas Doenças Virais Diarreia Viral Bovina Peste Bovina Estomatite Papula Bovina Rinotraqueíte Infecciosa Bovina Calicivírus Felino Disfunção motora segmentar/ difusa Falha no peristaltismo / propulsão Acúmulo/ putrefação Esofagite Rebeca Woset Sistema Digestivo - Parte 1 PARASITOSES Sarcosporidiose (Sarcocystis spp): Músculo estriado esofágico Spirocerca lupi: Parede esofágica – cães e outros carnívoros, Espirocercose, causada por spirocerca lupi é uma inflamação granulomatosa parasitária que afeta o estômago de carnívoros no sul dos Estados Unidos e outros países tropicais. O verme adulto, um nematódeo espiruróide vermelho com 30 a 80 mm de comprimento, enterra-se na mucosa do esôfago distal, produzindo um granuloma cístico que se comunica com o lúmem esofágico por uma fístula. Os ovos embrionados passam pela abertura da fístula para o Iúmen do esôfago, daí para o tubo gastrointestinal e, então, para as fezes do hospedeiro de onde são ingeridos por besoros coprófagos. NEOPLASIAS Papilomatose: Infecções virais – invasão da luz esofágica Carcinoma de células escamosas: Pela ingestão de samambaia (Pteridium aquilinum). Clinicamente, o carcinoma esofágico é acompanhado por disfagia, regurgitação, dilatação da parte do estômago proximal à neoplasia, perda de peso e massa cervical palpável.Eles frequentemente não são detectados cedo porque a massa neoplásica cresce para o interior do Iúmen. A superfície tem aspecto de couve-flor e pode estar ulcerada. RÚMEM E RETÍCULO Dilatação do rúmen (timpanismo) Corpos Estranhos Rumenite Reticulite Traumática Parasitoses Neoplasias DILATAÇÃO DO RÚMEM CORPOS ESTRANHOS Madeira Plástico Metais Tricobezoares (pêlo) Fitobezoares Metais pesados > intoxicação Abrasivos ou afiados > penetração da mucosa RUMENITE Virais Parasitárias Micóticas Tóxicas Nutricionais Edema Erosão Úlcera Necrose RETICULITE TRAUMÁTICA Perfuração Corpo estranho: longo, fino e afiado Dilatação Anormal Retenção Excessiva Gás Livre Crônicos/ Secundário/Gasos o Obstrução Física Atonia Ruminal Outras (Tétano) Espuma Persistentemente Dispersa Agudo/Primário/ Espumoso Plantas (fermentação excessiva) Grãos finamente triturados ((excesso) Lesões com características e graus variáveis. Rebeca Woset Sistema Digestivo - Parte 1 Incompleta: inflamação focal supurativa ou granulomatosa Pequena peritonite suprajacente Final da gestação e parto Completa Peritonite local aguda e crônica (reticulopericardite) PARASITOSES Paramphistomum spp Vermes vermelhos, gordos e em forma de gotícula Considerados não patogênicos Alta infestação causa atrofia das papilas e cornificaçãoo excessiva (estrato córneo e granuloso) Ruminoreticulite NEOPLASIAS Papilomatose: Bovinos – papilomavírus bovino 4 Carcinoma de células escamosas: Papilomatose severa e intoxicação por pteridium aquilinum (samambaia) Outras: Metástases ESTÔMAGO E ABOMASO Dilatação gástrica e deslocamentos Alterações inflamatórias Parasaitoses Neoplasias DILATAÇÃO GÁSTRICA Equinos Primária: ingestão excessiva de água/ consumo em excesso de carboidratos fermentáveis Secundária: obstrução (estômago, ID/ íleo) DILATAÇÃO GÁSTRICA E DESLOCAMENTOS Cães Dilatação/Vólvulo Raças de grande porte Raças de tórax estreito e profundo Alimentação/aerofagia Frouxidão do ligamento hepatogástrico Dieta de pequenas partículas alimentares Bovinos Afecção comum: rebanho de alta produção/ intensivo/ pós-parto Á esquerda (90%): cetose/ hipocalemia/ metrite e retenção de placenta Atonia abomasal (ACh) Raro (neoplasia) Á direita (10%): resulta em vólvulo Congestão Edema Necrose ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS Gastrites Agudas Crônicas Parasitárias Abomasites Úlceras Micóticas Parasitárias Gastriste Termo genérico – ampla gama de lesões Etiologia Multifatorial Ruptura Peritonite Morte Congestão Edema Erosão Úlcera Necrose Multifatoriais
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