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1
Espelho-resposta
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Luna
 Luna tem três anos de idade e é aluna da 
creche José Serrão, próxima à Unidade de Saúde 
da Família Nossa Senhora das Margaridas. 
 Durante a atividade do banho de mangueira 
na creche, Luna caiu. A professora percebeu 
ferimentos leves na face e a avulsão do dente 61. 
De imediato, acionou Maria, a mãe de Luna, para 
levá-la ao dentista mais próximo.
 Maria guardou o dente e levou Luna à 
Unidade de Saúde da Família Nossa Senhora das 
Margaridas, sem agendamento prévio, em busca 
de tratamento odontológico de urgência.
Atividade formativa 1
 Antes da realização do procedimento odontológico mais invasivo, é importante 
conduzir anamnese e exame clínico para o caso. Para identificação de quais tecidos 
bucais foram lesionados, a primeira conduta a ser realizada é a limpeza do rosto do 
paciente, seguida da anamnese para identificar possíveis hemorragias e complicações 
neurológicas. 
 No caso apresentado, é fundamental observar e registrar no prontuário se Luna 
consegue se comunicar de forma coerente, de acordo com o esperado para a idade de 
três anos. 
 Se as pupilas permanecerem dilatadas mesmo diante do estímulo luminoso ou 
se uma das pupilas estiver contraída e a outra dilatada (anisocóricas), pode ser um 
indicativo de lesão cerebral. 
 Devem ser observados e registrados: náuseas; histórico de vômitos em jatos; 
presença de sangue ou líquido de cor clara proveniente de ouvidos ou nariz; alteração de 
diâmetro pupilar; confusão mental; dores de cabeça e sonolência excessiva e resposta 
pupilar anormal. 
 Caso Luna apresente comprometimento neurológico, é prioridade encaminhá-la 
ao atendimento médico para verificação de qualquer outra lesão traumática. 
 Diante dessa situação, como o cirurgião-dentista da Unidade de Saúde deve 
conduzir a consulta da criança, considerando a avulsão do elemento 61?
Você usou seus conhecimentos para responder ao questionamento apresentado. 
Parabéns! Agora compare sua resposta à proposta a seguir e verifique de que modo 
elas se distanciam ou se aproximam. Desse modo, você pode mapear os pontos do 
conteúdo que compreendeu bem e aqueles que precisam ser reforçados. 
2
 Quando não há sinal de comprometimento neurológico, a anamnese e o exame 
clínico devem continuar a ser feitos. É importante identificar condições sistêmicas 
que possam interferir no atendimento odontológico, como síndromes, condições 
hereditárias, discrasias sanguíneas e alergias.
 É fundamental perguntar sobre o evento traumático. Deve-se questionar: quando 
(indicará o fator tempo, o que poderá determinar a escolha do tratamento); como 
(compreender como o acidente ocorreu pode ajudar a definir a gravidade do trauma e 
localizar injúrias específicas); onde (saber o local onde o trauma ocorreu é importante 
para se ter ideia da contaminação dos ferimentos e a necessidade de profilaxia para o 
tétano, além de permitir a localização dos fragmentos dos dentes).
 No exame clínico, devem ser avaliados não apenas os elementos dentais, mas 
também os tecidos moles circundantes e extraorais. Nota-se que aproximadamente 
metade dos pacientes que buscam atendimento devido à presença de traumas dentais 
apresentam lesões em tecidos moles também. 
 O exame clínico inclui palpação, teste de vitalidade, no entanto, esse último 
apresenta valor limitado ao ser realizado logo após o trauma. Se estiver disponível 
na Unidade de Saúde, é importante realizar exame radiográfico para avaliar se há 
comprometimento do germe do permanente, extensão da lesão etc., podendo ser 
realizadas radiografias periapicais modificadas e técnica lateral de Fazzi. 
 No caso apresentado, o trauma dental foi a avulsão do elemento dental 61 e o 
recomendado é a realização da tomada periapical para identificar possíveis presenças 
de corpo estranho. 
 Como conduta terapêutica, não é recomendável o reimplante do dente decíduo. 
É importante realizar o acompanhamento do trauma até erupção do dente sucessor 
permanente. 
 Além disso, como a mãe guardou o dente da criança, uma possibilidade é usar a 
coroa desse dente para construir o mantenedor de espaço a fim de devolver a estética, 
fonação e mastigação, preservando o espaço para a erupção do dente permanente. 
 Caso não haja material disponível para a construção do mantenedor, Luna pode 
ser encaminhada para o Centro de Especialidades Odontológicas para a realização 
desse procedimento.
Este recurso faz parte de: 
CANTANHEDE, Luana Martins; COSTA, Susilena Arouche; SOUZA, Soraia de Fátima Carvalho. Abordagem inicial 
ao paciente com trauma dentoalveolar na dentição decídua e na permanente. In: UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Saúde Bucal na APS: urgências, doenças transmissíveis, gestantes, 
puérperas e pessoas com deficiência. Cuidado em saúde bucal para pessoas em situações de urgências odontológicas. 
São Luís: UNA-SUS; UFMA, 2020.

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