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Profª esp. Ana flávia Psicologia da Personalidade Psicologia da Personalidade Personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O que define a personalidade de uma pessoa? A personalidade é uma característica do ser humano que organiza os sistemas físicos, fisiológicos, psíquicos e morais de forma que, interligados, determinam a individualidade de cada ser. ... De acordo com a formação que recebe na infância uma pessoa pode desenvolver sua personalidade de forma introvertida ou extrovertida. personalidade A palavra personalidade vem do latim persona, máscara teatral que artistas usavam para interpretar diferentes papéis e identidades nos palcos. O que define a personalidade de um indivíduo é a sua construção pessoal, baseada nas características de seu temperamento. O Estudo da personalidade envolve: ⚫ Os determinantes da personalidade ⚫ Os motivos que levam as pessoas a se comportarem de uma certa maneira ⚫ O funcionamento psicológico ⚫ Uma preocupação com o indivíduo como um todo, mas também com as diferenças individuais. Teoria da personalidade segundo Freud É também conhecida como teoria psicanalítica da personalidade, devido à psicoterapia — prática defendida pelo neurologista austríaco Sigmund Freud. Para Freud, toda ação é movida por forças internas, A personalidade é desenvolvida no indivíduo quando criança, tendo como motivadores primários os impulsos sexuais e agressivos. A fim de explicar a sua teoria, Freud subdividiu a estrutura da personalidade em três sistemas: o id, o ego (eu) e o superego (eu superior). Id, ego, superego id: seria o sistema original da personalidade, ligado às ações primárias e às pulsões inconscientes, ou seja, as satisfações e prazeres corporais. ego: lado racional, que obedece aos princípios da realidade, controlando os impulsos do id. superego: lado da personalidade responsável pelos valores sociais e morais. É o superego que dá a noção de certo e errado ao indivíduo. Teoria da personalidade junguiana Para Carl Gustav Jung, a personalidade — ou psique, como ele a chamava — é formada por sistemas isolados que atuam de forma dinâmica uns sobre os outros. O psiquiatra e psicoterapeuta era um estudioso assíduo, bebeu de várias fontes e por muito tempo foi um dos discípulos de Freud. Embora viesse a usar suas referências sobre consciente e subconsciente, Jung não concordava com a visão de Freud sobre os fatores de motivação da personalidade. junguiana Na visão junguiana, existem quatros funções psicológicas básicas (sentir, pensar, perceber e intuir) e dois tipos de caráter (introvertido e extrovertido). Cada indivíduo desperta em si uma função básica e um tipo de caráter, originando assim a sua personalidade. Ao todo, a teoria de Jung apresenta oito tipos de personalidade: Reflexivo extrovertido Personalidade de indivíduos mais racionais e objetivos, que geralmente apresentam cargos importantes. Os reflexivos extrovertidos são céticos, pouco sensíveis, narcisistas, prepotentes e manipuladores. Reflexivo introvertido Pessoas com essa personalidade são definidas pelo lado intelectual e um forte apego à filosofia. Embora sejam muito interessantes, possuem dificuldade de relacionamento e são bastante teimosas. Sentimental introvertido Geralmente são pessoas solitárias, possuem dificuldade de relacionamento, gostam de silêncio, são melancólicas, pouco sociáveis e fazem o possível para não chamar a atenção, mas são sensíveis às necessidades alheias. Sentimental extrovertido Essa psique é facilmente encontrada em mulheres. Os sentimentais extrovertidos são empáticos e compreensivos, possuem facilidade de comunicação e relacionamento, forte poder de sedução e persuasão; no entanto, tendem a sofrer mais com rejeições. Perceptivo extrovertido Essa personalidade possui um lado místico, forte percepção e identificação com objetos. Indivíduos perceptivos extrovertidos são muito bons com detalhes e costumam colocar o seu prazer como prioridade. Perceptivo introvertido A maior característica dessa personalidade é a ênfase sensorial. É caracterizada por valorizar cores, texturas e formas como uma maneira de exteriorizar suas emoções. Geralmente são indivíduos relacionados à arte e à música. Intuitivo extrovertido Pessoas aventureiras fazem parte dessa personalidade. São ativas, inquietas, determinadas e corajosas, mas em geral egoístas e não ligam muito para o bem-estar coletivo. Intuitivo introvertido Personalidade característica de indivíduos extremamente sensíveis, com alto senso intuitivo. É muito comum pessoas assim estarem ligadas à religião. Os intuitivos introvertidos também são idealizadores, muito criativos e sonham alto. Tanto a teoria de Freud quanto a de Jung são questionáveis, incertas e limitadas, que se diferem por fatores associados ao embasamento de cada um. Por um lado temos o determinismo da teoria freudiana, por outro a ideia do exercício de livre arbítrio defendida pela teoria de Jung. Contudo, ambos os estudos sobre teorias da personalidade são de extrema importância hoje ao campo da psicologia e psiquiatria, ainda que não sejam efetivas em seu propósito. Freud e Jung colaboraram significativamente com suas ideias para a evolução da psicanálise, e ainda orientam novos pesquisadores. A personalidade pragmática é aquela que se destaca por ser prática, de forma a uma pessoa pragmática ter planos e metas bem definidos. A personalidade racional se destaca pelo uso da razão para explicação de causas ou fenômenos. A personalidade emocional se destaca pelo uso de emoções nas relações sociais. Já, a personalidade afável se destaca pelas expressões "doces", que tendem a ser voltadas ao caráter de gentileza. Estudando os traços de personalidade O Big Five ou Modelo dos Cinco Grandes Fatores nasceu dos estudos sobre a Teoria dos Traços de Personalidade, representando um avanço conceitual e empírico desta área, pois descreveu dimensões humanas básicas de forma consistente e replicável. Em Baltimore (Maryland), Robert McCrae e Paul Costa, no centro de pesquisas de Gerontologia do National Institute of Health, iniciaram um extensivo programa de pesquisas que identificou os chamados cinco grandes fatores: neuroticismo, extroversão, abertura a novas experiências, simpatia e conscienciosidade. A seguir, a descrição de cada um: 1) Neuroticismo Mede a instabilidade emocional. Pessoas com pontuações altas nessa escala são ansiosas, inibidas, melancólicas e dotadas de baixa autoestima. Já as que obtém baixa pontuação são de fácil trato, otimistas e dotadas de boa estima consigo mesmas; 2) Extroversão É a mais ampla das cinco dimensões. Mede a sensação de bem-estar, o nível de energia e a habilidade nas relações interpessoais. Pontuações elevadas significam afabilidade, sociabilidade e capacidade de se impor. Baixas indicam introversão, reserva e submissão; 3) Abertura à novas experiências Pessoas com pontuações elevadas gostam de novidades e tendem a ser criativas. Na outra ponta da escala estão os convencionais e ordeiros, os que gostam da rotina e têm senso aguçado do certo e do errado; 4) Simpatia Refere-se ao modo como nos relacionamos com os outros. Muitos pontos indicam uma pessoa compassiva, amistosa e calorosa. Na outra extremidade estão os retraídos, críticos e egocêntricos; 5) Conscienciosidade Mede o grau de concentração. Aqueles com altas pontuações apresentam grande motivação, são disciplinados, comprometidos e confiáveis. Os que apresentam resultados baixos são indisciplinados e se distraem facilmente. Não seria maravilhoso se houvesse algum truque infalível para descobrira personalidade de uma pessoa numa rápida olhada? Por exemplo, pela cor dos olhos, ou pelo tom de voz. Entender a personalidade das pessoas é muito útil quando se trata de estabelecer relacionamentos em todos os âmbitos. Infelizmente tal truque não existe. Mas alguns comportamentos podem nos dar pistas seguras da verdadeira personalidade das pessoas que nos cercam. 1. Tempo de resposta – Extrovertido x Introvertido O tempo que uma pessoa leva para responder a uma questão diz muito sobre ela. Aqueles que respondem rapidamente como se a resposta estivesse na ponta da língua, costumam ser extrovertidos, já aqueles que pensam por alguns segundos antes de responder costumam ser introvertidos. Este é um dos motivos das empresas utilizarem dinâmicas de grupo com candidatos a empregos. Essa dinâmica ajuda a definir se uma pessoa é indicada para determinado cargo ou onde o empregado pode ser mais bem encaixado. Para determinar se uma pessoa é intro ou extrovertida, faça uma pergunta e conte mentalmente até 10. O extrovertido responderá ou começará sua resposta antes de você chegar aos 10. Já o introvertido começará bem depois. 2. Inovadores ou conservadores – Sensoriais x Intuitivos Sensoriais: Atêm-se aos fatos, gostam de aprender e resolver problemas de acordo com um padrão já conhecido e testado. Não apreciam ser surpreendidos, são detalhistas, vivem no presente e preferem as questões práticas da vida. Intuitivos: São os inovadores, os que se arriscam em descobrir possibilidades, novidades. Preferem a pesquisa, a surpresa. Abstraem facilmente a mente e gostam de matemática e teorias. Vivem no futuro. Não é muito difícil diferenciar um do outro. Basta pedir a uma pessoa para descrever um objeto, como por exemplo uma flor. O Sensorial dirá que é uma espécie vegetal, de pétalas coloridas, haste longa e usada como adorno. O intuitivo dirá que é aquilo que seu pai trazia para sua mãe no aniversário dela e que o perfume que elas emanavam ainda estão em suas narinas, bem como o sorriso de sua mãe, etc… 3. Atenciosos ou impessoais – Pensativo x Sensitivo Aqueles que vivem preocupados em não magoar os outros, ou se vai saber dizer a coisa certa na hora certa, fazem parte do preocupado grupo dos sensitivos. O sensitivo tem acentuada empatia e resolve problemas ou encontra soluções para questões diárias, baseado nos conceitos de certo/errado, bom/mau. São geralmente simpáticos e gostam de ajudar os outros. Para distinguir um do outro, basta perguntar algo como: Essa roupa me deixa gorda? Ou, esse corte de cabelo ficou bem em mim? O sensitivo vai tentar agradar e o pensativo vai dizer o que acha, independente se você vai gostar ou não. 4. Decisões rápidas ou explorar possibilidades – Perceptivo x Julgador O perceptivo não gosta de ficar limitado, ele gosta de tomar decisões avaliando todas as possibilidades primeiro. Sente-se restrito quando dentro de um plano já traçado sem a possibilidade de incorporar novas ideias ou experiências. Já o julgador toma decisões rápidas e não gosta de hesitações. Gosta de ter um plano traçado e fica restrito a ele. Para distinguir um do outro, convide-os para jantar e não sugira um lugar. O julgador vai decidir por um restaurante bom já conhecido e o perceptivo vai sugerir um ou dois lugares novos que gostaria de experimentar. Devemos lembrar que esses são comportamentos observáveis, mas não definitivos. Algumas pessoas podem até misturar alguns desses tipos comportamentais. No entanto, perceber padrões deste ou aquele comportamento pode ajudar a interpretar e entender porque algumas pessoas agem diferentemente das outras e ver isso como algo normal.
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