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Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas, toda elemento usado para produzir alterações nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional se caracteriza como droga. Diante disso, no que tange ao cenário nacional, a questão possui muita força de debate. Afinal, o modelo atual de combate a essas substâncias não é eficaz. Nesse ínterim, é fundamental intervir e criar situações favoráveis ao combate eficiente das drogas. Na história da humanidade, as drogas passaram mais tempo liberadas do que proibidas. Sob o mesmo ponto de vista, o historiador inglês Richard Davenport-Hines afirma que o ópio e a maconha eram remédios tradicionais valiosos, usados por muitos séculos. Entretanto, a partir do século XIX, a criminalização foi movida por motivos econômicos, pois esses narcóticos traziam obstáculos para produção industrial. Como resultado, hodiernamente, houve uma divisão jurídica entre drogas legais e ilegais. Apesar disso, conforme o psiquiatra Dartiu Xavier declara, não há critério técnico-cientifico que justifique a divisão das substâncias em uma categoria específica. Afinal, vê-se que tanto as drogas lícitas, como as ilícitas, podem provocar vício aos usuários. Nessa perspectiva, a ONU (Organização das Nações Unidas) comprova que 1,5 bilhões de pessoas sofrem de alcoolismo, enquanto 55 milhões são dependentes de drogas ilegais. Nesse sentido, a política antidrogas brasileira busca a abstinência completa das substâncias ilegais. Para isso, a Polícia Federal tenta acabar com a oferta, tornando o uso ilegal, ou seja, dependentes são tratados como criminosos. Contudo, o filósofo grego Platão diz que o conhecimento que é imposto à força não permanece na alma por muito tempo. Por isso, essa não é uma solução efetiva para o problema, à medida que a repressão apenas afasta os usuários dos serviços de saúde. Ademais, há, no país um forte combate aos narcotraficantes e, segundo dados da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Narcotráfico, pelo menos 200.000 pessoas são empregadas pelo tráfico, o que aumenta os índices de violência. Partindo dessa premissa, é possível perceber que a criminalização das drogas não cura a dependência e não traz nenhum benefício para população. Controlar o avanço das drogas, portanto, ainda é um desafio para o Brasil, por isso medidas são necessárias para solucionar o impasse. É preciso, nesse contexto que o Ministério da Justiça em parceria com o SUS (Sistema Único de Saúde) descriminalize essas substâncias, o que não significa liberar o uso, mas sim passar a tratar os usuários em hospitais e não em presídios. Além disso, é imperativo a regulamentação do mercado de drogas, por meio da SENAD (Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas) através da definição, perante à lei, da quantidade de porte que caracteriza tráfico, pois assim, será possível diferenciar consumo pessoal de tráfico. Por fim, o MEC (Ministério da Educação) deve prevenir o uso através de campanhas midiáticas, reforçando a mensagem do quão nocivo é a utilização de narcóticos. Destarte, será possível mudar o quadro do avanço das drogas vigente Brasil, e prosperar rumo a uma sociedade melhor 8. Desafios do combate ao avanço das drogas no Brasil Página 1 de Minhas produções
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