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1 TERAPÊUTICA 1 | Lucas Silva Anti-histamínicos ▪ Atua diminuindo a ação da histamina, principal substância envolvida nos quadros alérgicos. ▪ Não interfere na síntese nem na liberação. ▪ Bloqueiam os receptores de histamina → Fármacos antagonistas, impedindo que a histamina se ligue aos seus receptores. ▪ Fazem ligações reversíveis com o receptor. ▪ A histamina é uma amina biogênica ▪ A histamina é um autocóide: Aumenta ou diminui a atividade de um tecido subjacente. ▪ A histamina também funciona como mediador inflamatório → Regulação do ácido gástrico e atua como modulador de neurotransmissão. ▪ Síntese: A partir do aminoácido L- histidina. o É produzida por mastócitos e basófilos do sistema imune. Células enterocromafim-símile (ECL) no TGI. Também é sintetizado no SNC. ▪ Liberação: Ocorre em grandes quantidades durante a fase imediata da reação alérgica. ▪ Metabolização: Ocorre rapidamente no fígado produzindo o metabólito ácido imidazolacético Ações da Histamina ▪ Pulmões: Provoca contração do músculo liso brônquico → Asmáticos são muito sensíveis a histamina. ▪ Celulares: Auxilia no processo inflamatória → Formação do rubor e edema. ▪ Terminações nervosas: Tem ação despolarizante direta sobre as terminações aferentes → Provoca prurido e dor. Obs.: Processo alérgico – Ocorre na segunda vez em que se tem contato com o alérgeno pois a sensibilidade já foi alterada. ▪ 4 subtipos de receptores: H1, H2, H3 e H4 → consistem de receptores acoplados à proteína G. ▪ Apenas H1 e H2 apresentam importância farmacológica → Não existem medicamentos para H3/H4. ▪ H1: Presente em células endoteliais vasculares e nas células musculares lisas. o Esses receptores medeiam as reações inflamatórias e alérgicas. o Funções: Sono-vigília, fome, temperatura, vasodilatador e contração (brônquios). ▪ H2: É expresso nas células parietais da mucosa gástrica. o Mediador da secreção de ácido gástrico pelo estômago. ▪ H3: Presente em neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no SNC e células ECL no estômago. o Suprimem a descarga neural e a liberação da histamina. ▪ H4: Presente em mastócitos, eosinófilos e basófilos o Envolvido na quimiotaxia dos mastócitos induzida pela histamina, bem como a produção de leucotrienos B4. ▪ Respostas teciduais específicas: Edema, broncoconstrição e sensibilização das terminações nervosas aferentes primárias. ▪ Hipotálamo: Auto-receptores para inibir a liberação adicional de histamina. Controle 2 TERAPÊUTICA 1 | Lucas Silva dos ritmos circadianos e no estado de vigília. ▪ Condição potencialmente fatal causada pela desgranulação maciça de mastócitos sistêmicos. ▪ É desencadeado em um indivíduo previamente sensibilizado. ▪ Um alérgeno pode estimular mastócitos e basófilos em todo corpo → Hipertensão e broncoconstrição grave e edema da epiglote. ▪ Choque anafilático não se usa anti- histamínico, é preciso usar imediatamente adrenalina → Propriedades alfa- adrenérgicas, vai aumentar na resistência vascular periférica, elevando a pressão arterial diastólica, além de causar broncodilatação. ▪ São agonistas inversos, mais do que antagonistas dos receptores. o Antagonista: Se liga ao receptor bloqueando a ação da histamina o Agonista inverso: Se liga ao receptor diminuindo a atividade e bloqueando a ação dos receptores. ▪ Tem ação preventiva → Se tomar antes do processo alérgico é mais eficiente, uma vez que bloqueia antes da histamina chegar aos receptores. ▪ Alivio dos sintomas alérgicos → Mas não interfere nos outros sintomas da doença. ▪ Os fármacos disponíveis são equivalentes quanto a ação, mas podem apresentar tempos de ação e biodisponibilidade diferente. ▪ Alta seletividade por receptores H1 → Pode apresentar baixo efeito sobre os receptores H2. ▪ Os Anti-H1 apresentam efeitos sobre a acetilcolina → Atividade anti-muscarínica. ▪ Atuam inibindo: o A contração do musculo liso do TGI e dos brônquios o A permeabilidade capilar e a formação de edema na inflamação. o A formação de rubor, dor e prurido. ▪ Existem dois tipos de Anti-H1: o 1ª geração: Sedativos o 2ª geração: Não-sedativos Obs.: A escolha entre um anti-histamínico sedativo ou não-sedativo reside apenas no desejo de sentir sono ou não → O mecanismo de ação contra a histamina será o mesmo. ▪ Leva em consideração o ano de lançamento → Chegada ao mercado. ▪ 1ª geração: Anti-histamínicos lançados antes de 1970. o Possui efeito sedativo → Induz o sono o Hidroxizina (crianças); Difenidramina; Clorfeniramina; Terfenadina. ▪ 2ª geração: Anti-histamínicos lançados depois dos anos 80. o Não possui efeito sedativo o Loratadina; Cetirizina; Ebastina; Fexofenadina; Desloratadina; Levocetirizina e Rupataclina. Obs.: Levocetirizina e rupatadina só são prescritos em reações alérgicas muito graves. ▪ Leva em consideração a ação no SNC → Se são ou não lipossolúveis e se transpassam ou não a barreira hematoencefálica. ▪ 1ª geração: São clássicos ou sedantes o Atravessam a BHE e atuam no sistema nervoso central → Bloqueiam também a ação da histamina presente no cérebro, que está envolvida na sensação de despertar. ▪ 2ª geração: São não clássicos ou não sedantes o Não atravessam a BHE e, portanto, não atuam no SNC → Bloqueia a ação da histamina não provoca sono. ª ▪ Lipossolúveis – Atravessam a BHE e provoca sedação. ▪ Rapidamente são metabolizados → Devido a baixa afinidade com o receptor, ou seja, se desliga do receptor com mais facilidade e fica disponível para ser metabolizado. ▪ Necessita de 3-4 doses diárias, devido a rápida metabolização. 3 TERAPÊUTICA 1 | Lucas Silva ▪ Efeito adverso: Sono e perda de atenção e reflexos. Ação anticolinérgica. Também apresenta maior possibilidade de interações medicamentosas. ª ▪ Menos lipossolúvel – Não atravessam BHE e não causam sedação. ▪ Levam de 1-2h para serem absorvidos e provocar sua ação. ▪ Possuem tempo de duração maior: 24h, devido a maior afinidade com o receptor → Passa muito mais tempo ligado ao receptor. ▪ Vantagens: Baixa sedação e mínimos efeitos anticolinérgicos. ▪ Afinidade diminuída por receptores adrenérgicos e serotonérgicos. ▪ Principais: Toxicidade do SNC e ação cardíaca. Também possui efeitos anticolinérgicos → Bloqueia a ação da acetilcolina (boca seca, visão turva, constipação, taquicardia e retenção urinária). ▪ Fatores de risco: Baixa massa corporal; Disfunção renal grave e hepática. Não é recomendado uso com outras drogas (álcool). ▪ Pode provocar overdose quando usado associado com outras drogas depressoras do SNC → Anti-histamínicos de 1ª geração. Obs.: Loratadina, Desloratadina e Fexofenadina são os únicos fármacos anti- histamínicos aprovados para uso por pilotos de aeronaves. 1. Maleato de clorfeniramina: Apracur, Benegripe, Descon, Fluviral e Resfenol. 2. Maleato de bronfeniramina: Decongex plus 3. Cloridrato de Meclizina: Meclin 4. Hidroxizina: Hixizine,Prurizin e Marax 5. Maleato de carbinoxamina: Naldecon 6. Dimenidrinato: Dramin,Nausolin B6 7. Cloridrato de difenidramina: Adnax, Benalet 8. Prometazina: Doriless, Fenergan creme 9. Cloridrato de prometazina: Fenergan, Prometazol, Lisador 1. Cloridrato de epinastina: Talerc 2. Cloridrato de fexofenadina: Allegra, Altiva, Fexodane 3. Loratadina: Claritin, Histadin, Histamix, (as associações com pseudoefedrina acrescentam a letra D ao produto) 4. Dicloridrato de cetirizina: Zetalerg, Zyrtec (associações com pseudoefedrina acrescentam a letra D ao produto). 5. Azelastina: Rinolastin nasal 6. Desloratadina: Desalex 7. Ebastina: Ebastel 8. Levocetirizina: Zyxem 9. Rupatadina: Rupafin ▪ São anti-histamínicos, mas não são usados para alergias → Não bloqueia os receptores de H1 que estão envolvidos nas crises alérgicas → Bloqueia apenas os receptores H2.▪ São bem absorvidos por via oral na presença de alimentos ▪ Ex.: Cimetidina, Rantidina (mais utilizado), Famotidina e Nizatidina ▪ Possui administração via oral e endovenosa. ▪ Biotransformação renal e hepática parcial. ▪ São excretados praticamente inalterados: Urina, fezes e leite. ▪ Histamina: Estimula os receptores H2 das células parietais estimulando a secreção de ácido gástrico. ▪ Gastrina: Estimula receptores CCK2 (colecistocinina 2), estimulando a secreção ácida e a secreção de histamina. ▪ Acetilcolina: Estimula os receptores M3, estimulando secreção gástrica e secreção de histamina e gastrina. ▪ Anti-histamínico antagonista do receptor H2 pode ser usado para o tratamento de ulceras gástricas noturnas → Bloqueia o receptor H2 para inibir a produção de HCl ▪ Outros medicamentos para ulceras: Antiácido, inibidores da bomba de prótons (omeprazol). 4 TERAPÊUTICA 1 | Lucas Silva ▪ Efeitos indesejados: o Diarreia, cefaleia, tontura, dores musculares, erupções cutâneas transitórias e hipergastrinemia. o Atravessa, a placenta e são excretados no leite materno → exige cuidados com gestantes e lactantes. o CIMETIDINA: Possui afinidade moderada a receptores de andrógenos → pode provocar galactorreia e ginecomastia. Possui interação medicamentosa com anticoagulantes orais, fenitoína, carbamazepina, teofilina e ADT e com citocromo P450, podendo alterar a metabolização de alguns medicamentos. ▪ Zona de gatilho quimiorreceptora para o vômito (ZGQ) ▪ Essa zona apresenta receptores para histamina, opioide, acetilcolina, serotonina e dopamina → Podem provocar enjoo e vômito quando essas substâncias se ligam em seus receptores. ▪ Não existe medicamento que bloqueia os receptores opioide de ação antiemética (Naloxona é o único que existe e é usado apenas para overdose de opioide). ▪ Metoclopramida (plasil) é usado para bloquear a ação dos receptores de dopamina ▪ Ondansetrona (vonal) é usado como inibir da serotonina. ▪ Dramin, Nausolin e Meclin são usados para bloquear os receptores de histaminas na ZGQ → Pode ser associação com a vitamina B6 (Dramin B6) que também funciona como antiemético. ▪ Um medicamento para enjoo pode não surtir efeito porque nem sempre se sabe qual a substância que está causando enjoo. Obs.: Dexametasona é um glicocorticoide que pode ser usado para o controle do enjoo e vômito, principalmente em pacientes em quimioterapia.
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