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IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA PARA A GESTÃO PÚBLICA.
A mensuração econômica insere-se no próprio processo de gestão pública, desde a simulação e o planejamento das políticas - desenvolvidas pelo diálogo dos mandatários e dos partidos com os diversos grupos da sociedade e incorporadas em instrumentos institucionais e gerenciais, particularmente nos contratos de gestão - até as diversas etapas de execução e controle.
ORIGENS E PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA​
Os princípios fundamentais das teorias de Taylor, Fayol, Mayo e Weber são conhecidos como os pilares da evolução e do desenvolvimento da ciência da administração. ​
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E PATRIMONIALISMO
O patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e do privado; representou prática comum nos governos absolutistas. No patrimonialismo, o monarca gasta as rendas pessoais e as obtidas pelo Estado junto à sociedade, ora para assuntos de caráter pessoal, ora para assuntos de governo. Como o termo sugere, o Estado acaba se tornando um patrimônio de seu governante, o que classifica na atualidade o patrimonialismo como uma prática distante, ultrapassada e injusta.​
 
O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NASCERAM PATRIMONIALISTAS?​
De fato, o Estado e a administração pública nasceram patrimonialistas. De acordo com Humberto Falcão Martins,​“o patrimonialismo é um traço distintivo de um período anterior às iniciativas deliberadas de implementação de padrões burocráticos de racionalidade administrativa no âmbito do Estado”.​
CONSTATAÇÕES
O controle patrimonialista do Estado pode ser entendido como um governo centralizador e administrado em prol de uma camada político-social que lhe infunde vida. Imbuído de uma racionalidade pré-moderna, o patrimonialismo é intrinsecamente personalista, tendendo a desprezar a distinção entre as esferas pública e privada.​ Em uma sociedade patrimonialista, em que o particularismo e o poder pessoal reinam, o favoritismo é o meio por excelência de ascensão social;​
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL
· A administração gerencial surgiu na segunda metade do século XX;​
· motivada pela busca de meios capazes de enfrentar a crise fiscal do Estado;​
· como estratégia para reduzir custos e tornar mais eficiente a administração dos serviços que competem ao Estado;​
· como instrumento de proteção ao patrimônio público;​
· impulsionada pela insatisfação contra a administração pública burocrática.​
RESULTADO: Sob essa perspectiva, o gerencialismo consiste na administração voltada para resultados, orientada para os anseios do cidadão/usuário. ​
HISTÓRICO:
A primeira tentativa de implementar, no Brasil, a administração pública gerencial, ocorreu em 1967, durante o Governo Castelo Branco, por intermédio do Decreto-lei n. 200, que promoveu uma descentralização da administração pública brasileira. ​
O DL n. 200/1967 promoveu a transferência das atividades de produção de bens e serviços para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como a instituição da racionalidade administrativa, o planejamento, o orçamento, a descentralização e o controle de resultados como princípios.​
SÃO CARACTERÍSTICAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL:
· Ser voltada para o cidadão;​
· ser orientada para obtenção de resultados;​
· presumir que políticos e funcionários públicos sejam merecedores de grau limitado de confiança;​
· como estratégia, servir da descentralização e do incentivo à criatividade e à inovação;​
· utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores de recursos públicos.​
DIFERENÇAS ENTRE A ​
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA E A ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL​
A) A)ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA:​
· concentra-se no processo;​
· é autorreferente;​
· define os procedimentos para contratação de pessoal, compra de bens e serviços;​
· busca a satisfação das demandas dos cidadãos;​
· tem controle de procedimentos.​
B) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL:​
· orienta-se para resultados;​
· é voltada para o cidadão;​
· combate o nepotismo e a corrupção;​
· não adota procedimentos rígidos;​
· define os indicadores de desempenho;​
· utiliza contratos de gestão;
REFORMA ADMINISTRATIVA
Na década de 1990, em nosso país, tivemos a chamada Reforma Administrativa do Estado, que buscava, entre outros objetivos, uma maior eficiência da máquina pública a serviço da sociedade. ​
1. A delimitação das funções do Estado, que reduziu seu tamanho em termos principalmente de pessoal, por meio de programas de privatização, terceirização e publicização, o que implicou a transferência para o setor público não estatal dos serviços sociais e científicos prestados pelo Estado;​
2. a tentativa de redução do grau de interferência do Estado ao efetivamente necessário por meio de programas de desregulação que visassem ao aumento de recursos e aos mecanismos de controle via mercado, transformando o Estado em um promotor da capacidade de competição do país em nível internacional em vez de protetor da economia nacional contra a competição externa;​
3.  aumento da governança do Estado, ou seja, da sua capacidade de tornar efetivas as decisões do governo, por meio de ajuste fiscal, que devolvesse autonomia financeira ao Estado, além de uma reforma administrativa que levasse o setor público rumo a uma administração pública gerencial (em vez de burocrática), e a separação, dentro do Estado, em nível das atividades exclusivas, entre a formulação de políticas públicas e a sua execução; ​
4. o aumento da governabilidade, ou seja, do poder do governo, graças à existência de instituições políticas que garantissem uma melhor intermediação de interesses e tornassem mais legítimos e democráticos os governos, aperfeiçoando a democracia representativa e abrindo espaço para o controle social ou a democracia direta.​
O QUE SÃO PRINCIPIOS?
Princípios são mandamentos que se irradiam sobre as normas, dando-lhes sentido, harmonia e lógica”​.
No Brasil, eles constituem o próprio “espírito” do sistema jurídico-constitucional. 
​
C) 
CARACTERÍSTICAS DO SETOR PÚBLICO BRASILEIRO​
O Brasil é uma República Federativa composta por três níveis de governo: ​
​
1. o Governo Federal (União), ​
2. os governos estaduais, e ​
3. municipais. ​
​
1. ​
Existem atualmente no país 27 estados (incluindo o Distrito Federal) e cerca de 5.700 municípios.​
A descentralização é uma característica marcante da configuração institucional e financeira da Federação brasileira, no que se refere à divisão de competências entre as três esferas de governo e à organização de cada um dos níveis da administração pública.
Na sua estrutura administrativa, o setor público brasileiro, em  cada nível de governo, compreende duas instâncias:​
A administração direta, regida pelo direito público e exercendo as funções clássicas de governo (a partir dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário);
 A administração indireta, regulada por normas do direito público e do direito privado, podendo assumir a forma de autarquia, fundação e fundo. Também serão consideradas dentro da administração indireta as empresas controladas pelo Poder Público (das quais o Estado possui maioria acionária).​​
 
 O Decreto-lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967 – Estatuto da Reforma Administrativa – classificou a administração federal em direta e indireta. Por meio desse dispositivo legal, a administração pública de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, seja direta ou indireta, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, economicidade, razoabilidade, entre outros.​
No que se refere à tipologia do sistema de governo brasileiro algumas características se destacam:​
O PRESIDENCIALISMO é o sistema de governo no Brasil, caracterizado por uma rigorosa separação de poderes, atribuindo ao presidente da República grande parte da função governamental, na plenitude do Poder Executivo;
princípio ou a doutrina da separação dos poderes utilizado no Brasil baseia a divisão dospoderes do governo em critérios funcionais e não territoriais, pressupondo não só a existência de funções distintas de governo, como também o seu desempenho por diferentes autoridades.​
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No final da década de 1990, buscou-se em nosso país a alternativa parlamentarista como forma de governo. Diferente do Presidencialismo, no sistema parlamentarista o Poder Executivo é exercido pelo chefe de Estado (monarca ou presidente) e por um governo, cujo chefe, geralmente chamado primeiro-ministro, é nomeado pelo chefe de Estado, sendo o ministério coletivamente responsável perante o Parlamento. Um traço peculiar ao parlamentarismo é o poder que tem o governo de dissolver o Parlamento, enquanto no sistema presidencialista isso normalmente não é possível constitucionalmente.​
ESTADOS E MUNICÍPIOS​
A Constituição Federal, em seus arts. 18 e 19, apresenta as características administrativas dos entes públicos estaduais e municipais no Brasil, conforme descrito a seguir, in verbis:​
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.​
§ 1o Brasília é a capital federal.​
§ 2o Os territórios federais integram a União, e sua criação, transformação em estado ou reintegração ao estado de origem serão reguladas em lei complementar.​
3o Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.​
§ 4o A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.​
Art. 19. É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios:​
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;​
II – recusar fé aos documentos públicos;​
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.​
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IMPORTANTE:
Resta ainda relembrar que os governos estaduais possuem, em sua organização político-administrativa, os três poderes constituídos, enquanto no município o Poder Judiciário é exercido pelo ente estadual: município possui apenas Poder Executivo e Poder Legislativo próprios.​
FORMAS DE GOVERNO
Modos pelos quais o poder político é distribuído entre os  Poderes do Estado.​
· Governo​
· Modos de exercício do Poder Executivo  ​
· 3 Teorias das formas de governo​
· Monarquia e República​
· Parlamentarismo e Presidencialismo​
Governo: conjunto de pessoas que exercem o poder político e  determinam a orientação política de uma sociedade Estatal.​
Coincide com o Poder Executivo​
Modos de Exercício do Poder Executivo​
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1 - Estrutura das instituições políticas​
· Monarquia  ​
· República​
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2- Relações entre Executivo e Legislativo ​
·  Parlamentarismo  ​
· Presidencialismo​
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Modos de Exercício do Poder Executivo​
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3- Formas Mistas​
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Parlamentarismo + Presidencialismo (França, Itália)​
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Forma diretorial ou de assembleia (Suíça)​
MODOS DE EXERCÍCIO DO PODER EXECUTIVO​
Monarquia - Parlamentarista​
República –  Parlamentarista​
Presidencialista​
Formas mistas​
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