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Logística Reversa e Gestão de Resíduos 1

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AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOGÍSTICA REVERSA E GESTÃO 
DE RESÍDUOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Rosinda Angela da Silva 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O avanço das novas tecnologias, a quantidade de produtos lançados 
anualmente e a melhora das condições econômicas da sociedade desencadeou 
um aumento expressivo do consumo nas últimas décadas. Esses elementos são 
positivos para a economia das nações, em que o crescimento das empresas 
representa empregabilidade e prosperidade. No entanto, na mesma proporção do 
consumo, cresceu também o desperdício e a geração de lixo! Quanto mais as 
pessoas adquirem produtos de diversas naturezas, maior o volume de lixo gerado, 
e isso, na atualidade, é um problema sistêmico, ou seja, está em todos os lugares, 
seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. 
Visando criar alternativas para mitigar os efeitos da produção, que prejudica 
o meio ambiente e o consumo desenfreado, a logística reversa (LR) tem se 
tornado uma decisão estratégica para as organizações que, cada vez mais, são 
responsabilizadas pelos resíduos gerados por seus produtos. 
Diante desse contexto, esta primeira aula tem como propósito iniciar o 
processo de apresentação desse universo dinâmico e regulamentado que é a 
logística reversa. 
CONTEXTUALIZANDO 
A logística reversa (LR) é uma das áreas mais recentes da logística 
empresarial e seus conceitos e definições ainda estão em processo de formação 
e amadurecimento. A prática da LR está conectada com as ações que as 
empresas desenvolvem para destinar adequadamente os resíduos de seus 
produtos. Muitas organizações já alcançaram status de empresas ambientalmente 
sustentáveis, mas grande parte ainda tem muito trabalho a fazer para se adequar 
às novas exigências do mercado. 
Você sabe o que uma empresa precisa realizar para ser reconhecida como 
sustentável? 
 Considere que, hoje, o cliente está mais exigente na escolha dos produtos 
para consumo, bem como mais consciente de seus direitos e das questões 
ambientais. Devido a isso, tem ocorrido um grande avanço na busca pelo 
conhecimento dos impactos causados por processos produtivos nocivos ao meio 
ambiente e pelo lançamento desenfreado de produtos no mercado. 
 
 
3 
As empresas têm buscado se adequar às novas regras do mercado porque 
têm responsabilidade com seus stakeholders, mas também têm procurado criar 
valor e competitividade a partir da prática da LR. 
A busca pela logística reversa eficiente abrange o estudo e a análise de 
todos os seus componentes, e exige coordenação interna e externa à 
organização. Campos e Goulart (2017, p. 30) salientam que a LR 
desempenha diversas funções nas empresas, tais como: planejamento 
de todo o fluxo de materiais; gestão do fluxo de informações de todo o 
processo; movimentação de produtos na cadeia produtiva, do 
consumidor para o produtor; otimização dos recursos empregados no 
processo produtivo e reciclagem e correta destinação de itens, após a 
utilização. 
Com isso, compete aos gestores a tarefa de buscar conhecer os processos 
da organização e apurar quais devem ser melhorados para atender aos princípios 
sustentáveis que o mercado exige. Note que, na atualidade, o acesso à 
informação não é um problema, certo? Temos dados e informações gratuitas e 
acessíveis que podem nos tornar expert em qualquer área, inclusive em logística 
reversa. Isso significa dizer que a formação do nosso conhecimento sobre LR 
inicia aqui, mas não estará concluída ao findarmos a disciplina, isso porque 
precisamos ser eternos pesquisadores para alcançarmos além do básico e 
fazermos a diferença nas organizações. 
TEMA 1 – INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA REVERSA (LR) 
É comum a abordagem da logística reversa (LR) com base na análise do 
funcionamento da logística empresarial (tradicional). Em parte, isso faz sentido 
porque, para haver um processo reverso, é preciso ter ocorrido um processo de 
envio, ou de distribuição, não é mesmo? 
Muitos autores definem logística e suas áreas (aquisição, intralogística, 
distribuição, reversa, entre outros), mas aqui serão utilizados os conceitos de dois 
autores ícones em suas áreas de atuação, Ronald Ballou, em Logística 
Empresarial, e Paulo Roberto Leite, em Logística Reversa. 
De acordo com Ballou (2006, p. 24), logística (direta) 
trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que 
facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-
prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de 
informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de 
providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo 
razoável. 
 
 
4 
Segundo Leite (2017, p. 31), logística reversa é 
a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as 
informações logísticas correspondentes a ela (desde a coleta dos bens 
de pós consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos 
logísticos de consolidação, separação e seleção, até a reintegração ao 
ciclo) bem como do retorno dos bens de pós-venda e pós-consumo ao 
ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais reversos, 
agregando-lhes valores de diversas naturezas: econômico, de prestação 
de serviços, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. 
Figura 1 – Logística reversa 
 
Fonte: Shutterstock. 
Pelas definições dos autores, percebe-se que a diferença básica entre 
essas áreas da logística reside no sentido do fluxo. Logística empresarial se ocupa 
em comprar, produzir e distribuir, já a logística reversa se ocupa em retornar. 
Observe o quadro a seguir, que trata desse contexto com base na 
comparação entre algumas diferenças entre elas. 
Quadro 1 – Diferenças entre logística direta e reversa 
Logística direta Logística reversa 
Previsão relativamente direta. Previsão mais difícil. 
De um para vários pontos de 
distribuição. 
Muitos para um ponto de distribuição. 
Qualidade do produto uniforme. Qualidade do produto não uniforme. 
Embalagem do produto uniforme. Embalagem do produto geralmente 
danificada. 
Destinação/rota clara. Destinação/rota não clara. 
Preço relativamente uniforme. Preço depende de vários fatores. 
Importância da velocidade 
reconhecida. 
Importância da velocidade, geralmente, 
não é considerada prioridade. 
Gerenciamento do inventário 
consistente. 
Gerenciamento do inventário não 
consistente. 
Fonte: Adaptado de Miguez, 2012, p. 6. 
 
 
5 
Com base no quadro 1, percebe-se, nesse momento, que a LR está em 
desvantagem no que tange à organização das atividades, coeficiente de 
importância para a gestão e visibilidade de sua relevância para os negócios. 
Então, surge o questionamento: será que isso tem chances de mudança? 
A resposta para essa dúvida, é sim! No entanto, ainda não é possível 
precisar uma data para que a LR se torne prioridade nas organizações, mas já 
são conhecidos inúmeros casos de empresas que efetivamente levam isso a 
sério. Tais empresas (Veja..., 2015) estão na vanguarda da organização de seus 
fluxos reversos e já são reconhecidas pelo público como sustentáveis (por 
exemplo, Phillips, Natura, Hewlett Packard-HP, Apple, Banco do Brasil, O 
Boticário, entre outras). Esse reconhecimento reforça que a adoção de políticas 
que fomentam a logística reversa de partes, peças, componentes e embalagens 
para que retornem à cadeia produtiva já faz toda a diferença no mundo dos 
negócios. 
Os principais motivos que levam as empresas a investir em programas de 
LR são: 
 aumento da consciência por parte da sociedade sobre a economia de 
recursos naturais; 
 pressão da sociedade por produtos mais sustentáveis e que agridam 
menos o meio ambiente; 
 busca por reduções de custos na produção ao utilizar insumos advindos da 
cadeia reversa; 
 criação de legislação específica para tratar os assuntos da LR no Brasil e 
no mundo; 
 fortalecimento da marca da empresa como sustentável eambientalmente 
correta, entre outros aspectos. 
As empresas que querem fazer da LR uma estratégia competitiva utilizam 
esses elementos para nortear suas ações e qualificam seus colaboradores e 
pares comerciais a fim de que ocorra uma mudança cultural para que tais valores 
sejam incorporados. 
A LR, na prática, é uma atividade em crescimento e que tem trazido 
diversos desafios para os gestores e para a sociedade. Muito já foi feito nesse 
sentido, mas temos ainda muito por fazer! Estudaremos sobre isso nas aulas 
vindouras. 
 
 
6 
Figura 2 – 
 
Fonte: Shutterstock. 
TEMA 2 – CONCEITO E APLICABILIDADE DA LOGÍSTICA REVERSA 
Agora que já conhecemos o conceito de LR, analisaremos alguns aspectos 
que fizeram com que a LR se tornasse imprescindível para os negócios. A análise 
será realizada com base nas funções inovação e consumo. 
A inovação está em todo lugar, e isso é simplesmente fantástico porque 
temos recursos, principalmente tecnológicos, em todas as áreas das nossas 
vidas. 
Observe o quadro a seguir, o qual faz um comparativo entre os recursos 
utilizados no passado (relativamente recente) e o que é utilizado na atualidade. 
Quadro 2 – Comparação de bens 
Passado Presente 
 
 
 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
 
7 
O quadro mostra apenas alguns bens que se modificaram com o passar do 
tempo, mas sabe-se que a lista é muito maior. 
Com tanta tecnologia envolvida no modus operandi da atualidade, é 
possível realizar muito mais rapidamente que outrora inúmeras atividades porque 
máquinas e equipamentos são criados constantemente para facilitar a vida das 
pessoas. Assim, pressupõe-se que o ser humano está muito mais produtivo. Isso 
pode até ser uma afirmação verdadeira, mas se analisarmos criticamente, 
concluiremos que isso tem um custo bem alto para sociedade. E qual é esse 
custo? O custo do consumo sem consciência. Nossa segunda parte da análise 
justifica a relevância da LR nos negócios modernos. 
Analise que, para ter acesso a tantos produtos diferenciados, mais recursos 
são extraídos da natureza, e muitos não são nem ao menos renováveis. No 
entanto, além da extração das matérias-primas que ocorre no início do processo, 
tem-se na outra ponta o descarte inadequado dos resíduos desses mesmos 
produtos, além de desperdício dos recursos naturais. 
A competitividade entre os fabricantes nunca esteve tão contumaz quanto 
agora e isso exige o lançamento de bens de consumo cada vez mais modernos, 
tecnológicos, inteligentes e bonitos. Isso para que o cliente, principalmente o 
“experimentador”, aquele que gosta de adquirir produtos novos no mercado, sinta-
se compelido a consumir ou a trocar a versão do seu produto. 
Figura 3 – Consumo e tecnologia 
 
Fonte: Shutterstock. 
E porque o consumidor gosta disso? Uma das respostas possíveis é 
que ele é curioso e gosta de novas tecnologias. Outra resposta é que o 
consumidor quer se sentir especial e quer ser reconhecido em seus círculos – 
pessoal, social e profissional – como aquele que investe em sua imagem e que 
utiliza sempre o produto de última geração. 
 
 
8 
Independentemente do motivo que leva um cliente a trocar de produto 
constantemente ou consumir cada vez mais, temos alguns elementos-chaves que 
devem ser analisados para embasar a tomada de decisões assertivas em relação 
à gestão da logística reversa dos resíduos dos bens. 
 O produto (principalmente bens duráveis) pode ser produzido dentro do 
conceito de consumo sustentável, ou com foco na descartabilidade. 
 O produto pode ser produzido com sistema de produção mais limpa (PML) 
ou com processo que agrida o meio ambiente em várias escalas (muito, 
razoável ou pouco). 
 Partes, peças e embalagens dos produtos podem ser reaproveitados ou 
não, caso contenham elementos contaminantes que se apresentam em 
várias escalas também (muito, razoável, pouco). Isso certamente exige 
cuidados especiais com separação, armazenagem, transporte, entre outras 
preocupações. 
Esses e outros fatores têm criado desafios para as iniciativas: pública 
(governo), privada (empresas) e sociedade civil (consumidores e comunidade), 
principalmente no aspecto do que fazer com os resíduos do produto que já foram 
utilizados. 
Com base nesse contexto é que a LR tem se tornado uma atividade de 
apoio às estratégias organizacionais. E como a logística reversa pode ajudar a 
melhorar isso? A LR traz em sua essência a preocupação com o meio ambiente 
e o descarte adequado dos resíduos, sólidos, tóxicos, contaminantes e afins. 
Campos e Goulart (2017, p. 20) afirmam que a LR surgiu “com seus conceitos e 
legislações capazes de apoiar as empresas na reestruturação de seus processos 
logísticos, planejando e implantando o sistema de logística reversa como 
complemento do processo logístico”. 
Figura 4 – Lixo e meio ambiente 
 
Fonte: Shutterstock. 
 
 
9 
Então, mesmo que inicialmente origine custos para as empresas, com o 
tempo a LR trará os retornos financeiros e de boa imagem perante a sociedade. 
TEMA 3 – ATORES INTERAGENTES PÚBLICOS E PRIVADOS NA LOGÍSTICA 
REVERSA 
A LR não é feita, por exemplo, apenas pelo governo, tampouco pela 
empresa fabricante, pois é preciso um esforço conjunto de todos os atores 
interagentes (stakeholders) do negócio. Observe a figura a seguir que apresenta 
os atores interagentes clássicos. 
Figura 5 – Logística reversa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revistavarejobrasil. 
 
 
 
10 
Vamos conhecê-los em linhas gerais. 
 Indústria: cria, produz e lança no mercado novos produtos para atender às 
diferentes demandas dos clientes. Para isso, adquire matérias-primas, 
componentes, partes e peças para viabilizar seu processo produtivo. Pode 
e deve utilizar os conceitos de PML (Produção Mais Limpa) e do PPCS 
(Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis). Buscar utilizar, 
como matéria-prima, insumos provenientes da cadeia reversa. Compete 
ainda, à indústria, criar parcerias com fornecedores que considerem os 
princípios sustentáveis e investir na educação ambiental dos 
colaboradores. 
Figura 6 – Indústria 
 
Fonte: Shutterstock. 
 Distribuidor: tem como função fazer com que o produto chegue até o 
consumidor com a melhor qualidade possível. Para isso, utiliza transporte 
e embalagem em larga escala, além de locais para armazenagem e 
movimentação de mercadorias. Na cadeia reversa, pode transformar-se no 
Canal de Distribuição Reverso (CDR) e auxiliar na coordenação das 
atividades de retorno, reuso, reciclagem e disposição segura de seus 
componentes e materiais constituintes após o fim de sua vida útil, ou ainda, 
após apresentarem não conformidade, defeito, quebra e inutilização 
(Tadeu et. al., 2016, p. 16). 
 Varejo: os varejistas são os elos da cadeia logística responsáveis por 
atender ao público consumidor, ou seja, representam o último estágio antes 
da entrega do produto. No processo de logística direta, tem como objetivo 
disponibilizar o produto onde quer que o cliente se encontre; já na LR 
 
 
11 
auxiliam cedendo espaço para coleta de partes, peças e componentes 
como baterias, lâmpadas, sobras de medicamentos, entre outros. 
 Consumidor: é considerado o elemento mais importante para o sucesso 
da LR. Isso porque os produtos são lançados para atender às suas 
necessidades e expectativas, mas as partes e peças só retornarão para 
cadeia produtiva se o consumidor fizer a separação seletiva e o descarte 
adequado. 
 Coleta e seleção: sequência importante para o sucesso da LR, pois se o 
cliente separou e descartou corretamente os resíduos dos produtos pós-
uso, a chance de esse produto ser reaproveitado na cadeia produtiva é 
grande. Entretanto, para isso, a coleta e seleção deve ser realizada por 
profissionais capacitados a fim de que não sejam misturados, anulando o 
esforço dos consumidores. 
 Reciclagem: essa etapa tem como foco tentar reaproveitar tudo o quefor 
possível do produto coletado. Para isso, processos de seleção das 
matérias-primas, bem como de higienização de alguns componentes, 
devem ser realizados. Nesse caso, é importante tomar cuidado com a 
contaminação que pode ser causada por essas empresas pelo uso 
inadequado do espaço para separação, bem como dos produtos químicos 
utilizados na higienização. 
Figura 7 – Reciclagem 
 
Fonte: Shutterstock. 
No entanto, devemos expandir essa análise e considerar também os atores 
a seguir, pois eles impactam diretamente nas decisões organizacionais. 
 Empresas extrativistas: na LR, essa categoria situa-se antes da indústria 
porque é responsável por extrair e, em alguns casos processar o recurso, 
 
 
12 
para que se torne uma matéria prima. Por exemplo: A indústria de papelão 
depende da indústria madeireira para ter matéria prima, certo? Como 
garantir que as madeireiras adotam procedimentos de manejo correto e 
replantio de árvores de forma que não comprometam o meio ambiente e o 
ecossistema de onde estão inseridas? 
 O governo: esse ator é essencial para que a LR saia dos planejamentos 
teóricos ou futuros incertos das empresas. O governo faz isso com o 
recurso que lhe é de direito: a legislação. Os governos (federal, estadual e 
municipal) têm buscado criar uma legislação para regulamentar cada setor 
da economia que gere os resíduos sólidos ou que apresentem processos 
produtivos que ofereçam riscos à população e ao meio ambiente. Com a 
criação da legislação, principalmente a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS), a qual será discutida em aula vindoura, as empresas já 
têm um norte para suas ações, bem como conhecem o prazo para 
adequação das atividades que não atendam às prerrogativas da PNRS. 
 Cooperativas de catadores: elemento essencial para existir LR no Brasil, 
mas que muitas vezes não recebem a verdadeira atenção ou recursos que 
as auxiliem a prestar um bom serviço. As cooperativas são responsáveis 
pelo trabalho de coleta dos resíduos nos pontos em que o cliente os 
disponibiliza, como condomínios, residências, escolas, mercados, 
shoppings, bancos entre outros. 
 Comunidade local: é impactada pelas ações positivas ou negativas das 
empresas inseridas em determinado local. Compete às associações de 
bairro ou líderes comunitários estarem atentos às ações que as empresas 
praticam como poluição de rios, descarte inadequado de embalagens e 
produtos contaminantes ao meio ambiente, entre outros riscos. 
 Colaboradores: Aliados essenciais para o sucesso da LR na empresa. 
Entenda que, em dado momento, somos colaboradores de empresas e 
capacitados a cuidar dos recursos da empresa, certo? Em outro momento, 
somos os consumidores, que adquirimos produtos e temos que descartá-
los futuramente. Isso significa dizer que colaboradores conscientes se 
tornam consumidores conscientes e vice-versa, então, a empresa que 
investe em seus colaboradores ajuda a criar uma consciência coletiva de 
melhores práticas. 
 
 
13 
Figura 8 – Colaboradores 
 
Fonte: Shutterstock. 
 Acionistas: são aqueles que têm interesse que o negócio prospere. Para 
isso, devem estar conscientes de que uma empresa de sucesso é aquela 
que atinge o tripé da sustentabilidade (Triple Botton Line) – ambiental, 
social e econômico –, assunto que será retomado mais adiante nesta aula. 
Nesse caso, verificar se a gestão da empresa contempla esses três 
elementos em suas decisões estratégicas amplia as chances de o negócio 
se manter competitivo no mercado. 
 Mercado internacional: uma empresa que pretende atuar no mercado 
internacional, principalmente na exportação, precisa se preocupar 
imediatamente com a melhoria da gestão dos seus resíduos. Muitas 
empresas multinacionais só negociam com as que comprovem as ações 
adotadas de sustentabilidade e atenção à legislação ambiental tanto do 
país da empresa cliente quanto da empresa fornecedora. 
Figura 9 – Mercado internacional 
 
Fonte: Shutterstock. 
Dependendo do segmento no qual a empresa atua, outros atores 
interagentes podem fazer parte da formação da cadeia reversa, tais como as 
organizações não governamentais – ONGs, as sociedades civis sem fins 
 
 
14 
lucrativos, os institutos de pesquisa, as instituições de ensino público e privado, 
os grupos de investidores e até mesmo a concorrência. 
TEMA 4 – OS OBJETIVOS ECONÔMICOS DA LOGÍSTICA REVERSA 
Todas as empresas buscam reduzir seus custos para melhorar seus 
resultados financeiros, até porque isso é uma premissa para se manter em um 
mercado o qual não permite gestão ineficiente. Entretanto, quando se cogita a 
ideia de implementar a LR nas empresas, muitos gestores pensam sempre no 
custo que terão incialmente. Pode ter certeza de que isso não está errado, mas 
antes de qualquer decisão, é imprescindível levantar quais os principais 
elementos de custos que podem ser reduzidos ou até eliminados da cadeia 
produtiva de uma empresa, por meio das ações sustentáveis que a logística 
reversa pode prover. 
A seguir, serão apresentados alguns exemplos de custos passíveis de 
serem comparados. 
 Aquisição de matéria-prima reciclada: muitos produtos podem ser 
produzidos com base em matéria-prima reciclada, que a empresa pode 
comprar por preço menor. Com plástico reciclado, por exemplo, é possível 
produzir tomadas, plugs, interruptores, bacias, baldes, suportes para 
vasos, forro plástico para residências, itens de decoração, enfim, todo e 
qualquer produto que não tenha a real necessidade de ou, por força de 
legislação, ter que ser fabricado com plástico virgem. 
 Papel reciclado: itens como cadernos, sacolas, cartões, envelopes, 
calendários, livros, itens de decoração, urnas para animais de estimação e 
muitos outros produtos podem ser fabricado com papel ou papelão 
reciclado (o que não abrange embalagens para alimentos e higiene 
pessoal, por exemplo). Então, se a empresa é uma indústria de papelão, é 
possível comprar as aparas de papelão das cooperativas de catadores de 
papel e reutilizar em seu processo produtivo. A empresa, por exemplo, que 
utiliza embalagens de papel em abundância, deve analisar se há 
necessidade de a embalagem ser sempre de material de primeiro uso. 
Observe que uma série de produtos podem ser embalados e transportados 
em embalagens recicladas, reduzindo o custo com a aquisição desse tipo 
de produto. 
 
 
15 
 Madeira reciclada: outro item que pode ser amplamente utilizado para 
produções com custo mais baixo é a madeira. Nessa categoria, entram os 
móveis, principalmente os rústicos, as janelas, as portas e os itens de 
decoração. Já na rotina das empresas estão as embalagens de madeira 
utilizadas no processo de movimentação interna e armazenagem. Um 
exemplo prático em que uma indústria pode reduzir custos é na aquisição 
de pallets de madeira. Caso saiba que o uso de determinado pallet será por 
pouco tempo, é possível adquiri-los reformados ou montados com madeira 
reciclada ou de demolição. 
Figura 10 – Madeira reciclada 
 
Fonte: Shutterstock. 
Caso a empresa utilize vidro em seu processo produtivo ou como 
embalagem, analise se há a possibilidade de reutilizar as próprias embalagens ou 
adquirir vidro advindos da logística reversa. Já se a empresa utiliza metal em seu 
processo, também é válido checar se há possibilidade de adquirir as peças já com 
o tamanho exato de uso para evitar sobras, ou ao menos vender a sucata das 
peças produzidas para algum elo da cadeia. 
 Utilização de embalagens retornáveis: as empresas que possuem 
processos logísticos de inbound e outbound com fornecedores, 
terceirizados e clientes, por exemplo, sempre são candidatas a substituir 
embalagens convencionais descartáveis por embalagens retornáveis, as 
quais sejam utilizadas apenas para transporte. Por exemplo, uma empresa 
que fabrica parafusos e terceirizou o processo de acabamento das peças 
(zinco, cromo, níquel ououtro). Para ganhar tempo e agilidade, a empresa 
fabricante prefere levar e buscar os parafusos no fornecedor. Para essa 
atividade, é possível utilizar uma embalagem retornável própria, que talvez 
 
 
16 
tenha custado mais caro que uma embalagem descartável, porém, a 
quantidade de vezes que ela poderá ser utilizada compensa o investimento. 
Outras possibilidades também podem ser avaliadas, por exemplo, se a 
empresa gera sucata de tecido, couro, papel, papelão, plástico, sucata de tinta a 
pó, materiais de construção, entre outros. É possível vender essa sucata e reverter 
financeiramente para o caixa da empresa. Contudo, será que essas ações geram 
custos para empresa? 
Certamente sim, mas o fato está em levantar os custos para aplicar essas 
ações e comparar com aqueles que já acontecem na empresa. Além disso, é 
preciso considerar também o prazo que o investimento em ações sustentáveis 
trará seu retorno. Somente assim é possível concluir se o uso da logística reversa 
ofertará o retorno que a empresa deseja ou se somente será um gerador de custo 
a ser repassado para o custo do produto. 
TEMA 5 – COMPETITIVIDADE POR MEIO DA LOGÍSTICA REVERSA 
Uma empresa que deseja se manter competitiva deve estar atenta a todos 
os movimentos, não apenas do seu segmento, mas do mercado como um todo. 
Isso porque não apenas os produtos mudam, mas sim, o perfil do cliente, bem 
como da concorrência. Em se tratando de LR, um dos elementos que torna a 
empresa mais competitiva é a busca pela implementação do tripé da 
sustentabilidade (Triple Botton Line – Planet, People, Profit). 
Figura 11 – Tripé da sustentabilidade 
 
Fonte: Shutterstock. 
O conceito do tripé da sustentabilidade foi criado pelo fundador da 
consultoria inglesa Sustain Ability, John Elkington, na virada do século XXI, e 
rapidamente adotado em âmbito mundial: “a sociedade depende da economia, e 
 
 
17 
a economia depende do ecossistema global, cuja saúde representa o pilar 
derradeiro. Diante dessa visão, uma empresa pode ser considerada sustentável 
se gerenciar e conseguir bons resultados nas áreas econômica, ambiental e 
social, concomitantemente” (Philippi Junior et al. 2017, p. 491). 
Figura 12 – Tripé da Sustentabilidade 
 
Fonte: Adaptado de Giovanelli, 2015. 
Esse tripé faz com que a empresa se movimente no sentido de identificar 
como se comporta ou como está organizada nas três grandes áreas: meio 
ambiente, sociedade e economia. 
Em relação às questões do meio ambiente, a empresa precisa identificar 
como é a sua gestão dos recursos naturais utilizados nos processos diários: água, 
energia elétrica, emissões de gás, efeito estufa, bem como gerencia a destinação 
dos resíduos sólidos (lixo, principalmente) e se pratica os Rs da sustentabilidade 
(Refletir, Reusar, Recuperar, Reaproveitar, Repensar, Reutilizar, Reduzir, 
Reciclar, Respeitar, Reparar, Responsabilizar, Repassar), entre outras ações 
necessárias que corroborem para melhorar o estado do meio ambiente em que 
está inserida. 
As questões sociais do tripé da sustentabilidade têm como foco fazer com 
que os gestores reflitam sobre as condições de trabalho que oferecem a seus 
colaboradores e às pessoas que fazem parte da cadeia reversa (catadores, 
principalmente), bem como lida com os direitos humanos e as diversidades em 
geral e que ações são praticadas para melhorar a condição de vida da 
comunidade a qual faz parte por meio das ações sociais – se investe em 
Social
Econômico
Ambiental
 
 
18 
capacitação e orientação dos colaboradores, se fomenta a ética nos negócios, se 
reforçar seus valores, se combate a corrupção, entre outros. 
Figura 13 – Questões sociais 
 
Fonte: Shutterstock. 
Na esfera econômica, a empresa precisa criar mecanismos de 
transparência para suas ações contábeis e financeiras. Por exemplo, não se 
envolver em fraudes, realizar auditorias frequentes nas contas, estipular objetivos 
financeiros alcançáveis e reorganizar os processos visando ao lucro, pois uma 
empresa que não gera lucros com sua atividade não consegue se manter no 
mercado por muito tempo. As empresas com melhores práticas estão 
implementando a estratégia da governança corporativa em sua gestão para lidar 
profissionalmente com essa questão. 
Figura 14 – Esfera econômica 
 
Fonte: Shutterstock. 
O levantamento realizado para identificar esses pontos é uma excelente 
oportunidade de se compreender como a empresa tem se relacionado com esses 
elementos que são chaves para empresas sustentáveis. 
Observe a seguir a proposta de Paulo Roberto Leite (2017, p. 30) 
 
 
19 
Figura 15 – Estratégia empresarial e logística reversa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Leite, 2017, p. 30. 
O esquema anterior, proposto por Leite (2017), demonstra quão importante 
são os elementos do macroambiente, pois são os que mais impactam nas 
estratégias organizacionais. 
Implementar os procedimentos do tripé da sustentabilidade é um desafio 
para a maior parte das organizações devido aos impactos gerados pelas decisões 
em cada uma das áreas. No entanto, com o auxílio da plotagem da perspectiva 
estratégica apresentada (figura 15), é possível realizar uma boa análise que 
embasará a tomada de decisões. 
FINALIZANDO 
Esta primeira aula sobre logística reversa e gestão de resíduos foi um 
convite à reflexão sobre os conceitos iniciais da disciplina. Muito além de conhecer 
apenas definições, o foco foi apresentar as diferenças entre a logística direta e a 
reversa e discutir porque há distinção entre os processos. Estudamos que 
algumas empresas já têm realizado bons trabalhos, mas o desafio ainda é grande. 
Sociedade 
 Educação 
 Hábitos 
 Mídia 
 Propaganda 
 Outros 
Governo 
 Legislação 
 Regulamentação 
 Penalizações 
 Outros 
Estratégia da 
logística reversa 
 Objetivos 
estratégicos 
 Objetivos 
operacionais 
Ambiente interno 
empresarial 
 Recursos 
disponíveis 
 Capacitação 
 Fase 
empresarial 
 Outros 
Ambiente 
empresarial 
 Competição 
 Empresas das 
cadeias reversas 
 Disponibilidade 
de serviços de 
logística reversa 
 Tecnologia 
 Outros 
 
Organização 
empresarial 
 
 
20 
Para compreender o universo que envolve a LR, foram apresentados os 
atores interagentes básicos e estratégicos, quais interações ocorrem e o papel de 
cada um nesse contexto. 
Outro assunto pertinente discutido nesta aula foi o objetivo econômico 
associado à LR, que é a redução de custo, sem dúvida nenhuma. Para finalizar, 
foi discutida como a empresa pode utilizar a LR para se tornar mais competitiva 
em seu mercado, ou como melhorar seu desempenho. Para isso, foi apresentado 
o tripé da sustentabilidade, o qual prega que as empresas precisam trabalhar em 
três frentes que se complementam: ambiente, sociedade e economia. Isso nos 
auxiliou a responder o questionamento inicial, sobre como uma empresa pode se 
tornar competitiva aproveitando o conhecimento gerado pela implementação da 
logística reversa. 
LEITURA COMPLEMENTAR 
Texto de abordagem teórica 
Acesse o livro “O reverso da logística e as questões ambientais no Brasil”, de 
Edelvino Razzolini e Rodrigo Berté na Biblioteca Virtual Pearson, digitando como 
palavra-chave o mesmo título do livro. 
Para aprofundar seu conhecimento nesse estágio inicial da disciplina, sugiro a 
leitura das páginas 61 a 71. 
Texto de abordagem prática 
COUTO, M. C. L.; LANGE, L. C. Análise dos sistemas de logística reversa no 
Brasil. Eng Sanit Ambient, v. 22, n. 5, p. 889-898, set./out. 2017. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/esa/v22n5/1809-4457-esa-22-05-00889.pdf>. Acesso 
em: 15 jul. 2018. 
 
Acesse o link e leia o artigo. 
Saiba mais 
INSTITUTO ETHOS. Disponível em: <http://www.ethos.org.br/>. Acesso em: 15 
jul. 2018. 
 
 
 
21 
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por dentrodas novidades sobre vários assuntos relevantes para a convivência em 
sociedade, inclusive meio ambiente. No website do Instituto você pode acessar a 
sessão: ETHOS MEIO AMBIENTE. 
 
 
 
 
22 
REFERÊNCIAS 
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e 
distribuição física. São Paulo: Atlas, 2006. 
CAMPOS, A. de; GOULART, V. D. G. Logística reversa integrada: sistemas de 
responsabilidade pós-consumo aplicados ao ciclo de vida dos produtos. São Paulo: 
Érica, 2017. 
DECRETO assegura isonomia no cumprimento de obrigações na logística reversa. 
Revista Varejo Brasil, 28 out. 2017. Disponível em: <http://www.revista 
varejobrasil.com.br/decreto-assegura-isonomia-no-cumprimento-de-obrigacoes-
na-logistica-reversa/>. Acesso em: 15 jul. 2018. 
GIOVANELLI, A. Triple bottom line ou tripé da sustentabilidade. Logística reversa, 
15 jun. 2015. Disponível em: <http://logisticareversa.org/2015/06/15/triple-bottom-
line-ou-tripe-da-sustentabilidade/>. Acesso em: 15 jul. 2018. 
LEITE, P. R. Logística reversa: sustentabilidade e competitividade. São Paulo: 
Saraiva, 2017. 
MIGUEZ, E. C. Logística reversa como solução para o problema do lixo 
eletrônico: benefícios ambientais e financeiros. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. 
PHILIPPI JUNIOR, A. et. al. Gestão empresarial e sustentabilidade. Barueri, SP: 
Manole, 2017. 
TADEU, H. F. B. et. al. Logística reversa e sustentabilidade. São Paulo: Cengage 
Learning, 2016. 
VEJA algumas empresas que praticam logística reversa. Pensamento Verde, 7 
jan. 2015. Disponível em: <https://pensamentoverde.com.br/reciclagem/veja-
algumas-empresas-que-praticam-logistica-reversa/>. Acesso em: 15 jul. 2018.

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