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Anestésicos Locais 1 Anestésicos Locais Definição: Os anestésicos locais bloqueiam a condução nervosa de um tipo específico de receptor de forma reversível; Estrutura molecular do fármaco: 3 partes: Lipofílica → anel aromático; Hidrofílica → amina; Intermediária → éster ou amida. Considerações Farmacocinéticas: pH: se for reduzido → forma catiônica: difusão reduzida → diminuição do efeito; Cadeia intermediária: se houver um maior número e átomos, aumenta a potência e a toxicidade; Tipo éster: meia vida mais curta → ação curta; Tipo Amida: velocidade de biotransformação variada→ enzimas hepáticas microssomais. Maior chance de ocorrer toxicidade. Mecanismo de Ação: Os anestésicos locais se ligam em receptores específicos no poro dos canais de Na+ dos nervos e bloqueiam o transporte de íons através dessa abertura (Goodman e Gilman, 2012). → Inibem o início dos potenciais de ação, impedindo a transdução do nervo. Bloqueio diferencial das fibras nervosas: Fibras A delta e C: maior sensibilidade aos anestésicos locais (são bloqueadas antes das demais). Anestésicos Locais 2 Escolha do anestésico local: Duração da ação: Curta → procaína, cloroprocaína; Intermediária → mepivacaína, lidocaína, prilocaína; Longa → bupivacaína, ropivacaína, tetracaína. Tipos de administração: Tópica (gel, spray, pomada): anestesia das mucosas, árvore brônquica e esôfago; Infiltrativa: injeção diretamente nos tecidos (feita em pequenas cirurgias); Bloqueio regional: injeção subcutânea, atua na região distal do ponto injetado; Bloqueio nervoso: injeção subcutânea, anestésico colocado o mais próximo possível do nervo. Utilizado em anestesias odontológicas ou que bloqueiam plexos; Venosa (anestesia de Bier): o sangue leva o anestésico até o local de ação; Troncular (raquianestesia, peridural, epidural): agulha inserida no espaço intervertebral. Prolongamento da ação dos anestésicos por vasoconstritores: A duração do anestésico é proporcional ao tempo de contato com o nervo; Se o anestésico for menos metabolizado a duração da ação aumenta; A vasoconstriçao impede que o anestésico vá para a corrente sanguínea → maior tempo de contato com o nervo; Dupla função do vasoconstritor: Reduz a taxa de absorção; Reduz a destruição (metabolização rápida); Anestésicos Locais 3 Fatores que interferem na ação: Tamanho molecular: maior o tamanho, menor a capacidade do anestésico chegar ao local de ação; Solubilidade lipídica: quanto mais lipofílico, maior a capacidade de absorção; Tipo de fibra bloqueada: A delta e C; pH do meio: Menor pH: fármaco diminui a ação; Maior pH: maior ação do fármaco; Concentração do anestésico: maior a concentração, maior o efeito; Associação com vasoconstritores: maior aumento do tempo de duração do fármaco. Toxicidade: Decorre de: Doses altas; absorção exagerada; injeção acidental em vaso sanguíneo; No SNC: Entorpecimento da língua, gosto metálico; vertigem; zumbido; iquietação; tremor. Sistema Cardiovascular: Reduz a contração miocárdica; arritimia e parada cardíaca; hipotensão. Metabolismo e excreção: Metabolismo: Ésteres: hidrolisados e inativados por esterase plasmática; Amidas: degradadas pelo retículo endoplasmático rugoso; Excreção: Pode ser por via pulmonar, biliar ou renal. Anestésicos Locais 4 Referências Bibliográficas: BRUNTON, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12a ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012; AULER , JR. O. C. Et al. Anestesiologia básica: manual de anestesiologia, dor e terapia intensiva. 1a ed. Barueri, SP: Manole Ltda, 2011. TOY, Eugene C. et al. Casos clínicos em farmacologia. 3a ed. Porto Alegre AMGH, 2015.
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