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Testes Diagnósticos

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Grande parte do trabalho clinico consiste na busca diagnostica de doenças. Além do arsenal terapêutico, conscientemente ou não, 
utiliza-se de um raciocínio probabilístico. 
✓ Exemplo: qual a probabilidade de um diagnóstico de meningite em um paciente com febre, vomito e cefaleia? Se o 
paciente apresentar rigidez de nuca a probabilidade aumenta? 
✓ Para eliminar ou reduzir ao máximo seu grau de incerteza, o médico utiliza testes diagnósticos. 
DIAGNÓSTICO – processo de decisão clinica que se baseia conscientemente ou não na probabilidade. 
Usos de testes diagnósticos 
✓ Identificar/confirmar a presença de doença ou situação relacionada a saúde – teste covid 
✓ Avaliar a gravidade do quadro clinico – condições de arritmia 
✓ Estimar o prognostico – marcadores tumorais (potencial de cura ou se é mais agressivo) 
✓ Monitorar a resposta de uma intervenção – 
Teste – dois resultados: positivo ou negativo – doente ou não doente 
Verdadeiro positivo + 
Falso positivo – 
Falso negativo + 
Verdadeiro negativo – 
PROPRIEDADES DE UM TESTE DI AGNÓSTICO 
SENSIBILIDADE (S): é a proporção de verdadeiros positivos entre todos os doentes; baixo índice de falso negativo 
ESPECIFICIDADE (E): é a proporção de verdadeiros negativos entre todos os sadios; baixo índice de falso positivo 
Um teste muito sensível raramente deixará de diagnosticar indivíduos com a doença e um teste muito especifico raramente 
classificará como doente um indivíduo sem a doença. 
Os testes sensíveis são utilizados, principalmente, quando há necessidade de diagnosticar uma doença potencialmente grave, no 
rastreamento de doenças em grupos populacionais; quando a doença é tratável (existe chance de cura); quando os resultados 
errados (falsos) não provocam traumas psicológico, econômico ou social para o indivíduo, triagem em banco de sangue. 
Os testes específicos são particularmente necessários quando um resultado “falso positivo” pode ser lesivo, já que um teste muito 
especifico raramente resultara positivo na ausência de doença, para confirmar um diagnostico sugerido por outros dados. 
Ou seja, se utiliza quando a doença é importante, mas difícil de tratar ou incurável; o fato de saber que não se tem a doença possui 
importância sanitária e psicológica; os resultados positivos errados podem provocar traumas econômicos, sociais e psicológicos. 
TESTES DIAGNÓSTICOS 
Ao solicitar um teste, o médico leva em conta a sensibilidade e especificidade. Entretanto, dado que o exame foi realizado, qual a 
probabilidade de um resultado positivo ter realmente identificado a doença? 
A probabilidade de doença, dados os resultados de um teste diagnostico é denominada valor preditivo do teste, que pode ser 
dividido em: 
✓ VALOR PREDITIVO POSITIVO (VPP) – é a proporção de verdadeiros positivos entre todos os indivíduos positivos. 
✓ VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VNP) – é a proporção de verdadeiros negativos entre todos os indivíduos com teste 
negativo. 
Valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VNP) 
As suas interpretações podem ser obtidas nas seguintes perguntas: 
1) Dado que o teste diagnostico foi positivo, qual a probabilidade de se ter a doença? VPP 
2) Dado que o teste foi negativo, qual a probabilidade de não se ter a doença? VNP 
A prevalência (a probabilidade de o individuo ter a doença antes da realização do teste) é essencial para o resultado pós-teste 
(VP) 
Para um mesmo teste, quanto maior a prevalência da doença, maior o VPP e menor o VNP. 
ACURÁCIA: é a proporção de testes verdadeiramente positivos (acertos) e verdadeiramente negativos, em relação a totalidade 
dos resultados. 
 
Os valores preditivos também são chamados de probabilidade pós-teste, ou seja, a probabilidade de se ter ou não a doença, após 
o resultado do teste. Assim: 
✓ Probabilidade pós-teste positiva (ter a doença confirmada pelo teste) é o VPP; 
✓ Probabilidade pós-teste negativa (ter a doença afastada pelo teste) é o VNP; 
✓ Probabilidade pré-teste (ter a doença antes da realização do teste) é a própria prevalência da doença na população. 
Os valores preditivos de um teste podem sofrer variações, dependendo, além da sensibilidade e da especificidade do teste, da 
prevalência da doença na população. 
A SENSIBILIDADE E A ESPECIFICIDADE DO TESTE NÃO SÃO INFLUENCIADAS PELA PREVALÊNCIA. 
Outra forma de avaliar os testes diagnósticos é através da razão de verossimilhança 
✓ Forma de descrever o desempenho de um teste diagnostico 
✓ A razão de verossimilhança, para um determinado valor de um teste, é dada em chances e é definida como a 
probabilidade de um resultado do teste em pessoas com a doença, dividida pela probabilidade do resultado em pessoas 
sem a doença. 
RAZÃO VEROSSIMILHANÇA PARA O TESTE POSITIVO (RV+) – é a razão entre sensibilidade (proporção de verdadeiros positivos) e 
o complemento de especificidade (-1 especificidade), ou seja, a proporção de falsos positivos – quanto maior a RV + ou mais perto 
de 0 melhor é o teste. 
RAZÃO VEROSSIMILHANÇA PARA O TESTE NEGATIVO (RV-) – é a razão entre o complemento da sensibilidade (-1 sensibilidade), 
ou seja, a proporção de falsos negativos e a especificidade (proporção de verdadeiros negativos) – quanto menor ou mais próximo 
de 0 melhor o teste.

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