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PATRÍCIA LINDEMANN 1 Crise epilética (Convulsões) Não são doenças, são manifestações clínicas de alterações centrais a nível de encéfalo. Crise: e qualquer evento agudo/subagudo, de curta duração e transitório. As crises epiléticas ou também chamadas de convulsão é a manifestação clínica de um período de fusão neural excessiva e é normal que se estabelece de forma súbita(paroxística) no córtex cerebral - disparos descoordenados. ➔ Crise motora (atônica, tônica, clônica, tônico-clônica, mioclônicas). ➔ Crise não motora (ausência, autonômica, de comportamento). Epilepsia é uma doença caracterizada por convulsões recidivante de origem intracraniana podendo ser de origem: ➔ Primária/idiopática/funcional/genética: distúrbio cerebral funcional que acarreta alterações nos canais de sódio potássio no neurônio. Hereditário em várias raças como: Pastor; Golden; Husky; Border; Labrador; Beagle; Poodle; Dach, Collie; Shelties. Normalmente um início entre 1 e 5 anos. Generalizadas, entretanto eventualmente focais generalizando. Classificação das crises convulsivas Generalizadas: em geral são tônicas e/ou clônicas (contra ações mais movimentos involuntários), pode ser crise de ausência. ocorre envolvimento simultâneo dos hemisférios cerebrais geralmente ocasionando a perda da consciência. Nesses casos o Ictus é menor que 2 minutos não apresentando aura. Quem pode apresentar sinal autonômico. Parciais(manifestação)/Focal (descarga): em geral ocorre contrações rítmicas dos músculos da face, lateralizadas ou regionais, com ou sem inconsciência (simples ou complexas/psicomotoras), e presentando aura. Anormalidade focal da região cortical a duração pode ser variável, podendo ser: motora, como espasmos faciais e movimentos repetitivos; autônomas, como midríase hipersalivação e vômito; comportamental, com agitação, ansiedade e medo sem causa. PATRÍCIA LINDEMANN 2 Apresentando exame neurológico normal no interictus. Exames comportamentais normais responde bem ao fenobarbital ou ao KBr. ➔ Secundária/sintomática/estrutural: doença intracraniana, progressiva ou não (lidera em gatos). ➔ Criptogênica/desconhecida: desenvolve epilepsia sem saber a causa, sem ter suspeita para o desenvolvimento. Diagnóstico Realizado por meio da né detalhada, podendo ser acompanhada por vídeos feitos pelo tutor. Entretanto o ideal seria a realização de um eletroencefalograma durante a crise. Deve-se sempre procurar a causa excluindo causas esta cranianas e buscar causas intracranianas com exames neurológicos, ressonância e LCS. Tratamento Tem como objetivo reduzir a frequência das crises (1/3 é sucesso terapêutico), e reduzir a intensidade. O tratamento deve ser instituído em casos onde o animal apresenta 2 crises e intervalo de 6-8 meses, ou também cães com 2 ou mais crises 24 horas (cluster), ou ainda em cães com epilepsia primária com menos de 2 anos. ➔ Fenobarbital (terapia escolha – 85% erradicação). Existem muitas causas extracranianas de convulsões Metabólicas: Hipoglicemia Hipocalcemia Policitemia (gatos) Encefalopatia hepática Encéfalopatia urêmica Hipotiroidismo (pouco provável) / Intoxicação: Estricnina Organofosforado Carbamatos Chumbo Micotoxinas PATRÍCIA LINDEMANN 3 2,5 mg/kg/BID (cães e gatos). Em filhotes a dose deve ser dobrada. A metabolização é hepática e excreção renal. Concentração sérica ideal entre 20 e 35 ug/mL, demora 2 semanas para estabilizar. Como vantagens se tem a eficácia, a segurança, o baixo preço, sendo aplicado de forma BID, podendo ser aplicado via oral, IM E IV. como desvantagens se observa em alguns casos sedação, poliuria, polidipsia, dependência, tolerância farmacodinâmica, hepatotoxicidade, supressão da medula, hiperexcitabilidade (Pastor) e monitorar com hemograma (6 meses) e bioquímicos. ➔ Brometo de potássio (terapia inicial – 58% erradicação) ou associado ao fenobarbital. 30 a 60 (40) mg/kg/SID/VO. concentração sérica ideal entre 20 é 32 mmol/L, sendo que demora de 60 a 120 dias para estabilizar. Como vantagens se tem a segurança a eficácia o baixo custo e poder ser administrado de forma SID. Além de câncer excretado de forma renal, ou seja, não é hepatotóxico. Como desvantagens pode ocorrer sedação, poliúria, diarreia, ataxia do membro posterior e alterações comportamentais, quem deve ser manipulado (VO, IV e retal), a presença de sal na dieta interfere, apresenta uma meia-vida longa (15 a 25 dias) sensibilidade individual sendo impossível prever concentração sérica. deve se cuidar com animais nefropatas. ➔ Levetiracetam (20mg/kg/TID) – Eficácia entre 50% e 65% entre os refratários. ➔ Zonisamida (5-10mg/kg/BID) – Eficácia entre 50% e 65% entre os refratários. ➔ Gabapentina (10-30mg/kg/TID) – Eficácia entre 50% e 65% entre os refratários. ➔ Topiramato (2-5mg/kg/BID) – Eficácia entre 50% e 65% entre os refratários. PATRÍCIA LINDEMANN 4 Quando a convulsão é emergência? Status epileticus: crise convulsiva com duração de mais de 5 minutos ou sequência de eventos com duração de 30 minutos ou mais sem recuperação da consciência normal nesse período. Cluster: 2 ou mais crises convulsivas em menos de 24 horas. O tratamento de emergência é diferente, pois o intuito é manter o animal vivo cessar as convulsões(descartar causas metabólicas), proteger o encéfalo de mais danos, permitir plena recuperação do estado de status epileticus e identificar a etiologia. Diazepan: 0,5 – 2 mg/kg podendo ser administrado por via intraretal. Midazolam:0,06-0,3 mg/kg não podendo ser administrado por via entra retal. Se o animal parar de convulsionar deve ser escolhida uma terapia de manutenção. Entretanto cante se não tiver sido efetiva a terapia deve-se utilizar Propofol 1-4 mg/kg ou Pentobarbital 3-15 mg/kg. Evitar sempre rabdomiólise e insuficiência renal aguda Reduzir a temperatura acima de 40°C com dipirona
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