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Esquizofrenia: Sintomas e Diagnóstico

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MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
81 
PSICOSES 
Psicose = presença de delírio e/ou alucinação, 
comportamento e fala desorganizados, redução da 
motivação e embotamento de afeto 
ESQUIZOFRENIA 
 
É um transtorno mental crônico com grave prejuízo 
funcional. Acomete de 0,3 a 0,7% da população. Afeta 
mais sexo masculino (1,4:1). Tende a surgir nos homens 
dos 15-25 anos e nas mulheres dos 25-35 anos. 20 a 30% 
das pessoas com esquizofrenia leva uma vida normal 
(apresentam sintomas moderados). 
 
Fatores de bom prognóstico: – Inserção social – 
Estadocivil casado – Bom ajuste e funcionamento pré-
mórbido – Quociente intelectual (QI) mais elevado – 
Tratamentoprecoce – Ajustamento psicossocial adequado. 
– Bomambiente familiar – Pouco tempo de episódio 
psicótico – Início agudo e tardio – Sexo feminino. 
 
Fatores de mau prognóstico: – Isolamento social –
Solteiro, viúvo ou separado – Demora no início 
dotratamento psiquiátrico – Ajustamento psicossocial 
pobre– Ambiente familiar desfavorável – Longo tempo 
deepisódio psicótico anterior à avaliação inicial – 
Início insidioso. 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
82 
Etiopatogenia 
- Influencia genética: poligênica e multifatorial 
- Teoria dopaminérgica: excesso de atividade 
dopaminérgica resulta no transtorno 
Clínica 
• Primeiro episódio psicótico costuma ser em adultos 
ou jovens e pode ser precedido de uma fase 
prodômica. 
 
Pródomos: perda de energia, iniciativa e interesse, 
crençase experiências perceptuais incomuns ou 
estranhas, descuidocom a aparência e higiene 
pessoal e isolamento social,associados a quadros 
de ansiedade, depressão edesrealização/ 
despersonalização. 
. 
• Sintomas positivos: crise psicótica – delírios 
(crenças erroneas; persecutorio), alucinações 
(alteração de sensopercepção; auditivas). 
 
• Sintomas negativos: fase estável – embotamento 
afetivo - comprometimento funcional (isolamento 
social, prej do autocuidado e hipobulia; pouco 
contato visual, diminuição da produtividade, 
diminuição da fala (alogia), respostas breves e 
vazias, sem metas, redução do interesse pelas 
atividades habituais. 
 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
83 
Diagnóstico 
É clínico, é valido excluir as causas organicas e/ou 
medicamentosas. 
Anamnese: investigar sintomas sugestivos de 
organicidade (febre, peso,cefaleia,convulsão, diplopia) 
Ex. Físico e neurológico são obrigatórios. 
Ex. complementar: TC ou RNM de crânio é indicada no 
primeiro episódio psicótico. 
Critérios diagnósticos para esquizofrenia segundo DSM-5 
 
A. Sintomas característicos: pelo menos dois dos seguintes, cada um 
presente por um espaçosignificativo de tempo durante um período de 1 mês 
(ou menos, caso tratado com êxito). Pelo menos umdos sintomas deve ser 
1, 2 ou 3: 
1) Delírios 2) Alucinações 3) Fala desorganizada (p. ex., descarrilamento 
frequente ou incoerência)4) Comportamento totalmente desorganizado ou 
catatônico 5) Sintomas negativos, ou seja, embotamento afetivo, alogia 
ou avolição. 
 
B. Disfunção ocupacional/social: durante um espaço significativo de 
tempo, desde o início do distúrbio, uma ou mais áreas principais de 
funcionamento, como trabalho, relações interpessoais ou autocuidado, 
encontra-se significativamente abaixo do nível atingido antes do 
surgimento do transtorno (ou quandose inicia na infância ou na 
adolescência, fracasso em atingir o nível esperado de 
desempenhointerpessoal, acadêmico ou ocupacional). 
C. Duração: sinais contínuos do distúrbio persistem no mínimo durante 6 
meses. Esse período deveincluir pelo menos 1 mês com os sintomas que 
satisfazem o critério A (ou seja, sintomas da fase ativa) epode incluir 
períodos prodrômicos e/ou residuais quando o critério A não é plenamente 
satisfeito. Durante esses períodos, os sinais do distúrbio podem ser 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
84 
manifestados por sintomas negativos ou pordois ou mais sintomas listados 
no critério A presentes em uma forma atenuada (p. ex., a duração total 
dosperíodos ativo e residual). 
D. Distúrbio esquizoafetivo e distúrbio de humor com características 
psicóticas foram descartadosporque: (1) nenhum episódio significativo 
depressivo ou maníaco ocorreu simultaneamente com ossintomas da fase 
ativa; ou (2) se episódios de humor ocorreram durante o episódio 
psicótico, sua duraçãototal foi breve em relação à duração do episódio 
psicótico (ou seja, a duração total dos períodos ativo eresidual). 
E. Exclusão de substância/condição clínica geral: o distúrbio não se 
deve a efeitos fisiológicos diretos deuma substância (p. ex., uma droga 
ilícita, uma medicação) ou uma condição clínica geral. 
F. Relacionamento a um distúrbio global do desenvolvimento: se há uma 
história de distúrbio autístico ouum distúrbio global do 
desenvolvimento, o diagnóstico adicional de esquizofrenia é estabelecido 
apenasse há presença de delírios ou alucinações proeminentes também 
durante pelo menos 1 mês (ou menos, caso o tratamento tenha êxito). 
 
Tratamento 
Tem como objetivo principal o controle dos sintomas 
psicóticos, pois quanto maior o tempo sintomático, maior 
o prejuízo funcional e o prognóstico, para assim 
melhroar a qualidade de vida do pct. 
 
Decidir o nível de cuidado que vai ser realizado o tto 
- ambulatorial 
- domiciliar: indicado para início de tto 
- hospitalar: se risco de suicídio, alto grau de 
agitação e agressividade (15 a 30 dias) 
 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
85 
Escolha da medicação - Antipsicóticos (AP) 
. Típicos: iniciar com doses baixas (haloperidol 1 
a 4mg) 
. Atípicos: causam menos EA de sd. extrapiramidal 
(SEP) = tremor, olhos pra cima, acatsia, distonia. 
Porém mais caro e não costuma ter no SUS. 
 
Resposta do tratamenos: 4 – 6 semanas 
Anticolinérgicos podem ser prescritos caso surjam SEP e 
a dose de AP deve ser reduzida ate a mínima eficaz e 
após estabilização do quadro, retirar anticolonérgico 
(biperideno 2 a 6mg/dia) 
Fase de manutenção: após controle dos sintomas positivos 
= fase estável 
 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
86 
Efeitos colaterais: SEP à reduzir dose do AP ou trocar 
- distonia aguda: contrações ou espasmos musculares no 
pescoco, mandibula, lingua e olhos 
. usar colinérgico biperideno 5mg IM 
- parkinsonismo: tríade [tremor, bradicinesia e rigidez 
muscular] "roda denteada" 
 . biperideno 2mg 8/8h pelo mínimo tempo possivel 
- acatisia: sensação subj de inquietação 
 . BB – propanolol 40 a 120mg/dia; 
. Benzodizepinicos – clonazepam 2 a 6mg/dia ou 
lorazepam 1 a 3 mg/dia 
. Anticolinérgico - biperideno 2 a 8 mg/dia 
- discinesia: mov esteriotipados, involuntarios e 
repetitivos, principalmente na musc orofacial 
 . trocar o AP por clozapina ou quetiapina 
 
A monoterapia deve ser sempre preferida 
 
Síndrome Neuroepilética Maligna (SNM): emergencia 
causada por medicação à suspender AP e internar pct 
 Dx: rigidez muscular grave e febre + no mínimo 2: 
diaforese, disfagia, tremor, incontinencia, alteracao 
de estado mental, mutismo, taquicardia, HAS, 
leucocitose, creatinofosoquinase alta. 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
87 
Usar: dantroleno 1 a 3mg VO 6/6h e/ou bromocriptina 
2,5 a 10mg/dia 
 
Antipsicóticos injetáveis de longa duração/depósito 
• Haloperidol decanoato – ampola 1ml com 50mg/ml – 
meiavida de 21 dias – 01 dose mensal IM costuma ser 
suficiente. Geralmente usamos 1 a 4 ampolas ao mês 
(manual de fármaco: 150 a 200mg ao mês). 
 
• Risperidona (Risperdal Consta®) – frascos com 25mg, 
37,5mge 50mg + diluente – iniciar 25mg a cada 2 
semanas (IM). Após 4doses, manter a 01 dose a cada 
4 semanas. 
 
Tratamento não farmacológico: 
- equipe multiprofissional 
- intervenção focada no paciente 
- abordagem psicossocial 
- psicoterapia de apoio (CAPS) 
 
Adesão ao tto: há dificuldade; tem muita relação com o 
primeiro acolhimentoe o médico precisa mater o vínculo. 
Além disso, muitas vezes o paciente não tem crítica 
sobre os sintomas devido ao comprometimento cognitivo e 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
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acaba decidindo por si que não vai seguir tratamento, 
pois se sente bem. 
 
 
 
Transtorno Esquizoafetivo 
Critérios de esquizofrenia + episódio de humor, ou seja 
Deírio, alucinação, fala desorganizada + espisódio 
depressivo maior, maníaco ou misto. 
- não pode decorrer de substâncias ou condição médica 
 
Transtorno Delirante persistente 
1 ou mais delírios decaracterística não bizarra, que 
durem mais de 1 mês. 
 
Os delírios podem ser persecutórios, grandiosos, 
deciúmes, erotomaníacos, somáticos, entre outros. 
Alucinações geralmente é relacionada ao delírio. 
 
O paciente é geralmente disfórico, desconfiado e 
hipervigilante, levando-o ao isolamento social. 
 
Transtorno Psicótico Breve 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
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Início súbito que dura de 1 dia a 1 mês e o após o 
quadro o indivíduo recupera seu estado normal. 
 
Associado a um estresse evidente. Necessário descartar 
causas orgânicas, intoxicação, epilepsia... 
Transtorno Psicótico Induzido por Substâncias 
Os sintomas perduram enquanto utiliza a substância (ou 
abstinência dela). 
Para o Dx é necessário evidências (Ex fisico, lab, hist) 
 
Transtorno Psicótico devido a condição médica geral 
Alucinações ou delírios proeminentes que precisam de 
comprovação médica (tumores, infecção SNC...)

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