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FACULDADE DOM ALBERTO
COACHING EDUCACIONAL
NIRES ORGUISSA
O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL
 
 
ALEGRETE-RS
 2021
O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL
NIRES ORGUISSA¹
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”
RESUMO
O presente trabalho possui como objetivo central analisar o controle financeiro de investimento em políticas públicas por parte da Educação no Brasil, ao ser garantido dignamente as mínimas condições de prover aprendizagem. A aplicação de recursos financeiros torna-se imprescindível visto que, responsabiliza ao ente estatal a missão de criar, manter e expandir o atendimento aos alunos deficientes no viés da educação inclusiva. O conjunto do bojo normativo com qual legisla sobre a manutenção da Educação no Brasil e por consequência o atendimento a alunos com deficiência, ainda que amparem e que hajam políticas de financiamento na educação especial, não minimiza de fato, as condições dignas de qualidade da rede pública de ensino, onde o sistema de inclusão considera-se um árduo caminho em sua praticidade para elevar de modo efetivo aqueles que ainda estão excluídos no contexto social e educacional do país. Mediante a pesquisa de abordagem exploratório-descritiva, possui como escopo analisar a realidade da educação inclusiva no Brasil, bem como na destinação dos recursos públicos perante a legislação vigente. Os autores utilizados para escopar o presente estudo apresenta-se: Mantoán, Monlevade, Oliveira, Farnça e Cury, além da utilização de legislação infraconstitucional e dados orçamentários, municipais. Do qual a partir da mesma, pode-se obter a realidade em números, do que de fato é aplicado financeiramente na Educação Inclusiva.
Palavras-chave: Educação Inclusiva. Inclusão. Políticas Públicas.
1. INTRODUÇÃO
 
	Denota-se a análise histórica e evolução do financiamento da Educação Especial Inclusiva no Brasil, devido ao amparo legal vigente no país mediante a Constituição Republicana de 1988, bem como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como demais meios normativos que vigoram ao regular o sistema educacional do país, visam o cumprimento por parte do Estado em prover condições dignas de alicerçar a Educação, abrangendo a todos alunos, e claro em especial aos que possuem deficiência.
________________________.
¹-Pós-Graduanda do Curso de Coaching Educacional. 2020/1. FAVENI- Alegrete-RS
A educação inclusiva no Brasil, ainda que haja financiamento e incentivos por parte do governo, ainda necessita e carece em regime de urgência, de profundas aplicações e melhor destinação destes recursos, para que de fato haja avanços e desenvolvimento tanto na aprendizagem quanto na estrutura e ambiente escolar de ensino da rede pública.
De fato, a inclusão no Brasil, torna-se quase que utópico diante das dificuldades financeiras com que cada instituição de ensino possui, além das adversidades repentinas que por vezes comprometem negativamente a todo o âmbito de aprendizagem.
Investimentos em inclusão no sistema educacional do país tornam-se ineficazes, quando não há a devida ação do ente estatal, no tangível ao amparo que lhe é conferido e outorgado em legislação constitucional e esparsa. A educação especial no Brasil, ainda é inicial e atrasada em comparação aos outros países e na abrangência ao angariar e incluir realmente o aluno com deficiência no contexto educacional do país.
Aqueles que consentem com a exclusão social, pela ineficiência das políticas de incentivo bem como no devido financiamento e investimento por parte do Estado nesta seara pública, denotam por sua vez, a exclusão também em âmbito educacional, o que deveras, torna-se inadmissível, perante o ensejo de um Estado Soberano, de possuir uma Educação cada vez mais fortalecida em suas bases e estruturas sociais.
 
2. O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL
 
Denota-se que com o decorrer dos anos, a Educação Inclusiva Brasileira, tomou proporções maiores a cada ano, parte dessa força decorre da principiologia fundamental com advento constitucional de 1988, em referência do Direito Fundamental à Educação, sem distinção.
Como abordado anteriormente ao introito do presente estudo, conceitua-se a educação especial como um tipo de política pública, isto é, “como forma de intervenção estatal na oferta e proteção de determinado direito de cidadania” (CURY, 2007, p. 832) com qual se pressupõem necessitar de prévio investimento financeiro por parte do Poder Público, com a finalidade de garantir a sua concretização e oferecer serviços públicos dignos, voltados ao atendimento das pessoas com deficiência, do qual insere-se diretamente no sistema de financiamento da e Educação no Brasil, constituindo-se em um processo recente na sociedade brasileira. (MAZZOTTA, 2011).
Partindo da análise e evolução histórica educacional, remete-se primeiramente à Constituição humanista de 1988, além das Leis que embasam o sistema educacional no país, além de servirem como introdução para que houvesse um amparo e atenção maior aos casos que necessitassem de certo tipo de exclusividade, como nos casos dos alunos especiais.
A educação inclusiva possui como princípio basilar o acolhimento de todos os alunos em escolas regulares, sem que haja qualquer tipo de ação que promova determinada segregação entre estes, assim como é vedado todo e qualquer tipo que possa configurar determinada discriminação (UNESCO, 1994).
No Brasil o tema da Educação Inclusiva foi corroborado como política pública, por intermédio Decreto n. 7611 de novembro de 2011, com qual dispõe ser dever do Estado a garantia de um sistema educacional inclusivo. (BRASIL, 2011).
O binômio estabelecido por meio da relação da Educação Regular com a Educação Especial Inclusiva estabelece a relação relevante como objeto de estudo da Educação Nacional como um todo, podendo-se afirmar que a evolução histórica, certamente configurou-se pela responsabilização do Estado perante as relações educacionais em ambos os ambientes, para que houvesse uma discussão, um debate abrangente perante o cenário político-educacional brasileiro.
 O amparo a uma base de Educação Especial, e que fosse de fato Inclusiva, fora introduzida mediante a Constituição de 1967 (BRASIL, 1967), onde por qual o Artigo 169, § 2°, dispõe sobre a exigência de assistência educacional oferecida no sistema de ensino para os alunos necessitados, assegurando-lhes condições de eficiência escolar, porém não havia introduzido para quem seria dirigido o amparo, nem ao menos de que forma seria concedida a devida exclusividade e assistência, prezando pela efetividade na execução de atendimento geral.
Perante o analisado constitucionalmente, constatou-se que de fato a implementação de uma gestão no sistema educacional ao implementar a Educação Especial e Inclusiva, somente ocorrerá diante da promulgação da Magna Carta Republicana de 1988, somente ao final de século XX, baseado em direitos humanistas, mediante a Declaração Universal de Direitos Humanos.
Diante da implementação dos direitos inseridos na Constituição Republicana de 1988 (BRASIL, 1988), fora priorizado como direito social, a educação e a devida assistência a todos, perante a pétrea estabelecida do Artigo 6°, jáno Artigo 208, III, fora implementado e priorizado de fato, a educação especial sob a forma de atendimento educacional especializado e de forma preferencial na rede regular de ensino.
Analisa-se perante o Artigo 206, constitucional desse dispositivo legal (BRASIL, 1988) o princípio do ensino, estabelecendo-se a isonomia entre os alunos quanto ao direito à acessibilidade, complementando-se perante o Artigo 208, dispondo que uma vez havendo o atendimento educacional aos deficientes, o acesso e a permanência desses alunos devem ser garantidos de modo regular, eficiente, igualitário e, sobretudo justo, além da garantia do padrão de qualidade, outro princípio.
Investimentos públicos da Educação na Constituição Federal de 1988 caracterizam-se diante de sua vigência, a orientação da descentralização financeira, aumentando a carga responsável e da participação dos estados e municípios na arrecadação tributária e receitas disponíveis. Cabe ressaltar a combinação com o Artigo 213, a destinação de recursos do viés públicos às entidades da sociedade civil para atendimento às pessoas com deficiência.
Destaca-se, paralelamente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, não somente neste setor social constitucionalmente, onde, por exemplo, pode-se citar que na própria Magna Carta de 1988 (BRASIL, 1988) contempla vários direitos aos deficientes, além dos educacionais, como trabalho (Art. 7°), saúde (Art. 23), assistência social (Art. 203) e acessibilidade (Art. 227).
A educação para o grupo de excepcionais que necessitam de uma atenção plena diante do assunto da Inclusão, porém não havia um objeto de segurança jurídica para o sistema educacional, nem ao menos uma gestão estatal. Ao analisar esta máxima, Bueno (1993, p. 21), cita que:
[...]educação especial no Brasil iniciou no século XIX, sendo caracterizada como um subsistema educacional com características periféricas na ordem capitalista, que “[...] devido às suas próprias especificidades econômicas, políticas e culturais, apresenta um percurso que, embora tenha como base a expansão da sociedade capitalista, responde a essas peculiaridades”.
 
Ao contexto ainda histórico evolutivo, destaca-se que a expansão da Educação Especial no Brasil, somente a partir da década de 1960, porém mediante ao sistema de um pequeno número de vagas oferecidas nas escolas regulares fazendo com que os alunos excepcionais, não fossem “contemplados” com a possibilidade ofertada como políticas públicas.
A mínima vaga oferecida na área da Educação Especial predomina-se em ambas as áreas, seja pública ou privada cerceando mais tarde o que viria a se tornar um direito igualitário e de todos do país. Assim, Bueno (1993, p. 21- 22) descreve:
[...] assume papel preponderante na medida em que foi e continua sendo responsável por ampla parcela do atendimento oferecido, através de entidades filantrópicas assistenciais, de um lado, e, de outro, através de empresas prestadoras de serviço de alto nível técnico e elevado custo financeiro.
 
Devido à perspectiva gerada diante de uma Constituição Moderna, e que abrangesse de gato e na prática os Direitos Sociais, a responsabilização por parte do ente estatal, é solidária, onde por qual, os Municípios, possuem tanto encargo ao promover condições dignas e inclusivas a todos da sociedade, quanto o ente estatal e federal, Mendes (2010), perante uma análise do sentido solidário da Constituição de 1988 enfatiza o papel dos municípios na política educacional inclusiva:
Os municípios pareciam não ter papel muito definido, podendo ser mero espectador, ator, coadjuvante ou patrocinador-financiador da filantropia. A Constituição Federal de 1988 promoveu a descentralização administrativa e de recursos financeiros, que aparentemente dotaria os municípios de uma maior autonomia para equacionar os problemas locais, e uma nova perspectiva parecia se vislumbrar quanto à política da educação especial (MENDES, 2010, p. 104).
 
Neste diapasão, pode-se definir que a educação foi referendada como uma obrigação solidária e compartilhada entre União, Distrito Federal, estados e municípios, sendo organizada sob a forma de regime de colaboração (BRASIL. CF/88, art. 211 e LDB/96, art. 8º).
Em meados dos anos de 1990 houve inúmeras modificações referentes à política de inclusão escolar, entre estas se destacou a sanção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 (LDB/96), “oportunizando um financiamento direto de viés público, para a manutenção, estruturação e organização das práticas escolares, para a respectiva promoção da responsabilidade pela educação de alunos com deficiência, TGD e altas habilidades/superdotação.” (FRANÇA, 2015, p.273)
Em referências às políticas de educação especial, historicamente, as instituições privadas de educação especial assumiram um lugar privilegiado no Estado brasileiro, seja na “ocupação de lugares estratégicos, por exemplo, na câmara de vereadores, nas assembleias legislativas, na câmara de deputados, no senado federal, na composição da Coordenação da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC), seja na influência direta ou indireta nas políticas de educação especial. (FRANÇA, 2015, p.6)”
A educação especial, devido ao seu amparo considerado humanista e moderno em termos de legislação oferece-se preferencialmente na rede regular pública de ensino, concedendo uma maior segurança prática aos alunos em TGD e altas habilidades/superdotação, os devidos serviços de apoio assistencial, educacional especializado no contexto da escolar promovendo maiores condições específicas dos alunos, caso não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular”. (BRASIL, 1996, art. 58, § 2).
Ao Poder Público, “cabe ainda a atuação direta, na oferta de serviços e destinação de recursos em âmbito da educação especial referente ao repasse de verbas a essas instituições, que podem conjugar várias fontes de receitas prestação de seus serviços, tanto no cunho público quanto no privado.” (GARCIA e MICHELS (2011, p.114)
A educação por intermédio da administração financeira do FUNDEB (Fundo e Manutenção do Desenvolvimento da Educação Básica) e FUNDEF (Fundo e Manutenção do Desenvolvimento do Ensino Fundamental) são órgãos responsáveis pela destinação de recursos com a finalidade de promover a Educação no Brasil, bem como ao de conceder o devido amparo à eficácia da educação inclusiva no país. Onde foi instituído pela Emenda Constitucional nº 14, regulada pela Lei 9.424, de 24 de dezembro desse mesmo ano, com a finalidade de normatizar a contabilidade pública orçamentária e destinação de recursos da Educação no país.
A distribuição financeira por intermédio dos recursos públicos advindos do Fundef era, anteriormente, proporcional ao número de alunos nas escolas de ensino fundamental, fixando um mínimo de 60% voltado para o pagamento dos professores sob efetivo exercício do magistério e os 40% deveriam ser destinados na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental. Para a Educação Especial, a metodologia aplicada, caberia o custo por aluno diferenciado na rede de ensino, bem como a definição do mínimo nacional (BRASIL, 1996)
Diante das práticas de financiamento adotadas pelo Fundef, até meados do ano de 1999, não houvera divergência em relação aos valores, dos quais somente entre 2000 e 2004, acresceu um montante de 5% dos recursos voltados para alunos entre 5ª e 8ª série matriculados, que fossem inseridos no contexto da Educação Especial. Em 2005, o índice subiu para 7%, de acordo com o Decreto n. 5.374. (BRASIL, 2005).
Partindo como uma base perante o fator de ponderação por aluno no ensino fundamental aos alunos que estivessem inseridos no contexto da educação especial totalizou-se ao montante de R$ 664, 00 (seiscentos e sessenta e quarto reais). A supracitada Lei nº 9.424/96 estabelecia a metodologia divergente do denominado custo por aluno, dirigindo a uma análise lógica pragmática de determinado financiamento em detrimento de uma racionalidade ético-política. (FARENZENA, 2006).
O Fundeb em índices financeiros, podeconstituir mediante ao seu fundo contábil, “o montante de R$ 2 bilhões para 2007, R$ 3 bilhões para 2008, R$ 4,5 milhões para 2009 e, a partir de 2010, em 10% do valor total da contribuição do Distrito Federal, estados e municípios, obedecendo ao critério anual compreendido entre 2007 a 2020”, medindo o total de alunos matriculados na rede pública diante da distribuição dos recursos e o percentual de contribuição do Distrito Federal, estados e municípios para a que na respectiva formação do Fundo atingisse o patamar de 20%. (FRANÇA, 2015, p.277)
Remete-se ainda a análise de que havendo equívocos quanto à destinação de finanças por parte do Estado gerando consequências negativas ao sistema educacional, a transparência governamental, por ora também compromete-se com estas ações, gerando por si só, uma ineficiência e enfraquecimento geral quanto as bases de obtenção do resultado central na destinação destes recursos. Onde em análises realizadas pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc, 2011, p.40), concluiu que:
 
[...] a transparência orçamentária das capitais no Brasil é medíocre em sua grande maioria, em vários casos pior que isso [...]. Esse cenário antecipa uma visão dantesca caso a pesquisa avaliasse municípios afastados da esfera política e econômica (municípios que não são as capitais dos estados.
 
 
Pode-se definir que conjuntamente ao sistema educacional do país, a educação especial no contexto da inclusão escolar, encontra-se em profundo litígio com o que está previsto legalmente, quanto à realidade exposta na contemporaneidade. A complexidade acerca do tema tem se tornado cada vez mais dificultosa para que efetivamente sejam garantidos os direitos sociais previstos constitucionalmente.
 De acordo com o Censo Escolar de 2017, o Governo Brasileiro, estatisticamente, tem obtido êxito, em relação aos números de matriculas e incentivos aos alunos em processo de inclusão escolar, onde o número de matrículas da rede de educação básica foi de 827.243, e o índice de inclusão de pessoas com deficiência em classes regulares, o que é recomendado, passou de 85,5% em 2013 para 90,9% em 2017, porém ainda remete-se à dificuldades em referência a estrutura das escolas é considerada atualmente, insuficiente para atender a essa população. (BRASIL, 2017)
 	Em uma realidade baseada em insuficiência prática de ações que visem a promoção da educação no país, o tema da inclusão escolar é considerado um artifício que fomenta mais ainda debates sobre a falsa democratização da educação no Brasil, bem como um modelo de ensino defasado, tal qual expõe Mantoán (2006, p.01):
O sistema educacional brasileiro, diante da democratização do ensino, tem vivido muitas dificuldades para equacionar uma relação complexa, que é a de garantir escola para todos, mas de qualidade. É inegável que a inclusão coloca ainda mais lenha na fogueira e que o problema escolar brasileiro é dos mais difíceis, diante do número de alunos que temos de atender, das diferenças regionais, do conservadorismo das escolas, entre outros fatores.
 
Com isto, o delicado tema de inclusão, deva ser debatido não como um problema, mas sim, um meio progressivo de evolução social, onde visa garantir uma educação e um modelo de ensino exemplar para que sejam modificadas certas ideologias em que nada cooperam com soluções que exprimem urgências voltadas ao desenvolvimento.
As modificações encontradas no atual sistema educacional no país são necessárias para que haja a real sintomática da inclusão no país, exigindo tanto esforços quanto eficiência dos membros que os forma, tais como: Instituições de Ensino, Profissionais e sobretudo a participação do Estado, sendo esta a principal, para que de todo modo, seja proporcionado um ambiente educacional mais igualitário e justo, e supridas as necessidades encontradas como um todo pela sociedade.
A inclusão pode ser definida como um meio de promover uma maior justiça social aos cidadãos, em enquadrar efetivamente o papel do Estado na outorga constitucional em formar civis para o exercício pleno de sua cidadania, além de preservar-lhes a integridade, a dignidade e a igualdade em relação aos seus direitos e respectivos deveres. 
 
3. METODOLOGIA
		Aplicou-se a metodologia do tipo exploratório-descritiva, qualitativa de gênero bibliográfico, e também, por um estudo de caso, com amostragem numérica, sob análise central do financiamento de políticas públicas de incentivo de atendimento a alunos com deficiência, mediante a prática da educação inclusiva no Brasil.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Conclui-se mediante o exposto, a efetivo cumprimento da legislação vigente no ordenamento jurídico brasileiro, sabe-se que a inclusão é um tema que cerca de delicadeza e, sobretudo de muito amparo, não o legal, mas sim o prático que vise a competência profissional e seu incentivo, bem como na gestão financeira do Estado em proporcionar meios dignos de ensino na rede educacional.
A má destinação de recursos, ou até mesmo a omissão do governo em gerar um orçamento considerável para expandir com o sistema educacional do país, nada mais coopera para haver uma maior segregação encontrada atualmente, pois a metodologia de ensino e a sua promoção no país presencia-se pela defasagem em todos os setores, em diversas localizações no Brasil, não diferentemente ocorrente na questão da inclusão escolar e na própria educação especial.
A inclusão significa mais do que um modelo educacional do país, e sim também a um meio de desenvolvimento e progresso ao próprio sistema e das instituições educacionais no Brasil. Visando garantir e amparar os direitos previstos tanto constitucionalmente como em legislação extravagante, auferido também deveres do Estado em promover a mesma, fato este que por vezes não exprime a realidade.
Péssimas gestões governamentais, bem como administrações voltadas às práticas de corrupção, tornam por defasar e comprometer ainda mais, negativamente, o atual cenário da Educação no Brasil, e consequentemente nas próprias políticas publicas e financiamento à inclusão escolar. 
O Estado como agente principal da relação educacional, conjuntamente à atuação do educador, deve conceder uma atenção especial acerca do tema de inclusão, com o simples fato de cumprir o seu papel com eficácia (um dos princípios principais da Administração Pública), para que realmente haja determinado progresso e desenvolvimento no sistema educacional dos pais, tão ansiado por todos os brasileiros.
Com isto, o financiamento de políticas públicas que visem de fato a promoção de direitos a uma Educação de amplo acesso e inclusiva, nunca deve ser considerado como bastante para o desenvolvimento do sistema no Brasil, e sim, sempre o necessário para poder manter a geração já realizada, para que não haja uma defasagem, tal qual denota-se no Brasil, ao longo dos anos, fruto de décadas de uma gestão governamental que busca a eficiência, porém ainda peca pelo mau uso do dinheiro público.
Ao final, ainda conclui-se que o objeto de estudo mediante aos resultados levantados compreende o reflexo nacional, diante do financiamento baixo por parte do Poder Público, na Educação Especial, bem como na crescente demanda que tende a aumentar em números nos próximos anos nas mais diferentes localidades do país.
 
REFERÊNCIAS.
 
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_________.Constituição da República Federativa do Brasil Brasília - Senado
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 24.fev.2021.
________Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm. Acesso em: 24.fev.2021.
 ____.Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério. 	Disponívelem: 	http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9424.htm. Acesso em: 24.fev.2021.
 
 _______. Emenda Constitucional n.º 14, de 12 de setembro de 1996. Modifica os artigos 34, 208, 211 e 212 da Constituição Federal e dá nova redação ao art. 60 do
Ato das Disposições constitucionais Transitórias. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 13 set. 1996c Seção 1, p. 18109.
 
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