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Prestação de serviços

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Prestação de serviços 
 
 
 
Prestação de Serviços 
 
- Conceito 
 
“...agora tratamos do contrato civil de prestação de serviços, que podemos 
conceituar como aquele em que uma das partes se obriga para com a outra a 
fornecer-lhe a prestação de sua atividade, mediante remuneração.” (Caio Mário 
da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, vol. III, p. 378). 
 
- Distinção entre a prestação de serviços e o contrato de trabalho 
 
O que distingue a prestação de serviços do contrato de trabalho é a sujeição de 
quem realiza a prestação de fazer. Se o prestador do fato trabalhar de modo não 
eventual, sob subordinação hierárquica e sob o poder diretivo, o contrato será de 
trabalho, regido pela CLT, nos termos do art. 3° desse estatuto legal. Sobre o 
tema, discorreu Caio Mário: “Da locação de serviços, abrangente outrora de toda 
a prestação de atividade remunerada, destacou-se o contrato de trabalho, que 
pressupõe a continuidade, a dependência econômica, e a subordinação. (Caio 
Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, vol. III, p. 377). 
 
O contrato de prestação de serviços aplica-se a: 
a) Trabalho autônomo (profissões liberais). 
b) Trabalho eventual (biscate). 
c) Trabalho prestado por pessoas jurídicas (prestadoras de serviços de limpeza, 
segurança, administração imobiliária, informática, conservação de elevadores, 
etc.). 
 
Características: 
 
Contrato bilateral 
Consensual (não exige qualquer formalidade) 
oneroso 
Via de regra é intuitu personae, nos termos do art. 605 do Código Civil, mas as 
partes podem estipular prestações de fazer fungíveis. 
 
- Partes: prestador do serviço, executante, locador; 
 tomador do serviço, solicitante, locatário. 
 
O inciso XXXIII do art. 7º da CF proíbe o trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis 
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. 
 
Forma: trata-se de contrato consensual, não havendo forma prescrita em lei. Se 
uma das partes não souber ler nem escrever, poderá ser firmado contrato escrito, 
a rogo, com a presença de 2 testemunhas (art. 595 do Código Civil). 
 
- Conteúdo 
 
Objeto: qualquer obrigação de fazer lícita, material ou imaterial (art. 594 do 
Código Civil). 
 
Remuneração: livremente pactuada. Em caso de omissão é estipulada mediante 
arbitramento, nos termos do art. 596 do Código Civil. Salvo disposição em 
contrário, é paga após a prestação do serviço (art. 597). Comporta pagamento 
em espécie ou in natura. Se o pagamento for em outro serviço o contrato 
desfigura-se, tornando-se atípico (Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de 
Direito Civil, vol. III, p. 379-380). 
 
Prazo máximo: 4 anos, nos termos do art. 598 do Código Civil. O excesso não 
anula a cláusula, mas permite ao juiz reduzir o prazo (RT, 165/752). A resilição 
do contrato por prazo indeterminado exige aviso prévio (art. 599 do Código 
Civil), sob pena de responsabilização por perdas e danos. 
 
- Extinção 
 
Além das demais causas de extinção comuns a todos os contratos, o contrato de 
prestação de serviço, por prazo determinado, extingue-se: 
a) Pela morte de qualquer das partes (art. 607 do Código Civil). 
b) Conclusão do serviço (art. 607 do Código Civil). 
c) escoamento do prazo, nos contratos por prazo determinado, ou por resilição 
do contrato, mediante aviso prévio, nos contratos por prazo indeterminado. 
c) Sem justa causa, nos contratos por prazo determinado ou por obra 
determinada (resilição): 
c.1) iniciativa do prestador de serviço: responde por perdas e danos (art. 
602, parágrafo único do Código Civil) 
c.2) iniciativa do tomador de serviço: é obrigado a pagar ao prestador as 
prestações vencidas e a metade do que deveria pagar-lhe até o término do 
contrato (art. 603 do Código Civil). 
d) Por resolução, em razão do descumprimento de qualquer das partes (art. 607 
do Código Civil). 
e) Por força maior. 
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