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RAFAELA AMARAL HANSENÍASE MEDICINA – FPME – 2°P ❖ Compreender a morfofisiologia da Mycobacterium leprae ❖ Descrever como se dá a infecção da hanseníase, bem como suas classificações ❖ Esquematizar como o ocorre a defesa do sistema imunológico contra a hanseníase ❖ Elucidar quais são e como ocorrem as manifestações clínicas da hanseníase ❖ Entender como se dá o diagnóstico da hanseníase • O M. leprae foi descoberto e descrito por Gerhard H. Armauer Hansen, em 1868, em Bergen, na Noruega. • BH (Bacilo de Hansen) é um bastonete reto ou levemente encurvado. • Podem ser vistos isolados, agrupados ou em agrupamentos compactos, chamados globias - fortemente unidos por material gelatinoso. • Geralmente, o bacilo é gram-positivo - BAAR • Sua parede tem duas camadas, uma interna eletrodensa e outra externa eletrotransparente • Enzima difeniloxidase específica e capaz de oxidar o isômero D da di- hidroxifenilalanina (DOPA). Assim, o bacilo de Hansen distingue-se entre as microbactérias patogênicas por apresentar essa atividade dopaoxidase A intensa redução do genoma tornou-se muito exigente e dependente dos produtos metabólicos das células do hospedeiro. Essa estrutura pode explicar características bacteriológicas únicas do BH: como o excepcional crescimento lento e sua incapacidade para multiplicar-se nos meios de cultura ou meios sintéticos, pois ocorre uma rápida perda de ATP não suplementável; justificando a inexistência de vacina. O BH é a única micobactéria com capacidade ou habilidade para invadir o SNP Na célula de Schwann, o bacilo permanece protegido dos mecanismos de defesa do hospedeiro: não tem capacidade fagocítica profissional. Em apenas 49,5% do genoma existem genes com proteínas codificadas. Os genes funcionais viáveis da M. leprae têm capacidade de adaptar essa bactéria ao parasitismo intracelular e sobreviver por um longo tempo, o suficiente para infectar e multiplicar-se na célula de Schwann do nervo periférico. A cel. é incapaz de destruir patógenos; assim, permite ao bacilo multiplicar-se continuamente; e ainda, a barreira sanguínea do nervo limita o acesso de vários medicamentos na célula de Schwann, habilitando-a, irrestritamente, para a multiplicação BH. Consequências da invasão: perda sensitiva e, mais tarde, lesões motoras É possível que o bacilo seja levado para a célula de Schwann pelos macrófagos. Outra possibilidade é que ele possa ser transportado para a célula neural via capilares intraneurais. Os lipídeos do BH são as chaves para a entrada na célula de Schwann. A afinidade do BH pelo nervo periférico é determinada pelo PGL-1, glicolipídeo fenólico, que se une ao receptor alfadestroglicana e laminina α-2 da membrana basal da célula. O PGL-1 é um reagente útil para o diagnóstico sorológico (ainda não utilizado na rotina) PAPEL DA LAMININA α-2 NA LÂMINA BASAL DA CÉLULA DE SCHWANN A laminina existe em pelo menos 12 formações ou configurações iguais (laminina 1 a 12), cada uma com distribuição restrita no tecido, é o maior complexo da unidade celular- -axonal de Schwann. Grandes glicoproteínas compostas de cadeias alfa, beta e gama envolvidas no conjunto da lâmina basal e funções celulares. É muito provável que a cadeia α-2 da molécula de laminina-2 seja a responsável pela interação do M. leprae com a célula de Schwann do SNP. A doença pode apresentar principalmente 4 formas clínicas: indeterminada, borderline ou dimorfa, tuberculoide e virchowiana. Em termos terapêuticos, somente 2 tipos são considerados: paucibacilar (poucos bacilos) e multibacilar (com muitos bacilos). As duas formas principais: tuberculoide e lepromatosa. A forma tuberculoide (neural) é caracterizada por áreas da pele que perderam a sensibilidade e estão circundadas por uma borda de nódulos. Ocorre em pessoas com reações imunes eficazes. Na forma lepromatosa (progressiva), células da pele são infectadas, e nódulos desfigurantes se formam por todo o corpo. Pacientes com esse tipo de lepra têm o mínimo de resposta imune celular eficaz, e a doença progrediu do estágio tuberculoide. Face leonina / mão em garra / necrose tecidual RAFAELA AMARAL HANSENÍASE MEDICINA – FPME – 2°P Teste de Mitsuda A evolução da infecção é lenta, determinada, total ou parcialmente, pelo genoma do hospedeiro (HLA) e também pela quantidade de bacilos recebidos na infecção. Assim, as respostas imunocelulares do hospedeiro podem expressar-se em diferentes manifestações clinicopatológicas, espectrais e polares. Essa condição pode ser demonstrada pela resposta à injeção do antígeno de Mitsuda-Hayashi. O teste é realizado rotineiramente utilizando-se o antígeno de Mitsuda integral, (nódulos virchowianos triturados e filtrados e em que os bacilos são mortos por autoclavagem). O teste de Mitsuda-Hayashi não é diagnóstico, serve apenas para ajudar na classificação e para estabelecer prognóstico. Após a injeção intradérmica de 0,1 mL desse antígeno, pode ocorrer uma reação localizada após 48 ou 72 horas semelhante à reação à tuberculina, denominada reação de Fernandez, cujo significado é discutível. Depois de 28 a 30 dias, pode haver uma segunda reação, dita tardia ou de Mitsuda, que se caracteriza, quando positiva, pelo aparecimento no local da injeção de um nódulo que pode ulcerar ou não. Mitsuda-Hayashi positivo +++ (doente paucibacilar, não contagiante, tuberculoide polar, com ausência ou raros bacilos). Mitsuda-Hayashi negativo – (doente multibacilar, contagiante, virchowiano polar, com numerosos bacilos); entre esses extremos, há o grupo intermediário, denominado dimorfo ou borderline. Em contatos de doentes com hanseníase, uma reação positiva indica que o indivíduo não ficará doente ou, se ficar, adquirirá uma forma tuberculoide. Se, por outro lado, ele for negativo e adoecer, será portador de hanseníase virchowiana. • Grupo tuberculoide subpolar/dimorfo tuberculoide ou, para o grupo dimorfo- dimorfo, dimorfo virchowiano ou virchowiano subpolar: a reação de Mitsuda é negativa, mas pode ser temporariamente, pois os doentes incluídos até nesse grupo nasceram com fator natural de Rotberg; quando a carga bacilar diminui, eles podem organizar granuloma tuberculoide e, então, passam a reagir positivamente ao antígeno de Mitsuda. • Forma ou tipo virchowiano polar (VVp): se o doente não tiver resistência e pertencer à margem Hansen anérgica de Rotberg, a reação de Mitsuda sempre será negativa e os bacilos se multiplicarão livremente nos macrófagos de todos os tecidos exceto no sistema nervoso central (SNC), caracterizando a forma grave e contagiante da moléstia, hanseníase virchowiana polar RAFAELA AMARAL HANSENÍASE MEDICINA – FPME – 2°P Manifestações clínicas As primeiras manifestações e lesões clínicas ocorrem, exclusivamente, no SNP - antecedem os sinais cutâneos. No início, são sensitivas: ocorre perturbação da sensibilidade térmica, em seguida, dolorosa e, finalmente, a tátil. • Lesões neurais Os ramúsculos neurais (componentes mais distais do SNP) são os primeiros a serem afetados, instalando-se a ramusculite periférica. A infecção progride aos ramos secundários e, finalmente, aos troncos neurais periféricos, que se tornam edemaciados, dolorosos à palpação ou percussão (sinal de Tinel+). Quando o local do nervo é percutido, o doente tem a sensação de choque que se irradia para o território correspondente àquele nervo. A lesão dos troncos neurais determina alterações sensitivas, motoras e autonômicas. As lesões motoras levam a paresias ou paralisias que correspondemà fraqueza muscular, amiotrofias, retrações tendíneas e fixações articulares (garras). • Lesões cutâneas Pcts forma TT - apresentam vigorosa resposta imune celular contra a micobactéria, o que limitaria a doença a poucas e bem definidas lesões de pele e de troncos nervosos. Na forma TT da doença, interferon IFN-γ, IL-2 e linfotoxina- α são secretados nas lesões, resultando em atividade fagocítica intensa. Hanseníase tuberculoide (TT): lesão solitária, bem definida e com bordas levemente papulosas; completamente anestésica Hanseníse Dimorfa Tuberculoide (DT): lesão arredondada, com bordas largas, pode ser escamosa, com perda sensível de pelos, com bordas granulosas e elevadas Hanseníase Dimorfa Virchowiana (DV): placas do tipo dimorfo, numerosas e disseminadas; pápulas e máculas e perda de sensibilidade Hanseníase Virchowiana subpolar (VVs): lesões hipocrômicas proeminentes; infiltração distribuída (pele mais grossa). Os pacientes portadores de hanseníase da forma VV apresentam ausência da resposta imune celular específica (anergia) contra a micobactéria, ocorrendo proliferação do M. leprae, com a presença de muitas lesões e infiltrações extensas na pele e nos nervos Hanseníase Virchowiana polar (VVP): Bastante avançada, muita infiltração, nódulos na face e orelhas Hanseníase indeterminada (I): mácula solitária, mal definida e levemente hipocrômica; bordas mal definidas e parcialmente insensível. A forma virchowiana apresenta níveis elevados de anticorpos específicos para o glicolipídeo fenólico 1 (anti-PGL-1), e disseminam-se pela grande maioria dos tecidos caracterizando a forma grave e contagiante da moléstia (hanseníase virchowiana polar). O aspecto geral das lesões pode sugerir a evolução do doente. Sendo assim, se o número dessas lesões for pequeno e as alterações sensitivas forem bem acentuadas, é bem possível que a resistência imunocelular aos bacilos tenha sido estimulada; e o doente poderá curar-se espontaneamente ou evoluirá para a forma tuberculoide. Se, ao contrário, o doente apresentar muitas lesões maculosas de limites pouco precisos, nas quais os distúrbios de sensibilidade são discretos, a imunidade celular, provavelmente, é baixa ou nula e a evolução natural, portanto, se não tratada, será para as formas dimorfa ou virchowiana. RAFAELA AMARAL HANSENÍASE MEDICINA – FPME – 2°P Desenvolvimento da resposta imune: 1° interação entre o M. leprae e o homem: receptores PRR para PAMPS e DAMPS. Os receptores TLRs, especialmente o TLR-2, são ativados por lipoproteínas do M. leprae, e a capacidade de iniciar a resposta protetora está diretamente relacionada com a secreção de IL-12/23 e a diferenciação de macrófagos e células dendríticas. Estas últimas apresentam o antígeno e causam a ativação de células T virgens através da secreção de IL-12. Esse processo pode levar à expansão e diferenciação de células Th1 produtoras de interferon (IFN-γ), que induz os elementos da resposta imune responsáveis pela eliminação do bacilo, controlando assim a evolução da doença. A resposta imune toma-se fortemente desviada para as respostas TH1 ou T H2, uma escolha que influencia a progressão da doença. Uma resposta direcionada para TH1 permite que os macrófagos infectados inibam o crescimento bacteriano e, embora a pele e os nervos periféricos sejam danificados pela resposta inflamatória crônica, a doença progride lentamente e os pacientes muitas vezes sobrevivem. Para pacientes que produzem uma resposta direcionada para TH2 a situação é bem diferente. Dentro dos macrófagos, as micobactérias são inacessíveis ao anticorpo específico, e crescendo sem controle elas causam destruição do tecido, que é eventualmente fatal. Estados de reação: Podem ocorrer antes de qualquer tratamento, durante ou após a alta medicamentosa. Há 2 tipos: Reação tipo I e Reação tipo II A reação tipo I pode exacerbar lesões preexistentes, que aumentam de tamanho, ao mesmo tempo em que podem surgir lesões novas idênticas às anteriores / pode ser de piora ou de melhora. Aparecem nos doentes interpolares (TTs, DT, DD, DV e VVs). Reação tipo I de degradação ou de piora: Ocorre, em geral, nos doentes virgens de tratamento ou naqueles que tomam irregularmente suas medicações. As lesões existentes se tornam mais eritematoedematosas e aparecem outras lesões novas agudas com as mesmas características; são hipertérmicas e dolorosas. Podem aparecer múltiplas pápulas, nódulos e placas também eritematosas em quase todo o tegumento com localizações características na face, em torno dos olhos, da boca, na palma das mãos e planta dos pés. Essas manifestações agudas também ocorrem nos nervos. Pode haver edema acentuado das extremidades e acometimento de maior número de nervos. Do ponto de vista baciloscópico, ocorre aumento da carga bacilar. Reação tipo I inversa ou reversa ou de melhora: Ocorre, em geral, depois de 3 ou 4 meses de multidrogaterapia, porém, também, pode surgir antes e depois do tratamento. Nota-se que as placas tornam-se mais bem delimitadas, embora, com hipertermia, dor, eritema e edema acentuados; porque, ocorre melhor organização dos granulomas tuberculoides. A melhor organização dos granulomas gera uma intensa reação destrutiva dos nervos com consequentes paralisias neuromusculares. É uma reação de hipersensibilidade a antígenos liberados pela destruição bacilar realizada ou pelas defesas do hospedeiro e/ou pela ação dos medicamentos quando estão sendo utilizados. RAFAELA AMARAL HANSENÍASE MEDICINA – FPME – 2°P Nas lesões da hanseníase, a reação à histamina é incompleta. Na pele com a MH não ocorre a formação do eritema reflexo secundário que está ligado à integridade das terminações nervosas, havendo apenas a formação de um pequeno eritema e uma pápula. REAÇÕES TIPO II − São mediadas por anticorpos e são denominadas, também, de ENH em virtude de clássicas lesões nodulares da pele. A R II pode aparecer antes do início do tratamento específico, mas é mais frequente durante o tratamento e começa a aparecer ao redor do 6º mês. Pode acontecer após a alta medicamentosa. Cerca de 60% dos virchowianos sofrem essas reações que, no início, são discretas e podem aumentar progressivamente de intensidade. As manifestações dermatológicas são nódulos e/ou placas eritematoedematosos, isolados e/ou confluentes, localizando-se, em especial, nas pernas; mas, podem ocorrer em qualquer parte do tegumento A reação tipo II desaparece quando os antígenos são totalmente eliminados e admite-se que quando um paciente volta a apresentar ENH, dois anos após a negativação baciloscópica pode haver reexposição a antígenos que estavam encarcerados ou mesmo reaparecimento de bacilos, ou seja, recidiva da moléstia. Laboratorialmente, pode haver leucocitose com desvio à esquerda e, às vezes, reações leucemoides, aumento de bilirrubinas, aumento de transaminases, hematúria e proteinúria. Admite-se que as reações tipo II estejam ligadas à destruição de bacilos com exposição de antígenos e estímulo à produção de anticorpos e a formação de imunocomplexos.Estes, por sua vez, fixam complemento e estimulam a migração de neutrófilos que por meio de suas enzimas destroem os tecidos e, às vezes, até a parede vascular, produzindo vasculites secundárias. A intensidade desses fenômenos está ligada à produção da citoquina TNF-α (fator alfa de necrose tumoral). Diagnóstico Prova da histamina: Deve ser usada, de preferência, nas lesões hipocrômicas e baseia-se na integridade dos ramúsculos nervosos da pele. Utiliza-se a prova da histamina perfurando-se a pele através das gotas de histamina depositadas na área suspeita e na pele normal. Na pele normal, a prova da histamina é completa. Quando é colocada e perfurada, com uma agulha e sem sangrar, uma gota de solução milesimal de cloridrato de histamina (1:1.000) na pele normal, observam-se as três fases que caracterizam a tríplice reação de Lewis constituídas pelo: 1. Aparecimento de um discreto eritema relacionado com a ação direta da histamina sobre os pequenos vasos da pele (após 20 segundos); 2. Depois, um halo eritematoso, maior, chamado de eritema reflexo secundário (após 20 a 40 segundos) - vasodilatação; 3. E, finalmente, aparecimento, no local da punctura, de uma pápula urticada (após 1 a 3 minutos). Na pele com a MH não ocorre a formação do eritema reflexo secundário que está ligado à integridade das terminações nervosas, havendo apenas a formação de um pequeno eritema e uma pápula. RAFAELA AMARAL HANSENÍASE MEDICINA – FPME – 2°P Prova da pilocarpina: Muito útil nos doentes negros ou naqueles com placas eritematopigmentadas. Baseia-se também na integridade dos ramúsculos nervosos periféricos. Estes, quando íntegros e estimulados pelo cloridrato ou nitrato de pilocarpina a 0,5 ou 1%, provocam a sudorese. Pode ser realizada pincelando-se, inicialmente, a pele com lesão e a normal com tintura de iodo, injetando-se, a seguir, a pilocarpina e pulverizando-se a região com amido. A prova é realizada injetando-se na pele normal e, na suspeita, uma pequena quantidade de pilocarpina por via intradérmica, formando uma pápula de 0,5 cm. Em seguida, observam-se com uma lupa gotículas de suor que devem surgir após cerca de 5 minutos Prova da pilocarpina completa: na área onde houver sudorese, nota-se o aparecimento de vários pontos azul- -escuros que correspondem à reação do amido com o iodo, favorecida pela umidade do suor. Prova da pilocarpina incompleta: como acontece nas lesões de hanseníase, não ocorre sudorese nem surgem poucas gotas de suor, há apenas hipohidrose. Prova do éter sulfúrico: Usa-se um floco de algodão embebido em éter e um algodão seco ou o próprio dedo do examinador. Encosta-se o algodão com o éter e o seco/ou o dedo alternativamente nas áreas de pele normal ou com suspeita de alteração de sensibilidade e pede-se ao paciente que, de olhos fechados, informe o que está sentindo. O ponto de ebulição do éter é 35ºC e, em contato com a pele (mais ou menos 36°C), o éter vaporiza-se rapidamente produzindo uma sensação de gelado na pele normal. O doente de hanseníase, em decorrência da inflamação do ramúsculo nervoso, não sente o frio do éter e refere a sensação de quente (anestesia térmica) ou morno (hipoestesia térmica) semelhante à sensação deixada pelo algodão seco ou o dedo do examinador. A prova do éter permite o rápido mapeamento da sensibilidade térmica corpórea, a mais importante por ser a primeira a ser perdida na MH. Para a pesquisa da sensibilidade dolorosa, utiliza-se um alfinete. Depois de explicar ao paciente o que vai ser feito, pede-se que ele feche os olhos e aplicam-se a ponta e a cabeça do alfinete de maneira irregular na pele normal e na área suspeita, solicitando-se que ele diga o que está sentindo, se a ponta ou a cabeça. A sensibilidade tátil é pesquisada com um chumaço de algodão. Com o paciente de olhos fechados, encosta-se o algodão na área supostamente com alteração sensitiva e na pele normal e solicita-se que ele coloque o dedo no local onde o algodão estiver. BACILOSCOPIA: A técnica de colheita do material cutâneo para o exame consiste em isquemiar a lesão ou área de sua maior atividade. Raspam-se o centro da incisão e suas bordas e a linfa colhida é espalhada em uma lâmina de vidro, fixada na chama e corada pelo método de Ziehl-Neelsen. O esfregaço corado é examinado com a lente de imersão de um microscópio ótico para se observar a presença ou não de bacilos álcool-acidorresistentes e sua quantidade.
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