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Nós e suturas

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
NÓS E SUTURAS 
 
AGULHAS 
• De acordo com o ângulo: Curva (180° - ½ círculo), semirreta (menor que 180°) e reta. 
 
 
• De acordo com a secção transversal da ponta 
 
 
• De acordo com a relação com o fio de sutura: Traumático (quando é necessário montar o fio na base da agulha), 
de liberação controlada (pop-off) e atraumático (quando o fio já vier montado pelo fabricante) 
 
TÉCNICA PARA INTRODUÇÃO DA AGULHA 
• As agulhas curvas são projetadas para serem presas e conduzidas através do tecido com um porta-agulhas. 
• A colocação da agulha no porta-agulhas depende do tecido a ser suturado. Nos casos em que é necessário 
atravessar um segmento de tecido espesso, ou em casos nos quais se espera uma baixa resistência, a agulha 
pode ser presa a 2/3 ou 3/4 de distância da ponta. 
• Se for previsto um tecido mais resistente, a agulha deve ser presa mais apropriadamente no meio ou até mesmo 
um pouco mais em direção à ponta da agulha. Isso auxilia a passagem da agulha, ajudando a evitar a deformação 
ou dobra da agulha. 
 
FIOS DE SUTURA 
• Alguns fatores devem ser levados em conta para a escolha do tipo de fio cirúrgico, como o tecido a ser suturado, 
a resistência tênsil do fio, sua versatilidade e a reação tecidual que sua presença provocará. 
• Classificam-se em absorvíveis, inabsorvíveis não biodegradáveis e inabsorvíveis degradáveis (essa classificação 
também se aplica as suturas de acordo com o fio utilizado). 
 

 
 
 
 

 
 
 
A sutura ideal deveria custar pouco, prender de forma fácil e segura, possuir excelente resistência à tração, 
alongar-se para acomodar o edema da ferida, ter capacidade de retração para voltar ao seu comprimento inicial e 
não ter efeitos adversos sobre a cicatrização da ferida ou taxas de infecção. 
Infelizmente, nenhuma sutura atende a todos esses requisitos. Assim, é 
preciso fazer concessões ao selecionar o material de sutura, considerando 
suas vantagens e desvantagens. 
• Configuração física: Construção mono ou multifilamentar. 
• Capilaridade: Capacidade do seguimento de fluidos ao longo da sutura. 
• Capacidade de absorção de fluidos: quando a sutura estiver imersa. 
• Diâmetro 

 
 
• Força tênsil: Quantidade de peso necessário para quebrar a sutura a dividida por sua área de corte transversal. 
• Força do nó: Refere-se à força necessária para levar um determinado tipo de nó a deslizar, seja parcial ou 
totalmente. Ela depende do coeficiente de fricção do material e de sua capacidade de estiramento. 
• Elasticidade: Refere-se à tendência da sutura a retornar à sua forma original após o estiramento. Com alta 
elasticidade, uma sutura será facilmente esticada pelo edema tissular e não cortará ou penetrará no tecido. 
• Plasticidade: Refere-se à propensão da sutura em manter sua nova forma após o estiramento. Uma sutura 
altamente plástica manterá sua forma mesmo após a redução do edema do tecido e, assim, pode ficar frouxa. 
• Memória: refere-se à propensão de um material para retornar a seu formato original após ter sido deformado; 
por exemplo, após ter sido atado o nó. Uma sutura com uma alta memória tende a retornar à sua forma original 
e, assim, não segura bem um nó. O nylon é um exemplo de sutura com um alto grau de memória. 
• Flexibilidade: Facilidade com a qual uma sutura é torcida. Suturas relativamente flexíveis, como a seda, são mais 
fáceis de manipular do que as suturas de nylon monofilamentar, que são mais rígidas. 
• Arraste de tecido, amarração do nó e deslizamento do nó: Relacionam-se com o coeficiente de fricção e o 
revestimento que é aplicado ao fio. As suturas com altos coeficientes de fricção são mais difíceis de extrair do 
tecido. Materiais com baixos coeficientes de fricção – o nylon monofilamentar ou a poliglactina revestida, por 
exemplo – são fáceis de colocar com um nó de correr, mas podem se soltar mais facilmente. 
• Reação inflamatória, absorção, potencialização da infecção e reação alérgica: Todos os materiais de sutura são 
estranhos ao organismo e provocarão uma reação do tecido diretamente proporcional à quantidade de material 
de sutura utilizado. Portanto, quanto menos sutura, 
melhor. Além disso, o diâmetro da sutura usada está, 
sob muitas circunstâncias, mais intimamente ligado à 
formação de aderências do que a reatividade inerente 
ao próprio material. Os nós também proporcionam 
interstícios favoráveis ao crescimento bacteriano, o 
que sugere que o número de nós deve ser minimizado. 
 
RESUMO FIOS CIRÚRGICOS ABSORVÍVEIS 
NATURAIS 
TIPO USO FREQUENTE RESISTENCIA TÊNSIL 
TEMPO DE 
ABSORÇÃO 
CATGUT SIMPLES 
 
Ligaduras 
Fechamento geral 
Suturas intestinais 
Cirurgias ortopédicas 
Cirurgia oftalmológica 
7 a 10 dias 70 dias 
CATGUT CROMADO 
Ligaduras 
Pele 
Suturas no peritônio, intestino e 
utero 
21 a 28 dias 90 dias 

Cúpula vaginal 
Cirurgia oftalmológica 
SINTÉTICOS 
MONOCRYL PLUS 
Sutura 
antibacteriana 
 
Pele 
50% a 60% na 1ª semana 
20% a 30% na 2ª semana 
91 - 119 dias 
VYCRIL PLUS 
Sutura 
antibacteriana 
Ligaduras 
Fechamento geral 
Aparelho digestivo 
75% na 2ª semana 
50% na 3ª semana 
25% na 4ª semana 
56 - 70 dias 
PDS 
Sutura 
antibacteriana 
Fechamento de aponeurose 
Anastomose de vaso 
Pele 
Cirurgia cardiovascular pediátrica 
Cirurgia oftalmológica (exceto 
contato com córnea ou esclera) 
Suporte prolongado a feridas 
 182 - 238 dias 
VYCRIL RAPID 
Episiotomia 
Lacerações 
Reparos em pele onde a rápida 
absorção é benéfica, exceto 
articulações e grande tensão. 
50% no 5° dia 52 dias 
MONOCRYL Pele 
50% a 60% na 1ª semana 
20% a 30% na 2ª semana 
91 - 119 dias 
CAPROFLYL 
Ligaduras 
Aparelho digestivo 
Peritônio 
Útero 
Cúpula vaginal 
60% a 70% na 1ª semana 
30% a 40% na 2ª semana 
91 - 119 dias 
VYCRIL 
Multifilamentar 
Incolor E Violeta 
Ligaduras 
Fechamento geral 
Aparelho digestivo 
Cirurgia ortopédica 
 91 - 119 dias 
VYCRIL 
Monofilamentar 
Violeta 
Cirurgia oftalmológica 56 - 70 dias 
RESUMO FIOS CIRÚRGICOS INABSORVÍVEIS 
FIO USO FREQUENTE 
SEDA Aproximação de tecidos e ligaduras: cirurgia oftalmológica e procedimentos odontológicos 
LINHO Usado em tecidos gerais, sobretudo no trato gastrointestinal. 
POLYCOT Aproximação de tecidos e ligaduras: cirurgia geral 
ACIFLEX Aproximação de tecidos: fechamento do esterno, buco-maxilo e ortopedia. 
PROLENE Aproximação de tecidos: cardiovascular, cirurgia geral e fechamento geral. 
MONONYLON Aproximação de tecidos: Oftalmológico, microcirurgia e fechamento de pele. 
MERSILENE Aproximação de tecidos e ligadura: Oftalmológico e cardiovascular 
ETHIBOND Aproximação de tecidos e ligadura: Cardiovascular e Ortopedia 
 
 

 
NÓS 
• Há três componentes em um laço de sutura: a alça, que afeta a hemostasia ou a 
aproximação da ferida; o nó, que mantém a segurança da alça; e as orelhas, que garantem 
que a alça não se desmontará em decorrência do deslizamento do nó. 
 Primeiro seminó: CONTENÇÃO. Apertar o ponto com a força ideal para evitar isquemia. 
 Segundo seminó: FIXAÇÃO. Impedir o afrouxamento. 
 Terceiro seminó: SEGURANÇA. 
 
• O número de voltas em uma única laçada é indicado por algarismos arábicos. Desse modo, a laçada isolada 
comum é 1, e a laçada dupla ou “laçada de cirurgião” é 2. 
• A configuração de deslizamento é designada pela letra S. Se laçadas sucessivas são paralelas, ou quadradas, é 
usado o símbolo de igual, enquanto o sinal de multiplicação é usado para uma configuração cruzada ou granny 
(O nó granny (cruzado) difere do nó quadrado pela finalização, pois as pontas são deixadas na perpendicular em 
relação à linha de trabalho. Essa terminologia é pouco usada em nosso meio.). Assim, o nó quadrado comum é 
descrito como 1 = 1, um granny como 1 x 1, um nó quadrado de cirurgião como 2 x 2 e um nó de correr simples 
como S = S. 
 
 
• Classificação 
 Manual: Confecção dos nós sem auxílio de instrumentos, com as duas mãos executando movimentos 
amplos (bimanual) ou com uma única mão responsávelpelos movimentos e outra apenas fixando 
(unimanual). Há entre elas a técnica do nó de sapateiro. 
 Instrumental: Utilizam-se instrumentos como pinças de dissecção e porta-agulhas. Serve para realizar nós 
em microcirurgias, em vista das dimensões das estruturas e do mínimo calibre do fio. 
 Mista: Consiste na empunhadura do porta-agulhas com uma mão e a outra serve como auxiliar. 
 
 
 
• Tipos 
 Técnica de Pacheut: Feita com cinco, quatro ou três dedos. A mão esquerda segura a extremidade distal do 
fio e é cruzada pela mão direita. O fio é segurado com a mão em pronação, faz-se o cruzamento dos fios, 
tracionando-se a outra ponta. Conclui-se o nó. 

 
 
 Nó de sapateiro / Nó simples comum 
▪ É utilizado quando há tensão entre as bordas da ferida. Seguram-se as pontas do fio no local onde se 
cruzam e passa-se o fio por dentro da laçada, de cima para baixo, de maneira semelhante ao nó utilizado 
para amarrar os sapatos. 
▪ Seu uso não é recomendado para cirurgia por ser escorregadio principalmente se a tensão nas 
extremidades for desigual. 
▪ O que faz com que o nó permaneça atado é a fricção entre os componentes e por isso são necessários 
pelo menos três laçadas para que o nó quadrado tenha boa fricção. 
▪ Os fios monofilamentares (nylon, polipropileno) e os sintéticos trançados (especialmente aqueles 
revestidos com politetrafluoretileno), têm um nó com segurança precária devido à memória, o que exige 
especial atenção quando usado, podendo afrouxar mesmo antes de ser dada a segunda laçada. 
▪ Para fios sintéticos com memória, recomendam-se quatro laçadas (nós quadrados duplos) e cinco 
laçadas (dois deslizantes e três quadrados). 
 
 Nó quadrado 
▪ Também chamado antideslizante ou seminó assimétrico. É formado por dois seminós especulares que 
conferem resistência ao deslizamento devido a tensão desigual nas extremidades da laçada. Para a 
execução de um nó antideslizante, deve-se obedecer às leis de Livingston: 
 .Primeira lei: Movimentos iguais de mãos opostas executam um nó perfeito ۔
 Segunda lei: A ponta de fio que muda de lado após a execução do primeiro seminó deve voltar ao ۔
lado inicial para realizar o outro seminó. 
▪ Normalmente é laçado com o porta-agulhas 
sempre paralelo ao ferimento e os movimentos 
no sentido perpendicular à ferida. 
▪ Muito utilizado para ligadura vascular. 
 
 
 Nó deslizante: Sujeito a deslizamento, necessita de um terceiro seminó de segurança. As pontas do fio ficam 
perpendiculares às partes do fio que entram na formação do nó. Permite reajuste da tensão, caso a ligadura 
tenha ficado frouxa. 
 
 

 Nó de cirurgião: Formado por dois entrecruzamentos ou laçadas sucessivas no primeiro seminó. É um nó 
autoestático, usado quando não pode haver afrouxamento, além de permitir o segundo seminó sem 
modificação do primeiro. É utilizado para a aproximação de estruturas sobre tensão quando a primeira 
laçada do nó quadrado não puder ser fixa em posição devido à tensão excessiva da borda do ferimento, 
usado na maioria dos procedimentos e suturas. 
 
 
 
 Nó de roseta: Usado para extremidade de fio em suturas intradérmicas contínuas de pele. É feito na ponta 
do fio, para servir como ponto de apoio da sutura. 
 
 
 
 
 Nó por torção: Usado para fios metálicos, consiste apenas na torção helicoidal das pontas sob permanente 
tensão. Suas extremidades devem ser cortadas no sentido perpendicular e encurvadas para dentro da alça 
de seminós. 
 
 
SUTURAS 
• A sutura é um dos métodos utilizados para a síntese, em que as bordas de uma ferida são aproximadas por meio 
de pontos dados com fio cirúrgico que perfura o tecido e nele se apoia. Objetiva a aproximação adequada dos 
tecidos com mínima interferência no processo de cicatrização natural. 
• Classificam-se como temporárias ou definitivas. 
• Funções: Coaptação dos lábios da ferida; sustentação (aproximação das bordas da ferida que tendem a separar-
se pela elasticidade do tecido) ou hemostasia. 
 
Sutura separada 
Cada alça de fio corresponde a um nó, não havendo continuidade do fio entre as alças. Levam mais tempo e 
gastam mais materiais, porém são mais seguras para a eventualidade de um nó soltar e não gerar grande prejuízo 
para o conjunto. 
 
• Ponto simples (Surget descontinuo) 
 Um dos mais usados, formando o fio uma única alça dentro do 
tecido, com um orifício de entrada e outro de saída, o que confere 
bom confrontamento tanto das partes superficiais quanto das 
profundas. 
 Proporciona oclusão anatômica segura e tensão precisa da satura. 
 A agulha é inserida no tecido de um lado da incisão cruzando-a em 
ângulo reto até sair do outro lado. 
 A separação dos pontos em relação às bordas dependerá da espessura do tecido que será suturado. 
 Utilizados em tecidos com pouca tensão (pele, subcutâneo, fáscia, vasos, nervos, gastrointestinal, etc). 

 O nó fica para fora da estrutura que está sendo suturada e deve ser feito do lado da incisão inicial para 
ajudar a cicatrização. 
• Ponto simples invertido: Tem as pontas para dentro, ficando o nó oculto 
tanto dentro do tecido quanto no subcutâneo ou para o lado da mucosa 
em órgãos ocos. Nesse caso, a agulha é introduzida de dentro para fora 
(da mucosa para serosa) e penetra do lado oposto, de fora para dentro 
(da serosa para mucosa). Dessa maneira, os cabos dos fios ficarão 
situados internamente. 
 
• Ponto em “U” horizontal: Semelhante ao anterior, ficando a alça do fio na posição horizontal. É aplicado para 
produzir hemostasia e em suturas com tensão (cirurgia de hérnias, suturas de aponeuroses). 
 
• Ponto em “X” 
 Chamado também de ponto cruzado ou de reforço. 
 É usado para aumentar a superfície de apoio de uma sutura para hemostasia ou aproximação em regiões 
mais resistentes submetidas a grandes tensões. Também ser utilizada para fechar pequenas perfurações 
feitas por uma agulha hipodérmica, remanescentes do esvaziamento de um intestino distendido por gases. 
 Para realizá-la, introduz-se a agulha de um lado para outro como se fosse executar uma sutura interrompida. 
Faz-se uma segunda passagem de igual maneira, a cerca de 1 cm da primeira, seguindo o mesmo sentido, 
unindose os cabos livres. 
 Pode ser executado com o nó para dentro ou para fora, porém, sempre ficam duas alças cruzadas no interior 
ou fora do tecido. 
 
 
• Ponto em “U” vertical ou Donati (longe-longe perto-perto) 
 Associação de dois pontos simples. 
 Cada lado é perfurado duas vezes na mesma linha e a alça do fio fica em posição vertical. 
 É usado na pele junto com o tecido subcutâneo e consta de duas transfixações, sendo uma transdérmica a 
cerca de 2 mm da borda (o mais próximo possível) e a outra perfurante, incluindo a tela subcutânea de 7 a 
15 mm da borda. 
 O ponto maior tem a finalidade de sustentação da pele e o ponto menor produz excelente confrontamento 
das bordas da ferida, evitando sua inversão. 
 A vantagem é assegurar vascularização na zona da ferida diminuindo o perigo de necrose tissular nas 
margens e a desvantagem é o maior tempo para execução e gasto de material. 
 
Sutura contínua 

Existe continuidade do fio entre as alças, tendo somente um nó inicial e um nó final. É de rápida elaboração, mas 
se houver soltura de um ponto ou ruptura do fio pode ocorrer afrouxamento do conjunto. Tem tendência a estreitar 
o calibre da estrutura nas suturas circulares e diminuir o comprimento nas suturas lineares por fenômenos de 
enrugamento. Por isso, exige técnica perfeita de elaboração, sendo amplamente usada em cirurgias gastrintestinal e 
cardiovascular e suturas estéticas na pele. 
• Chuleio simples (Surget contínuo) 
 É de fácil e rápida execução e aplicada em bordas não muito espessas, pouco separadas e menor tensão. 
 É muito usada em sutura de vasos, por ser bastante hemostática, podendo ser feita isoladamente ou sobre 
uma sutura preexistente. Tem aplicação também em peritônio, músculos, aponeurose e tela subcutânea. 
 Sequência de pontos simples e a direçãoda alça interna pode ser transversal ou oblíqua em relação à ferida. 
 Em cada ponto, procura-se aproximar bem as bordas da ferida sem tencionar demasiadamente o fio para 
não formar pregas. 
 Usada em vasos, músculos, aponeuroses, tela subcutânea e pele. 
 
 
• Chuleio ancorado: Consiste na realização de um chuleio simples, sendo que o 
fio, depois de passado, é ancorado sucessivamente na alça anterior ou apenas 
a cada quatro ou cinco pontos. O ancoramento serve para dar firmeza à 
sutura, principalmente nas suturas longas. É mais hemostática que a simples e 
por isso mais isquemiante. 
 
Sutura em barra grega 
A penetração da agulha ocorre próxima à borda da ferida e é dirigida em 
sentido transversal a esta, para penetrar no lado oposto, de dentro para fora, 
saindo a uma distância da borda igual à da primeira penetração. A agulha é 
novamente introduzida do mesmo lado que saiu, a poucos milímetros do local, e 
reconduzida a sair também com a mesma distância da primeira entrada. Quando 
as alças estiverem apoiadas em uma estrutura de apoio (gaze), tem por finalidade 
evitar que o fio seccione a pele nas suturas de tensão. 
 
Sutura intradérmica 
É uma sutura de efeito estético, sendo superior às outras técnicas. Constitui-se de 
uma sequência de pontos simples longitudinais alternados nas bordas da pele, resultando 
em excelente confrontamento anatômico. 
 
Ponto chinês (de bailarina) 
 Utilizado para fixar drenos e tubos intracavitários. 
 
 
OBSERVAÇÕES 
• Utiliza-se na tela subcutânea categute cromado/Vicryl® 3-0 ou 4-0, e na derme, categute simples/Vicryl® 5-0. 
• Nas aponeuroses, utilizam-se pontos separados simples ou em U de algodão 2-0. 
• É contraindicado o uso de suturas contínuas com qualquer tipo de fio ou de pontos com categute simples ou 
cromado. 
• Nos músculos, a aproximação das fibras deve ser feita sem tensão, a fim de evitar a isquemia e o esgarçamento 
muscular. Deve-se usar categute 2-0 ou 3-0, em pontos separados. 
• No peritônio parietal normalmente faz-se sutura contínua com categute simples ou cromado (0 ou 1). 
• Para sutura gastrintestinal, recomenda-se usar fio de categute na mucosa e fios de algodão 4-0 na seromuscular, 
ou Prolene® 4-0, em pontos separados. 

• Já em suturas vasculares, os tipos utilizados para as suturas são os monofilamentados (não absorvíveis) e de 
ácido poliglicólico (absorvível).

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