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A parede abdominal, diferente de outros segmentos do corpo, não tem proteção óssea, sendo a coluna lombar a única parte do esqueleto situada nessa região; as porções posteriores e anterolaterais são eminentemente musculares e se adaptam às alterações pela gravidez Pele Tecido subcutâneo o Fáscia de Camper (areolar) o Fáscia de Scarpa (lamelar) Parede musculo-aponeurótica o Bainha e musculo reto do abdome o Musculo obliquo externo o Musculo oblíquo interno Fáscia transversal Peritônio parietal Proteção dos órgãos abdominais Auxiliar à musculatura dorsal nos movimentos do tronco e na manutenção da posição ereta Estabilização da pelve durante o movimento e o repouso A parede abdominal apresenta alta resistência com o mínimo de espessura. Três pares de músculos laminares (oblíquo externo, oblíquo interno e transverso) se sobrepõem na parede anterolateral do abdome, com suas fibras orientadas em sentidos opostos O reto do abdome é o músculo de maior extensão na formação da parede abdominal e, por apresentar diversos ventres musculares separados por intersecções, é denominado músculo poligástrico, cuja função é prover mais força muscular, são em número de três ou quatro e localizam- se acima da cicatriz umbilical Esse músculo é envolvido por uma capa aponeurótica denominada bainha do músculo reto do abdome, que é formada pela aponeurose dos outros três músculos abdominais (oblíquo externo e interno e transverso) Acima da linha arqueada: bainha do m. reto formada pela fusão da bainha m. oblíquo externo e oblíquo interno (forma a bainha anterior). A bainha posterior do m. reto é formada pela bainha do m. transverso Abaixo da linha arqueada: a bainha do m. reto é composta pelas aponeuroses dos oblíquos externo e interno e do transverso. Posteriormente só reta a fáscia transversal (membrana fibrosa) A região vulvoperineal, ou simplesmente períneo, é uma região losângica situada entre a sínfise púbica e o cóccix É constituída pelos órgãos genitais e pelo assoalho pélvico e se divide em um trígono urogenital, anteriormente; e um trígono anal, posteriormente A fúrcula vaginal é a entrada da vagina O períneo é a região entre a vagina e o ânus A vulva é altamente vascularizada, o que lhe confere uma coloração característica As modificações hormonais durante a gestação a tornam ainda mais vascularizada, o que altera sua coloração nessa fase da vida feminina Durante a gravidez, a vulva fica edemaciada e azulada ➔ SINAL DE JACQUEMIER Durante a gravidez, a MUCOSA também sofre alteração em sua coloração, ficando mais violácea ➔ SINAL DE KLUGE A vulva possui inervações simpática e parassimpática, responsáveis pela resposta motora, além de inervação somática, responsável pela sensibilidade A estimulação parassimpática determina a dilatação das arteríolas do tecido erétil genital e a contrição do retorno venoso, enquanto o estímulo simpático causa redução do fluxo arterial para os tecidos eréteis, fazendo com que seus tamanhos diminuam até aqueles que tinham antes da estimulação parassimpática O assoalho pélvico é composto pelos diafragmas pélvico e urogenital e pela fáscia endopélvica Assoalho pélvico: Diafragma pélvico o Levantadores do ânus ▪ M. puborretal ▪ M. pubococcígeo ▪ M. iliococcigeneo o M. isquiococcígeno Diafragma urogenital Fáscia endopélvica DIAFRAGMA PÉLVICO: localizado superiormente ao diafragma urogenital, é constituído pelos músculos levantador do ânus e isquiococcigeo, com suas respectivas fáscias. O m. levantador do ânus é uma lâmina muscular composta pelos feixes puborretal, pubococcigeno e ileococcigeo. O músculo isquicoccigeo tem forma de leque e auxilia o levantador do ânus em suas funções de sustentar as vísceras pélvicas e no ato de defecar. O diafragma pélvico não fecha totalmente a pelve, pois em sua porção medial há um espaço ovalado, denominado hiato urogenital, pelo qual passam a uretra, a vagina e o reto DIAFRAGMA UROGENITAL: encontra-se logo abaixo do diafragma pélvico, mais precisamente inferior ao hiato urogenital; é formado pelo músculo transverso superficial do períneo e por suas fáscias superior e inferior, e pelos músculos bulboesponjoso, isquiocavernoso e esfíncter externo do ânus Nervo pudendo: inerva a região do ânus e tem ramificação até a vagina. Em caso de episiotomia maior, as vezes é preciso fazer uma anestesia maior, pegando região vaginal e do ânus OVÁRIOS São estruturas não peritonizadas, exceto por seu terço inferior na inserção do mesovário, que os fixa ao ligamento largo do útero Os ovários estão fixados á parede laterossuperior do útero pelo ligamento próprio do ovário e à parede abdominal posterior por pregas peritoneais Os vasos ovarianos atingem os ovários pelo ligamento suspensor do ovário, também denominado infundíbulo pélvico Os ovários estão na fossa ovariana e possuem tamanho variável, dependendo da idade e do status hormonal A localização é determinada pela: o Posição do útero o Distensão da bexiga urinária o Ocasionalmente pelo preenchimento retal O ovário tem uma margem livre, pois ele está “solto” no peritônio TUBAS UTERINAS As duas tubas uterinas possuem um óstio externo (óstio abdominal), que se abre na cavidade abdominal e é responsável pela captação do oócito; e um interno (óstio uterino), que se comunica com a cavidade uterina A região ampular da tuba é a região mais comum de gravidez ectópica As tubas uterinas são musculomembranosas Útero Na mulher não grávida, o útero localiza-se na cavidade pélvica, entre a bexiga urinária (anteriormente) e o reto (posteriormente) Embora a forma, a posição e o tamanho do útero se modifiquem com a evolução da gestação, no estado pré-gravídico seus diâmetros são: o 7cm no eixo longititudinal o 5cm no eixo transversal o 2,5 cm no sentido anteroposterior Na porção superoposterior da cérvix encontram-se dois fortes ligamentos conhecidos como uterossacros, cuja função é fixar o colo uterino à região sacral Na parte alta de cada lado estão localizados os ligamentos cardinais ou cervicais laterais – na prática clínica. São chamados de paramétrios – que se estendem até a parede lateral da pelve e têm a função de fixar o útero na porção mediana da pelve É comum durante a gravidez que a paciente se queixe de dor na fossa ilíaca, (“dor no ovário) → isso ocorre devido a distensão do ligamento uterossacral O útero é constituído por massa muscular lisa (miométrio) e envolto em sua maior parte pelo peritônio (camada fina denominada perimétrio) O miométrio é composto por três camadas mal definidas, dispostas em sentido longitudinal, circular e espiral, com a finalidade principal de facilitar seu desenvolvimento durante o período gestacional e a expulsão do concepto durante a parturição RN: a proporção do corpo e do colo do útero é 1:1 Com 4 anos: essa proporção vai aumentando Menopausa: o útero começa a regredir O volume de um útero de uma paciente que nunca teve filho: até 90cm3 o Até 2 filhos: até 120cm3 o Até 3 filhos: até 140cm3 Essas variações anatômicas não afetam a vida da paciente Serosa: formada pelo peritônio Miométrio: subdivido em 3 zonas o Camada interna: hipoecogênica (halo subendotelial) o Zona média: mais espessa e mais ecogênica o Camada externa: separada da intermediária, através do plexo de artérias e veias Endométrio: espessura e ecogenicidade variáveis o Fase menstrual o Idade oParidade o Terapia de reposição hormonal Colo uterino: estende-se em direção posterior e inferior, a partir do istmo, projetando-se através da parede vaginal Canal endocervical: linha ecogênica o Cistos de Naboth: As glândulas mucosas (glândulas de Naboth) no colo uterino podem ficar cheias de secreção devido ao bloqueio no ducto ou passagem da glândula A vagina é um órgão tubular (com uma cavidade virtual), ímpar e mediano, que vai do colo uterino ao vestíbulo da vagina Mede de 8 a 10cm possui duas origens embrionárias: o a porção mais interna origina-se dos ductos de Muller o a porção mais externa vem do seio urogenital a maior porção da vagina encontra-se acima do diafragma pélvica tem estreita relação com o colo uterino e a vagina condições normais: visibilizada apenas a sua porção distal jatos ureterais (junção uretero-vescial cálculo da JUV PELVE ÓSSEA A pelve ou bacia é dividia em pelve maior e pelve menor, sendo esta chamada de bacia obstétrica A pelve maior e a menor são separadas pela linha inominada, uma margem óssea encurvada que vai do promontório sacral (articulação da vértebra L5 com a S1) até a margem superior da sínfise púbica Assim, a linha terminal delimita a abertura superior da pelve menor, ou bacia obstétrica Constituição pélvica a pelve é constituída por quatro ossos que possuem uma forma anelar e através dos quais o peso do corpo é transmitido para os membros inferiores: o sacro, localizado na região posterior; o cóccix, que juntamente ao sacro forma a parte inferior da coluna vertebral; e os dois ossos ilíacos, lateralmente Articulação pélvica esses ossos articulam-se por meio de três articulações: sínfise púbica, articulação sacroilíaca e articulação sacrococcígea o sacro localiza-se entre os dois ossos ilíacos e se articula com eles por meio da articulação sacroilíaca o juntamente à vertebra L5, constitui o ângulo sacrovertebral, cujo vértice é denominado promontório sacral o cóccix é formado pela fusão de quatro vértebras rudimentares e se une ao sacro por meio da articulação sacrococcígea, que apresenta grande mobilidade durante o parto o osso ilíaco é constituído pela fusão de três ossos (ílio, isquio e púbis), em um processo que se completa entre os 15 e 16 anos de idade na face lateral externa desse osso, no ponto de ossificação desses três ossos, há uma depressão circular grande denominado acetábulo ➔ ponto de articulação da pelve com os membros inferiores BACIA MAIOR limitada lateralmente pelas fossas ilíacas internas e posteriormente pela coluna vertebral o limite anterior se faz com os músculos da parede anterior do abdome no estudo da bacia maior, consideram-se diâmetros transverso e anteroposterior diâmetros transversos: o diâmetro biespinha vai da espinha ilíaca anterossuperior de um lado à do lado oposto e mede 24cm. O diâmetro bicrista vai do ponto mais alto da crista ilíaca de um lado até o lado oposto, medindo 28 cm diâmetro anteroposterior: o diâmetro sacropúbico, ou conjugata externa (diâmetro de Baudelocque), vai da fosseta situada abaixo do processo espinhoso de L5 até a borda superior da sínfise púbica e mede 20 cm BACIA MENOR é dividida em estreitos superior, médio e inferior esses estreitos são denominados no sentido da progressão do produto conceptual e a divisão tem importância na diferenciação dos tipos de distocias ósseas, que são causadas por alterações na bacia obstétrica 4 tipos de bacia, classificadas com base na forma do estreito superior (classificação de Caldwell e Moloy, 1933): GINECOIDE ANTROPOIDE ANDROIDE PLATIPELOIDE A raça, as condições socioeconômicas, a atividade física, as características nutricionais da infância e da adolescência e o habitat interferem na formação da bacia As bacias das negras tendem para o tipo antropoide, sendo a conjugata vera obstétrica mas longa que o diâmetro transverso do estreito superior ➔ esse tipo de bacia é favorável ao parto graças à maior amplitude da hemipelve posterior BACIA MAIS FAVORÁVEL AO PARTO NORMAL: GINECOIDE A bacia mais prevalente é a ginecoide ➔ tem melhor possibilidade de parto normal São as regiões que podem dificultar a passagem do feto Estreito superior: limite superior da pelve obstétrica (A) Estreito médio: terço inferior do sacro, espinha isquiática e borda inferior da sínfise púbica (C) Estreito inferior: margem inferior da sínfise púbica, ramos isquiopúbicos, ligamentos sacroespinhosos (sacrociáticos), ponta do cóccix (D) B: é o plano de maiores diâmetros da pelve, situado entre S2 e S3 até a borda posterior da sínfise púbica DELIMITADO POR o Posteriormente: promontório e asa do sacro o Lateralmente: linhas e eminências ileopectíneas o Anteriormente: margem superior da pube e sínfise púbica DIÂMETROS o Antero-posterior ou conjugado verdadeiro (conjudado obstétrico): 11 cm o Oblíquo: da eminência ileopectínea à sinostose sacroilíaca: 12cm o Transverso máximo: maior diâmetro do estreito superior: 13cm o Transverso médio: equidistante do sacro e da pube: 12 cm A forma do estreito superior varia com o tipo de bacia o Ginecoide (50%): elipse transversa – quase um círculo o Antropoide (25%): elipse anteroposterior (ginecoide rodada 90°) o Androide (20%): paredes da pelve convergem o Plotipeloide (5%): achatada; insinuação difícil Medida do conjugado verdadeiro ou obstétrico o Promontório até o ponto retossinfisário de Crouzat (ponto mais saliente na face posterior do pube) o Conjugado verdadeiro: medido indiretamente através da medida do conjugado diagonal (promontório até a borda inferior da sínfise púbica) Conjugado verdadeiro = conjugado diagonal – 1,5cm Conjugada verdadeiro: antigamente servia para estabelecer se a gestante teria uma passagem adequada para o parto Sacro médio-púbico: do meio de S3 até o meio da face posterior da sínfise púbica: 12 cm Biisquiático: 10,5 Pelvigrafia interna o Espinhas isquiáticas proeminentes ou apagadas o Paredes pélvicas o Forma do sacro Diâmetros o Transverso: bituberação (entre a tuberosidades isquiáticas): 11cm o Antero-posterior (cóccix- subpúbico): 9,5cm o diâmetro cóccix-subpúbico, que se estende da ponta do cóccix à borda inferior da sínfise púbica e mede 9,5 cm, é de interesse obstétrico e, na fase final da expulsão fetal após a retropulsão do cóccix, amplia-se em 2 a 3 cm, recebendo o nome de conjugata exitus. Já o diâmetro transverso se situa entre as duas faces internas da tuberosidade isquiática, mede 11 cm e é chamado de bituberoso. ramos isquipúbicos ângulo subpúbico > 90° facilita o parto pode ser externa ou interna, conforme a mensuração dos diâmetros pélvicos externos e internos, podendo ser realizada com pelvimetros, cujo uso está praticamente abandonado, ou por meio do toque mensurador PELVIMETRIA EXTERNA: resume à medida do diâmetro bituberoso do estreito inferior. A paciente deve estar em posição ginecológica, com as coxas hiperfletidas sobre a bacia. Assim, as margens internam das tuberosidades isquiáticas são localizadas bilateralmente e mede-se a distância entre elas com fita métrica PELVIMETRIA INTERNA: o estreito superior é aferido indiretamente por meio da conjugata diagonalis, de cujo valor se subtrai 1,5cm (relação de Smellie) para obter a conjugata obstétrica. A avaliação é feita por meio do toque ginecológico mensurador Pelvimetria: avaliação dos diâmetros da bacia Pelvigrafia: morfologia pélvica
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