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● Também conhecidos como bengalas, muletas e andadores ● Indicados para indivíduos que apresentam alguma instabilidade durante a marcha ou para indivíduos que não podem descarregar todo o peso sobre o membro inferior que se encontra acometido por trauma, degeneração ou intervenção cirúrgica ● Objetivos: - Aumentar a base de apoio - Diminuir carga sobre membro afetado - Fornecer informação sensorial - Ajudar na aceleração e desaceleração durante a marcha - Diminuir desvio do centro de massa corpóreo ● Orientações - Cuidado em ambientes escorregadios, como banheiro, lavanderia e cozinha (> n° quedas) - Cuidado com ambientes mal iluminados - Remover tapetes, capachos, fios elétricos e qualquer outra coisa que possa causar uma queda - No banheiro, usar tapetes antiderrapantes e barras - Manter o necessário a mão e o restante fora do caminho - Utilizar mochilas ou sacolas para auxiliar no transporte de objetos ● Bengala - A bengala é útil quando existe um déficit de equilíbrio ou instabilidade, fraqueza dos músculos da perna e/ou do tronco, acometimento no membro inferior e dor - Em paciente idoso, uma bengala convencional pode auxiliá-lo a manter a independência e autonomia com segurança - Existem diferentes fases da marcha (Apoio e Balanço) # Em certo momento um dos pés estará no ar, e é neste ponto que seu corpo necessita de maior equilíbrio - Funções # Aumentar a base de sustentação (BS) # Melhorar equilíbrio # Indicadas quando não há restrições de sustentação do peso # Usada no lado oposto ao membro afetado (padrão recíproco da marcha normal) - Posicionamento adequado # Paciente em ortostatismo # 15 cm da borda lateral dos pés # Pontos de referência: + Trocanter maior - ângulo do cotovelo (20-30 graus flexão) + Prega do punho # Ângulo do cotovelo: + Permite movimentos de cotovelo durante as fases da marcha + Propicia mecanismo de absorção de choques Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG - Altura adequada - Modelos # Simples ou convencionais: + Geralmente fabricadas em madeira com ponteira de borracha anti-derrapante. Precisam ser serradas para adequar a altura + Podem ser ajustáveis através de parafusos ou mecanismo de trava, quando fabricadas em alumínio # Quadrípede + Base alargada com 3 ou 4 apoios, mas não aumenta a estabilidade do paciente na marcha, sendo sua vantagem permanecer em pé + Custo mais elevado + Mais pesada - Andando # Durante a deambulação a bengala e o membro inferior acometido permanecem na fase de balanço e, posteriormente, tocam o chão ao mesmo tempo # Inicia-se a deambulação com a bengala cerca de um passo à frente; em seguida dar um passo com o membro inferior acometido (junto com a bengala) e finalizar a passada, dando um passo com o membro inferior normal - Passo X Passada # Passada é a soma das amplitudes de dois passos consecutivos executados pelos dois membros inferiores # Um passo direito e um passo esquerdo # A bengala anda junto com o membro inferior acometido para dissipar a energia descarregada # Marcha de 2 pontos Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG # Marcha de 3 pontos + Bengala – membro acometido – membro bom - Escadas # Para subir: segure o corrimão, se possível, e suba o degrau primeiro com o membro inferior bom, com a bengala na mão oposta ao MI acometido, subindo depois com o membro inferior acometido # Para descer: coloque primeiro a bengala e depois o membro inferior acometido e por último o membro inferior bom, que recebe a descarga de peso do corpo + "The good goes up, the bad goes down" ● Muletas - Indicação # Patologia ou procedimento cirúrgico, com contra-indicação da descarga de peso total ou parcial na perna ou no pé - Funções # Aumentar equilíbrio # Aumentam a base de suporte # Melhoram estabilidade lateral # Alívio completo ou parcial da sustentação do peso sobre um membro inferior # MMSS transferem peso corporal para o solo # Tipicamente usadas bilateralmente - Posicionamento adequado # Topo da muleta deve ficar 2 dedos abaixo da axila # Altura do apoio de mão na mesma altura do quadril # Cotovelos levemente flexionados quando alcançam os apoios de mão (20°) # Barras axilares firmes, junto a lateral do corpo e mão absorvendo peso. Não permitir pressão na axila Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG - Andando # Inclinação leve para frente posicionando as muletas em torno de 15 a 20 cm para frente e para fora dos pés. Iniciar o passo deslocando o peso, ao invés de ser para o lado acometido, para a muleta. O corpo se desloca para frente entre as muletas. Terminar o passo normalmente com o MI não acometido e enquanto este está no chão, mover a muleta para frente preparando para o próximo passo # Prestar atenção onde está andando e não nos pés - Sentando # Apoiar numa cadeira firme. Colocar o membro inferior acometido à frente do corpo, e ambas as muletas em uma mão. Assente lentamente na cadeira, posicionando as muletas de lado, de maneira que elas estejam a mão - Levantando # Avançar para a ponta da cadeira, segurar ambas as muletas com a mão do lado do MI não acometido. Inclinar-se para frente e para cima permanecendo em pé sobre a perna boa - Escadas # Para subir e descer escadas com muletas o paciente deve ter força e flexibilidade # De frente para a escada, segure no corrimão com uma das mãos e coloque as 2 muletas em baixo do outro braço # Para subir: guiar com MI não acometido, mantendo o outro elevado e para trás # Para descer: manter o MI acometido para cima e para frente e desça cada degrau com o MI não acometido # Paciente pode requerer ajuda inicialmente # Em escadas sem corrimão, utilizar as muletas em ambas os braços, saltando um degrau de cada vez # Outra maneira mais fácil e assentar na escada e arrastar pelos degraus subindo ou descendo-os Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG - Tipos # Muletas Axilares + Madeira ou alumínio + Permite regulagem de altura + Vantagens: @ Melhoram equilíbrio e estabilidade lateral @ Propiciam deambulação funcional sem descarga de peso @ Facilmente ajustáveis e baratas @ Podem ser usadas para subir escadas + Desvantagens: @ Difícil manejo em pequenas áreas e multidão @ Tendência do paciente de inclinação sobre a barra axilar (lesões nervosas e vasculares na axila) + Alumínio: Hastes de alumínio anodizado com regulagem de altura; apoio axilar com alma de nylon revestida de poliuretano; apoio de mão com alma de ferro revestido de poliuretano, com regulagem; ponteira de borracha na base + Madeira: Hastes de madeira “pau- marfim”, retas e envernizadas; apoio axilar com madeira, borracha, espuma e revestido de “courvin”; regulagem de altura e para apoio de mãos; ponteira de borracha na base + Madeira Especial: Hastes reforçadas de madeira “pau-marfim”, retas e envernizadas; apoio axilar com madeira, borracha, espuma e revestido de “courvin”; regulagem de altura e para apoio de mãos; ponteira de borracha na base # Muletas de Antebraço (Canadense) + Alumínio + Permite regulagem de altura e da posição da braçadeira + Vantagens: @ Permite uso das mãos sem que as muletas se soltem @ Funcionais e facilmente ajustadas @ Mais estéticas@ Melhor adaptadas a pacientes com tutor longo bilateral (TLB) + Desvantagens: @ Menor apoio lateral (desequilíbrio) @ Preço mais alto @ Braçadeiras podem ser de difícil remoção - Mensuração das muletas # Mais comum = em pé # 5 cm abaixo da axila (~ 2 dedos) # 5 cm lateralmente # 15 cm anteriormente ao pé # Ombros relaxados # Pegador = 20-30 graus de flexão cotovelo # Braçadeira: 1/3 proximal do Antebraço - Marcha com muletas # É uma habilidade que se aprende e que precisa de repetição contínua e atenção constante aos detalhes para ser aperfeiçoada # É importante atingir o nível máximo de equilíbrio antes de ser permitido ao paciente a deambulação com muletas, por rotina Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG # O tipo de marcha com muletas que se vai ensinar às pessoas incapacitadas dependerá de vários fatores: tipo, extensão e grau da incapacidade e padrão de fraqueza residual # Existe uma progressão na marcha, de mais simples para mais difícil, de mais lenta para mais rápida - Padrões de marcha # Orientações importantes: + Peso corporal sustentado pelas mãos + Equilíbrio -> base de suporte -> tripé + Os pés NÃO devem ficar alinhados com as muletas + Barras axilares junto ao tórax gerando maior estabilidade lateral + Manter cabeça elevada e alinhamento postural + Giro em pequenos círculos + Os padrões diferem significativamente em suas necessidades energéticas, base de sustentação e na velocidade com que podem ser executados - Marchas simples # “marcha de tripé com arrastamento” # “marcha de cadeira de balanço” # “marcha de tripé com passos alternados” # “simples” no sentido de que não são muito complexos os padrões dos movimentos necessários para produzir deslocamento e avanço para frente ● Andador - Indicações: # Pacientes mais inseguros e que precisam de maior estabilidade durante a marcha, pois aumenta a base de suporte # Após um procedimento cirúrgico no joelho ou no quadril ou outro problema significante (o paciente precisará de mais ajuda com o equilíbrio e na marcha do que aquela que uma bengala ou muleta pode oferecer) - Funções # Melhorar equilíbrio # Alívio da sustentação do peso, completa ou parcialmente sobre MMII # Propiciam ampla base de suporte # Melhoram estabilidade anterior e lateral - Vantagens # Fornecem 4 pontos de contato no solo (ampla base de apoio) # Elevado nível de estabilidade (segurança) - Desvantagens: # Incômodos, inadequados em áreas pequenas, proibido em escadas - Orientações gerais # Os andadores permitem que parte do peso do corpo não seja descarregado nos MMII enquanto ocorre a deambulação (MMSS suportam peso) # O topo do andador deve estar na altura do trocânter maior do fêmur ou na altura da prega do punho, quando o indivíduo encontra-se em ortostatismo # Não tenha pressa quando estiver usando um andador # À medida que a FM e resistência for melhorando, o paciente deve ser capaz de suportar mais peso nos MMII - Modelos # Andador com pés fixos: fornece mais estabilidade para o paciente # Andador com rodas anteriores: permite deslocamento mais rápido, porém são mais instáveis e exige dos usuários bom controle da frenagem Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG # Andador com rodas posteriores: pacientes que se “jogam” anteriormente # Andador com 4 rodas: assim como o andador de 2 rodas anteriores, ele permite deslocamento mais rápido, porém é mais instáveis e exige dos usuários bom controle da frenagem - Adaptações # Apoio axilar # Apoio de antebraço # Andador tipo transfer (possui um “cavalo”, sobre o qual o paciente se coloca e suporte anterior e posterior para o tronco) - Andando # Andador sem rodinhas (sem descarga de peso) # Andador com rodinhas (com descarga parcial ou total) - Padrões de marcha orientações importantes # Posicionar simultaneamente as 4 pernas do andador # Manter cabeça reta e bom alinhamento postural # Não pisar perto demais da travessa dianteira - Descarga de peso # Sustentação de peso completa # Sustentação de peso parcial # Sem sustentação de peso - Sentando # Fique de costas para a cadeira ou poltrona e vá para trás até que suas pernas toquem a cadeira # Alcance atrás para sentir o assento # Para levantar da cadeira, empurre-se para cima e se segure no apoio de mão do andador # Certifique-se de que as borrachas do andador estão em bom estado - Escadas # NUNCA tente subir escadas ou usar escadas rolantes com o andador ● Cadeira de Rodas - Conceito # Aparelho auxiliar para mobilidade # Órtese: dispositivo externo que promove estabilização, imobilização ou substituição para perda de função # O posicionamento da pelve e do quadril afeta a função do tronco, da cabeça, do pescoço, dos membros superiores e influencia a ativação dos reflexos musculares, uma vez que fornecem uma base de suporte para os segmentos proximais do corpo na postura sentada # O alinhamento pélvico é crucial para a adoção de uma postura sentada adequada - Biomecânica e alterações da postura sentada # Corrigindo o alinhamento pélvico, altera-se todo o posicionamento corporal, resultando, em melhora da função fisiológica e manual. Por isso é essencial que toda avaliação da postura sentada se inicie pela pelve e que toda intervenção se inicie pela sua correção + Postura Neutra: tronco ereto com preservação das curvas fisiológicas da coluna vertebral, pelve em neutro, peso sob as tuberosidades isquiáticas, pés repousando sobre a superfície Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG + Desvio pélvico no plano Sagital + Desvio pélvico no plano frontal Elevação pélvica + Desvio pélvico no plano transverso Rotação pélvica - Componentes: - Modelos # CR dobrável em X # CR quick release (solta a roda) # CR reclinável + Inclinação apenas do encosto alterando o ângulo entre assento / encosto # CR com tilt + Inclinação do sistema assento / encosto Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG # CR Stand-up # CR adaptada + A adaptação em cadeiras de rodas é indicada para aqueles pacientes que não podem permanecer sentados adequadamente em uma cadeira de rodas comum + Comum em pacientes com paralisia cerebral dentre outras patologias + O alinhamento postural é uma questão crucial no tratamento de crianças com PC uma vez que ele influencia a função cardiorrespiratória, a distribuição de pontos de pressão e poucas são confeccionadas sob medidas individuais; isto é insatisfatório para um grande número de indivíduos, que, em virtude de sua comprometida simetria, têm medidas desproporcionais, não permanecendo adequadamente acomodados # CR motorizada + Peso total médio = 53 Kg + 2 baterias de 11kg (baterias de ciclos profundos, seladas, placas de gel = manual de fabricação) + Preço médio = 8.000,00 + Bateria roda 20Km + Vm = 8 km/h + Recarga dura 6-8hs em tomada + Caso bateria acabe, é possível torná-la manual, mas apenas para ser guiada pelo cuidador - Objetivos adaptações especiais: # Melhorar a postura # Auxiliar a prevenção de deformidades # Promover funcionalidade # Maximizam o conforto - O alinhamento pélvico é crucial para a adoção de uma postura sentada adequada # O posicionamento da pelve e do quadril:+ Altera a função de: tronco, cabeça, pescoço, membros superiores e influencia a ativação dos reflexos musculares + Melhora da função fisiológica e manual. Por isso é essencial que toda avaliação da postura sentada se inicie pela pelve e que toda intervenção se inicie pela sua correção - Paralisia cerebral # As adaptações disponíveis serão prescritas ou não de acordo com a quadro motor do paciente # Prescritas em certa “folga” para que seja possível adaptações, como troca de espumas, aproveitando a mesma estrutura de ferro ou alumínio # Podem ser motorizadas - Adaptações mais comumente disponíveis Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG - Interseção CR e ambiente: acessibilidade do equipamento ao ambiente - Interseção indivíduo e CR: adequação entre indivíduo e máquina - Interseção das três áreas (CR + ambiente + indivíduo): habilidade funcional do cadeirante em seu mundo real - Uma boa prescrição envolve 3 passos: # Avaliação + Avaliação motora (deformidades fixas ou não, encurtamentos, estado da pele) + Avaliação funcional (comunicação e atividades # Objetivos e metas + Paciente + Família + Terapeuta # Planejamento da intervenção + Posicionamento X função - Projeto # Apoio de cabeça + Necessário quando o paciente não apresenta controle de cabeça ou o apresenta deficiente + Medida do perfil, largura e altura da cabeça # Assento + Profundidade: 2 dedos de distância da fossa poplítea + Largura: largura do paciente mais 5 a 7 cm + Almofada, geralmente D 45 ou 60 + Pode ser escavado, inclinado anteriormente, posteriormente, elevado de um lado (conforme deformidade, assimetria postural ou reflexo tônico do paciente) # Encosto + Altura do encosto depende do nível de comprometimento motor do paciente @ Paciente com controle de tronco: abaixo das escápulas @ Paciente sem controle de tronco: até os ombros + Almofada geralmente D60 ou 45, de 5 cm + Pode ser escavado para acomodar deformidade fixa Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG # Abdutor + Usado em pacientes com espasticidade de adutores + Pode ser reforçado ou ter prolongamento até a perna # Apoio de braço + Deve posicionar o braço do paciente com 90° de flexão de cotovelo + Não pode causar elevação de ombro # Espumas laterais + Proteção, além de completar os 5-7 cm a mais da largura do assento + Pode ser reto ou em L # Laterais reguláveis de tronco + Auxiliam no posicionamento do tronco e coluna vertebral + Têm regulagem para cima e para baixo; para frente e para trás + Medida da largura, altura do tórax + Revestidas com espuma e borracha + Podem ser abauladas (mais anatômicas) # Cintos + Pode ter apertura para acomodar gastrostomia + Deve ser confortável no pescoço # Cinto pélvico + Utilizado em crianças com paralisia cerebral para manter o posicionamento da pelve + Geralmente tem 5cm de largura # Mesa + Mesa com inclinação + Mesa com regulagem + Com borda de madeira para impedir ou dificultar a queda de objetos no chão + Meio lua para acomodar o tórax - Prova # Marcar pontos específicos + Marcar apoio dos pés + Marcar local de colocação dos cintos pélvico e colete + Conferir almofadas + Conferir altura da mesa - Traumatismo Raquimedular (TRM) # O paciente deve ser capaz de (dependendo do nível da lesão): + Tocar a própria cadeira + Travar rodas + Ajustar pedais + Remover / colocar apoios de braço + Subir e descer degraus + Realizar “push up” Iara Brandão @futura_fisio. | Órtese e Prótese | 4º Período | Fisioterapia CMMG
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