Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estrutura química dos anestésicos locais: Podem ser ésteres ou amidas: Radical aromático > confere sua porção lipofílica Responsável pela penetração na céls > pela membrana de fosfolipideos com gordura ○ PABA no grupo éster○ Xilidina no grupo amida○ - Cadeia intermediária > pode ser um éster ou uma amida Responsável pela potência, pela toxicidade e pelos efeitos distintos entre os anestésicos ○ - Grupo amina > hidrofílica > hidrossolúvel Determina a velocidade de ação ○ - O anestésico local pode chegar no canal iônico de duas formas: Quando estiver conjugado > hidrossolúvel > ele entra se o canal iônico está aberto > via hidrofílica- Quando estiver não ionizado > lipossolúvel > ele consegue atravessar a membrana e chegar até o canal mesmo se estiver fechado > essa base não conjugada penetra a membrana e precisa conjugar de novo, pois esse anestésico local só consegue se ligar ao receptor dentro do canal iônico quando ele está conjugado > então quando ele chega na passagem do canal, ele encontra um íon H+ e se liga a ele para ficar conjugado > via hidrofóbica Essa porção lipossolúvel consegue agir mais rápido pois não precisa esperar canal abrir○ - Ésteres > tetracaína, benzocaína e procaína São menos utilizados que as amidas > pois estão relacionados a alguns efeitos indesejáveis- Grande maioria hidrolisada pela colinesterase plasmática e tem curta durabilidade sem conservantes > possuem duração menor diferente das amidas - O metabolismo da maioria dos ésteres ersult na produção de ácido paraminobenzóico (PABA) que pode ser associado a reações alérgicas - Anestésicos locais segunda-feira, 3 de maio de 2021 08:50 Página 1 de Anestesiologia associado a reações alérgicas Amidas > prilocaína, mepivacaína, bupivacaína e lidocaína Estáveis não podem ser hidrolisados pela colinesterase e têm degradação enzimática hepática > precisam ser metabolizadas no fígado para terem sua metabolização - Prilocaína, mepivacaína não são muito utilizadas na medicina veterinária > a pri é usada em odonto- Fatores que interferem na ação dos anestésicos locais: Tamanho molecular- Solubilidade lipídica- Tipo de fibra bloqueada- pH do meio- Concentração do anestésico- Associação com vasoconstritores- Peso molecular (tamanho molecular):1. Está relacionado a movimentação dos anestésicos locais no canal de sódio (canais iônicos) e apresenta influência na taxa de dissociação - Influencia no tempo de duração do efeito do anestésico local- Quando maior o tamanho da molécula, mais tempo ele se fixa no receptor no canal iônico- Moléculas menores > tempo de ação reduzido (desprende mais facilmente do receptor) - Vantagens > moléculas maiores agem por mais tempo- Solubilidade lipídica:2. Determinante de potência anestésica > chega ao canal iônico mais facilmente Consegue alcançar o interior do canal iônico de maneira mais eficiente pois ele não depende desse canal aberto para entrar ○ - Quando maior a lipossolubilidade, maior a toxicidade e menor a margem de segurança do anestésico local- Potência > relação direta com a lipossolubilidade do fármaco - Quando maior a lipossolubilidade > maior a potência, mais facilmente atravessa as membranas, mais facilmente entra no canal e maior efeito teremos - Eles são bases fraca que se ligam em íons H+ com maior facilidade > eles precisam do canal iônico aberto pra fazer seu efeito > se ele é bastante lipossolúvel, ele tem uma grande quantidade de bases não conjugadas ele consegue atravessar a membrana, se ligar ao íon H+ e entrar tanto se o canal iônico estiver fechado ou aberto > vai chegar mais fácil - Tipo de fibra bloqueada3. Fibras de condução lenta > efeito mais rápido > fibra C > não tem mielina não conduz rapidamente > o Página 2 de Anestesiologia Fibras de condução lenta > efeito mais rápido > fibra C > não tem mielina não conduz rapidamente > o anestésico local atravessa as membranas mais facilmente. Quando maior a grossura, mais mielina tem > é mais difícil o anestésico atravessar > tem efeito mais lento. Primeiro bloqueia a C e depois a A delta○ Fibra C > dor crônica○ Fibra A delta > dor aguda○ - Grossas e de condução rápida > efeito lento- Sequência de bloqueio: Dor > bloqueia primeiro a dor- Frio- Calor - Tato e compressão profunda- Função motora > bloqueia por último a função motora- pH do meio4. Anestésicos locais são normalmente bases fracas > recebem H+ facilmente (ionizam em meio ácido)- Forma hidrossolúvel x lipossolúvel (hidrofóbica) > quando mais conjugado, mais hidrossolúvel e quanto menos conjugado, mais lipossolúvel - Grau de ionização (pKa) > constante de dissociação > capacidade de desconjugar > quando maior o pKa, menor é a velocidade de ação (maior latência) > quando maior o pKa mais hidrossolúvel esse fármaco fica > tem uma dificuldade maior de atravessar as membranas - Se for comparar: Lidocaína pKa 7,7 ou bupivacaína pKa 8,1 > quem age primeiro (menor latência)? A lidocaína pois tem pKa menor > fica com maior dificuldade de se conjugar >- No pH fisiológico: O pKa de 7,7 tem maior concentração de forma não-ionizada, sem íons H+ > mais lipossolúvel Página 3 de Anestesiologia O pKa de 7,7 tem maior concentração de forma não-ionizada, sem íons H+ > mais lipossolúvel- O pKa 8,1 tem maior facilidade de receber íons H+- Outros fatores relacionados a pH: Tecidos infectados tendem a ter meio mais ácido que o habitual > a disponibilidade de íons H+ naquela região é muito maior em regiões infectadas - Como há redução no pH local, há menor fração não-ionizada de anestésico local e por isso o efeito será mais lento e reduzido > grande parte do anestésico vai se conjugar ficando mais hidrossolúvel > cai na corrente sanguínea e é eliminado - Tecidos infectados também podem apresentar maior fluxo sanguíneo local- **Em casos de peritonite, a lidocaína pela via peritoneal vai ter atividade antimicrobiana, antiinflamatória e vai promover processo de melhora no quadro inflamatório. Em contrapartida, temos um pH ácido no meio e uma irrigação muito maior > acontece a absorção dessa lidocaína que vai promover uma analgesia também. Causa excelente analgesia visceral pela via intravenosa e aumento do peristaltismo. Associação dos anestésicos locais com bicarbonato: Alcalinizar a solução- Produzindo maior quantidade da forma não-ionizada > início de ação mais rápido- Bicarbonato de sódio > 0,3mL + 10mL de anestésico local- Concentração do anestésico5. Anestésico local mais concentrado tem uma capacidade maior de bloquear mais canais de Na+- A maior dose aumentará a eficácia total, reduzindo a latência e aumentando a duração > efeito maior- Relação direta com o grau de ligação às proteínas plasmáticas > relacionada com o fármaco livre para fazer seu efeito > quanto maior a ligação com proteína plasmática, maior a latência - Dose tóxica dos fármacos Ex.: Lidocaína dose tóxica 7mg/kg ○ Cão com peso de 10kg > concentração lidocaína 2% > (10x7)/20 = 3,5 mL○ - Associação com vasoconstritores 6. Epinefrina (5mcg/mL) > xylestesin (lido + epinefrina) > compra os dois juntos > não faz diluição- Reduzir a velocidade de absorção Anestésico local tende a promover uma paralisia vasomotora > promovem vasodilatação > aumenta a probabilidade de absorção e eliminação do anestésico local daquela região ○ - Aumenta o tempo de anestesia pelo menos 50% > se durava 1h, a ação vai durar 1,5h- Contraindicação >Aplicação intravenosas, extremidades corpóreas e cardiopatas Lidocaína via intravenosa diminui a CAM do anestésico local > não aplicar lido + epinefrina IV○ Em extremidades não podemos usar lido + epinefrina > pode fazer uma vasoconstrição muito grande - Página 4 de Anestesiologia Em extremidades não podemos usar lido + epinefrina > pode fazer uma vasoconstrição muito grande e causar necrose na região ○ Em cardiopatas, a epinefrina pode sensibilizar o miocárdio e promover arritmias cardíacas,talvez aumento da resistência vascular e aumento do retorno cardíaco ○ ________________________________________________________________ Página 5 de Anestesiologia
Compartilhar