Buscar

a importância da ludicidade na infância segundo piaget

Prévia do material em texto

INSTITUTO ESPERANÇA DE ENSINO SUPERIOR 
Recredenciado pela Portaria MEC nº 291 de 23/03/2015, publicada no DOU de 24/03/2015
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
O DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO JEAN PIAGET
SANTOS, Elizangela Oliveira dos1
LIMA, Fabiana de Castro1
SOUSA, Mary Ellen Tapajós1
SANTOS, Dineide Sousa dos2
RESUMO
A partir de dúvidas que surgem sobre o desenvolvimento da espécie humana, buscou-se através da linha teórica do epistemólogo e psicólogo suíço Jean William Fritz Piaget, que teve um papel extremamente importante na pesquisa de comportamento humano, em especial sobre o desenvolvimento na infância, justamente compreender como o ser humano se desenvolve nos primeiros anos de vida, como que são divididas as fases que ele mesmo descreveu, trazer uma abordagem sobre o desenvolvimento infantil. Com o propósito de expor que quando se conhece a criança e suas fases, se faz positiva a influência da aplicação de atividades lúdicas que podem induzir a evolução de áreas distintas da criança. Deste modo, fora realizada uma pesquisa bibliográfica buscando conceitos, como desenvolvimento, desenvolvimento infantil, para a seguir aprofundar sobre a temática central que é como a criança se desenvolve. Portanto, este trabalho inclina-se a compreender o que é desenvolvimento, desenvolvimento infantil, descrever os estágios do desenvolvimento infantil, e comentar a influência das atividades lúdicas que corroborem na aprendizagem dos educandos de acordo com cada faixa etária. Percebeu-se que aplicar determinadas atividades lúdicas é propiciar uma melhor aprendizagem e a oportunidade de estimular vários aspectos, como nas brincadeiras de roda que envolvem o convívio social, brincadeiras de pular corda que ativam funções motoras bem como o equilíbrio e a lateralidade. A partir desse ponto pôde se entender que o desenvolvimento infantil é formado pela conjuntura de detalhes bastante necessários e específicos, e quando não há o estímulo de algumas áreas esta criança acaba por sentir algumas dificuldades quando na fase adulta e pode necessitar desenvolver alguma habilidade não explorada. A pesquisa deverá contribuir para novas reflexões sobre a educação e seus métodos, trazendo possivelmente um novo papel nas práticas pedagógicas buscando inovar tendências na aplicação de atividades educativas, onde estas possam contribuir para uma boa aprendizagem. Portanto, conclui-se, que através deste estudo deverão ser compreendidas de maneira clara as fases do desenvolvimento infantil descritas por Jean Piaget, sabendo da necessidade de flexibilidade ao desenvolver as atividades que se adequem a cada fase descrita.
Palavras-chave: desenvolvimento, infância e ludicidade.
1 INTRODUÇÃO 
É interessante pensarmos que boa parte das coisas existentes no universo passam por ciclos, e dentro desses ciclos, acontecem fases diferentes. Com o ser humano não é de outro modo, passamos por várias fases, e cada uma traz especificidades fascinantes. De tão interessante que são tais fases, que procurou-se nesse trabalho contar um pouco do que acontece durante a infância e todo o desenvolvimento que ocorre nesse período, levando em consideração que é o período em que mais se aprende sobre tudo que decorre o humano, seja do social ou do físico.
A propósito de unir educação e psicologia, essa pesquisa baseia-se nas concepções do grande epistemólogo e psicólogo Suíço Jean Piaget, considerando sua importante contribuição para a educação e a sua busca constante em compreender o desenvolvimento infantil, sua teoria concentra na compreensão de como as crianças constroem o seu conhecimento e buscam sua própria inteligência. Portanto, este trabalho inclina-se a compreender o que é desenvolvimento, desenvolvimento infantil, descrever os estágios do desenvolvimento infantil, e comentar a influência das atividades lúdicas que corroborem na aprendizagem dos educandos de acordo com cada faixa etária.
O desenvolvimento humano transcorre por várias etapas e cada uma merece ser observada de maneira específica, para que assim o humano se desenvolva de modo a progredir em suas habilidades e competências. Jean Piaget conseguiu a partir da observação de seus próprios filhos perceber que as crianças apresentam algumas características que remetem períodos únicos da vida, criando assim uma espécie de parâmetragem sobre o desenvolvimento do ser. 
No transcorrer deste trabalho alguns questionamentos devem ser sanados, partindo da base do conceito de determinadas palavras até o seu funcionamento na vida cotidiana social. Dessarte, além de destrinchar sobre o desenvolvimento, será contado um pouco sobre a influência das atividades lúdicas e como elas podem ajudar para que áreas sejam estimuladas e assim façam com que a criança possa desenvolver-se de maneira integral em todos os aspectos que moldam a nossa espécie.
Além da grande contribuição de Piaget sobre os assuntos a serem tratados, também serão utilizados outros autores que tiveram influência do próprio Piaget, ou que também buscaram traçar linhas de pesquisa bastante parecidas com a dele, também colaborando com as descobertas do universo humano e infantil que tanto se modifica e apresenta facetas variadas, que quando conhecidas podem melhor nos aspectos sociais, físicos, psíquicos e mais. 
Essa é uma pesquisa bibliográfica com dados coletados a partir de leituras prévias de bibliografias de autores como Piaget (1999), Bee (2003), Huizinga (1996), Abreu (2010), Biaggio (1976), Farias (2003), entre outros. Para realizar esta monografia, foram utilizadas pesquisas em livros, artigos e revistas dos autores citados no desenvolvimento.
2 CONCEITUANDO “DESENVOLVIMENTO” E “DESENVOLVIMENTO INFANTIL”
É interessante pensar que na vida tudo faz parte de processos, por vezes contínuos e o outros descontínuos. Para alguns desses processos podemos dar-lhes o nome de “desenvolvimento”, que pode ter um significado bastante extenso. Deste modo para que possamos nos aprofundar no universo Piagetiano, que é o assunto fulcral deste trabalho, precisamos antes compreender alguns conceitos. À vista disso, iremos partir do conceito de “desenvolvimento” que segundo o site SIGNIFICADOS, 2020 diz que:
Desenvolvimento é toda ação ou efeito relacionado com o processo de crescimento, evolução de um objeto, pessoa ou situação em uma determinada condição. O ato de se desenvolver resulta na ação de estar apto para o próximo passo, direção, indicação ou etapa superior a que se encontra na fase atual.
Por esta razão, a noção de desenvolvimento pode estar relacionada tanto a coisas, pessoas, situações ou fenômenos de variados tipos.
Assim sendo, observou-se então que o termo desenvolvimento é aplicável para vários âmbitos, dentre eles o desenvolvimento de pessoas, que será nosso enfoque aqui. Por isso é importante compreender os detalhes que se encontram no aspecto ao qual iremos tratar. Devemos fazer um lembrete, de que quando o desenvolvimento se refere ao humano, ele traçará parâmetros e estatísticas muitas vezes de fatores mais diretos que incluem no sentido sociológico até mesmo:
as alterações da composição do produto e a alocação de recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, alimentação, educação e moradia) (VASCONCELLOS e GARCIA, 1998, p. 205).
Neste mesmo sentido de desenvolvimento humano, encontramos autores que refutam o conceito apresentado em alguns livros sobre desenvolvimento, levantando a suspeita de contradição, como no caso de Scatolin (1989, p.06) que diz:
Poucos são os outros conceitos nas Ciências Sociais que se têm prestado a tanta controvérsia. Conceitos como progresso, crescimento, industrialização, transformação, modernização, têm sido usados frequentemente como sinônimos de desenvolvimento. Em verdade, eles carregam dentro de si toda uma compreensão específica dos fenômenos e constituem verdadeiros diagnósticos da realidade, pois o conceito prejulga, indicando em que se deveráatuar para alcançar o desenvolvimento.
 
Percebe-se por conseguinte, que há muitas variações do termo desenvolvimento, ainda mais quando ele se estende ao desenvolvimento humano. Entretanto, agora que compreendemos o que significa desenvolvimento de um modo geral, iremos conhecer um pouco mais sobre desenvolvimento infantil. 
Assim como o desenvolvimento e desenvolvimento humano, será apresentado o conceito de desenvolvimento infantil com base em várias fontes de pesquisas. Inicialmente ver-se que segundo o site Meus Dicionários, 2019:
Desenvolvimento infantil é uma expressão. Desenvolvimento é um substantivo masculino que vem do verbo “desenvolver”, com origem no prefixo des-, que é de oposição, mais envolver que vem do Latim volvere, que quer dizer “rolar, fazer girar”.
Já infantil, classifica-se como um adjetivo de dois gêneros e substantivo masculino originário do Latim in, que é “não”, mais fari, que quer dizer “falar”, mesma origem de “infante”.
No mesmo site vê-se também que “desenvolvimento infantil descreve o processo de aprendizado e de transformações progressivas em que as crianças começam a adquirir e aperfeiçoar variadas capacidades que envolvem o lado motor, cognitivo, social e emocional.” (Meus Dicionários, 2019)
Desenvolver tais habilidades é de extrema necessidade, pois muito que do que for adquirido nesta primeira etapa da vida, terá consequências cruciais, na fase adulta. Como exemplo podemos citar falhas na lateralidade e equilíbrio na fase adulta, quando estas não foram estimuladas de modo específico e correto durante a infância. 
Sendo assim ao observarmos cada criança devemos lembrar que todas são únicas e que apresentam muitas vezes uma evolução diferente uma das outras, mas ainda deste modo existem parametragens para identificar o que se encontra no que podemos chamar de “normalidade” para cada idade e etapa. Ainda falando sobre a importância de ter uma atenção especial na infância Piccini, 2012 relata que:
A base para as aprendizagens humanas está na primeira infância. Entre o primeiro e o terceiro ano de idade a qualidade de vida de uma criança tem muita influência em seu desenvolvimento futuro e ainda pode ser determinante em relação às contribuições que, quando adulta, oferecerá à sociedade. Caso esta fase ainda inclua suporte para os demais desenvolvimentos, como habilidades motoras, adaptativas, crescimento cognitivo, aspectos socioemocionais e desenvolvimento da linguagem, as relações sociais e a vida escolar da criança serão bem sucedidas e fortalecidas. (PICCINI, 2012, p. 38)
O desenvolvimento infantil depende de vários fatores para ocorrer de maneira estável, porém devemos enfatizar que mesmo com alguns conceitos apresentados neste trabalho muitas sãos as pesquisas sobre esse campo, e elas podem variar, até mesmo pelas evoluções que o mundo passa.
O estudo científico do desenvolvimento humano está em constante evolução. As questões que os cientistas tentam responder, os métodos que utilizam e as explicações que propõem são mais sofisticados e mais diversificados do que eram há dez anos. Essas mudanças refletem progresso no entendimento à medida que novas investigações questionam ou se apoiam naquelas que as antecederam. Também refletem avanços na tecnologia. (Papalia et al, 2013. Pag.37)
2.1. A concepção de Piaget sobre desenvolvimento infantil
Jean Piaget (1896- 1980), Biólogo, Psicólogo e epistemólogo suíço, foi professor na faculdade de Genebra durante toda sua vida. Nunca teve interesse pela educação, apesar de suas concepções estarem atreladas politicamente com a pedagogia, sua teoria buscava entender como que o ser humano, com capacidade inata para se adaptar ao meio desenvolve-se a cada fase da vida. 
As obras de Jean Piaget, foram descritas em diferentes fases de interesse, em um primeiro momento ele se interessava pela linguagem, pelas representações que as crianças tinham do ambiente. Em um segundo momento Piaget se interessou pelo nascimento da inteligência e logo após, se dedicou a investigar os processos de pensamento, realização e compreensão. Dessarte, essa dedicação para entender o desenvolvimento foi incorporada à escola e estudado até os dias atuais. Piaget, decidiu dedicar a vida para explicação biológica do conhecimento, foi então que elaborou o chamado “Método clinico”.
O método clínico de Piaget combinava observação com indagação flexível. Para descobrir como as crianças pensam, Piaget seguia as suas respostas com mais perguntas. Assim, ele descobriu que uma criança típica de 4 anos acreditava que moedas ou flores eram mais numerosas quando dispostas em filas do que quando empilhadas. A partir de suas observações acerca de seus próprios filhos e de outras crianças, ele criou uma abrangente teoria do desenvolvimento cognitivo. (Papalia et al, 2013. Pag.37)
Levando em consideração que a criança interage e aprende com o meio. Perceber como tal se desenvolve é de extrema importância, e foi o que Piaget buscou durante seus estudos, aprofundando o conhecimento de modo a entender cada fase da criança desde do que Papália (2013) chama de primeira infância. Em busca de como ocorre o desenvolvimento humano, criou a epistemologia genética com uma perspectiva construtivista, baseando-se na aprendizagem como fruto do esforço da criança, não como consequência de seu desenvolvimento. De acordo com Abreu (2010, p.361): 
 A Epistemologia Genética proposta é essencialmente baseada na inteligência e na construção do conhecimento e visa responder à questão não só de como os indivíduos, sozinhos ou em conjunto, constroem conhecimentos, mas também por quais processos e por que etapas eles conseguem fazer isso.
A tese fundamental do pensamento piagetiano é a de que somente uma visão desenvolvimentista e articulada do conhecimento - quer dizer não calcada em estruturas pré-formadas, sejam racionalistas, focadas na anterioridade do sujeito, sejam empiristas, focadas na do objeto - pode prover uma resposta a problemas que, tradicionalmente, são evitados pela filosofia de caráter meramente especulativo.
 
Piaget afirma que as crianças passam por estágios específicos em cada fase ou fases. Esses estágios da infância ocorrem na mesma ordem em todas as crianças, independentemente de cor, raça. No entanto, a idade em que o estágio vem pode variar de criança para criança se organizando de uma maneira especifica em cada uma delas. Piaget (1999) divide em quatro estágios o desenvolvimento infantil: sensório motor (0 a 2 anos), pré-operacional (2 a 7 anos), operacional concreto (7 a 11 anos) e operações formais (11 ou 12 anos em diante). Para ele esses períodos caracterizam-se pelas diferentes maneiras do indivíduo interagir com o meio, organizando seus conhecimentos para sua melhor adaptação.
Piaget queria responder a uma pergunta fundamental: Como se desenvolve o conhecimento de mundo de uma criança? Ao responder a esta pergunta, a suposição mais central de Piaget era de que a criança era uma participante ativa no desenvolvimento do conhecimento, construindo seu próprio entendimento. Tal idéia, talvez mais do que qualquer outra, influenciou o pensamento de todos que seguiram Piaget. A metáfora moderna é a da criança como um “pequeno cientista”, engajado em uma exploração ativa, buscando entendimento e conhecimento. Ao construir esse entendimento, segundo Piaget, a criança tenta adaptar-se ao mundo que a cerca de maneira cada vez mais satisfatória (BEE, 2003, p. 193-194)
A estruturação do conhecimento ocorre a partir das vivências e experiências adquiridas pelas crianças. Dessa forma, ao ser inserida no pré-escolar é despertado o desejo de explorar novos caminhos, relacionando o que já conhece com novas situações. Portanto, a criança deve ser estimulada a desenvolver as suas teorias e conhecimentos acerca do universo que a rodeia.
3 ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO SEGUNDO PIAGET
Piaget estudou o desenvolvimento epistemológico do homem, ou seja, como se constrói o conhecimento humano. A teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget estabelece quatro estágiosdiferentes de desenvolvimento mental. De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2010, p.36), Piaget descreve o desenvolvimento cognitivo em quatro estágios. Os quatro estágios denominados por Jean Piaget são: Sensório motor, pré-operacional, operações concretas e operações formais. De zero a dois anos de idade ocorre o estágio sensório-motor. Piaget e Inhelder (2006, p.11) afirmam que:
Pode-se chamar-lhe período " sensório-motor" porque, à falta de função simbólica, o bebê ainda não apresenta pensamento, nem afetividade ligada a representações que permitam evocar pessoas ou objetos na ausência deles. A despeito, porém, dessas lacunas, o desenvolvimento mental no decorrer dos dezoito primeiros meses da existência é particularmente rápido e importante pois a criança elabora, nesse nível, o conjunto das subestruturas cognitivas, que servirão de ponto de partida para as suas construções perceptivas e intelectuais ulteriores, assim como certo número de reações afetivas elementares, que lhe determinarão, em parte, a afetividade subsequente.
O estágio sensório-motor compreende a criança de uma maneira sensorial. O desenvolvimento do pensamento nesse período dar-se por meio das sensações que ela apresenta, como olfato, tato, paladar, audição, visão, e por meio dos sentidos esta reconhecerá o meio e irá modificar seu pensamento. Diante disso, Pádua (2009, p.29), “O estágio sensório-motor é o período da "inteligência prática" porque é uma fase do desenvolvimento cognitivo onde a criança não usa a linguagem, emprega apenas as suas ações e percepções, daí a razão da denominação desse primeiro estágio, pois é a ação e a percepção que estimulam o desenvolvimento das estruturas mentais. ” 
Estágio Pré-operatório, este é o período da inteligência simbólica, onde ocorre a transição de muitos aspectos, como a fala, a interação social e é também caracterizado pelo egocentrismo em meio as novas descobertas a criança entra na fase dos “por quês”, pelo desejo de compreender o mundo e também tentar explica-lo para os outros. De acordo com Goulart (2005, p.55), é comum que a criança tente “dar explicações a quem não está participando de uma situação como se estivesse explicando para si mesma”. É através das várias experiências e reconhecimento de mundo e sociedade, que se apresenta essa, como uma das fases mais importantes da vida da criança.
Na fase pré-operatória ocorrem duas transições bastante marcantes e segundo Wadsworth (1996, p.65): “Todos os tipos de representação começam a se manifestar em torno dos 2 anos”. No início dessa fase o educando deixou de ser um bebê de colo há pouco tempo, pelos 2 anos e aos 7 anos já será uma criança com uma noção de mundo muito maior que antes. Neste ponto a criança precisará de uma atenção bastante especial, até mesmo, pois como dito anteriormente, ela ainda se encontra na fase do egocentrismo, em que apesar de passar a se envolver um pouco mais com o social, ainda gostará de brincar sozinha, tanto que entre seus grupos de amigos, a troca de líderes e dos próprios amiguinhos será um pouco mais comum, visto que ainda não há um apego tão grande ao outro, mas sim a si mesmo. A percepção da realidade neste instante também passa por uma linha tênue, em que ele compreende o que é uma garrafa pet, mas ao mesmo tempo consegue imaginar que aquele é seu foguete espacial, fazendo essa analogia de uma maneira bastante pessoal.
A linguagem começa a aparecer na fase pré-operatória, sendo o período mais relevante da criança na capacidade de aprendizagem e de desenvolvimento. Esse período encontra-se dividido em simbólico e intuitivo:
– Período Simbólico (2 – 4 anos): aparece de fato a linguagem, surgem também o desenho e a imitação, aparecimento do animismo. A criança acredita que qualquer ferramenta ou objeto possui uma vida como a sua. Por isso o peixe fala ou o cachorro tem roupas.
– Período Intuitivo (4 – 7 anos): momento em que as crianças podem começar a praticar os exercícios corporais já que ocorreu a maturação completa. Portanto já têm controle dos seus músculos abdominais, que até então não possuía, a criança até perto dos 4 anos, observem, levantam-se do chão com o apoio das mãos ou viram-se de lado para tal ato motor. 
Estágio operatório concreto, como o próprio nome descreve esse é o período em que as crianças agem em um mundo concreto e real, ocorre dentre os 7 aos 11 anos de idade, diante das operações estáticas descobre-se que estas são sujeitas a reorganização. Palangana (2015, p.21) considera que: 
[...] pode-se destacar ainda nesse período: o abandono do pensamento fantasioso, a consequente necessidade de comprovação empírica das elaborações mentais (uma vez que, nesse estágio, a criança ainda não dispõe de estruturas lógico-formais) e a diminuição das atitudes egocêntricas observando a reciprocidade entre pontos de vista, as relações sociais, a criança começa a perceber suas próprias contradições, tendendo à descentração ou à socialização de seu pensamento. 
Apesar do egocentrismo não está tão presente nessa fase, ele ainda existe. As fantasias são abandonadas por um pensamento de existência. Sousa e Wechsler (2014, p. 141) também afirma que: “Neste período, temos duas ordens de operações: as operações lógico-matemáticas e as operações infralógicas. As operações lógicas possuem como referência as operações lógicas matemáticas, que foram denominadas por Piaget como sendo “agrupamentos”.
Operações formais iniciam de 11 anos de idade até a idade adulta. De acordo com Papalia, Olds, Feldman (2010, p.33) neste estágio “ A pessoa consegue pensar abstratamente, lidar com situações hipotéticas e pensar sobre possibilidades”, a partir desse estágio o pensamento é abstrato, consegue agir no plano das ideias, já não precisa agir somente com o concreto, desenvolvendo sua própria autonomia e pensamento lógico. Para Piaget e Inhelder (2006, p.117) nessa fase:
[...] o sujeito consegue libertar-se do concreto e situar o real no conjunto de transformações possíveis. A última descentração fundamental, que se realiza no termo da infância, prepara a libertação do concreto em proveito de interesses orientandos para o inatual e o futuro: idade os grandes ideais ou do início das teorias, além das simples adaptações presentes ao real. Mas se muito se descreveu esse desenvolvimento afetivo e social da adolescência, nem sempre se compreendeu que a sua condição prévia é necessária é uma transformação do pensamento, que possibilita o manejo das hipóteses e o raciocínio sobre proposições destacadas da constatação concreta e atual. 
Portanto, no estágio de operações formais a criança consegue lidar com hipóteses e ideias que contrariem o meio e a realidade presente, buscando melhorar ou tornar o mundo melhor que ao ver de sua vivência. Ideias sobre políticas e ideais também são firmemente compreendidas durante essa fase.
4 ATIVIDADES PEDAGÓGICAS APROPRIADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA	
É importante entender o que são atividades lúdicas e qual sua importância e a intenção de utilizá-las para o desenvolvimento da criança. Atividade lúdica é todo e qualquer movimento que tem como finalidade produzir satisfação, entusiasmo em sua execução, ou seja, divertir o praticante através de uma atividade planejada por um adulto. As atividades lúdicas estão relacionadas com jogos e com o ato de brincar, mais não o brincar por brincar, mais com um objetivo a ser alcançado, este estabelecido pelo mediador (professor). Os conteúdos lúdicos são de grande relevância na aprendizagem, pois despertam a imaginação e a curiosidade da criança de forma significativa, sendo um instrumento pedagógico, promotor do desenvolvimento que estimula a ligação com o meio social e vão muito além do que simples apoio na compreensão e assimilação de assuntos dentro de sala de aula, busca-se romper com o modelo tradicional da escola, em que o professor é o transmissor dos conteúdos e os alunos, os receptores desse conhecimento
Jean Piaget (1962) provou ser o movimento e em especial o movimento lúdico a atividade que desenvolve ascapacidades cognitivas da criança. A criança tem necessidade de desenvolvimento da sua inteligência e esta, se desenvolve não através do estudo e memorização de matérias escolares - como, infelizmente, muita gente ainda pensa -, mas através da atividade lúdica. Então são importantes de forma que, a criança desenvolva também o raciocínio lógico, evoluindo mentalmente, intelectualmente e favorecendo o amadurecimento social. Para Kyrillos, (2004, p.52):
[...] Através da ludicidade, a criança vai estruturando e construindo seu mundo interior e exterior. As atividades lúdicas podem ser consideradas como meio pelo qual a criança efetua suas primeiras grandes realizações, que através do prazer, ela expressa a si própria e também sua fantasia. Analisando esta idéia, reafirmamos que a partir da atividade lúdica, a criança pode desenvolver muitas funções que, de certa forma, poderão facilitar a socialização, a movimentação e a cognição, além da interação dos educados de forma incentivadora, moderna e interessante.
A ludicidade também pode ser encontrada em atividades musicais, artísticas e na contação de histórias, tudo depende da imaginação e criatividade do professor, começando principalmente pelo ambiente da sala de aula em que este tem um papel de grande significância para estimular a ludicidade. Uma sala com paredes brancas e cadeiras e mesas enfileiradas, ela provavelmente não estimulará o prazer, o entusiasmo e a imaginação das crianças para trazê-las mais para perto do âmbito escolar, pode até mesmo ser um fator desestimulante e tornar a busca pela sala de aula uma mera obrigação. Já uma sala colorida, com diversos cartazes, brinquedos, livros, atividades feitas pelas próprias crianças é um ambiente que acolhe, que traz esse aluno de forma satisfatória para dentro dela e que dá condições para que a criança aprenda brincando.
Conforme o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: 
Brincar é uma das atividades fundamentais da identidade e da autonomia, pois nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória e a imaginação, podendo amadurecer também algumas capacidades de socialização. (BRASIL, 1998, v.2, p. 22)
Para Piaget (1973), tanto a brincadeira como os jogos são essenciais para contribuir no processo de aprendizagem. Por isso, ele afirma que os programas lúdicos na escola são o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Sendo assim, essas atividades se tornam indispensáveis à pratica educativa, pois contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. E em relação ao que foi dito, Piaget explica:
O jogo é, portanto, sob suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação de real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente a afim de quem jogando, elas cheguem à assimilar as realidades intelectuais que, sem isso permanecem exteriores a inteligência infantil (PIAGET, 1973, p. 160).
O “aprender brincando” se torna uma forma de chamar a atenção da criança, que através do jogo desenvolve suas habilidades e se redescobrem, resgatam suas experiências, seus desejos e interesses, incorporando-os a sua realidade. Segundo Guy Jacquim (1963, p. 43), “O jogo não é usado para distrair crianças, mas para ajudá-las a se desenvolver”. O jogo é uma ferramenta no processo de ensino-aprendizagem inspirando numa concepção de educação para além da instrução. A criança tem o egocentrismo muito aguçado, a criança tem a atenção voltada apenas para si, propiciando um pensamento mais restrito, dificultando o pensamento abstrato, então através desses jogos elas aprendem a se relacionar com as pessoas e com o ambiente que está inserida, aprendem a compartilhar, e a conviver em harmonia sabendo intervir diante das situações. 
Como já podemos compreender conceitos específicos sobre ludicidade e sua importância nas atividades, nos jogos e brincadeiras, agora será exemplificado atividades que são importantes no desenvolvimento da criança na fase pré-operatória que se inicia aos 2 anos e se estende até aos 7 anos. O período pré-operatório recebe esta terminologia porque a criança ainda não tem a capacidade de perceber que é possível retornar, mentalmente a um ponto de partida não havendo ainda a operação de reversibilidade. É nesta fase específica que começa a surgir a linguagem oral, que condiciona seus esquemas mentais, diante disso o educador(mediador) ou a família em geral pode elaborar diversas atividades para estimular e aperfeiçoar essa habilidade através de músicas, o adulto inicia uma música e para em uma certa parte e pede para aquela criança continuar, além de pôr em prática a habilidade musical, também será necessário consultar as recordações e experiências já vividas por aquela criança, e irá aguçar sua fala e estimulará para continuar cantando aquela determinada musiquinha proposta. Outra atividade que pode ser realizada é pedir para a criança relatar para um adulto ou um grupo de crianças sua historinha favorita, mais contada de sua maneira, da forma que foi interpretada de acordo com sua imaginação e sua emoção. 
A partir daí se dá continuação a coordenação motora fina que é estimulada quando a criança desenha, pinta com diversos tipos de lápis, quando faz atividades manuais com recorte e colagem, e se concentram para aprender a escrever e ler. Neste momento pode-se abusar das contações de histórias, através de imagens, fantoches, dedoches, ou vídeos, nesta atividade será desenvolvida diversas habilidades, e aguçará a imaginação e a criatividade daquela criança e o domínio de montar suas próprias historinhas de acordo com suas memórias e seus conhecimentos.
No segundo momento, período intuitivo, pode-se elaborar atividades em que trabalhem os músculos, o corpo, o cérebro. Uma das atividades que se pode aplicar é o famoso jogo da memória que é de grande relevância, pois além de testar memória e algumas habilidades, pode ser aplicado em grupo, estimulando aquela criança a se relacionar socialmente e também aprender a competir de forma saudável, a ganhar em certos momentos mais também a perder em outros. De acordo com Piaget: no pensamento adaptado, quando um indivíduo conversa com outro, ele diferencia seu próprio pensamento do pensamento do outro e fala em função das expectativas do receptor da mensagem; age sobre seu interlocutor fazendo-lhe perguntas, dando-lhe informações e fazendo-lhe pedidos. (FARIAS, 2002, p. 44).
Sendo assim não há como refutar que o lúdico favorece e muito, em várias áreas do desenvolvimento na infância.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que fora observado ao decorrer da construção deste trabalho, pôde-se perceber o quanto faz a diferença conhecer as fases de desenvolvimento de uma criança, todavia os seres humanos iniciam seu desenvolvimento desde a fase uterina. Para cada fase há um padrão, como afirma Piaget, o que também quer dizer que apesar de parecidas, as crianças não precisam necessariamente seguir a mesma evolução em datas exatas, cada humano tem sua forma de crescer, fazer a parâmetragem é necessário, para que se compreenda se a criança necessitará ser atendida de uma forma diferente, mais específica.
Através das observações, muitas patologias podem ser pré-diagnosticadas, a exemplo do autismo que afeta boa parte do social, em algumas brincadeiras que o contato é mais próximo e que exigem que ordens devem ser seguidas, é comum que se perceba até mesmo em um indivíduo com um nível de espectro autista mais leve alguns comportamentos pouco comuns.
Pensar as fases do desenvolvimento infantil é algo extremamente brilhante e encantador, poder saber que a cada idade você poderá desenvolver algo, como no caso da fala, quando os bebês iniciam através do balbucio ou quando começam a engatinhar, buscando uma forma de se locomover. Desenvolver-se é buscarum modo de sobrevivência, não é à toa que os bebês, mesmo sem saber fazer “nada”, como muitos dizem, ainda assim fazem muito, pois sabem chorar quando estão com fome, sono, entre outras coisas. Mesmo na barriga da mãe passam a reconhecer vozes e ainda quando nascem sem poder enxergar direito os rostos, já conseguem distinguir a voz da mãe, do pai, e de todos que estiveram bem perto durante a gestação dando carinho e conversando com ele ainda que de forma indireta. 
Os estímulos como no caso da fase uterina, são fulcrais, estes servem para os primeiros anos de vida do bebê, assim como os estímulos após o nascimento servirão para a próxima fase, é necessário que entendamos que não há como pular fases, que cada estágio deve ter seu estímulo, e que se há uma deficiência em alguma área, esta provavelmente será percebida na fase seguinte, como já citado aqui sobre a parte físico-motora, é comum que crianças que não tenham sido estimuladas em atividades que exijam equilíbrio, quando na fase adulta, não consigam andar de bicicleta ou pular corda. A mente é como músculo que precisa ser treinado, e se você não o treina, sentirá dificuldades para realizar as atividades que pedem tais habilidades.
Portanto, é necessário buscar atividades exclusivas para cada área e fase que será estimulada, para que o desenvolvimento infantil seja contínuo e estável. Buscar mais conhecimento também sempre será necessário, pois assim como as crianças o universo inteiro se desenvolve e evolui. Sendo assim, buscar propostas inovadoras para corroborar neste caminho que permeia o desenvolvimento, será sempre muito bem-vindo.
REFERÊNCIAS
ABREU, Luiz Carlos de et al. A epistemologia genética de Piaget e o construtivismo. Rev. bras. crescimento desenvolvimento humano. São Paulo, v. 20, n. 2, p. 361-366, ago.  2010. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822010000200018&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 13  set.  2020.
BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 2003.
BIAGGIO, Ângela M. Psicologia do desenvolvimento. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1976.
BRASIL, Ministério da educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil. Brasília, 1998
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
FARIAS, M. C. Q. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza, SEDUC, 2003.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. 7. ed. Curitiba: Positivo, 2008. 895 p. ISBN 9788574729602.
GOULART, Iris Barbosa. Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor. 21.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 1996.
JACQUIN, Guy. Educação pelo jogo. São Paulo: Flamboyant, 1963. 
KYRILLOS, Michel Habib M.; SANCHES, Tereza Leite. Fantasia e criatividade no espaço lúdico: educação física e psicomotricidade. In: ALVES, Fátima. Como aplicar a psicomotricidade: uma atividade multidisciplinar com amor e união. Rio de Janeiro: Wak, 2004.
PÁDUA, Gelson Luís Daldegan de. A Epistemologia genética de Jean Piaget. Revista Científica da Faculdade Cenecista de Vila Velha, Espirito Santo, n.2, p. 22-35, Jan./Jul. 2009. 
PALANGANA, Isilda Campaner. Desenvolvimento e aprendizagemem em Piaget e Vygotski: a relevância do social. 6 ed. São Paulo: Summus, 2015.p.21
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 10. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2010.
PIAGET, J. A Relação da afetividade com a inteligência no desenvolvimento mental da criança. Vol 26 n 3, 1962.
_______. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
______. A formação do símbolo na criança. 3ª ed. Rio de Janeiro: ed. Zahar, 1973.
______. Psicologia e Pedagogia. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Forense/ Universitária, 1976.
______. Seis estudos de psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.
_______; INHELDER, Barbel. A psicologia da criança. Tradução Octávio Mendes Cajado. -2ª ed. - Rio de Janeiro: Difel, 2006. 144p.
______. Para onde vai à educação?. Rio de Janeiro. José Olímpio, 2007.
PICCININ, Priscila V. A intencionalidade do trabalho docente com as crianças de zero a três anos na perspectiva Histórico-Cultural. 2012. 76 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
Rocha SMM, Scochi CGS, Lima RAG, Mello DF, organizadores. Memorial do grupo de estudos em saúde da criança e do adolescente: 1991 a 2002. Ribeirão Preto (SP): FIERP; 2002. 150 p.
SCATOLIN, Fábio Dória. Indicadores de desenvolvimento: um sistema para o Estado do Paraná. Porto Alegre, 1989. Dissertação (Mestrado em Economia) – Universidade Federal do rio Grande do Sul.
Significado de Desenvolvimento/ O Que é Desenvolvimento? – (publicado em 30 de ago. de 2018) encontrado em: https://www.significados.com.br/desenvolvimento/ - acesso em 04/09/2020 13:59
Significado de Desenvolvimento Infantil/ O Que é Desenvolvimento Infantil? – (publicado em 29 de mar. de 2019) encontrado em: https://www.meusdicionarios.com.br/desenvolvimento-infantil/ - Acesso em 13/09/2020 11:24
SOUZA, Natália Moreira de; WECHSLER, Amanda Muglia. Reflexões sobre a teoria Piagetiana: Estágio operatório concreto. Revista Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro- São Paulo v.1, n.1, p. 134-150, 2014.
VASCONCELOS, Marco Antonio; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 1998.
WADSWORTH, Barry J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget. 5 ed. São Paulo: Pioneira, 1996.

Continue navegando