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[Gastroenterologia] - Cirrose Hepatica - Revisao com Caso Clinico - Helano

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1 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
1 
Gastroenterologia 
Cirrose Hepática 
Revisando com situações clínicas 
1. Suponha que você se encontra realizando atendimento no 
ambulatório de gastroenterologia do HUAC. Ao receber um 
paciente, que sinais e sintomas devem levar você à suspeita de um 
quadro de cirrose hepática? 
 
2. Pensando em uma situação de urgência/emergência, que tipo de 
manifestações clinicas fariam com que você suspeitasse de um 
quadro cirrótico possivelmente descompensado? 
 
3. A partir da suspeita de um quadro de cirrose, que exames 
laboratoriais você consideraria solicitar a fim de corroborar tal 
hipótese diagnostica? O que você espera encontrar de alterações 
em tais exames? 
 
4. Além dos exames laboratoriais, você solicitaria exames de imagem? 
Por quais motivos? Quais os principais exames indicados? 
 
5. Afinal, qual o exame padrão ouro para diagnosticar a cirrose? Você 
solicitaria esse exame logo de inicio a um paciente com suspeita de 
cirrose hepática? Explique os motivos da sua conduta clínica. 
 
6. Suponha que, com base nos resultados dos exames laboratoriais e 
de imagem do seu paciente, você confirma o diagnóstico de cirrose 
hepática. Que ferramenta você utilizaria para classificar esse 
quadro cirrótico? Explique a ferramenta e os critérios por ela 
preconizados. 
 
 
 
 
2 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
2 
7. Agora que você já diagnosticou e classificou a cirrose do seu 
paciente, como você manejaria o tratamento? 
Gabarito 
1. Paciente que se apresenta com eritema palmar, com ginecomastia, 
com telangiectasias do tipo ‘aranhas vasculares’, com rarefação dos 
pelos, com queixas de perda de libido. Além disso, é possível observar 
baqueteamento digital; hipertensão portal – ascite, varizes 
esofágicas, esplenomegalia congestiva e circulação colateral visível 
no abdome (‘cabeça de medusa’); icterícia; anasarca; 
imunodepressão; etc. 
2. Paciente, por exemplo, apresentando-se com HDA ou com sinais de 
alterações do comportamento/consciência, o que pode ser um 
indicativo de encefalopatia hepática. 
3. Aminotransferases – AST > ALT, ou seja, (ALT/AST < 1); lembre-se que 
o normal é ALT > AST. FAL e GGT – aumentadas, o que pode sugerir 
cirrose de etiologia biliar. Bilirrubinas – podem ou não estar 
alteradas. Porem, quando aumentada, indicam mau prognostico, 
especialmente a fração direta. [Aumento superior a 10 mg/dl já é um 
indicativo da necessidade de transplante hepático] Albumina – níveis 
baixos são um indicativo de insuficiência crônica do tecido hepático 
– notadamente prevalente nos etilistas de longa data. TAP e TTPa – 
alargados. Gamaglobulinas – aumentadas (hipergamaglobulinemia). 
Sódio – pode ou não estar alterado. Caso diminuído (hiponatremia) 
configura indicador de péssimo prognostico. 
4. Sim, pois a partir dos exames de imagem é possível avaliar alterações 
morfológicas decorrentes da cirrose; avaliar o nível de vascularização 
hepática; avaliar o grau de extensão da hipertensão portal (caso haja 
tal alteração); identificar possíveis tumores hepáticos, como o 
carcinoma hepatocelular. USG, USG com doppler; TC abdome; RM. 
(Nas fases iniciais da cirrose, os exames podem estar normais. 
Todavia, em estágios avançados, USG, TC e RM são amplamente 
capazes de identificar alterações significativas) 
5. O exame padrão outro é a biopsia hepática. Por ser um método 
invasivo, não é recomendada sua realização em um primeiro, até por 
que o diagnóstico da cirrose hepática pode ser feito a partir da clínica, 
de exames laboratoriais e de imagem do paciente. Por exemplo, um 
 
 
 
3 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
3 
paciente que se apresenta com ascite, com HP, com ALT/AST < 1, com 
hipoalbuminemia, com fígado atrofiado, etc já se tem um quadro 
extremamente sugestivo de cirrose hepática, tornando a biopsia 
desnecessária e até mesmo arriscada. 
6. Utilizaria o escore de Child-Pugh, que se baseia nos seguintes 
parâmetros: Ascite – ausente; facilmente controlável; mal 
controlada. Bilirrubina – menor do que 2; entre 2 e 3; maior do que 
3. Albumina – maior do que 3,5; entre 3,5 e 3; menor do que 3. 
Tempo de protrombina (INR) – menor do que 1,7; entre 1,7 e 2,3; 
maior do que 2,3. Encefalopatia – ausente; graus I ou II; graus III a IV. 
Cada parâmetro varia de 1 a 3 pontos, de modo que pontuação e 
gravidade se relacionam da seguinte forma: [5 a 6 pontos – Grau A – 
cirrose compensada]; [7 a 9 pontos – Grau B – Dano funcional 
significativo]; [Grau C – 10 a 15 pontos – Cirrose descompensada]. 
7. Em princípio, é necessário explicar ao paciente que a cirrose se trata 
de uma condição irreversível. Dito isso, tem-se que seu tratamento 
se baseia no manejo das possíveis complicações oriundas da injuria 
hepática. Uma abordagem possível é a tentativa de retardo da 
fibrose hepática, para a qual se tem a indicação da colchicina. 
Também é preciso atentar para recomendações dietéticas, como 
ingestão proteica diária de 1 a 1,6 g/kg e conteúdo calórico diário de 
30kcal/kg (50 a 55% carboidratos preferencialmente complexos e 30 
a 35% lipídios preferencialmente insaturados com ácidos graxos 
essenciais). Além disso, é importante salientar a necessidade da 
reposição de vitaminas (complexo B, A, D, E, K) especialmente nos 
etilistas crônicos.

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