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Anna Beatriz Rambaldi | 4° Semestre 23/08 21.2 Gastrite Crônica Dispepsia → dificuldade para digestão/má digestão Células parietais (fundo e corpo) → secretam HCl e fator intrínseco Células G (antro) → secretam gastrina (estimulam a liberação de HCl) Células D → secretam somatostatina (inibe a liberação de HCl) Gastrite Crônica Autoimune ↳ É o resultado de uma interação complexa entre fatores relacionados ao hospedeiro (suscetibilidade genética) e fatores ambientais (endógenos e exógenos). ↳ As desregulações imunológicas resultantes envolvem linfócitos TCD4 sensibilizados e autoanticorpos contra a bomba de prótons (H+, K+ - ATPase) da célula parietal e fator intrínseco. ● Produção de autoanticorpos ● Doença autoimunes associadas (Addison, Tireoidite de Hashimoto, Diabetes tipo I, Doença de Graves, Vitiligo, miastenia gravis) ● Progressão atrófica gástrica acontece ao longo de 2 a 3 décadas ● Idade média do diagnóstico - 60 anos ● Mulheres mais afetadas ● Afeta mais o corpo gástrico ● Aspectos clínicos: Diarréia por má absorção, neuropatia periférica, alterações neurológicas, lesão da coluna vertebral, anemia (poucos pacientes) → níveis séricos elevados de IgE Patogênese Destruição autoimune das células parietais (responsáveis por secretar HCl e fator intrínseco) Consequências Redução de HCl ⬇ Aumenta a produção de gastrina (tentativa de estimular a produção de HCl) ⬇ Hipergastrinemia + hiperplasia de células G ⬇ Metaplasia intestinal ⬇ Risco de tumores neuroendócrino e adenocarcinoma ------------------------------------------------- Redução do fator intrínseco por destruição da cél parietal ⬇ Deficiência de vit B12 ⬇ Anemia megaloblástica ------------------------------------------------- Perda das pregas com ATROFIA de mucosa gástrica ⬇ Acloridria ------------------------------------------------- Presença de folículos linfóide Microscopia: corpo gástrico - infiltrado inflamatório profundo, composto principalmente por linfócitos, e atrofia glandular. Metaplasia intestinal - presença de células caliciformes no epitélio foveolar gástrico. Atrofia do corpo do estômago. A → mucosa do estômago coberta por muco B→ formação semelhante a pseudopólipos no corpo e no fundo Classificação de Olga ● Estágio 0: sem atrofia ● Estágio 1: grau suave/leve de atrofia ● Estágio 2: grau moderado de atrofia ● Estágio 3: grau intenso de atrofia → Comidas gordurosas retardam o esvaziamento gástrico Gastrite Crônica ↳ Reação inflamatória na mucosa com infiltrado de leucócitos mono e polimorfonucleares ↳ Causa mais comum: H pylori (transmissão oral-fecal) H. pylori - gastrite crônica → prevalência na região antral ● Produção de ácido aumentada, normal ou diminuída ● Hipersensibilidade duodenal e acidificação Fatores de virulência: ● Motilidade - flagelo → mobilidade no muco viscoso ● Toxinas→ lesões ● Urease → gera amônia a partir da ureia endógena para elevar o pH e neutralizar HCl - proteção contra o pH ácido - cria um microambiente favorável à proliferação bact. ● Adesinas → aderência bacteriana à superfície das células faveolares ↳ A adesão e toxinas promovem lesão direta no epitélio gástrico ↳ Cada cepa tem fatores de virulência diferentes ● SOD - protege a bactéria do estresse oxidativo, evitando sua morte. ● Toxinas Cag A - ação citotóxica e mutagênica - maior risco de desenvolver úlceras e lesões cancerosas ● Vac A - ação pró- inflamatória - citocina que causa lesão direta na célula (reação inflamatória exacerbada - destruição exacerbada → vacuolização celular, apoptose e ativação dos LTCD4 +) Predominância no antro → destruição de células D localmente (inibição local de somastotatina) → aumenta gastrina → aumenta a secreção de ácido → maior risco de úlcera péptica Corpo e fundo → pangastrite (acomete grande parte do estômago) → afeta células parietais - processo inflamatório → baixa produção de HCl → atrofia gástrica → câncer gástrico Mucosa antral eritematosa e grosseira (ou mesmo nodular) A, As bactérias H. pylori são abundantes dentro do muco superficial. B, Neutrófilos intraepiteliais e da lâmina própria são proeminentes. C, Agregados linfóides com centros germinativos e células plasmáticas subepiteliais, abundantes dentro da lâmina própria superficial - característica da gastrite causada por H. pylori. → A H. pylori em forma de bastonete, curva a espiral, é encontrada no muco epitelial da superfície da maioria dos pacientes com gastrite ativa. Complicações da gastrite ● Úlcera péptica ● Gastrite atrófica crônica (perda de glândulas apropriadas resultante principalmente de infecção por H. pylori de longa data ) ● Metaplasia / displasia gástrica ● Câncer gástrico (adenocarcinoma) ● Anemia por deficiência de ferro (gastrite crônica e estágios iniciais de autoimunidade gástrica) ● Deficiência de vitamina B12 (gastrite autoimune) ● Sangramento gástrico ● Acloridria (gastrite autoimune, gastrite crônica) ● Perfuração gástrica ● Linfoma do tecido linfóide associado à mucosa (MALT) ● Tumores neuroendócrinos (NET) (anteriormente referidos como carcinoide gástrico; complica gastrite autoimune) Diagnóstico de Gastrite Endoscopia e biópsia - padrão ouro→ identifica a distribuição, gravidade e causa ● Investigação da H. pylori → PCR, teste da urease ● Anticorpos contra fator intrínseco e células parietais ● Hemograma → análise de anemia perniciosa Úlcera Péptica Fatores de Risco ↳ Infecção por H.pylori ↳ Tabagismo (sinergia com H. pylori para DUP gástrita) ↳ DPOC ↳ Drogas ilícitas - reduz o fluxo sanguíneo da mucosa ↳ AINEs ↳ Cirrose alcoólica ↳ Estresse psicológico ↳ Hiperplasia de células endócrinas ↳ Síndrome de Zolinger-Ellison ↳ Infecção viral (CMV, HSV) Doença ulcerosa péptica Perda da proteção do estômago - origem Ulceração crônica da mucosa Aspectos Clínicos ↳ Queimação epigástrica ou dor forte ↳ Anemia por deficiência de ferro, hemorragia ou perfuração ↳ Desequilíbrio entre os fatores protetores e fatores lesivos que causam gastrite crônica Mais comum → antro (aumento de HCl) e duodeno (redução da secreção de bicarbonato) → Todas as úlceras gástricas devem ser biopsiadas para descartar doença maligna Morfologia ↳ Predominantemente localizadas próximas da interface do corpo e antro. ↳ As úlceras pépticas são solitárias em mais de 80% dos pacientes. ● Lesões < 0,3 cm de diâmetro = superficiais ● Lesões > 0,6 cm de diâmetro = profundas ● A úlcera péptica clássica é um defeito definidamente em saca-bocado, redondo a oval ● A base das úlceras pépticas é lisa e limpa como resultado da digestão péptica de exsudato ● Hemorragia e Deposição de Fibrina frequente - paredes espessas ● Tecido de Granulação com infiltrado leucócitos mononucleares - cicatriz fibrosa ou colagenosa ● Perfuração cavidade Peritoneal - emergência Microscopia Perda de continuidade do tecido Pólipos ● Pólipo séssil → base larga ● Pediculado → preso a um “pé” Pólipos do estômago Pode evoluir para displasia → neoplasia < 1,5 → processo somente inflamatório com hiperplasia > 1,5 → condição pré neoplásica → deve ser retirado Patogenia → secreção aumentada de gastrina (resposta à acidez gástrica reduzida e à hiperplasia glandular - cel. parietais) ● Maioria menor que 1cm ● frequentemente múltiplo Macroscopia → Ovóides, superfície lisa, sésseis, friáveis, podendo ou não estarem ulcerados; Microscopia → sem atipia celular, glândulas foveolares alongadas, irregulares e cisticamente dilatadas, lâmina própria edematosa e ulceração pode estar presente Pólipos de Glândula fúndica PAF → polipose adenomatosa familiar - aumenta em 5x a chance de desenvolver pólipos de glândula fúndica Inibidores de prótons → inibem a produção de ácido → aumento de gastrina→ crescimento da glândula oxíntica Macroscopia → Ocorre no corpo e fundo gástrico, lesões são bem circunscritas com superfície lisa, solitários ou múltiplos séssis , 3 a 8mm Microscopia → glândula oxínticas fundíacas cisticamente dilatadas, irregulares, Inflamação ausente ou mínima Adenoma gástrico → Lesão neoplásicapré-maligna com risco de transformação para câncer invasivo Macroscopia → lesões solitárias, com menos de 2 cm de diâmetro composta por epitélio colunar tipo intestinal (geralmente antro) Microscopia → presença de displasia em diversos graus ● Baixo grau: pseudoestratificação, aglomeração epitelial, hipercromasia dos núcleo das células epiteliais. ● Alto Grau: mais grave, arquitetura irregular, brotamento glandular, glândula-dentro-de-glândula Classificação de acordo com a arquitetura ● Tubular ● Viloso ● Túbulo - viloso ● Epitélio displásico
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