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Estagio Alternativa Letras

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CURSO SUPERIOR DE LETRAS 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 1 – ENTREVISTA REMOTA – 150 HORAS DE CARGA HORÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
No dia, realizei a entrevista através do aplicativo google meat com a professora 
com formada em Letras e pós-graduada em psicomotricidade, está há mais de 18 
anos como docente realizando sua tarefa com amor e dedicação hoje atua no Ensino 
Fundamental II e Ensino Médio. 
Segundo o relato da professora em sua entrevista ainda que de forma resumida 
que recebeu várias orientações, apoio e ajuda da equipe gestora da escola. 
A verdade é que o Ensino Fundamental e o Ensino Médio oferece desafios 
diários para os educadores, como, estabelecer uma rotina normalmente cheia de 
atividades para a qual o planejamento deve atender a esse tipo de demanda dentro 
da sala de aula. A adaptação foi ainda mais difícil para a turma do Ensino Fundamental 
II devido estar sendo muito difícil de não ter contato físico com os outros coleguinhas 
de classe. 
Mas o cenário diferente que vivenciamos exige um processo de se reinventar, 
e esse é o maior desafio dos professores nesse período de quarentena, esse em que 
os estudiosos estão chamando de o novo normal. 
Ressaltou também que o planejamento é bem didático nessa nova modalidade 
de ensino das aulas, onde encontra a necessidade de adaptações, o fato dos 
educadores e alunos estar distantes da escola não é um impeditivo para que o 
planejamento das aulas não seja executado com foco e eficiência. 
Os materiais e recursos tecnológicos usados bastante são as redes sociais 
como Whatsap, facebook, Google, vídeos aulas webconfência, youtube etc. Algo 
muito proveitoso para as crianças que nós da Educação Infantil estamos fazendo é a 
gravação de áudio, chamada de vídeos disse ela, pois eles se sentem mais 
confortáveis e seguras. 
A Professora contou que para avaliar os seus alunos ela explora a tecnologia e 
quanto à avaliação das atividades realizadas pelo aluno são feitas pelo 
acompanhamento dos mesmos por fotos das atividades realizadas e registro diário da 
participação de cada aluno nos vídeos- aulas. A interação com as famílias dos alunos 
são feitas através de chamadas telefônicas, vídeos – chamadas, áudios e vídeo 
conferência. 
 
 
 
EIXO 1 – ORGANIZAÇÃO DO ENSINO EM 2021 
 
1 – Como está sendo ou foi organizado o retorno às atividades em 2021? As 
aulas são presenciais, remotas ou combinam as duas modalidades de forma 
híbrida? 
Inicialmente, a escola por meio de reunião com os pais e professores, via 
Webex, havia optado pelo ensino híbrido, ou seja, parte do ensino seria remoto e parte 
presencial. Porém com o aumento de casos de coronavírus, aumentaram também o 
número de pessoas que estão morrendo, inclusive professores. Diante deste fato, a 
escola optou somente pelo ensino remoto, pois acreditou ser inseguro este método, 
pelo fato de nem alunos nem professores estarem vacinados, o que poderia causar 
disseminação do vírus. 
 
2 – Os professores tiveram alguma orientação específica para o ano letivo de 
2021, vinda da gestão, coordenação, supervisão e/ou secretaria da educação? 
Se sim, quais? 
Não. Na escola que atuo, a diretora apenas deu a sugestão, para 
continuarmos com a mesma metodologia utilizada no ano de 2020 se a mesma 
apresentou bons resultados, e encontrar soluções para as dificuldades encontradas. 
Acredito que com a pandemia, as escolas foram surpreendidas com a medida de 
fechar suas portas, assim não houve preparo, planejamento e capacitação dos 
profissionais. Cada um teve que encontrar a melhor forma para atuar e que não 
deixasse o aprendizado a desejar. 
 
3 – Quais ações de acolhimento e adaptação foram planejadas para as crianças 
e familiares? 
Durante todo o ano de 2020 vivemos diversos desafios, foi necessário 
criarmos um novo caminho para a aprendizagem dos alunos sem deixar de ser quem 
sempre fomos. Um olhar atento para compreender o cenário nunca antes vivido e a 
escuta cuidadosa de toda a nossa comunidade escolar, pais e alunos, foram 
essenciais para que pudéssemos construir algumas diretrizes para esse novo ano. 
 
 
 
EIXO 2 – PLANEJAMENTO DO ANO LETIVO DE 2021 
 
1 – Como está sendo desenvolvido o seu planejamento? Esse planejamento foi 
realizado individualmente ou coletivamente? Teve o apoio/orientação de algum 
profissional da escola (diretor, coordenador e professores) ou da Secretaria da 
Educação? 
Costumo planejar aulas para a semana toda, individualmente. Mesmo que 
nós professores troquemos ideias sobre como ministrar as aulas, cada qual tem sua 
disciplina, e algumas metodologias, acredito que não funciona em minhas aulas de 
inglês. Inicialmente organizo os conteúdos para a semana toda, divido-os em pastas 
que contêm os materiais e as informações sobre as tarefas que os alunos precisarão 
para a semana. Insiro explicações e outras informações sobre como os materiais e as 
tarefas estarão conectados aos objetivos de aprendizagem. Em seguida, defino o tipo 
de metodologia a ser utilizada. Comunico aos alunos através do grupo de whatsapp, 
como terão acesso às aulas e aos materiais disponíveis para estudo. 
 
2 – Como você planejou e tem planejado a sua rotina de trabalho? Quais as 
atividades permanentes, sequenciais, ocasionais que serão propostas? Há 
projetos? 
Minha rotina de trabalho se inicia quando as aulas começam, pois já faço 
meu planejamento aos fins de semana pra deixar tudo pronto. Meus horários de 
trabalho são das 07:00 às 11:30, segunda e quarta-feira, e das 13:00 às 18:20 na 
quinta e sexta-feira. Minhas atividades permanentes são realização de leituras dos 
conteúdos do livro didático, as sequenciais, são atividades que passo para 
assimilação da aprendizagem do conteúdo estudado, e as ocasionais, são vídeos e 
filmes e músicas no youtube, onde os alunos tem a possibilidade de verificar como 
ocorre a língua falada, pois no inglês, muitas vezes, eles leem de um jeito, mas na 
hora de expressar é diferente. Não trabalho com projetos, pois na minha disciplina, 
ainda não encontrei uma forma de fazer com que o projeto seja válido. 
 
3 – Quais materiais e recursos você utiliza para planejar as atividades? Quais 
recursos tecnológicos? 
Os materiais que utilizo são dos livros didáticos utilizados pela escola, 
materiais que consigo através da internet, fichas que mesmo faço para potencializar 
a aprendizagem, e vídeos, filmes e músicas. Os recursos tecnológicos são aplicativos, 
plataformas virtuais, jogos, hardwares e softwares, portais e sites da internet, 
câmeras, retroprojetores, entre outros. 
 
4 – Quais espaços e/ou ambientes (espaços presenciais ou virtuais) você utiliza 
para o desenvolvimento das rotinas pedagógicas com a sua turma? 
Em minha residência, disponibilizei um de seus cômodos, onde montei meu 
espaço de estudo e aplicação das aulas. Tenho um computador e um notebook em 
uma mesa de escritório, onde também coloquei meus livros e outros materiais que 
forem necessários. Esse espaço se tornou meu local de trabalho. 
 
5 – Como você avalia as atividades realizadas pelos alunos? Como são 
registrados os seus avanços e/ou as dificuldades? 
Eu avalio meus alunos através de atividades diárias que passo para eles, 
tais como tarefas e provas objetivas e discursivas, também lanço perguntas na aula 
online, e peço para me responderem. Avalio a participação nas aulas, as notas das 
provas e a interação nos conteúdos. Percebo que alguns alunos são mais tímidos, 
muitas vezes aprenderam os conteúdos, mas não se expressam. Outros que tem mais 
dificuldades, às vezes se interagem melhor. Para os que têm mais dificuldade, dou 
uma explicação extra dos conteúdos, em grupos criados fora dos horários de aula, ou 
seja, às terças-feiras, que é quando tenho mais tempo. 
 
6 – No caso dos alunos que não retornaram ao ensino presencial e tambémnão 
têm acesso às atividades remotas, quais as estratégias e/ou ações foram 
planejadas? 
Pelo fato de quase 100% da população possuir whatsapp, aqueles alunos 
que não tem acesso às plataformas digitais, porque não tem um celular, um notebook, 
um computador, procuro contar com a ajuda da família nessa hora. Envio vídeos e 
materiais de estudo pelo whatsapp, porém considero essa parte a mais difícil do 
ensino remoto, pois nem todos têm acesso e nem todos sabem lidar com as novas 
tecnologias. 
 
 
 
EIXO 3 – INTERAÇÕES E INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS 
 
1 – De que forma você tem planejado os momentos de interação com 
e entre os alunos da sua turma? 
Durante minhas aulas, abro um espaço para conversarmos, trocarmos 
ideias, os alunos se interagirem, ou seja, falarmos de outras coisas, por exemplo, fatos 
cotidianos, acontecimentos importantes. Vejo a importância deste momento para 
interagir com a turma, afinal como estávamos acostumados a nos encontrar, o ensino 
remoto, nos proporciona uma certa frieza nas nossas relações. Como educadora, 
acredito ser fundamental ajudar os alunos a encontrar novas formas de reforçar laços 
sociais e afetivos. Se não podem abraçar seus colegas fisicamente, devem-se criar 
momentos para abraços virtuais e outras demonstrações de afeto. 
 
2 – Houve alguma interação com as famílias neste início de ano? Quais foram? 
Sim. Através do aplicativo de vídeo Webex, foi realizada uma reunião com 
os pais onde cada professor falou sobre as formas de ensino e o planejamento para 
o ano letivo de 2021. Participou a diretora da escola, a coordenadora, os pais, e 
também os alunos. Todos puderam falar e expressar suas ideias e opiniões. Os pais 
foram bem participativos, assim posso afirmar que a reunião foi muito proveitosa. 
 
3 – Quais os maiores desafios do trabalho pedagógico no ano letivo de 2021? 
Sabemos que, diante de todos os desafios enfrentados, algumas lacunas 
de aprendizagem são encontradas somente com o ensino remoto. Portanto, será 
imprescindível identificar, através de ferramentas diagnósticas, em que áreas os 
alunos precisarão de maior apoio e consolidação para, então, optar pelos dispositivos 
de aprendizagem adequados às necessidades de cada estudante. Ao longo desse 
processo, os professores precisarão contar, de forma ainda mais próxima, com o 
suporte e o acompanhamento das equipes pedagógicas. 
 
4 – Você teria alguma sugestão para melhorar a qualidade da aprendizagem dos 
seus alunos? Pretendo criar grupos onde conhecimentos possam ser 
compartilhados, formando uma comunidade de aprendizagem disponível e motivada, 
onde trocar as boas práticas aprendidas e manter diálogos, torna-se essencial para 
qualquer ação educativa. 
EIXO 4 – ENCERRAMENTO DA ENTREVISTA 
 
1 – Você, enquanto professor deseja complementar algum aspecto importante 
que não tenha sido abordado durante a entrevista? 
Estamos vivenciando um momento ímpar, não somente nos colégios, mas 
também uma ressignificação de toda a área da educação. Quando houve os decretos 
para o fechamento das atividades presenciais, e toda a adaptação que foi necessária 
para oferecermos a modalidade de ensino não presencial, não imaginávamos como 
isso impactaria nossas vidas para sempre. Essa é a hora de reunir toda 
a experiência dos últimos meses para fazer uma retomada de sucesso. Vamos dar 
um passo à frente e pensar como podemos melhorar a aula remota para não perder 
a qualidade na aprendizagem 
 
 
2 – Muitos afirmam que 2020 foi um ano escolar perdido para os alunos, como 
você avalia essa afirmação? 
O ano de 2020 não foi perdido, nem o ano de 2021 será. Nós professores, 
mesmo diante de tantos desafios, conseguimos fazer o nosso melhor. É claro que 
houveram sim, muitos prejuízos no aprendizado para alguns alunos, mas isso não se 
aplica de modo geral, pois vi através das avaliações que fiz com eles, que muitos 
tiveram muito sucesso na aprendizagem. Tanto no online quanto no presencial, 
sempre tem aqueles que são mais desligados e não fazem tanta questão de aprender. 
Não estudam e levam as aulas nas brincadeiras, no presencial conversam o tempo 
todo e no remoto vão fazer outras atividades e até mesmo jogam, enquanto os 
professores ministram as aulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO SUPERIOR DE LETRAS 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 2 
AVALIAÇÃO CRÍTICA DE VÍDEOS ONLINE SOBRE EDUCAÇÃO – 50H DE 
CARGA HORÁRIA PARA CADA VÍDEO (MÁXIMO DE 100H NO SEMESTRE). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2021 
 
1) “O PAPEL DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM TEMPOS DE CRISE”. 
 
 
Para a psicóloga Natasha Costa, diretora da Associação Cidade Escolar 
Aprendiz, membro da Comissão Editorial de Educação em Tempo Integral da 
Fundaj/MEC e da Rede de Inovação e Criatividade na Educação Básica, além de 
integrar o Programa Líderes Transformadores da Educação da Fundação SM. Ela 
ainda faz parte da plataforma Centro de Referências de Educação Integral, que reúne 
várias organizações brasileiras que atuam no campo educacional. 
Nesse período de crise, tem tido um diálogo constante com professores, 
diretores, para compreender as estratégias desenvolvidas no sentido de fazer chegar 
essa escola para todos os estudantes. 
Há muitos jeitos de ser escola, ou seja, de pensar na política educacional, 
e nesse momento que a gente tá vivendo, as diferentes concepções que estão por 
trás dos muitos jeitos de ser escola, se refletem nas propostas para este período, se 
por um lado pensamos a escola mais tradicional, mais baseada no ensino instrucional, 
a gente vai ter uma forma de estruturar esta escola no período de pandemia. Se a 
gente atém a uma perspectiva de uma escola que quer garantir a formação integral, 
que quer garantir o direito a educação, que quer garantir uma determinada forma 
desse estudante se desenvolver, a gente vai definir estratégias comprometidas com 
esta concepção 
A concepção de educação integral, vai trazer primeiro a qualidade na 
educação integral que significa a garantia de aprendizagem e desenvolvimento 
integral de todos os alunos, então entende-se que o sujeito é multidimensional, e que 
vai ter o seu processo de aprendizagem articulado ao seu desenvolvimento físico, 
intelectual, cultural, emocional e social. Isso significa que a gente está falando de uma 
educação que não vai acontecer apenas no ensino de tempo integral. Não é o tempo 
que define essa concepção. 
Pra gente fazer educação integral pra todos e todas, podemos fazer na 
jornada regular, em jornada ampliada com parcerias e também na jornada ampliada 
sem parcerias. 
Essa concepção vai pensar a educação além da escolarização que é por 
etapas, e sim como um processo que está conectado à vida do estudante. A educação 
não é só a preparação para a vida, e sim a própria vida. A educação integral é 
conectada aos desafios e fornecem aos estudantes a compreensão de sua realidade. 
Temos que superar o modelo de Instrução x formação integral, de 
estudantes que são passivos e que apenas reproduzem conhecimentos em provas, 
testes, para uma educação comprometida com a formação integral. Tem que construir 
conhecimentos, fazer com que os alunos interpretem a realidade. A BCC no seu 
capítulo introdutório traz a questão da formação integral materializada nas 
competências gerais, que todas as áreas do conhecimento devem ser trabalhadas no 
desenvolvimento de competências. 
Deve-se compreender o estudante como sujeito social, com sua 
singularidade, um sujeito histórico que traz consigo uma série de marcas de vivências 
em sociedade, que seja multidimensional e competente, capaz de aprender e construir 
conhecimentos atuando na realidade. Devemos compreender o professor não só 
como um executor de planos de aulas, mas um profissional que pesquisa, reflete e 
produz conhecimento, conhece seus estudantes e sua realidade. Não é possível 
pensar num planejamento que nãohaja participação ativa dos professores. 
Isso significa que quando pensamos a educação integral como política e 
não como modalidade pra poucos, pensamos na política para toda a rede com 
garantia de condições para que as escolas implementem a educação integral. A 
construção participativa de um currículo integrador, a construção de ferramentas de 
processos e instrumentos de avaliação que sejam coerentes com essa percepção, e 
também o processo de formação de professores e gestores que estejam alinhados a 
essa concepção e que sejam permanentes. Se faz no diálogo permanente entre 
secretaria e escola, que precisa ser uma relação de confiança, pautada num trabalho 
coletivo, numa relação de construção permanente. 
Diante do contexto atual, em razão da pandemia do coronavírus e das 
estratégias de ensino, nota-se que não é possível transpor a escola pra casa, essa 
transposição que parece que dá certo, não é realista, porque os pais e os cuidadores 
não são professores, não constituíram capacidades para serem mediadores, e as 
aulas não são atividades que qualquer pessoa consegue assumir. E outra questão 
que não é possível transpor a escola pra casa, pois a escola não é só os conteúdos e 
aprendizados escolares , é a socialização, o espaço de vivência do público, onde a 
gente convive com a diferença, produz subjetividades. Essa experiência da escola 
não é possível trazer pra casa. 
Que objetivos a gente pode estabelecer? É importante manter os 
estudantes em contexto de aprendizagem, não nos ausentando como educadores, o 
afastamento desses estudantes das escolar, é um fator de exclusão muito forte, pode 
causar barreiras à volta das aulas presenciais desses estudantes, causando evasão 
escolar, temos que apoiar as famílias e nós educadores temos uma responsabilidade 
nesse sentido. 
Para desenhar estratégias devemos pensar no contexto da crise, alguns 
destaques são importantes: 
 
● Suspensão da atividade econômica: pais com um quarto da sua população 
vivendo com menos de R$ 420,00 per capita por mês; 
● Agravamento das desigualdades: segurança alimentar, acesso à moradia, 
saúde, entre outros; 
● Fragilização da rede de proteção social: metade de nossas crianças e 
adolescentes vivem sob múltiplas privações (27 milhões) 
● Exclusão digital: 58% dos domicílios não tem acesso a computador e 33% 
não dispõem de internet 
● Incerteza e insegurança: a vida de gestores, professores, famílias, 
estudantes e crianças afetadas de diferentes maneiras. 
 
Como garantir que as políticas definidas neste período tenham em 
perspectiva os direitos de todas as crianças, adolescentes, jovens e adultos? Algumas 
regulamentações que vem autorizando a realização das atividades não presenciais 
inclusive na educação infantil e fundamental para cumprimento de carga horária 
prevista, têm-se a medida provisória 934 do governo federal, resoluções dos 
conselhos estaduais e municipais e a proposta de parecer do conselho nacional de 
educação. Todas as regulamentações vêm trazendo a realidade das atividades não 
presenciais para este período. 
A noção de direito, exige que a gente crie condições de acesso e 
permanência de todos. Quais devem ser os objetivos educacionais para este período 
de isolamento social? Temos que pensar de forma intencional, tendo clareza onde 
queremos chegar. Um ponto que não tá amadurecido no brasil, e o calendário escolar, 
como que define o processo de formular a aula, como é o processo avaliativo, enfim, 
parece ser muito simples aplicar os conteúdos, como se tudo fosse como no 
presencial. 
O foco agora não é transferir a escola para dentro de casa, é manter as 
crianças em algum contexto de aprendizagem e apoiar as família neste momento tão 
desafiador em vários aspectos, não apenas na realização de atividades pedagógicas. 
Isso significa apoiá-las e estruturar a rotina dos filhos, a lidar com as questões que 
surgem e também a colaborar com o processo de aprendizagem dos filhos. 
● Busca ativa: implementação de estratégias colaborativas, encandeadas 
e em rede para chegar a 100% dos educandos. 
● Escuta e estreitamento dos vínculos com as famílias: identificação das 
necessidades das famílias, compreensão profunda em relação às suas condições de 
vida, hábitos e conhecimentos , estabelecimento de contato permanente com elas; 
● Trabalho colaborativo: longe de materiais prontos, foco na construção 
coletiva de atividades com base na escuta das famílias, na identificação do que 
consideram essencial, da adaptação desses conteúdos a propostas que as famílias 
possam mediar ou que as crianças possam dar conta autonomamente. 
● Exploração e uso de diferentes linguagens: vídeos, áudios, desenhos, 
cards e canais: whatsapp, facebook, instagram, moodle no celular, materiais 
impressos, de forma a chegar de diferentes maneiras aos diferentes perfis de 
educandos e famílias. 
● Reconhecimento e articulação dos saberes dos territórios: identificação 
dos saberes das famílias, valorização dos conhecimentos das famílias e articulação 
das atividades com estes saberes para que façam sentido no contexto das casas; 
● Mobilização social: campanhas para engajamento de outros setores, 
envolvimento dos prefeitos e secretários nos canais de comunicação, criação de uma 
agenda local em torno das propostas. 
● Intersetorialidade e trabalho em rede: identificação de parceiros no 
território, nas áreas da saúde, educação, cultura, assistência social para apoio às 
famílias e educandos. 
Como pensar na volta às aulas? 
Ao tentar pegar a escola e trazer pra dentro da casa, a gente tá pensando 
em voltar pra escola como se nada tivesse acontecido. Fazer provas diagnósticas, 
criar grupos de informações e propostas de ensino, fazer reforço escolar, colocar todo 
mundo na mesma sala. Esse período não conseguir aprendizagem total como a gente 
espera. Essa expectativa trará uma limitação grande quando voltarmos na escola. 
Podemos esperar as volta as aulas, como quem volta de uma guerra, pois vivemos 
uma crise sanitária sem precedentes, então a gente de fato, vai viver uma volta muito 
diferente. 
Temos que nos preparar para viver as condições ainda mais adversas, 
fortalecendo a escola como espaço coletivo, pois a gente aprendeu que faz sentido 
não manter a escola de antes e sim viver uma nova escola. 
 
 
2) PROJETO APRENDER E COMPARTILHAR 
 
Neste relatório, iremos evidenciar o projeto “Aprender e Compartilhar”, que 
foi o responsável pela premiação de Joice Lamb como uma das dez vencedoras da 
edição 2019 do Prêmio Educador Nota 10 e escolhida como a Educadora do Ano, pela 
mesma premiação. 
Formada em Letras, ela é coordenadora pedagógica em Novo 
Hamburgo (RS), desde 2012. Seu grupo escolar desenvolveu projetos de iniciação 
científica, debates, atividades envolvendo alunos de séries diferentes e criaram 
ferramentas para ampliar a participação da escola e a sua comunidade nas decisões 
de gestão. 
Seu projeto vencedor é uma ação ampla que convida a comunidade escolar 
para avaliar as atividades pedagógicas e propor encaminhamentos, correções de rota 
e melhorias. “Hoje temos uma escola linda, plural, sem pichações, os alunos 
encontraram outras formas de se expressar”, comemora Joice. 
Com o projeto “Aprender e Compartilhar”, Joice conquistou um lugar 
entre os dez melhores professores do ano pelo Prêmio Educador Nota 10, promovido 
pelas fundações Victor Civita e Roberto Marinho. Ela agora tem a chance de ser 
vencedora do título Educador do Ano na cerimônia que acontece no dia 30 de 
setembro, em São Paulo. Dúvidas, mudanças, projeções, replanejamentos e densas 
reflexões. Todas essas características adentraram as instituições de ensino nos 
últimos meses diante da expansão mundial do novo coronavírus. 
Dessa forma, gestores/as, especialistas e empresários do setor articulam 
possíveis caminhos para um contexto pós-pandemia, repensando a utilização de 
tecnologias, metodologiaspedagógicas, relações sócio emocionais, aproximações 
entre escola e família, bem como os fluxos entre os funcionários das instituições. 
O projeto iniciou-se com reuniões presenciais na escola e, quando 
necessário, foram utilizadas planilhas online para dar sequência ao debate. Junto a 
este também teve o projeto #foradacaixa, que consistiu em oficinas semanais 
ministradas por educadores aos estudantes da educação infantil e dos anos iniciais 
separados por grupos multisseridados. Todos os professores participaram 
ministrando uma oficina por semana. 
A circulação dos alunos e dos professores pela escola, promovida pelo 
#foradacaixa, estimulou a convivência entre a comunidade escolar e eliminou 
barreiras de relacionamento entre estudantes de idades diferentes. 
No projeto aprender e compartilhar também houve registro de estudantes 
unificado em planilhas virtuais abertas, onde o sistema permitiu que as informações 
dos alunos não fossem perdidas de ano para ano e pudessem ser acessadas pelos 
professores a qualquer momento. As atas de conselho de classe também passaram 
pelo mesmo processo. 
Foram criados portfólios virtuais para o registro da trajetória dos alunos 
utilizando o Google sites. 
Ampliou-se o projeto de iniciação científica para os anos iniciais em 
pequenos grupos colaborativos, onde os estudantes dos anos finais do ensino 
fundamental desenvolviam projetos científicos. 
Aprofundou-se o projeto de matemática, que favoreceu o cálculo mental e 
a busca por estratégias de resolução de problemas. Assim, percebeu-se vários 
resultados positivos, inclusive com um crescimento significativo de acertos dos alunos 
na prova da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas Site 
externo (OBMEP) de 2019. 
Foram desenvolvidas propostas maker dos projetos de iniciação científica 
e desenvolveu-se um método de aprendizagem ensino, onde os professores dos anos 
finais estudaram e experimentaram propostas de ensino para desenvolver a 
autonomia dos estudantes. Em conjunto, idealizaram um projeto que prevê estudo por 
percursos pedagógicos e orientação à distância, além da escolha individual de aulas 
dentro de um horário mensal. O projeto foi aplicado de forma piloto e teve o 
acompanhamento da Secretaria de Educação e do Conselho Municipal de Educação. 
Toda a comunidade escolar esteve envolvida no processo: professores, 
funcionários, estudantes e famílias. Cada um participando dentro da sua necessidade 
ou possibilidade. O projeto assim foi desenhado para que todos se sentissem à 
vontade para participar e dizer o que pensam. 
Ficou a cargo da equipe diretiva e da coordenação pedagógica fazer o 
trabalho de sustentação das propostas vindas do grupo de professores e dos alunos. 
Ou seja, criar instrumentos de compartilhamento de informações, fazer as ideias 
circularem entre os professores, garantir que as decisões de assembleias fossem 
postos em prática, e dar visibilidade às ações de determinados grupos para que 
pudessem ser compartilhadas com todos. 
O primeiro semestre de 2020 foi palco de rupturas abruptas 
sem precedentes em todas as camadas sociais. A pandemia do novo coronavírus 
(Covid-19) instaurou, rapidamente, mudanças que atravessaram a vida de todos e 
todas pelo mundo, afetando diretamente todos os espaços de sociabilidade. Diante 
de tantas alterações e reestruturações, questionamentos e incertezas emergem, 
propondo, de certa maneira, novos olhares sobre fluxos, vivências e experiências 
cotidianas. 
Acredito que teremos um modelo misto de educação do que tínhamos 
antes da pandemia. Isso não significa que todo mundo migrará para o EAD. Tudo o 
que estamos passando é um grande experimento de um EAD forçado em todos os 
níveis da educação. Com essa fase de experimentação, é possível termos uma ideia 
de como seria o mundo 100% on-line, mas também estamos descobrindo os 
percalços, a parte ruim da falta de convívio. 
Mas ficará muito evidente em um cenário pós-pandemia que é 
perfeitamente possível transmitir conhecimento de base de forma remota. 
Genuinamente, o futuro da educação será um híbrido do que era o mundo pré-
pandemia com o período pandêmico. Teremos muito online, até por redução de custo, 
deslocamento e trânsito. 
Os alunos vão querer, os profissionais de ensino também. Porém, não 
podemos esquecer que a parte da experimentação é insubstituível. O ensino a 
distância chegou de forma definitiva para a Educação Básica e agora todas as escolas 
necessitam ter ao menos uma solução que funcione remotamente. Para mim, o futuro 
está em soluções híbridas, que valorizam o professor, a troca com o aluno e também 
garantem a qualidade no conteúdo aplicado. 
Por isso, escolhemos o WhatsApp como principal canal para nossa 
Inteligência Artificial, já que ele é acessível para grande parte dos alunos das mais 
variadas realidades socioeconômicas. Acho muito importante que as equipes 
escolares conheçam suas realidades para que consigam definir bem quais 
plataformas vão usar. Este é o momento de virarmos o jogo e percebermos que o 
celular pode ser um aliado na educação, uma ferramenta que pode, sim, agregar em 
sala de aula e engajar ainda mais os alunos”. 
A educação do futuro deve ser essencialmente uma educação digital e 
ambiental. As futuras gerações necessitarão de um conhecimento profundo dos 
recursos ambientais e de como geri-los. Além do conhecimento sobre todo o universo 
e a cultura digital na qual estão inseridas. 
Criar um diálogo entre esses dois saberes, o digital e o ambiental, parece 
ser o grande desafio da educação do futuro pós-pandemia. A Covid-19 não é só um 
problema de saúde. É também um problema ambiental. A medida que novos vírus 
começam a surgir no ecossistema e os modelos de sociedade superpopulosos, com 
grandes aglomerações se tornam epicentro dos surtos de transmissão, uma nova 
organização da sociedade, do espaço urbano e uma nova educação de cidadãos se 
fazem necessários, sem dúvida nossa normalidade será diferente, com muito cuidado 
no distanciamento corporal e nas medidas de higiene e saúde recomendadas. 
Mas o afeto será ainda mais imprescindível para essa retomada presencial. 
Com toda essa pandemia ficou claro que o vínculo é muito importante tanto para a 
saúde mental, corporal e social dos estudantes. Nosso principal 
foco será na dimensão humana, no cuidado com o estudante e suas especificidades, 
resguardando também nossos docentes e administrativos. 
Na pós-pandemia as escolas voltarão com uma visão mais de negócio, com 
maior clareza da missão do empresário e suas atribuições, pois essa pandemia deu 
aos mantenedores a oportunidade de ver sua empresa e reconhecer suas 
particularidades na questão não somente Educacional e Pedagógica, mas como 
empresa que dá lucro, prejuízo, responsabilidades e conhecimento de leis e aplicação 
da mesma dentro da sua Escola. Creio que as escolas devam tirar algo de positivo 
nessa pandemia, tiveram que se readequar as finanças da Escola, e acompanhar de 
forma meticulosa cada fato e tomada de decisão. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
COSTA, Natacha. Webinar EP 40: O Papel da Educação Integral em Tempos de 
Crise. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=fL8JAx8LkWw. Acesso em 
22 mai.2021 
 
CASTRO, Luiz Felipe. Aprender e compartilhar: o lema da professora gaúcha Joice 
Lamb. Disponível em https://veja.abril.com.br/educacao/aprender-e-compartilhar-o-
lema-da-professora-gaucha-joice-lamb/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO SUPERIOR DE LETRAS 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 3 
ANÁLISE DE UM DESAFIO ATUAL 
 50H DE CARGA HORÁRIA PARA ANÁLISE DE UM DESAFIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2021 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
O ano de 2020 foi surpreendido pelo terrível surgimento e disseminação 
pandêmica da COVID-19 (coronavírus) que abalou inúmerospaíses, alcançou o Brasil 
de forma brutal, ocasionando perdas e paralisação de todos os tipos de atividades, 
inclusive alterando os calendários escolares e as atividades educacionais. 
Como essa doença estava se alastrando, surgiu a necessidade de rever as 
atividades rotineiras a fim de disseminar a doença, evitando a transmissão em grande 
escala, e devido a isso, Órgãos normativos e executivos dos Sistemas de Ensino 
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, e instituições de ensino das redes privadas, 
comunitárias e confessionais mobilizaram-se, juntamente com gestores, professores, 
demais profissionais da educação e funcionários técnicos e administrativos para tomar 
as devidas precauções. 
Considerando os desafios dessa crise, vale destacar-se: como garantir 
padrões básicos de qualidade para evitar o crescimento da desigualdade educacional 
no Brasil? Como garantir o atendimento dos objetivos de aprendizagens previstos na 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nos currículos escolares ao longo deste 
ano letivo? Como garantir padrões de qualidade essenciais a todos os estudantes 
submetidos a regimes especiais de ensino que compreendam atividades não 
presenciais, mediadas ou não por tecnologia de informação e comunicação? 
Como mobilizar professores e dirigentes dentro das escolas para o 
ordenamento de atividades pedagógicas remotas? Esta é uma grande preocupação 
que devemos ter, e que o conselho nacional da educação busca para obter sucesso. 
A partir desse desafio que esse trabalho será elaborado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 – DESENVOLVIMENTO 
 
Diante da inusitada situação do Brasil, o Conselho Nacional de Educação 
(CNE), visando orientar a integração curricular e a prática das ações educacionais, 
emitiu o Parecer CNE/CP nº 5, de 28 abril de 2020, que trata da “reorganização do 
Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para 
fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da 
COVID-19”. 
 
Art. 5º: A normatização da reorganização do calendário escolar do ano letivo 
afetado pelo estado de calamidade pública de todos os níveis, etapas e 
modalidades de educação e ensino, para fins de cumprimento da carga 
horária mínima anual prevista na LDB, especialmente em seus arts. 22 a 28, 
31, 34, 36, 36-D e 39, é de competência de cada sistema de ensino. 
 
Sendo assim, os Estados e Municípios elaboram decretos normativos para 
enfrentar os problemas de saúde pública, sendo decretada a suspensão das aulas 
presenciais em todos os níveis, da educação infantil, até as universidades. 
Dessa forma buscou-se conter o avanço do coronavírus por medidas 
protetivas. A suspensão das aulas presenciais ocasionou dificuldades em repor as 
aulas, o comprometimento do calendário escolar nos próximos anos, um recuo no 
processo educacional e da aprendizagem, problemas sociais, econômicos, pois 
aumentou o desemprego, no qual gerou stress familiar, diminuição da renda, a maioria 
dos pais dos alunos não possui uma formação, preparação para auxiliar os filhos nas 
aulas online. 
No artigo 205 da Constituição Federal informa que a educação é direito de 
todos, sendo que Estado e a família possuem o dever da concretização da educação. 
Sendo assim há uma garantia do desenvolvimento da pessoa, capacitando-o para 
exercer sua cidadania e qualificação para o trabalho. A efetivação da educação de 
qualidade dependerá do atendimento aos princípios igualitários de acesso e 
permanência na escola; a oportunidade e liberdade em aprender, pesquisar e ensinar; 
o respeito ao pluralismo de ideias e conceitos pedagógicos; ensino público de 
qualidade; e a valorização do professor considerando seu salário. 
Dentre essas ações, que visam garantir padrões básicos de qualidade para 
evitar o crescimento da desigualdade educacional no Brasil, há o uso de pacotes e 
programas de computador educacionais, ensino remoto sem um relacionamento 
direto com o professor, como na sala de aula. As aulas online, por mais que seja a 
opção mais viável no momento, demonstrou despreparo dos professores, porém 
deve-se levar em conta que esses nunca tiveram um treinamento adequado para 
trabalhar dessa maneira, não os culpando. 
Muitas famílias foram pegas de surpresas, com a falta de acessibilidade a 
tecnologia e a falta de conhecimento dos pais como parte do processo educacional, 
atrapalhando um ensino de qualidade. Neste panorama que estamos vivendo, 
esbarramos com a desigualdade social, cultural, econômica e digital, há uma 
desigualdade de acessibilidade ao conhecimento de ensino, não ter acesso a 
materiais para desenvolver uma boa formação, na qual se tornou uma improvisação 
com as aulas suspensas. 
Em uma situação como essa que estamos enfrentando, deve ser 
repensado sobre o ano letivo, não precisando coincidir com o ano civil, assim 
garantindo uma qualidade para elaborar novas propostas e práticas pedagógicas com 
um objetivo definido, na qual instituições, diretores, coordenadores, professores e 
alunos participem de um novo projeto democrático acessível para todos e todas. 
O acesso a sala de aula de forma presencial deve ser reorganizada, tendo 
como garantia a educação a todos, sem discriminação. No entanto, a saúde dever ser 
considerada como principal, para se assegurar a educação, as aulas online devem 
ser realizadas após pandemia, visando garantir a efetividade do aprendizado e 
condições a todos. As atividades escolares enviadas para os alunos, conta com o 
apoio dos familiares, e não são suficientes para ter uma avaliação adequada igual em 
sala de aula. 
Isso representa um prejuízo no processo de aprendizagem curto e longo 
prazo. Há um grande despreparo para que todos adotem um sistema exigente que é 
o EAD (ENSINO A DISTANCIA) uma vez que alguns professores não tem vivencia no 
uso dessas ferramentas e nem a formação adequada. A utilização de aplicativos e as 
aulas prontas não irão garantir a aprendizagem, considerando também que o número 
de horas e aulas está bastante reduzido. Está praticamente impossível a mudança do 
cotidiano escolar, se assemelhando a EAD, principalmente nos anos iniciais 
escolares, onde a alfabetização é a principal fase de aprendizado. Dentro dessa 
realidade, cada estado e município tem que ter autonomia de resolver da melhor forma 
de garantir a qualidade do ensino, juntamente com a sociedade, pais, devem elaborar 
maneiras para o desenvolvimento dos seus filhos. 
O trato das habilidades socioemocionais voltado ao acolhimento, não só 
dos alunos, mas das famílias, corpo docente e demais agentes escolares, precisa ser 
uma preocupação da comunidade tão importante quanto o cumprimento dos 
protocolos de higiene e distanciamento. 
No âmbito da metodologia pedagógica, avaliações para o diagnóstico de 
lacunas de aprendizado dos estudantes por conta da pandemia devem ser 
priorizadas, conforme recomendações da Unesco e do Conselho Nacional de 
Educação (CNE), com o objetivo de ajudar a definir planos de ação para reduzir danos 
e assegurar que as aprendizagens essenciais sejam adquiridas ao longo do ano letivo. 
Nessa difícil tarefa de praticamente ensinar dois anos em apenas um, 
gestores escolares e docentes terão de definir uma trilha de replanejamento 
pedagógico, com base no diagnóstico realizado e de acordo com as diretrizes da Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC). 
Esta avaliação permite diagnósticos de desempenhos gerais por turma e 
individuais, ajudando a traçar um plano de ação para definição de medidas que devem 
ser tomadas, como a divisão em pequenos grupos de alunos para correção imediata 
de algumas habilidades em comum, realização de aulas de reforço em horários 
alternativos, como no contraturno, para explicações adicionais e esclarecimento de 
dúvidas, além de atividades extras. 
A outra frente é a elaboração de planos personalizados de estudos para 
cada aluno reforçara atenção nos pontos em que enfrenta mais dificuldade, com 
sugestões de atividades extras com base no conteúdo relacionado. Reavaliações 
devem ser contínuas para entender se todo o conteúdo reforçado foi absorvido, 
sempre focando nos temas e habilidades que são imprescindíveis para a 
aprendizagem das matérias a serem ensinadas no ano de 2021 e também 2022, que 
ainda sentirão os impactos da Covid-19.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – CONLUSÃO 
 
Independentemente de como estamos passando por uma pandemia, 
garantir a qualidade da educação para todos e eliminar a desigualdade educacional é 
uma questão relacionada. A crise econômica e da saúde, a educação de qualidade e 
as políticas que garantam seu uso devem se tornar uma referência para as iniciativas 
de governo. O estado e as instituições públicas são os principais responsáveis por 
garantir uma educação adequada e igualitária. As medidas atuais de substituição dos 
métodos de ensino presencial não devem afetar o currículo escolar, pois é impossível 
mudar a sala de aula para um ambiente virtual e transferir o conteúdo sem uma 
avaliação efetiva das atividades dos alunos em seu processo de aprendizagem. 
Políticas nacionais eficazes são necessárias para fortalecer todos os 
participantes do sistema educacional, promover condições seguras de ensino e 
realizar os direitos intelectuais e a qualidade de todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 – REFERÊNCIAS 
 
MATTAR, João. Pandemia: desafios e oportunidades para professores e alunos. Vol. 
16 N.º 55 (2020). Disponível em https://revistas.rcaap.pt/interaccoes/issue/view/ 
1115 
 
MARTINS, Sandra Cristina Batista. Tecnologias na educação em tempos de 
pandemia. Vol. 17, pp 6-27 (2020). Disponível em https://revistas.rcaap.pt/interaccos 
issue/view/2136 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO SUPERIOR DE LETRAS 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 4 
AULAS DO CENTRO DE MÍDIA/SP 
 50H DE CARGA HORÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2021 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Centro de Mídias SP é uma iniciativa da Secretaria da Educação do 
Estado de São Paulo para contribuir com a formação dos profissionais da Rede e 
ampliar a oferta aos alunos de uma educação mediada por tecnologia, de forma 
inovadora, com qualidade e alinhada às demandas do século XXI. 
Essa conexão se torna ainda mais necessária no período em que vivemos, 
com as aulas presenciais suspensas nas unidades de ensino, e os alunos e 
professores necessitando do nosso apoio. 
VÍDEO 1 
 
Data da transmissão da aula 15/05/2020 
Tempo de duração 39 minutos, 41 segundos 
Conteúdo Língua Portuguesa: Se liga nos textos! 
Turmas 6º ano Ensino Fundamental 
Link da Transmissão https://www.youtube.com/watch?v=o6rwH895
TNI 
 
 
 
 
 
 
 
Análise crítica a respeito da aula 
No vídeo 1, sobre o tema "Se liga nos textos!", 
é apresentado aos alunos do 6º ano, textos 
diversificados para o estudo sobre a produção 
de textos em diferentes gêneros, como por 
exemplo: receitas, anúncios, comentários da 
internet, entre outros. A intenção é explorar 
diferentes textos com o objetivo de identificar 
as características dos gêneros existentes 
através do diálogo e finalidade comunicativa 
dos textos. Com isso, se faz necessário 
apresentar ferramentas para a interpretação e 
o uso correto de concordância para que o 
gênero do texto e sua finalidade seja 
identificado e em que situação ele é usado. 
 
 
 
 
VÍDEO 2 
 
Data da transmissão da aula 07/05/2020 
Tempo de duração 39 minutos, 50 segundos 
Conteúdo Língua Portuguesa: A linguagem em textos 
Turmas 7º ano Ensino Fundamental 
Link da Transmissão https://www.youtube.com/watch?v=u86Ux7_iO
wU 
 
 
 
 
 
 
 
Análise crítica a respeito da aula 
Neste vídeo: "A linguagem em textos" para a 
turma do 7º ano, a apresentação é sobre a 
variação linguística, com objetivo de 
reconhecer em textos de diferentes gêneros, as 
modificações da língua falada que ocorreu ao 
longo do tempo, através dos gêneros: gíria, 
jargões, linguajar regional e também através de 
alguns nomes para coisas diferentes em cada 
região. Os professores destacam que não há 
certo ou errado na língua, tudo depende da 
época, de onde o falante vive, com quem está 
falando e em que contexto isso ocorre, e 
destacou exemplos através da linguagem 
formal e informal. 
 
 
 
VÍDEO 3 
 
Data da transmissão da aula 15/05/2020 
Tempo de duração 38 minutos, 39 segundos 
Conteúdo Língua Portuguesa - Conhecimento 
linguísticos e gramaticais 
Turmas 8º ano Ensino Fundamental 
Link da Transmissão https://www.youtube.com/watch?v=WPIeCIt6
Wvk 
Análise crítica a respeito da aula O vídeo com o tema "Conhecimento 
linguísticos e gramaticais" para o 8º ano, é 
resgatado os conhecimentos linguísticos e 
gramaticais em diferentes gêneros com o 
objetivo de compreender as diferentes 
linguagens do discurso direto e indireto, 
abordando a composição e junção de duas ou 
mais palavras denominadas compostas, sendo 
por justaposição ou aglutinação. 
 
Vídeo 4 
Data da transmissão da aula 19/05/2020 
Tempo de duração 39 minutos, 50 segundos 
Conteúdo Língua Portuguesa: A linguagem em textos 
Turmas 2º ano do Ensino Médio 
Link da Transmissão https://www.youtube.com/watch?v=u86Ux7_iOwU 
Análise crítica a respeito da 
aula 
Neste vídeo: "A linguagem em textos" para a 
turma do 2º ano do ensino médio, a apresentação 
é sobre a variação linguística, com objetivo de 
reconhecer em textos de diferentes gêneros, as 
modificações da língua falada que ocorreu ao 
longo do tempo, através dos gêneros: gíria, 
jargões, linguajar regional e também através de 
alguns nomes para coisas diferentes em cada 
região. Os professores destacam que não há certo 
ou errado na língua, tudo depende da época, de 
onde o falante vive, com quem está falando e em 
que contexto isso ocorre, e destacou exemplos 
através da linguagem formal e informal. 
 
 
 
 
Vídeo 5 
Data da transmissão da aula 22/05/2020 
Tempo de duração 39 minutos, 41 segundos 
Conteúdo Língua Portuguesa - Conhecimento linguísticos e 
gramaticais 
Turmas 3º ano do Ensino Médio 
Link da Transmissão https://www.youtube.com/watch?v=WPIeCIt6Wvk 
Análise crítica a respeito da aula O vídeo com o tema "Conhecimento linguísticos e 
gramaticais" para o 3º anodo Ensino Médio, é 
resgatado os conhecimentos linguísticos e gramaticais 
em diferentes gêneros com o objetivo de compreender 
as diferentes linguagens do discurso direto e indireto, 
abordando a composição e junção de duas ou mais 
palavras denominadas compostas, sendo por 
justaposição ou aglutinação. 
 
Vídeo 6 
Data da transmissão da aula 26/05/2020 
Tempo de duração 39 minutos, 41 segundos 
Conteúdo Língua Portuguesa: Se liga nos textos! 
Turmas 1º ano do Ensino Médio 
Link da Transmissão https://www.youtube.com/watch?v=o6rwH895TNI 
Análise crítica a respeito da aula No vídeo 1, sobre o tema "Se liga nos textos!", é 
apresentado aos alunos do 1º ano do Ensino 
Médio, textos 
diversificados para o estudo sobre a produção de 
textos em diferentes gêneros, como por 
exemplo: receitas, anúncios, comentários da 
internet, entre outros. A intenção é explorar 
diferentes textos com o objetivo de identificar as 
características dos gêneros existentes através do 
diálogo e finalidade comunicativa dos textos. Com 
isso, se faz necessário apresentar ferramentas 
para a interpretação e o uso correto de 
concordância para que o gênero do texto e sua 
finalidade seja identificado e em que situação ele 
é usado. 
 
 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
Concluindo, observa-se que, com a necessidade das aulas online, os 
professores têm se reinventado para que o conteúdo chegue até o aluno de forma 
mais compreensível possível, usando de técnicas abrangentes e cada vez mais 
explícitas. 
Porém,nota-se também que, em alguns casos a aula se torna um pouco 
vaga em relação aos exemplos citados, deixando uma lacuna no saber-fazer. Os 
exercícios se fazem necessários para que os conteúdos apresentados sejam fixados 
na aprendizagem dos alunos, para que não haja dúvidas no futuro. E, para que os 
métodos utilizados na educação e o grande esforço na adaptação das aulas, nos anos 
de 2020 e 2021, tenham valido a pena.

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