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AULA 8 – Vacinas e soros Vacinas – imunização ativa artificial • A vacinação é a melhor e mais conhecida aplicação dos princípios imunológicos para a saúde do homem; • Envolve a imunidade adaptativa (os linfócitos T e B são ativados); • Produção de preparação antigênicas do patógeno • Características: o As vacinas devem induzir expansão clonal de linfócitos T e B específicos e células de memória, capazes de uma resposta secundária rápida e eficaz quando em encontro subsequente com o Ag; o Devem induzir o tipo correto de imunidade, ser suficiente seguras e acessíveis para a população alvo • Etapas no desenvolvimento de uma vacina o Isolamento e identificação do vírus e sequenciamento genético; o Definição da estratégia para produção (tipo, vírus morto, parte, RNA...) o Testes laboratoriais (em cultura de células); o Fase pré-clínica (testes em animais); o Ensaios clínicos (testes em humanos) de fase 1 (dezenas de voluntários), de fase 2 (centenas de voluntários) e de fase 3 (milhares de voluntários); o Aprovação pelos órgãos regulatórios; o Fabricação em larga escala. • Eficácia da vacina o A eficácia das vacinas é avaliada periodicamente, pois muitos fatores afetam essa característica. Uma vacina eficaz deve: o Induzir o tipo correto de imunidade: resposta humoral (anticorpos) para toxinas (tetânica,diftérica) e microrganismos extracelulares (ex.: Streptococcus pneumoniae) e imunidade mediada por células para microrganismos intracelulares (ex.: Mycobacterium tuberculosis); o Ser estável ao armazenamento: importante especialmente para vacinas vivas (baixas temperaturas); o Ter imunogenicidade suficiente: com vacinas atenuadas geralmente é necessário usar adjuvantes • Adjuvantes o Substâncias inoculadas junto com os antígenos, que potencializam a resposta imune adaptativa; o Os adjuvantes aumentam o tempo de permanência do antígeno no local, a apresentação dos antígenos aos linfócitos, estimulando a resposta humoral e celular. As reações locais que ocorrem, é por causa dos adjuvantes; o Certos sais de alumínio, adicionados ou emulsificados com um antígeno, potencializam a formação de anticorpos; o O hidróxido de alumínio é amplamente utilizado com os toxóides diftérico e tetânico. • Estratégias o Vacina atenuada – microrganismos vivos atenuados, induz a formação de anticorpos neutralizantes; ▪ Obs.: pessoas com imunodeficiência, ou problema semelhante não pode tomar vacina com vírus atenuado (vivo). o Vacina inativada – microrganismos mortos, induz a formação de anticorpos neutralizantes; o Vacina tipo subunidade – usa apenas proteínas microbianas, polissacarídeos, conjugadas; o Toxóides – toxinas microbianas modificadas, induz a formação de anticorpos neutralizantes; o Vacinas recombinantes – proteínas microbianas sintetizadas em laboratório por engenharia genética (DNA – recombinante). Induz a formação de anticorpos neutralizantes; o Vacinas gênicas – os genes dos antígenos microbianos são incorporados em “vetores” virais, que vão infectar as células do hospedeiro e produzir antígenos dentro das células; o Vacina de mRNA (RNA mensageiro) ▪ Algumas vacinas contra SARS-CoV-2; ▪ A molécula de RNA do vírus é produzida em laboratório e aplicada no paciente; ▪ Essa molécula entra na célula da pessoa por diferentes mecanismos e a célula terá a informação necessária para produzir uma das proteínas que compões o vírus. o Antígenos proteicos ligados à anticorpos monoclonais – os antígenos são direcionados para as células dendríticas, que são particularmente eficientes na apresentação cruzada e podem, assim, induzir a ativação de linfócitos citotóxicos (CLT). • Vacinas contra o SARS-CoV-2 o Tabela. • Vacina contra influenza (gripe) o As vacinas contra a influenza do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são trivalentes, contêm os antígenos purificados de duas cepas do tipo A e uma B, sem adição de adjuvantes e sua composição é determinada pela OMS para o hemisfério sul, de acordo com as informações da vigilância epidemiológica. o Cepa A (H1N1) acomete predominantemente (40-60 anos), o Cepa A (H3N2) maior impacto em idosos o Cepa B em crianças, adolescentes e adultos jovens. o Entretanto, todas as cepas podem causar infecções graves e mortes em pessoas de qualquer faixa etária. Soros – imunização passiva • Consiste na injeção de anticorpos pré-formados de um animal doador no indivíduo a ser imunizado; • Confere imunidade humoral, mas não a imunidade celular; • Começa atuar imediatamente após a injeção, porém dura apenas o tempo de sobrevida do anticorpo, que é de 2 a 3 semanas; • Há risco de causar anafilaxia (hiper I) ou doença do soro (hiper III) • É utilizado em casos específicos: o Exposição do paciente a um determinado patógeno (profilática); o Indivíduos com deficiência de anticorpos (terapêutica); • As preparações são denominadas dependendo da pureza do antissoro: o Antitoxinas; o Imunoglobulina (ex.: IgG para imunodeprimidos) o Imunoglobulina especifica (ex.: hepatite B) Agente imunobiológico Tipo Indicações Imunoglobulina intravenosa (IgIV) Anticorpos humanos inespecíficos Profilaxia para e tratamento de infecções bacterianas e virais graves (p. ex. infecção pelo HIV em crianças, distúrbios de imunodeficiência primária, distúrbios autoimunes, profilaxia para doença do enxerto versus hospedeiro. Imunoglobulina subcutânea (SCIg) Anticorpos humanos específicos Tratamento de distúrbios de imunodeficiência primária Imunoglobulina antirrábica (HRIg) + Anticorpos humanos específicos Administração pós-exposição antirrábica em pessoas não previamente imunizadas com vacina contra raiva. Anticorpo monoclonal murino de vírus sincicial respiratório (VSR- mAb) Anticorpo monoclonal murino (palivizumabe) Prevenção do VSR em recém nascidos de alto risco. Imunoglobulina tetânica (TIg) Anticorpos humanos específicos Tratamento de tétano, Profilaxia pósexposição de pessoas não imunizadas adequadamente com toxoide tetânico Antitoxina botulínica Anticorpos equinos específicos Tratamento do botulismo Antitoxina tetânica Anticorpos equinos específicos Tratamento do botulismo Antitoxina tetânica Anticorpos equinos específicos Tratamento do tétano Antitoxina diftérica Anticorpos equinos específicos Tratamento da difteria respiratória Imunoglobulina de hepatite B (HBIg) Anticorpos humanos específicos Profilaxia pós-exposição à hepatite B Imunoglobulina de citomegalovírus, IV (CMV-IgIV) Anticorpos humanos específicos Profilaxia para receptores de transplante de células tronco hematopoiéticas e transplante de rim. Imunoglobulina (Ig) Anticorpos humanos específicos Profilaxia para pré e pós- exposição à hepatite A, pós- exposição ao sarampo, deficiência de imunoglobulina, rubéola no 1º trimestre de gestação; varicela (se imunoglobulina de varicela zóster não estiver disponível). Imunoglobulina de varicela zóster (VariZIG) Anticorpos humanos específicos Profilaxia pós-exposição em pessoas sem evidências de imunidade, têm maior risco de varicela grave e contraindicações à vacina para varicela
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