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Universidade Nove de Julho – SBC MAD-2 1 Definição: Imunização é a aquisição de proteção imunológica contra doenças infecciosas e toxinas. Faz parte da imunidade adaptativa! Imunização Passiva - Contém anticorpos - Indivíduo recebe anticorpos prontos - Natural. Ex.: IgG materno (feto): via placenta / IgA colostro (RN) - via amamentação - Artificial. Ex.: soro heterólogo (imunização terapêutica). Há imunoglobulinas profiláticas! Imunização Ativa - Contém antígenos - Indivíduo estimula seu próprio sistema imunológico a produzir anticorpos e célula de memória, mediante contato com um antígeno - Natural. Ex.: exposição natural às infecções - Artificial. Ex: vacina (imunização profilática). Há vacinas terapêuticas! Imunização Passiva PASSIVA NATURAL: transferência de anticorpos da mãe para o filho, resultando na proteção da criança contra antígenos, após o nascimento. Proteção durante o primeiro ano de vida da criança. PASSIVA ARTIFICIAL: transferência de anticorpos (origem humana ou animal), após a exposição ao antígeno, que a pessoa não possui imunidade. Uso de soros e imunoglobulinas humanas. Tipos de Anticorpos →SORO HETERÓLOGO Os anticorpos são obtidos a partir do plasma de doador, principalmente equinos de espécie diferente daquela do receptor (homem). Os doadores animais são previamente estimulados com antígenos constituídos por pequenas quantidades de toxinas, toxóides ou venenos, dos quais são retirados os anticorpos. Os soros heterólogos em geral são utilizados contra agentes infecciosos ou venenos de animais peçonhentos. - Antitetânico; - Antirrábico; - Antidiftérico; - Antiveneno de animais: aranha, escorpião, serpentes, etc. Imunização Universidade Nove de Julho – SBC MAD-2 2 →SORO HOMÓLOGO/IMUNOGLOBULINA HUMANA A imunoglobulina específica, chamada de gamaglobulina hiperimune, é obtida de doadores humanos que receberam imunização ativa recente ou de convalescentes de doença infecciosa contra a qual se pretende proteger. São exemplos de imunoglobulina humana específica: - Anti-hepatite B; - Antitetânica; - Antirrábica; - Anti varicela-zoster; - Palivizumabe (anticorpo monoclonal contra o vírus sincicial respiratório - VSR ou RSV). ANTICORPOS MONOCLONAIS E POLICLONAIS Dentro do antígeno, existem várias sequências de aminoácidos chamadas de Epítopos que são reconhecidas pelo sistema imunológico e para cada pedaço pode ser formado anticorpos policlonais. Anticorpo produzido através de várias linhagens de linfócitos B. Anticorpo específico para vários epítopos de um determinado antígeno. Normalmente utilizada em vacinas com vírus atenuado e inteiro. Anticorpo produzido através de uma única linhagem de linfócitos B. Anticorpo específico para um epítopo de um determinado antígeno. É muito difícil de se fazer em laboratório, deve ser selecionado um linfócito B específico, fazer com que ele se multiplique para produzir um anticorpo específico. Ação Dos Anticorpos O anticorpo é capaz de neutralizar antígenos rapidamente. O antígeno neutralizado pelo anticorpo é fagocitado pelas células de defesa (opsonização). Resposta Imune Às Vacinas O intuito da vacina é estimular minha resposta imune e produzir memória imunológica. A vacina BCG tem o princípio de utilizar a bactéria bovina da tuberculose e isso dá certo por conta da bactéria ser muito parecida com a humana. Universidade Nove de Julho – SBC MAD-2 3 IMUNIDADE DE REBANHO Extensão da proteção conferida por uma vacina a segmentos não-vacinados da população, devido ao controle ou a diminuição da circulação do agente infeccioso como decorrência do aumento de indivíduos tornados imunes pela vacinação. Quando grande parte da população é vacinada, eu também protejo as pessoas que não são vacinadas. COMPREENDENDO A VACINA... Quando se vacina pela primeira vez, irá ocorrer a produção de anticorpos e células de memória e quando eu me vacino a segunda vez, será produzido mais anticorpos e mais células de memória, gerando uma resposta mais rápida e eficaz. →VACINA COM PATÓGENO ATENUADO (VIVO) Com patógeno inteiro com capacidade replicativa, mas ele está enfraquecido. O enfraquecimento ocorre quando se coloca esse vírus pra se multiplicar em células de outro hospedeiro (ex: macaco) e como não é sua célula hospedeira natural, ele irá perdendo sua virulência. RESPOSTA IMUNE O vírus está se replicando dentro da minha célula, ocorre a ativação de LTCD8+ de memória - resposta Th1. Essa é a única situação que se consegue ativar TCD8+ de memória. Em todas as outras vacinas, o patógeno não está replicativo. E nessas outras, existirão TCD4+ de memória e linfócito B para geração de anticorpos (IgG). Somente quando o patógeno está citosólico (replicativo), é possível a mobilização de MHC-I para a membrana e apresentará o antígeno para a membrana. VACINA DA FEBRE AMARELA →VACINA COM PATÓGENO INATIVADO (MORTO) É uma vacina que só possui partes do vírus, só partes do capsídeo e não possui capacidade replicativa. O antígeno é inativado por calor ou com formalina, um derivado de formol. Tipo de resposta imune humoral T-dependente com presença de IgG, LTCD4+ e linfócito B de memória - resposta Th2. Exemplo: Vacina inativada da poliomelite (VIP). →VACINA COM SUBUNIDADE (TOXÓIDE) Apresenta as toxóides diftéricos e tetânicas, derivadas das toxinas produzidas pelas bactérias. Nessa vacina, apresenta-se a toxina inativada, onde não se tem os sintomas mas sim, somente a apresentação da resposta imune. Resposta imune humoral T-dependente (IgG, linfócito TCD4+ e linfócito B de memória). Exemplo: Vacina dupla bacteriana (Difteria e Tétano) Universidade Nove de Julho – SBC MAD-2 4 →VACINA COM SUBUNIDADE (CONJUGADA) Se conjuga ao polissacarídeo da cápsula uma proteína grudada, e quando isso ocorre se consegue então ativar o LTCD4+, pois ele só é ativado na presença de proteínas. Resposta imune humoral T-dependente (IgG, linfócito TCD4+ e linfócito B de memória). OBS: existe uma vacina (pneumocócica 23V) que é feita apenas com polissacarídeo da cápsula de 23 sorotipos de pneumococo. Neste caso, a reposta imune da vacina será humoral T- independente. →VACINA COM SUBUNIDADE (RECOMBINANTE) Se corta um pedaço do DNA bacteriano e se insere no plasmídeo, coloca-se então essa bactéria para se multiplicar para se obter proteínas específicas para formar anticorpos, LTCD4+ de memória contra essas proteínas de superfície. Ex: Vacina HPV - vírus. Vacina – Resposta imune humoral é prevalente nas vacinas! Resposta T-dependente! Por que antígenos vacinais distintos? Adjuvante: substância adicionada a uma vacina para potencializar a resposta imunológica ao antígeno. O adjuvante mais frequentemente utilizado é o hidróxido de alumínio, porém há outros tipos. Estimula resposta inflamatória (possíveis efeitos colaterais da vacinação). Universidade Nove de Julho – SBC MAD-2 5 Alguns tipos de antígenos presentes em vacinas Para refletir... Qual é a importância de administrar a VIP (vacina inativada da Poliomielite) e VOP (vacina oral da Poliomielite) em regiões endêmicas à Poliomielite? No Brasil é necessário? Por que se inicia o calendário vacinal com a VIP e não com a VIP? Resposta imune celular (T CD4+/TCD8+) devido à replicação do vírus vacinal e humoral (IgA e IgG e células B de memória). O vírus vacinal se multiplica na mucosa intestinal (administração da vacina por via oral). A IgA de mucosaneutraliza o poliovírus no intestino (porta de entrada para o vírus). - O vírus atenuado se reproduz no trato digestivo, por administração oral. Ocorre então à resposta imune com produção de IgA. - Vírus inativado administrado por via intramuscular. Ocorre então à resposta imune com produção de IgG. Em busca da vacina ideal... - Administração oral; - Baixo custo; - Fácil estocagem (temperatura ambiente); - Dose única; - Proteção duradoura (resposta celular e humoral). Universidade Nove de Julho – SBC MAD-2 6 Como as vacinas funcionam? - Vacinas de primeira geração: patógeno inteiro; - Vacinas de segunda geração: antígeno (subunidade); - Vacinas de terceira geração: DNA (em teste).
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