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O Manual da Micropigmentação ao Microblanding - Danielle Furtado

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1 
Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
 
 
O objetivo desse manual é ensinar de 
maneira clara e objetiva a técnica 
Microblading, você aprenderá a reproduzir 
fios naturais e por consequência, uma maior 
expressividade e luminosidade no olhar, além 
de realçar e harmonizar a beleza natural do 
rosto da sua cliente. 
Eu, Danielle Furtado sou completamente 
apaixonada pela arte de micropigmentar, 
onde aprendi com o precursor da técnica 
Branko Babic, que considero ser o melhor na 
área de sobrancelhas hiper realistas. 
 
 
 
 
 
 
2 
Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
 
1. Introdução 
2. Pele 
3. Sistema Circulatório 
4. Nomenclatura Anatômica 
5. Tipos de Pele 
6. Formatos de Rosto e olhos 
7. Envelhecimento Cutâneo 
8. Fototipo da Pele 
9. Tom e Subtom da Pele 
10. Colorimetria 
11. Pigmentologia 
12. Colour Index 
13. Linha de Pigmentos utilizados por Danielle Furtado 
14. Neutralização de cores inadequadas 
15. História da Micropigmentação 
16. “Dermopigmentação ou Micropigmentação? - Maquiagem Definitiva ou Semipermanente?” 
17. Micropigmentação ou Microblanding? 
18. Contra Indicações 
19. Cuidados Pós Procedimento 
20. Aplicando a Técnica 
21. Sangramento 
22. Protocolo Micropigmentação de Sobrancelhas 
23. Como se dá o processo de cicatrização 
24. Procedimento Zero Dor 
25. Dermógrafos 
26. Tipos de Lâminas 
27. Técnicas de Implante 
28. Micropigmentação nos olhos 
29. Micropigmentação Labial 
30. Motivos para os pigmentos não fixarem 
31. Correção de Micropigmentação 
32. Higiene e Esterilização do Material e do Ambiente de Trabalho 
33. Biossegurança na Micropigmentação 
34. Alergia 
35. Passo a Passo para um atendimento de excelência 
36. Retoque 
37. Produtos Utilizados no atendimento de Micropigmentação e Home Care 
 
 
 
 
 
 
3 
Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
1. Introdução 
 
 
2. Pele 
A pele é um dos primeiros aspectos que se vê em uma pessoa, e sua aparência é um importante 
determinante da autoimagem, influenciando a autoestima e até as relações interpessoais e sociais. 
A pele faz parte do sistema tegumentar, que recobre o corpo, sendo o maior órgão do corpo humano, 
recobrindo cerca de 7500 cm2 de um indivíduo adulto, com aproximadamente 16% do peso corpóreo. 
É composta pela epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e pela derme, de tecido 
conjuntivo. Subjacente, unindo-a aos órgãos, há a hipoderme (ou fáscia subcutânea), de tecido conjuntivo 
frouxo e adiposo. A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. A palma das mãos e a planta dos 
pés, que sofrem um atrito maior, possuem uma epiderme constituída por várias camadas celulares e por 
uma camada superficial de queratina bastante espessa. Esse tipo de pele foi denominado pele grossa (ou 
espessa). Não possui pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas sudoríparas são abundantes. A pele do 
restante do corpo tem uma epiderme com poucas camadas celulares e uma camada de queratina delgada e 
foi designada pele fina (ou delgada). A epiderme da pele grossa mede 0,8 a 1,4mm, enquanto a da pele fina, 
0,07 a 0,12mm. 
 
Para fazer um atendimento de micropigmentação com 
segurança, é de suma importância conhecer a anatomia 
facial, principalmente a PELE. 
A face é a parte anterior da cabeça, também denominada de 
rosto, onde se encontram o nariz, os olhos e a boca. 
Compreende os espaços entre a fronte e o mento e de uma 
orelha externa até a outra. O formato da face é determinado 
pelos ossos subjacentes. Os corpos adiposos situados nas 
bochechas e os músculos faciais contribuem para o formato 
final da face. Além das importantes funções fisiológicas que exerce, a 
face também cumpre importante papel sobre o contato e 
relacionamento humano, uma vez que é o elo entre nosso 
interior e o meio em que vivemos. Por meio dela 
expressamos sentimentos. e nos comunicamos com 
nossos semelhantes. 
 
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Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
 
 
2.1 Epiderme 
A epiderme, camada mais externa da pele, é um epitélio estratificado (várias camadas de células), 
pavimentoso (células achatadas) com disposição semelhante a uma “parede de tijolos”, queratinizado e 
avascular. Além dos vários tipos de célula (queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e de Merkel), 
encontram-se na epiderme as partes superficiais das glândulas sudoríparas, dos folículos pilosos e das 
terminações nervosas livres. 
Queratinócitos - é a maioria das células presentes (90%) na pele, migram das camadas mais profundas da 
epiderme para a superfície e, nesse processo de migração e diferenciação, perdem o núcleo e vão se 
tornando progressivamente mais achatados até se transformarem nas células anucleadas e ricas em 
queratina da superfície da pele. A coesão entre os queratinócitos confere resistência e impermeabilidade à 
pele. 
Melanócitos - perfazem cerca de 5% das células epidêmicas e são as sedes da síntese de melanina, principal 
pigmento da pele, responsável pela absorção de radiação ultravioleta. Situados nas camadas mais profundas 
da epiderme (basal e espinhosa), os melanócitos têm citoplasma globoso, com núcleo central, e emitem 
prolongamentos dentríticos para a superfície da epiderme. Os melanócitos transferem melanina para os 
queratinócitos através desses prolongamentos, determinando a cor da pele. Durante a síntese de melanina 
no retículo endoplasmático rugoso (REG), a tirosina é transformada, por uma série de reações enzimáticas 
(tirosinase), em melanina. No REG, a melanina se acumula em vesículas chamadas melanossomos, que 
formam os grãos de melanina. Nesses grãos, o pigmento é transferido para os queratinócitos. Embora haja 
variações da proporção entre melanócitos e queratinócitos (um para cada 4-40 queratinócitos), as variações 
étnicas de pigmentação se devem às características dos melanossomos e não ao aumento dessa proporção. 
Células de Langerhans - correspondem a 3-6% das células epidérmicas. São células móveis e dendríticas 
(ramificadas), localizadas entre os queratinócitos, em toda a epiderme, porém mais frequentes na camada 
espinhosa. São responsáveis pela imunovigilância cutânea, atuando como mediadoras da imunidade celular. 
Células de Merkel - são células epiteliais modificadas, encontradas na camada basal, em áreas onde a 
percepção sensorial é aguçada, como lábios, mãos e pontas dos dedos. Parecem ser receptores táteis, pois 
estão frequentemente em contato com terminações sensoriais, originando um complexo conhecido como 
disco tátil capilar. 
 
 
 
 
Esse órgão protege nosso corpo contra atrito, patógenos, perda 
excessiva de água, atua em sua termorregulação e síntese de 
vitamina D3. Além disso, contém receptores que permitem a 
percepção de dor, tato, temperatura e pressão. 
O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus anexos: 
pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias. 
A pele tem uma arquitetura complexa, com a presença de vários 
tipos de tecido (epitelial, conjuntivo, nervoso, muscular e 
vascular). É constituída de três camadas: epiderme, derme e 
hipoderme (tela subcutânea), sendo que esta não faz parte da 
pele propriamente dita, mas lhe serve de suporte e une a pele 
com os órgãos subjacentes. 
 
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Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
2.1.1 Camadas da epiderme 
 
 
De acordo com a morfologia (estudo da configuração e daestrutura externa de um órgão ou ser vivo) dos 
queratinócitos e seu arranjo em relação aos outros tipos 
celulares, as camadas da epiderme são definidas como: 
basal ou germinativa, espinhosa, granulosa e córnea. 
Essas camadas são descritas a seguir: 
 
 
 
Camada basal ou germinativa: é a camada mais profunda da epiderme. É formada por uma fileira de células 
prismáticas ou cuboides, os queratinócitos basais, que repousam sobre a membrana basal (que separa a 
epiderme da derme). É uma barreira permeável que dá suporte à epiderme e estabelece a união desta com a 
derme. Por reprodução continuada e devido ao acúmulo gradativo de queratina (queratinização), dá origem 
às camadas epidérmicas mais superficiais (queratinócitos, células espinhosas e células granulosas), sendo 
responsável pela constante renovação do epitélio e por sua capacidade de regeneração e reparo de lesões. 
Entre os queratinócitos basais se encontram os melanócitos, cujos grãos de melanina são transferidos aos 
queratinócitos através dos prolongamentos dendríticos; o pigmento é eliminado à medida que ocorre a 
queratinização do estrato córneo da epiderme e da camada córnea dos pelos. 
Camada espinhosa: é constituída de várias fileiras (5-15 fileiras) de células poligonais, cuboides ou 
ligeiramente achatadas, com núcleo central, e unidas entre si por desmossomos, o que lhes dá aspecto 
espinhoso. A grande quantidade de desmossomos confere resistência ao epitélio. Suas células apresentam 
grânulos que contêm lipídeos (ceramidas, colesterol e ácidos graxos) e enzimas. Entre as células espinhosas 
se encontra a maior parte das células de Langerhans. Nessa camada ainda existe alguma atividade mitótica 
dos queratinócitos. 
Camada granulosa: é o resultado do nivelamento das duas ou das três camadas superiores do corpo mucoso 
de Malpighi. Suas células poligonais com núcleo central, nitidamente achatadas, exibem pontes 
desmossômicas bem evidentes e contêm numerosos grânulos de querato-hialina, precursora da queratina. 
Esses grânulos vão se acumulando e até substituindo organelas citoplasmáticas, com diminuição da 
capacidade funcional da célula e consequente descamação. Essas células secretam ainda corpos lamelares, 
“pacotes” de substância fosfolipídica associada à glicosaminoglicanas, que se distribuem pelo espaço 
intercelular impermeabilizando essa camada de células e impedindo a passagem de compostos, 
principalmente de água. 
Estas três camadas, basal, espinhosa e granulosa, constituem o chamado corpo mucoso de Malpighi. O limite 
inferior desse conjunto é irregular, pois tem prolongamentos digitiformes chamados “cristas interpapilares”, 
que se estendem para dentro da derme. 
Camada córneo: é a camada mais superficial da pele. Consiste de várias (5-10) fileiras de células achatadas, 
mortas, sem núcleo nem organelas, com membrana celular bem espessa e citoplasma cheio de queratina. As 
fileiras mais superficiais se apresentam em processo de descamação contínua (capa descamativa). Exerce 
ação protetora, constituindo uma barreira que impede a entrada de microrganismos e de agentes tóxicos no 
organismo, além de reter água e eletrólitos. Em locais onde a camada córnea é espessa, como a palma das 
mãos e a planta dos pés, observa-se o estrato lúcido. Este é uma camada de células achatadas, eosinófilas e 
anucleadas, que aparece na região mais profunda do estrato córneo e é vista, por meio de microscopia 
óptica, como uma faixa mais acidófila e compacta que o restante. 
 
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Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
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2.2 Derme 
De origem mesodérmica, a derme serve de apoio e sustentação à epiderme, é constituída por tecido 
conjuntivo, em grande parte de colágeno e por uma menor proporção de fibras elásticas. Em seu interior, 
alojam-se glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas, pelos, músculos e vasos sanguíneos e linfáticos. A 
circulação sanguínea da pele se dá através dos vasos da derme, que têm as funções de nutrição de todas as 
estruturas da pele e de aumento ou redução do fluxo para facilitar ou dificultar a perda de calor pelo corpo. 
A derme está disposta como uma armação formada em sua maioria por fibras de colágeno (tipos I e III) 
agrupadas em fileiras e entrelaçadas com fibras elásticas, além de fibras de reticulina (pré-colágeno ou 
colágeno imaturo). Na derme, encontram-se também escassos elementos celulares: fibroblastos, fibrócitos, 
macrófagos, linfócitos, plasmócitos, mastócitos, células adiposas e melanócitos. Os fibroblastos constituem o 
principal tipo celular da derme, sendo responsáveis pela produção de colágeno, de fibras elásticas e de uma 
substância gelatinosa de preenchimento, a substância amorfa. 
Seus limites externos são irregulares, com saliências que se projetam para a epiderme (papilas dérmicas) e 
aumentam a área de contato derme-epiderme, trazendo maior resistência à pele. Na derme, há duas 
camadas com limites poucos distintos: a papilar, superficial, e a reticular, mais profunda. A camada papilar é 
delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo. A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido 
conjuntivo denso não modelado. Devido ao seu grande conteúdo de fibras elásticas, essas duas camadas são 
responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. 
 
 
 
2.3 Hipoderme 
A hipoderme, também chamada de tecido subcutâneo ou tela subcutânea, é formada por tecido conjuntivo 
frouxo e, dependendo do estado nutricional do organismo e da região anatômica, apresenta uma camada 
variável de tecido gorduroso disposto em grandes lóbulos, o panículo adiposo. Essa camada possibilita o 
deslizamento da pele sobre estruturas na qual esta se apoia, proporciona proteção à pele contra choques 
mecânicos e funciona como isolante térmico (proteção contra o frio). Sendo rica em células que armazenam 
gordura (adipócitos), a hipoderme funciona também como reserva energética. A rede vascular profunda, 
que irriga a vasculatura da pele, encontra-se na hipoderme. 
 
 
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Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
3. Sistema Circulatório 
 
 
Observem bem essas áreas de vascularização, são regiões perigosas no rosto, onde devemos 
respeitar o tamanho da agulha e peso de mão para que não ocorram as migrações indesejáveis, 
assim como os pigmentos utilizados, pigmentos orgânicos fluídos demais, geram grande 
possibilidade de migração com técnica inadequada, então vamos respeitar o tamanho das agulhas, 
pois o pigmento injetado numa área de vascularização intensa, pode facilmente cair num capilar 
desses e gerar a terrível migração. 
 
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Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
4. Nomenclatura Anatômica 
Como toda ciência, a anatomia tem sua linguagem própria. 
Ao conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de 
Nomenclatura Anatômica. 
 
Sobrancelha - O arco de cabelo na testa. As sobrancelhas geralmente se estendem mais lateralmente do que 
medialmente, em relação ao olho, e são mais largas e grossas medialmente. Com base nas anormalidades 
localizadas observadas da sobrancelha, é útil dividir a sobrancelha em três partes: medial, média (central) e 
lateral. Os cabelos da parte medial são orientados lateralmente, enquanto os da parte central (central) são 
orientados supero lateralmente. A transição entre as partes média e lateral é menos frequentemente visível. 
Algumas síndromes têm padrões únicos de aberrações em uma ou mais dessas três áreas. A sobrancelha é 
algumas vezes referida como supercílio. 
Cílios - Cabelos que emanam das margens das pálpebras. 
Pálpebra - Uma dobra da pele e seus componentes subcutâneos que cobrem o globoanterior. Ponto 
lacrimal - Essa estrutura representa a abertura externa do sistema de canal lacrimal. 
 
 
 
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5. Tipos de Pele 
Apesar de todas as peles parecerem semelhantes do ponto de vista anatômico, funcional e bioquímico, 
existem grandes variações entre elas, que necessariamente têm de ser levadas em conta na formulação de 
produtos cosméticos, nos resultados e durabilidade da Micropigmentação. 
Os principais fatores determinantes do tipo de pele são: a quantidade de água (que influencia a 
elasticidade), a quantidade de lipídeos (que influencia a nutrição e a suavidade) e o nível de sensibilidade 
(que influencia a resistência da pele). Os tipos de pele mais comuns são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PELE NORMAL OU EUDÉRMICA 
Tem superfície lisa, flexível, lubrificada e umedecida, apresenta poros pouco visíveis e 
aspecto rosado. Há um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo lipídico, que 
resulta em uma pele sem imperfeições e com um nível adequado de sensibilidade. 
Nesse tipo de pele, o aparecimento de rugas é variável e estas são mais intensas na 
região dos olhos. 
PELE SECA OU ALÍPICA 
Devido a fatores genéticos, hormonais ou ambientais, como vento ou radiação solar, 
esse tipo de pele apresenta secreção sebácea insuficiente, tem poros praticamente 
invisíveis e nenhuma luminosidade, além de a pele ser áspera e sem flexibilidade. É 
uma pele sensível e, não raro, apresenta manchas avermelhadas. Tem maior 
tendência ao aparecimento de rugas. Uma pele extremamente seca pode descamar, 
principalmente nas costas da mão e no lado exterior dos braços, dos antebraços e das 
pernas. 
 
PELE OLEOSA OU GRAXA 
Por causa do aumento da secreção sebácea, esse tipo de pele apresenta aspecto 
lustroso ou engordurado, poros dilatados, textura mais espessa e tendência a formar 
acnes e comedões. A oleosidade é variável, sendo causada pela hiperatividade das 
glândulas sebáceas, que produzem mais sebo do que o necessário em decorrência de 
fatores hormonais (puberdade e alterações hormonais) ou externos, como estresse, o 
uso de determinados medicamentos e exposição ao calor ou à umidade excessiva. 
Apresenta menor tendência ao aparecimento de rugas e de linhas de expressão. 
 
PELE MISTA 
É uma combinação de pele oleosa na zona central do rosto e pele seca nas 
bochechas. Apresenta normalmente poros dilatados no nariz, na testa e no mento, 
tendo uma oleosidade mais intensa com tendência a formar cravos nessa área (zona 
T). Na região das bochechas, há pele normal ou seca, com aparecimento de rugas 
variável. 
 
 
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Material criado por Danielle Furtado │ 2ª Edição – Ano 2020 
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6. Formatos de Rosto e Olhos 
 
 
Analisador de Pele Facial e Corporal Doctor Skin - Doutor da Estética 
O Analisador de Pele Facial e Corporal Doctor Skin é um aparelho leitor de 
umidade e oleosidade, é uma excelente ferramenta para avaliar os níveis 
de hidratação, oleosidade e elasticidade da pele do paciente, através da 
impedância bioelétrica. 
Antes de iniciar a micropigmentação, você pode avaliar a pele da sua 
cliente e assim indicar o melhor cuidado pós procedimento, o que pode 
ocorrer durante o período de cicatrização e sobre a durabilidade, de 
acordo com cada tipo de pele. 
 
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Cópia e distribuição proibida. Direitos autorais protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. 
Rosto oval - Esse é considerado um dos formatos de rosto mais harmoniosos 
esteticamente falando. Do Renascimento até o século XX, era visto como o 
“rosto feminino ideal” e, hoje, pode ser usado como parâmetro em correções 
feitas com cirurgia plástica, por exemplo. 
O rosto oval traz características diversas. Os cantos costumam ser suaves e 
delicados, sem angulações proeminentes. Um exemplo de pessoa famosa com o 
rosto oval é a atriz Emma Watson. 
Rosto redondo - costuma ser confundido e parecido com o rosto oval. Porém, a 
testa e o queixo são mais curtos. Outro detalhe é que a linha da largura do rosto 
é proporcional à linha do comprimento. A testa, além de mais curta, é 
visivelmente mais redonda. 
Vale destacar que o tipo de rosto redondo não tem necessariamente relação com 
o peso da pessoa. É comum que as mulheres digam que estão com o rosto 
redondo quando estão acima do peso. Para ter uma ideia, a atriz Kirsten Dunst 
tem o formato de rosto redondo. 
 
 
Rosto quadrado - os ângulos são retos nas laterais, desde a testa até a 
mandíbula. A linha de largura costuma ser proporcional à linha do comprimento. 
A atriz Angelina Jolie é um bom e belo exemplo de rosto quadrado. 
 
 
Rosto triangular - de maneira geral, pode-se dizer que nesse formato a testa é 
mais estreita e a mandíbula, mais larga. Porém, um triângulo pode ter duas 
direções diferentes, com a “ponta” para baixo ou para cima. 
A atriz Miley Cyrus, por exemplo, tem o rosto triangular “invertido”, ou seja, a 
ponta do triângulo é o seu queixo. 
 
Triângulo invertido (Rosto coração) - para entender esse formato de rosto, você 
vai fazer a mesma medição do tipo triangular, com algumas diferenças: ele é uma 
espécie de triângulo invertido, só que com o pico da viúva evidente (aquele 
triângulo do cabelo na testa) e queixo mais fino. 
As pessoas que têm o tipo de rosto coração possuem testa e maçãs largas, e a 
linha do comprimento é bem maior do que a da largura. As linhas da mandíbula 
são longas e retas. 
Um exemplo de rosto famoso no formato coração é o da atriz Flávia Alessandra. 
 
 
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Rosto Hexagonal (Lateral Reta) - semelhante ao oval, mas tem ângulos mais 
agudos. A maça e o queixo são mais proeminentes. 
Uma atriz que tem esse formato de rosto é a Paolla Oliveira. 
 
 
 
Rosto Hexagonal (Base Reta) - É uma variação, porém as formas são mais 
arredondadas e um pouco maior. A testa costuma ser reta no topo, as bochechas 
são salientes e o queixo é quadrado. 
Uma atriz que tem esse formato de rosto é a Natalie Portman. 
 
 
Rosto retangular - a proporção é como no rosto oval e o ângulo da mandíbula 
também fica abaixo da boca, como no rosto quadrado. 
Uma atriz que tem esse formato de rosto é a Sarah Jéssica Parker. 
 
 
 
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7. Envelhecimento Cutâneo 
 
O envelhecimento cutâneo é um conjunto de modificações fisiológicas irreversíveis e inevitáveis, 
acompanhado de uma mudança na capacidade de renovação das células da pele. Tem como fatores 
contribuintes: fumo, estresse, alterações hormonais, condições ambientais e, sobretudo, exposição solar. O 
envelhecimento cutâneo pode ser classificado como intrínseco ou extrínseco. 
O envelhecimento intrínseco é consequência do desgaste natural do organismo, causado pelo passar dos 
nos, sem a interferência de agentes externos, e acompanha o envelhecimento dos outros órgãos e tecidos. É 
esperado, previsível, inevitável e progressivo. 
O envelhecimento extrínseco é decorrente da ação de fatores ambientais, principalmente a exposição solar 
excessiva e prolongada, e notadamente é exacerbado por outros fatores, como o fumo, o abuso de álcool e a 
má nutrição. 
 
 
 
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7.1 Sinais do envelhecimento facial 
Com o passar do tempo, surgem sinais comumente presentesem pessoas de idades mais avançadas e que 
podem ser listadas de forma sistemática, como as apresentadas na figura abaixo aos quais também se 
somam os sulcos da fronte ("rugas da testa"), sulcos periorbitais laterais ("pés de galinha"), ptose da gordura 
malar ("queda da maçã do rosto"), apergaminhamento da pele ("afinamento e rugosidade da pele"), entre 
outros. 
 
 
8. Fototipo da Pele 
Por que as pessoas têm tons de pele diferentes? 
A cor da pele está relacionada a uma série de fatores, a cor natural da pele pode ser classificada de duas 
formas: 
 A cor constitutiva da pele é herdada geneticamente, sem interferência da radiação solar, portanto, 
constante. Nesse caso, os fatores genéticos determinam e atuam em todas as etapas da melanogênese, 
fornecendo as características específicas aos melanossomos pelos genes de pigmentação. Assim, dois 
componentes de pigmentação constituem a cor da pele. A cor constitutiva da pele é a melanina básica 
herdada geneticamente e sem interferência da radiação solar – e, portanto, constante. A síntese deste 
tipo de pigmentação é controlada pela tirosinase. 
 A cor facultativa da pele é reversível e pode ser induzida. Ela resulta da exposição solar, pode ser por 
bronzeamento imediato ou tardio e inclusive pode alterar a cor constitutiva da pele. 
 
O fototipo I e II são os melano-comprometidos, apresentando um risco elevado e muito elevado de 
queimadura solar. 
O fototipo III e IV são os melano-competentes, apresentando um risco mais baixo de queimadura solar, mas 
ainda assim relevante. 
O fototipo V e VI são os melano-protegidos, mas ninguém está livre de ter problemas e como tal, deve 
sempre apostar na prevenção. 
O fototipo III, via de regra, tem tendência a machas, assim a beira física do pigmento auxilia na minimização 
do problema. 
 
 
 
 
 
 
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Fototipos de Pele – Classificação de Fitzpatrick 
 
A mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo médico norte-
americano Thomas B. Fitzpatrick. Ele classificou a pele em fototipos de um a seis, a partir da capacidade de 
cada pessoa em se bronzear, assim como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol, sendo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. Tom e Subtom da Pele 
 
Antes existia uma teoria que conhecer o tom e subtom de pele (frio, neutro, quente ou oliva) fazia 
toda diferença na hora de escolher a tonalidade de pigmento correto, e que essa análise 
garantiria um resultado harmônico. Porém hoje sabemos que há uma dificuldade grande em 
achar o subtom de uma pele, pois vários fatores pode alterar esse “subtom” e principalmente não 
há estudos que comprove cientificamente que identificar a temperatura da pele da cliente pode 
ajudar na escolha da cor. Hoje sabemos que existem outros fatores mais importantes para um 
resultado seguro e satisfatório. O meu intuito é desmitificar o passado e atuar com 
embasamentos, porém é importante você aprender sobre o tom e subtom da pele, para um 
embasamento teórico. 
Analisador de Fototipo Digital Doctor Skin - Doutor da Estética 
O Doctor Skin Fototipo é um equipamento que utiliza a tecnologia UV 
para leitura de fototipo da pele. Através do disparo de um flash de luz 
de Wood, o sensor captura a luz que retorna da pele analisando a 
quantidade de pigmento (melanina) presente e realiza a classificação 
da pele, com precisão e segurança, dentro da classificação de 
Fitzpatrick. 
Tenha: 
 
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Antes de tudo, qual a diferença entre tom e subtom de pele? 
Tons de pele 
Está relacionado a tonalidade, chamada de fototipo de pele e é bem fácil de identificar, ou seja, é o que 
vemos: o tom varia de claro a escuro, passando por uma infinidade de tons definidos pela quantidade de 
melanina, pela etnia, raça e até mesmo, pela exposição ao sol. 
 
Melanina 
Melanina é o pigmento natural que dá cor a nossa pele. Ela é produzida por células chamadas por 
melanócitos. É a principal responsável pela cor da pele e dos cabelos, por isto existem pessoas negras, 
morenas claras e escuras, brancas, etc. Chamamos estas cores de tom da pele. Além, do tom da pele, existe 
o sub tom que é definido pela melanina predominante na cor. Exemplo: as pessoas morenas ou negras têm 
o sub tom azulado ou esverdeado, portanto predominância de melanina fria. O motivo mais comum para 
que a micropigmentação degrade para tons indesejáveis, é a falta de conhecimento de alguns profissionais 
sobre melanina. 
 
Subtons de pele 
Mesmo não sendo o diferencial para a micropigmentação, é importante você saber sobre o subtom. 
 
O subtom da pele é diferente do fototipo ou tom da pele, ou seja, é o que fica por baixo da pele, é a cor de 
fundo da pele e ele é definido pelos pigmentos que compõem nossa melanina e é dividida em três 
categorias: 
Eumelanina: pigmentos azulados. 
Feomelanina: pigmentos amarelados. 
Tricosiderina: pigmentos avermelhados. 
 
Todos nós possuímos os 3 tipos em nossa derme, portanto não tem nada a ver com a raça ou etnia, porém a 
quantidade de cada pigmento é o que define nosso subtom. Há muita variação de tons de pele no mundo, 
mas diversos estudos definiram que há 4 subtons principais. 
O subtom permanecera o mesmo, não importa quão bronzeado o cliente esteja, mesmo que esteja pálido 
no inverno e bronzeado no verão. Logo, o bronzeado tem um grande impacto sobre a avaliação da cor e da 
pele, mas não sobre um súbito. Porem a maneira que a pele reage à exposição ao sol é um fator importante 
na avaliação correta do sub tom. Há quatro tipos de subtons: frio, quente e neutro. 
 
Quente – Pele escura ou clara com tons amarelados, dourados ou alaranjados. Bronzeiam-se com facilidade 
ficando com tonalidade amarelado–dourada. Os cabelos loiros escuros, marrons, dourados, castanhos e 
ruivos são mais comuns em pessoas de pele quente. Os olhos geralmente são marrons, verdes, castanhos, 
com alguns tons de laranja, amarelo ou mel. 
 
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Frio – Pele escura com tons variados de azul ou verde-oliva. Peles claras, 
pálidas, com tons rosados, lilases e azuis fracos. As claras ou pálidas, na 
exposição ao sol se queima facilmente, ficando avermelhadas. Os cabelos 
pretos, castanhos, escuros, castanhos ou loiros acinzentados são mais 
comuns em pessoas de pele fria. Os olhos geralmente são azuis, azuis 
esverdeados ou azuis turquesas. 
Neutro – Podem ser brancas ou negras, porém não se queima facilmente 
ao sol. A maioria das pessoas se enquadra nessa categoria com uma 
mistura de cabelo e cor dos olhos que ocorre entre ambas as 
temperaturas, quente e fria. Este tipo de pele combina com todos os tons 
de cores sem restrições. 
 
Mas além desses tons que vemos, existe também o sub tom de pele e o sub tom é definido pela cor que 
predomina em nossa mistura de cores de pele. Temos dois tons de melanina na face, vermelho e azul que 
sobressaem e tem papel importante na hora de optar por uma cor a ser implantada. 
Do meio da Face para cima, na área das sobrancelhas, temos sub tom de pele quente onde predomina o 
vermelho, salvo em pessoas de pele negra. Do meio da face para baixo, na área dos lábios, temos sub tom 
de pele fria, onde predomina a cor azul em todas as pessoas. Mas isto não quer dizer que não tenhamos que 
avaliar a melanina de cada cliente. 
 
 
 
Parase conseguir o marrom ou neutro, utilizamos nas pessoas ou regiões do corpo com sub tom 
quentes, pigmentos de cor fria e de sub tons frios, pigmentos de cor quente 
LÁBIOS SEMPRE TEM TOM FRIO. 
 
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Como identificar se o (a) cliente é de melanina fria ou quente? 
Pessoas frias têm o subtom de pele azulado, arroxeado ou esverdeado. Já as pessoas quentes, possuem o 
subtom de pele avermelhado, alaranjado ou amarelado. Em pessoas quentes usamos pigmentos com base 
fria e em pessoas frias usamos pigmentos com base quente. 
No caso de ocorrer dúvida em relação ao subtom de pele, devemos sempre aquecer o pigmento com um 
pouquinho de laranja, caso tenha sido aquecido desnecessariamente, o máximo que vai ocorrer é o 
resultado ficar levemente alaranjado, o que é muito fácil corrigir depois. Geralmente as clientes nem 
percebem esse alaranjado, os profissionais com olhos mais aguçados sim. Aquecem-se os pigmentos da 
seguinte forma: 
Para cada 4 gotas de pigmento escolhido (frio) adicionamos meia gota de pigmento quente (laranja) que 
podemos separar com um palito descartável, pois o pigmento é denso. 
 
Pessoas de subtom de pele frio têm aréolas marrons, marcas escuras na gengiva, lábios com tom azulado 
mais forte, cabelos escuros e que se bronzeia com facilidade sem ficar vermelho. 
Pessoas com subtom quente têm aréolas de marrom claro aos tons de rosado, ficam vermelhas quando 
expostas ao sol e tem cabelos e olhos claros. 
É preciso também observar o nível de vascularização na área das sobrancelhas. Se a melanina for fria e o 
rosto muito vermelho escolha sempre uma cor fria, descarte os teste de melanina. Em pessoas quentes, 
encontraremos tons de amarelo/esverdeado, mais para amarelo (quente) que verde (frio). 
Em pessoas frias, encontraremos tons de verde/amarelado, mais para verde (frio) que amarelo (quente). 
 
 
Para identificarmos com maior facilidade o sub tom das pessoas, podemos fazer alguns testes, 
por exemplo: 
Teste do antebraço - ao pressionarmos a parte interna do antebraço perceberemos o sub tom do 
(a) cliente. Que pode ser frio ou quente. 
Pessoas frias: verde amarelado 
Pessoas quentes: amarelo esverdeado 
 
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É importante dizer que essa classificação não é padronizada considerando que o Brasil é uma nação de 
pessoas miscigenadas, o que temos em colorimetria é uma base, cabe sempre o bom senso do profissional. 
É preciso lembrar que a pele já é pigmentada pela melanina, porém não apenas por ela, mas também pela 
composição entre a melanina, pigmentos naturais como os carotenos e a própria vascularização que 
proporciona um colorido visível como leve plano de fundo. 
Estudiosos da colorimetria desenvolveram os “círculos cromáticos” com o objetivo de registrar, ordenar e 
estudar melhor as cores. Permitindo assim que todo conhecimento adquirido fosse passado adiante, 
incluindo as diversas abordagens e entendimentos. 
Por isso, mesmo com tanta divergência em muitos aspectos, não podemos dizer que determinado círculo 
cromático ou certo padrão de cores é melhor ou pior, está certo ou errado. 
 
O que é uma Cor? 
A cor não tem existência material, ela é somente uma sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da 
visão, os olhos. A cor guarda íntima relação com a luz, uma vez que, quando falta luz, não há cor. 
O que acontece quando a luz retida por um objeto atinge o nosso olho: 
A colorimetria vai além disto, saber as características das cores influencia a matemática: 
Pigmento Artificial + Melanina Natural + Cor Escolhida = Resultado Satisfatório 
10. 
 
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A luz refletida por um objeto entra no olho e atravessa a córnea, a pupila, o cristalino e chega até a retina, 
onde a imagem é formada. Dentro da retina existe uma camada de células sensíveis à luz, os 
fotorreceptores. São de dois tipos — cones e bastonetes, ambas sensíveis à luz. Apenas para ilustrar, não 
iremos aprofundar nesse assunto, os cones são os responsáveis pela percepção da cor, enquanto que os 
bastonetes pela intensidade da luz que entra nos nossos olhos. Ou seja, a COR é tanto uma sensação 
cromática quanto um estímulo que a provoca. Este estímulo (luz direta ou pigmento capaz de refleti-la) 
denomina-se MATIZ. A sensação provocada por este estímulo recebe o nome de COR. 
 
 
 
A ciência que estuda a medida das cores é a colorimetria. Ela estuda a quantificação da cor, o tom, a 
saturação que mostra se a cor é natural ou pigmentada artificialmente e a intensidade da cor que é 
caracterizada pela força dessa cor. 
Linguagem das cores 
As cores são divididas em primárias, secundárias, terciárias e neutras. As cores primárias são o vermelho, 
amarelo e azul; as cores secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias, o verde, o roxo e o 
laranja; as cores terciárias são formadas pela mistura de uma cor primária com uma ou duas cores 
secundárias — as terciárias são todas as outras cores. As cores neutras são usadas para complementar uma 
cor desejada, sendo que as cores neutras têm pouco reflexo. Entre as cores neutras podemos citar o branco, 
o cinza e o marrom, que nos tons claros são chamados de bege. 
AS CORES SÃO CLASSIFICADAS EM DUAS CATEGORIAS: 
Cor-luz 
Cor-pigmento. 
Cor-luz: na luz branca estão presentes todas as cores 
A ausência de luz é o preto. 
 
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A cor branca é cor da luz, é a cor que reflete todos os raios luminosos, não absorve nenhum e por isso 
apresenta-se com a clareza máxima; o preto é a ausência de cor. Se rodarmos o disco das cores com 
velocidade, veremos que as cores individuais desaparecerão e o disco aparecerá totalmente branco. 
 
Percepção de cor na colorimetria 
Quando uma luz incide sobre um objeto, ilumina-o resultando em sua visualização; somente as ondas que 
correspondem à cor do objeto são refletidas. As outras são absorvidas numa reação físico-química. 
Exemplo: quando olhamos uma maçã vermelha, todos os raios de luz são absorvidos, mas o raio vermelho é 
refletido e captado por nossos olhos. Assim, quando olhamos um carro amarelo, podemos dizer que a tinta 
(substância química que dá cor ao objeto) absorveu a luz vermelha, laranja, verde, azul, índigo e violeta, 
refletindo aos nossos olhos a luz amarela. 
 
 
11. Pigmentologia 
Estuda a parte química das cores. 
 
 
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Pigmentos 
Não é possível pintar com luz, isto é, com cores ópticas. Por isso os pigmentos são utilizados. 
O pigmento na realidade não é uma cor, ele é o material ou a substância que tinge uma superfície com uma 
certa cor, e dependendo das características ou propriedades desse pigmento a sua tonalidade pode variar. 
Eles podem ser extraídos da natureza ou criados artificialmente em laboratório. 
Tudo o que nos rodeia tem pigmento: plantas, roupa, etc. 
Assim, tudo é colorido por pigmentos. Material que confere cor a uma tinta; no nosso caso são os pós com 
os quais criamos cores. 
Na colorimetria os pigmentos são classificados em: 
Acromáticos: , PRETO e CINZA — não contêm cor. BRANCO
Cromáticos: contêm cor e são classificados em três categorias: 
Primários 
São Pigmentos puros, todas as outras cores são obtidas através de suamistura. 
As cores primárias são: AZUL, VERMELHO e AMARELO. 
 
Secundários 
São a mistura de dois pigmentos primários puros em partes iguais. 
 
 
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Cor complementar 
Na cor, o todo é compreendido pelas cores primárias (azul, vermelho e amarelo). O complemento é aquela 
cor que falta para completar o todo. Quando duas cores primárias formam uma secundária (exemplo: azul + 
vermelho), a cor complemento será a cor primária ausente na mistura (amarelo). 
As cores foram ilustradas com tamanhos diferentes para que possamos entender a intensidade de cada cor. 
Por exemplo, o azul é maior e dominante, o vermelho tem uma intensidade média, e o amarelo menor 
intensidade, conferindo sempre luz, claridade. 
 
Terciárias 
São obtidas pela adição de pigmento primário de uma das cores primárias já contidas em uma determinada 
secundária. 
Exemplos: 
45% de vermelho + 45% de amarelo = laranja + 10 % de amarelo = laranja amarelado (terciário) 
25% de vermelho + 25% de amarelo = laranja + 50 % de amarelo = amarelo alaranjado (terciário) 
 
 
 
 
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As cores terciárias é a mistura de duas secundárias 
Muito bem, tendo isso na cabeça, na hora em que estiver micropigmentando e por ventura a sobrancelha 
começar a esverdear, é sinal que está faltando o vermelho, pois se olhar acima vai ver que Azul + Amarelo = 
verde, então precisa do vermelho para se transformar novamente em marrom. Isto acontece se não 
avaliarmos a melanina direito e não aquecemos o pigmento de maneira adequada, no caso, uma melanina 
fria. 
Em cada linha de pigmentos temos os chamados modificadores, usados para aquecer ou esfriar um 
pigmento. Mas de nada adianta, se não soubermos identificar a base do nosso pigmento. 
 
 
 
Pegando uma folha em branco, pingue uma gotinha de cada tom de marrom que possui um do 
lado do outro, dando um espaço. Depois pegue vários pedaços de algodão umedecidos em água 
tirando o excesso, aí em cada cor você usa um algodão e faz um zigue-zague de cima para baixo, 
vai perceber que o tom vai ficando clarinho, assim faça com todos e observe, tente ver “através” 
da cor, perceba o sub tom, vai notar que alguns são mais amarelados, outros mais “secos” num 
marrom meio esverdeado, mas bem sutil isto porque contêm mais azul e amarelo do que 
vermelhos, já outros marrons se apresentam meio avermelhados com estes temos que ter 
cuidado. 
 
 
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Temos que lembrar também, que o Azul é muito mais forte que o amarelo e o vermelho, então ele sempre 
acaba imperando nas misturas. Fora isto, temos que lembrar que a melanina também entra nessa 
matemática, então pessoas de melanina fria, contém mais azul no pele e as de melanina quente, mais 
vermelho. Acontece às vezes de qualificarmos a nossa cliente como melanina fria e quando começamos a 
mexer nas sobrancelhas, percebemos que a região é bem vascularizada, fica logo vermelha com facilidade, 
neste caso temos que repensar e tratarmos como melanina quente na região das sobrancelhas, se não vai 
alaranjar se usar o pigmento quente. 
 
Em cada marca de pigmento deve vir uma tabela com as cores, as bases das mesmas e os modificadores, o 
importante é entender a lógica dessa matemática das cores junto à nossa pele, oras, se a pele é quente já 
tem muito vermelho, então tenho que usar um pigmento que tenha mais azul e amarelo, portanto de base 
esverdeada (frio) e se a pele for fria, é sinal que já tem bastante azul, então eu preciso de um pigmento que 
tenha mais amarelo e vermelho (laranja), não que você vá pegar um pigmento laranja e passar neste caso, 
mas sim um marrom de base quente, alaranjada, pois se pegar um marrom de base avermelhada, o que vai 
acontecer ao se juntar ao azul do sangue? Vai arroxear entenderam? É esta lógica matemática que temos 
que ter sempre em mente. 
 
 
Sempre devemos lembrar o seguinte: melanina quente=pigmento frio e melanina fria=pigmento 
quente, na dúvida sempre aqueça um pouquinho e observe se ficar num tom meio alaranjado, pare 
de aquecer. 
Nos pigmentos mais cremosos, usamos um palito de dente e pegamos um pouquinho na pontinha e 
misturamos no batoque, se começar a esverdear é sinal que precisa colocar mais um pouco e se 
alaranjar, pare de usar, descarte o pigmento e prepare outro sem aquecer, ok? 
Normalmente os aquecedores são os laranjas, e o que esfria o verde! 
São as 3 cores primárias - Azul+Amarelo+Vermelho 
Então, se uma sobrancelha chega azulada, o que falta? 
Amarelo e Vermelho, portanto Laranja 
Na estrela de Oswald, temos as cores com as quais 
podemos corrigir, então o: Azul, corrigimos com 
Laranja e assim vai, é só ver os lados opostos da 
estrela, por isso que é importante conhecermos as 
bases de nossos pigmentos e os modificadores. Pode 
até soar meio repetitivo, mas vamos sempre 
relembrando os pontos mais importantes. 
 
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As cores secundárias são a soma de duas primárias, então, o verde é uma cor secundária, resultante da 
mistura do Azul e Amarelo que são primárias, para se corrigir uma cor, devemos sempre lembrar que 
neutralizamos uma cor primária com uma secundária e vice e versa, então o verde que é uma cor secundária 
vai neutralizar o vermelho que é primária e que não entrou na mistura da secundária, no caso o verde, se 
misturarmos o azul e o vermelho que são primárias, vamos ter o roxo, certo? Então vamos neutralizar com o 
amarelo, que é a primária que não entrou na mistura, sempre dessa forma. 
Nos cinzas (sobrancelhas que chegam cinzas para a gente) temos que avaliar o grau do cinza, se for claro use 
o modificador que tenha mais amarelo, ou mesmo o pigmento que tenha bastante amarelo, lembrando de 
um detalhe SUPER IMPORTANTE: quando chegar sobrancelhas com cores inadequadas, ESQUEÇAM a 
melanina e se concentrem na cor que se apresenta, então, nos cinzas se for clarinho. Podem usar um 
pigmento que tenha uma base bem amarelada, se for um cinza mais forte, um pigmento que tenha mais 
alaranjado, ou o modificador laranja, que a depender do tom, se estiver meio forte é mais aconselhável, um 
detalhe, podem misturar uma gotinha de água mineral de boa procedência no batoque de pigmento 
modificador laranja e misturar bem, que vão fazer uma penetração melhor e transformar o cinza mais 
rapidamente em marrom. Uma coisa legal também a se fazer quando vamos corrigir uma sobrancelha, para 
que a cliente não saia com a sobrancelha laranja ou amarela, pois às vezes demora um pouquinho a 
neutralização da cor faça uma “cortininha”, pegue com cotonete um pouco de algum pigmento marrom 
legal e passem por cima do laranja, só para disfarçar, e peça que fique algumas horas sem tirar, para dar 
tempo da neutralização, entende? Agora se o cinza for muito escuro quase grafitem aí complica um pouco, 
pois devem ter em mente que a neutralização se dá na mesma intensidade que está presente na cor atual, 
então se for cinza escuro, vai se transformar em marrom escuro também. Agora em micropigmentação 
existem regras a serem seguidas, mas cada pele reage de uma forma diferente, já neutralizei um cinza bem 
escuro, que é um marrom médio alaranjado e adicionei o modificador Mandarim, que contém bastante 
amarelo, e o cinza deu uma clareada boa, mas normalmente se transforma no mesmo grau da cor anterior. 
Outro detalhe também é em relaçãoà melanina, uma vez me chegou uma cliente bem clara de olhos azuis, 
uma senhorinha já, cabelo claro etc, fez a anamnese normal e eu claro estava certa que era melanina 
quente, sem dúvida! Quando comecei o procedimento, usei o pigmento normal de base fria, um marrom 
mais claro sem aquecer é lógico e durante o papo com a cliente, ela me contou que o pai era europeu e a 
mãe era descendente de índio com negro, bom, aí uma sirene tocou no meu ouvido, negro tem muito azul 
na melanina que sempre impera, e se era filha, alguma coisa também teria na dela, eu mais que depressa 
aqueci um pouquinho o pigmento e deu super certo. Então, são coisas que tem que ser observadas, assim 
como também tem casos de negras ou mulatas que podem ter a melanina quente, descobri isso a pouco 
tempo por sinal, mas faz todo o sentido, se percebermos que ela tenha olhos claros, podemos logo ir 
perguntando da procedência daqueles olhos lindos, então provavelmente vai ter europeu na jogada, mas 
mesmo assim temos que ir com cuidado e observando, pois os morenos e negros tem mais azul na melanina 
e ele sempre impera, não esqueçam disto, então o que a gente faz: bem, a priori pode ser fria, então vamos 
aquecendo o pigmento se for de base fria aos poucos, coloque só um trisquinho do laranja e comece, se 
perceber que está esverdeando, já aqueça normal, se não acontecer nada, continue assim, quer dizer que é 
quente, pode usar o pigmento de base fria normal, mas por conta do azul, um trisquinho do laranja não vai 
fazer mal, à não ser que perceba alaranjando, aí não use mais o “trisquinho”, rsrs, se por acaso com o 
tempo, durante o pós ela te ligar e falar que esverdeou, tranqüilize-a e diga que é normal, que assim que 
voltar para o retoque, você regulariza aquecendo mais o pigmento, a mesma coisa se alaranjar um pouco, 
 
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quando voltar você corrige usando o pigmento sem aquecer. O que devemos entender e sempre deixar claro 
para nossa cliente é que não existe pele igual à outra, cada uma reage de uma forma, por isso é necessário a 
espera de 30 dias para o retoque. Às vezes quando estamos pigmentando, também é normal na hora dar 
uma leve esverdeada, mas você sabe que avaliou certo e que o pigmento está correto, então ignore, deixe 
reagir com o vermelho do sangue dela, que depois normaliza. 
Por isso devemos sempre lembrar que menos é mais, na primeira sessão sempre use uma cor um pouco 
mais clara do que acharia que ficaria bom para ela e aguarde, pois de repente pode ser exatamente essa cor 
que vai ficar boa depois que reagir com a pele dela, mesmo que ela peça mais escuro, convença-a do 
contrário, explique que escurecer uma cor é muito mais fácil que clarear, no design da mesma há de se ter o 
mesmo cuidado, é melhor deixar o começo menos quadrado e prometa que depois você faz como ela quer, 
pois muitas vezes fazemos, depois quando ouve os comentários na rua, ou das amigas, podem dizer assim, 
“ahhh ficou linda, só o começo que ficou muito marcado, mas de resto adorei”, pronto, lá vem ela de volta e 
pede para você diminuir, deixar mais caidinho o começo para ficar mais natural, é aí? Fica difícil, não é? A 
mesma coisa é na espessura, lembrando que normalmente sempre afina um pouco quando cicatriza, mas e 
se não afinar e ela achar que ficou grossa? ou arqueada demais? Então minhas lindas, pensem nisso antes de 
fazer. 
Os lábios sempre são frios, então sempre precisaremos aquecer os pigmentos de base fria, para pessoas 
bem clarinhas, uma meia gotinha do laranja no batoque, e quanto mais morena, vai aumentando o 
aquecimento, pessoas mais morenas não é legal fazer, pois o risco de ficar roxo é imenso, algumas tem os 
lábios bem escuros, o que podemos fazer, é usar o modificador laranja puro, isso vai fazer com que os lábios 
clareiem mais, voltando ao tom de boca normal. 
Olhos, devemos sempre dar uma aquecida no pigmento preto, uma gota de laranja é legal, alguns 
profissionais usam uma gota de vermelho, eu prefiro o laranja, assim demora mais a azular, lembrando que 
pigmento preto sempre azula com o tempo, mesmo aquecendo, a diferença é que demora mais um 
pouquinho, por isso que jamais devemos usar preto em sobrancelhas, nem em misturas de pigmentos, 
JAMAIS! Imagine o preto com vermelho do sangue, mais vermelho, azul e amarelo do marrom, que horror 
vai aparecer depois de um tempo, se alguém insistir em usar o preto em sobrancelhas, fale para procurar 
outro profissional, pois com certeza, terá problemas mais para frente. 
Observação importante: pode ocorrer de após caírem as casquinhas, o pigmento praticamente sumir todo, 
tranquilize a cliente e diga que o pigmento fica encapsulado na pele, e que aos poucos o organismo vai 
liberando, se caso não voltar, no retoque será analisada a questão, ai podem ser alguns fatores, pigmento 
claro demais, ou mão leve, ou demãos de menos ou anemia. Então analise e refaça a pigmentação num tom 
um pouco mais escuro, mais devagar etc. 
Importante: Jamais aquecer um tom para sobrancelhas com cor primária VERMELHA, use sempre o 
LARANJA. Mesmo em pessoas de pele negra. 
 
 
 
 
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Temperatura das Cores 
É necessário entender que as cores possuem “vibrações” diferentes e por isto são consideradas quentes, que 
são as mais vibrantes, e frias, as menos vibrantes. 
Cores Quentes - Amarelo, vermelho e laranja. 
Cores Frias - Azul, verde e roxo. 
 
Tenham em mente que estes são tons de sobrancelhas, apesar de que a intensidade de luz pode parecer que 
se possa aproveitar como delineador escuro de olhos, isto não significa que eles são da mesma intensidade. 
As cores do delineador sempre vão ser mais escuras do que os de sobrancelhas por causa de suas bases. 
 
Para o Microblading utilizaremos sempre pigmentos quentes ou neutros. 
 
Caso seja necessário “esquentar ou esfriar” o pigmento implantado, faremos uso da saturação com o 
pigmento verde ou laranja no fim do procedimento. 
 
 
DICA DE TREINAMENTO 
Compre um pincel e tinta guache nas cores: amarelo, vermelho e azul. Num prato descartável faça 
misturas, se misturar as 3 cores, terá o marrom, então comece a diminuir o azul na próxima mistura 
e vá observando qual o tom aparece e assim em diante, brinque com as cores e observe e lembre 
que na micropigmentação você já terá o vermelho na melanina, sendo que nas morenas de melanina 
fria a quantidade do azul será maior na pele, tenha um copinho com água ao lado para ir limpando o 
pincel e volte a ser criança, mas desta vez com o olho clínico observando as nuances, parece 
bobagem mas não é, compreendemos muito mais facilmente quando fazemos isso. 
 
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Degradação do pigmento 
As características da cor da micropigmentação resultam da degradação a curto e longo prazo e interação da 
luz com a epiderme. 
Interação da cor 
Mesmo a pele pigmentada com a Micropigmentação, alguns fatores impedem que vejamos a cor real 
implantada. Visto que os melanócitos se concentram na camada superficial da pele (epiderme) sua cor 
interage com a cor pigmentada. Esse é não um fenômeno químico, visto que as partículas de cor sobrepostas 
não se fundem com a cor existente, natural daquela pele. 
Diferença entre as características dos pigmentos 
Pigmento Orgânico – Tem o maior poder de cobertura, grande gama de cores e gera maior rapidez no 
procedimento, com degradação mais lenta. 
Pigmento Inorgânico - Tem menos poder de cobertura, pouca gama de cores, cores mais opacas e com 
degradação mais acelerada.Titânio 
O titânio é considerado um biomaterial (material biocompatível)não citotóxico pela baixa reatividade e pela 
grande estabilidade da sua camada de óxido superficial. Pelas suas propriedades mecânicas ele é 
usualmente utilizado na fabricação de substitutos ósseos e implantes dentários. 
Dióxido de Titânio 
O dióxido de titânio faz a redução de tonalidades das cores e está presente em mais da metade de todas as 
cores existentes para Micropigmentação. Deve ser usado com cautela inclusive pelas indústrias, pois tem 
alta durabilidade no organismo com baixo índice de rejeição. 
Os pigmentos usados nos nossos procedimentos de micropigmentação são inorgânicos e orgânicos, os 
inorgânicos provenientes de minerais extraídos da terra, suas moléculas são maiores e variam de 8 a 10 
mícron, são densos e se acomodam facilmente na derme. Os orgânicos de origem vegetal, importantíssimo 
verificar a qualidade do pigmento e a sua base na formulação (cores quentes ou frias), economizar dinheiro 
no material usado é optar pelo fracasso do procedimento. 
Na tatuagem os pigmentos são orgânicos, geralmente fabricados com carbono, corantes comestíveis e 
alguns vegetais. Suas moléculas são menores, variam de 3 a 5 mícron. São mais aquosos e fáceis de serem 
absorvidos pelo organismo. 
Os pigmentos inorgânicos são compostos principalmente por minerais. 
 
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12. Colour Index 
Colour Index International, traduzido do inglês “Índice Internacional de Cores” é um banco de dados 
referência mantido conjuntamente pela Society of Dyers and Colourists e a American Association of Textile 
Chemists and Colorists. Ele foi publicado pela primeira vez em 1925. Atualmente ele é reconhecido 
internacionalmente como a maior autoridade sobre cores, sendo publicado atualmente na internet 
exclusivamente. 
O index serve como um banco de dados referência padrão dos fabricantes de produtos coloridos e é usado 
por fabricantes e consumidores, como artistas e decoradores, além do setor químico como um todo. 
A disponibilidade de um sistema padrão de classificação para pigmentos é útil porque resolve conflitos 
históricos, propriedade, e nomes genéricos que tem sido aplicados às substâncias corantes. 
Substâncias colorantes (tanto corantes quanto pigmentos) são listados de acordo com um Índice de Nomes 
Genéricos (Colour Index Generic Names) e Índice de Números de Constituição de Cor (Colour Index 
Constitution Numbers). Estes números são prefixados no Brasil e vários outros países com C.I. ou CI, por 
exemplo, CI 15510. Esta abreviação é algumas vezes modificada para CL, dependendo da fonte usada para 
apresentar a informação. Um detalhado relatório de produtos disponíveis no mercado é apresentado em 
cada referência do Colour Index. Para cada nome de produto, o Colour Index International lista o fabricante, 
apresentação física, e os principais usos, com comentários fornecidos pelo fabricante como guia aos 
consumidores em pesquisa. 
 
 
 
 
 
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13. Linha de Pigmentos utilizados por Danielle Furtado 
Eu utilizo a linha de pigmentos da RB KOLLORS, ela foi desenvolvido de profissional 
para profissional, desde a matéria prima até a elaboração da cor é utilizada a mais 
alta tecnologia. 
Os pigmentos foram testados e aprovados para o resultado desejado. 
O rendimento de cada embalagem do pigmento RB KOLLORS 15 ml são de 
aproximadamente 60 procedimentos. Visto que as cores foram intensificadas, há 
melhor aproveitamento por ml. 
E por ter alta tecnologia, tem um maior poder de fixação, as cores são lindas e reduz a quase zero o retoque. 
Características dos pigmentos inteligente da RB KOLLORS: 
 Partículas de menor dimensão que proporcionam uma maior força tintorial. 
 Emulsão inversa, leve de textura sedosa que permite deslizar gentilmente sobre a pele 
 Partículas esféricas, se ajusta por atração na superfície. 
 Não necessitam de técnicas de alto impacto, nem de persistência ,como consequência a pele sofre uma 
agressão menor facilitando a fixação em superfície. 
 
 
 
Sempre agitar os pigmentos antes de usar, pois alguns pigmentos são uma mistura de minerais e orgânicos, 
geralmente os que já vem com cores conjugadas prontas (Exemplo: Cinza + vermelho = castanho), os 
pigmentos minerais tem peso molecular diferente e quando a composição não tem alta densidade e a 
embalagem fica em repouso os pigmentos se dividem e nem sempre o profissional percebe por conta da 
etiqueta, levando-o ao erro na mistura das cores. 
 
 
 
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Armazenar 
É imprescindível manter os pigmentos acondicionados em sua embalagem original, 
dentro da caixa com a respectiva bula, para que o mesmo não seja exposto a luz solar, o 
que pode alterar sua tonalidade original, bem como o atrito pode avariar a impressão 
do lote, cor e data de validade. Os mesmos também devem ser armazenados em local 
fresco e ventilado e protegidos da umidade. 
 
 
O posicionamento ideal é o horizontal, de modo que os pigmentos se conservem 
homogêneos por um maior período de tempo. 
Os pigmentos não podem ser expostos a luz solar ou claridade excessiva, correndo 
o risco de terem perdido suas propriedades originais. 
É necessário uma maior homogeneização nestes casos por ficarem um longo 
período de tempo na posição vertical. 
 
 
As Temperaturas ideias de armazenamento devem ser entre 10º e 40ºC. 
Existem diversos modelos de aparelhos denominados “higrômetros”, alguns com preços 
bem acessíveis, que medem a umidade e temperatura da atmosfera, certos modelos 
possuem alarme sonoro caso estes níveis ultrapassem os pré estabelecidos pelo 
usuário. 
 
14. Neutralização de cores inadequadas 
Nos casos de neutralização, vamos descartar a 
identificação do sub tom de melanina da cliente e 
vamos trabalhar a partir da cor existente nas 
sobrancelhas, olhos e lábios. Se nos depararmos 
com uma sobrancelha azul escuro é sinal de que 
ainda faltam duas cores para que ela fique 
marrom, Essas são as cores vermelho e amarelo, 
ou misturado o laranja com maior quantidade de amarelo que faz a vez de clarear, A técnica usada para este 
procedimento é espiral perpendicular a 90 graus ou Ovóide com 3 passadas médias, nem muito aberta, nem 
muito fechada, com média saturação da cor. Ao atendermos uma cliente com sobrancelhas roxas ou rosadas 
devemos ter em mente que essa cor se originou da união do azul com vermelho, portanto está faltando a 
cor amarela para a neutralização. Clientes com sobrancelhas ou olhos esverdeados, nos mostram 
claramente que falta a cor vermelha uma vez que o verde já possui o azul e amarelo. 
 
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A correção 
Para identificar o resultado final de forma assertiva, devemos descartar as fotos enviadas pela cliente ou 
fotos tiradas em uma sala somente com luz fria (branca), o ideal são fotos tiradas sob a luz quente (amarela) 
para identificar um procedimento que precisa ser corrigido. 
Degradação 
As características da cor da MICROPIGMENTAÇÃO resultam da degradação a curto e longo prazo e interação 
da luz com a epiderme 
 
15. História da Micropigmentação 
Como surgiu a micropigmentação?O florescimento da tatuagem se deu especialmente no Japão durante o século XVIII, convertendo-se numa 
verdadeira arte, é uma extensão da moda corporal para homens e mulheres. Com o desenvolvimento da 
tatuagem na Ásia, cresceu consideravelmente o número de mulheres que implantavam pigmentos nas linhas 
dos olhos e sobrancelhas, nascendo assim a Micropigmentação, o que comumente se conhece como 
Maquiagem Definitiva. 
 
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Os orientais usavam a maquiagem nos olhos para aumentá-los e dar mais expressividade ao olhar. Quanto às 
sobrancelhas, existem crenças que afirmam que a sorte e o caráter que cada um tem durante a vida, 
dependem da forma das sobrancelhas e do ângulo das mesmas. 
A Maquiagem Definitiva foi introduzida na Europa nos anos 80, diretamente do Oriente, mediante a técnica 
milenar da cana de bambu, resultando num trabalho artesanal doloroso e de difícil execução. A 
modernização tecnológica simplificou sua aplicação, fazendo a prática florescer significativamente em toda 
Europa, especialmente na França, Alemanha e Itália. 
Nos anos 90 o mercado de Maquiagem Definitiva se profissionalizou e se especializou principalmente nos 
Estados Unidos, convertendo-se numa aplicação médico - estética de considerável evolução, inclusive 
mudando sua nomenclatura para Micropigmentação Dérmica. 
 
 
16. “Dermopigmentação ou Micropigmentação? 
Maquiagem Definitiva ou Semipermanente?” 
 
Existem muitas dúvidas a respeito dos termos Dermopigmentação e Micropigmentação que normalmente 
são usados como se fossem a mesma coisa, quando na verdade existe uma diferença não vista a olho nu, 
mas que é de extrema importância! A Dermopigmentador denomina qualquer profissional que trabalha com 
pigmentos na derme - como o tatuador, por exemplo, ou alguns procedimentos médicos para casos de 
vitiligo. No nosso caso, num contexto geral, somos todos dermopigmentadores. O termo Micropigmentação 
surgiu nos anos 90 quando houve uma “revolução” nos pigmentos e a Meicha americana lançou no mercado 
os micropigmentos ou pigmentos micronizados. Quanto menor o grão do pigmento, mais pureza se obtém, 
portanto com isso tudo, surgiu a micropigmentação (feita com micropigmentos) Paralelamente a isso, surgiu 
a maquiagem semipermanente, pois percebeu-se que os micropigmentos permanecem menos tempo na 
pele. A partir daí, para nosso deleite, conseguimos trabalhos mais naturais, sem serem “chapados” e que 
tem uma durabilidade condizente com os tempos modernos! Os pigmentos que não tem essa tecnologia são 
usados para a “Maquiagem Definitiva”, que permanece muito mais tempo na pele e tem um aspecto bem 
mais pesado. 
 
 
 
 
 
 
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17. Micropigmentação ou Microblanding? 
Micropigmentação 
Procedimento onde os profissionais apostam na combinação de duas técnicas: sinergismo com o visagismo. 
Ou seja, as linhas são desenhadas uma a uma seguindo o contorno dos arcos, sempre levando em 
consideração o formato do rosto e a cor natural dos fios de cada pessoa. 
Apesar de a técnica já ter sido 
comparada à “maquiagem definitiva”, 
por também fazer uso de agulha, 
pigmento e marcação cutânea, a 
profissional é categórica: o 
procedimento não é permanente. Pois, 
atingimos apenas as camadas mais 
superficiais da pele e, com o passar dos 
meses, o pigmento é absorvido pelo 
corpo, depositamos o pigmento na 
camada subepidérmica da pele com o auxílio de aparelhos e agulhas apropriadas. 
O pigmento é introduzido em camada superficial que sofrerá um desgaste natural com o tempo, sendo 
assim, sua permanecia será temporária. 
 
Microblanding 
O Microblading é uma técnica milenar japonesa que já existe há bastante tempo e vem sendo adaptada a 
micropigmentação das sobrancelhas. Utilizamos somente as lâminas e o pigmento, sem qualquer 
intervenção de máquina, garantindo fios precisos e mais finos ficando muito próximos ao realismo. 
Um dos métodos mais tradicionais de tatuagem no Japão é o Tebori, cujo significado é “entalhado à mão” ou 
“esculpido à mão”. 
Sobre o Microblading 
Essa técnica chamada Microblading serve para desenhar a sobrancelha 
com um indutor manual chamado Tebori, garantindo um resultado fio a 
fio. É um método de desenho semipermanente de sobrancelhas, onde a 
aplicação é feita com micro lâminas feitas de aço cirúrgico, estéreis e de 
uso único. 
 
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Por ser uma técnica manual o tempo de procedimento varia de acordo com cada profissional, mas na 
maioria dos casos leva cerca de uma hora, uma vez que não é feito com moldes prontos e pré-definidos e 
sim a mão livre, respeitando as medidas e simetria exclusiva de cada formato de rosto. 
Seu objetivo é colorir a epiderme, a parir do recurso de pigmentos de natureza vegetal, mineral ou orgânica. 
 
Antes de fazer o fio a fio, é necessário praticar bastante as outras técnicas, só depois de bem dominadas 
pode-se partir para o procedimento, pois se não tiver prática suficiente resultará numa aparência 
totalmente artificial. 
 
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18. Contra Indicações 
 
Evitamos ao máximo as clientes nas condições citadas abaixo ou executamos mediante autorização médica 
por escrito. 
 Hipertensão 
 Alcoolizadas 
 Problemas graves de pele (exemplo: psoríase) 
 Diabetes 
 Mulheres grávidas ou amamentando 
 Anemia 
 Depressão 
 
19. Cuidados Pós Procedimento 
 Após a micropigmentação, é necessário evitar o sol por sete dias evitando, ao máximo, o calor 
(inclusive do secador); 
 Não molhar as primeiras 48 horas a área das sobrancelhas; para higienizar a área, somente soro 
fisiológico com gaze ou algodão disco; 
 Sempre higienize suas mãos antes de qualquer procedimento no local que foi pigmentado enquanto 
estiver em fase de cicatrização; passar manteiga de cacau, para manter a área hidratada; 
 Não faça esfoliação com intuito de ajudar a remover as crostas e não coce a área que foi 
pigmentada; 
 Não usar sauna, não frequentar piscina e mar, nos primeiros 15 dias; Não usar maquiagem até a 
completa cicatrização; 
 Não utilizar cremes com ácidos no local; 
 Evitar ingestão de alimentos hiper alergênicos como mariscos e carne de porco; 
 Não ingerir bebidas alcoólicas por 15 dias. 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
A cor após a escamação fica indefinida por alguns dias, processo natural de cicatrização e 
acomodamento de pigmento. Não se preocupe, aguarde a total cicatrização da pele e retorne 
para uma avaliação em 30 dias. 
 
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20. Aplicando a Técnica 
Entrevistando a cliente 
 
 
Anamnese 
Uma anamnese bem feita fundamental para um resultado seguro e desucesso! 
Modelo de Ficha de Anamnese no final deste Manual. 
 
As clientes que responderem positivamente quando perguntados em relação aos itens abaixo, 
merecem cuidados especiais ou (*) não podem ser submetidos ao procedimento sem autorização 
médica por escrito. 
Este é o primeiro contato com a cliente e, sem dúvida, o mais importante. Você 
deve saber bem que a primeira impressão é a que fica. Portanto, não se 
esqueça das recomendações essenciais: sorria, fale com tranquilidade e, acima 
de tudo, faça com que a cliente se sinta especial. 
O mais importante é efetuar uma anamnese, pedir para a cliente assinar e 
também assinar o termo de consentimento. 
Explicar todos os cuidados no pós procedimento e principalmente a 
EXPECTATIVA X REALIDADE. 
É de suma importância conhecer as doenças sistêmicas e de pele, para não haver confusões 
e erros, como por exemplo, confundir doenças graves com doenças muito simples, um 
exemplo disso é o Lúpus Eritematoso Sistêmico, onde um de seus sintomas é confundido 
com um melasma. Tenha como fundamental a importância de aumentar o seu 
conhecimento, sempre devemos reservar um tempo para que nós mesmos façamos as 
perguntas da anamnese, durante as mesmas vamos descobrindo mais coisas que passariam 
despercebidas como, por exemplo: quando você pergunta se a cliente tem alergia... todas 
dizem que tem, mas na verdade nem sabem a que, mas em uma pergunta sobre métodos 
anticoncepcionais ela pode revelar que tem alergia ao preservativo e usa DIU, e você por 
tabela evitará usar luvas de látex pra evitar uma alergia de contato, viu como é fácil linkar 
todas as informações? 
 
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 TPM (tensão pré-menstrual) - Nesse período é melhor não fazer o procedimento, pois a sensibilidade 
aumenta muito e o anestésico não faz efeito. E tem algumas mulheres que tem alteração de humor e de 
auto estima, o que pode afetar na aprovação do resultado. 
 Menstruada – Pelo mesmo motivo da TPM. 
 Asma – Analisar se está sob controle, para não desencadear crise. Pois se a cliente for sensível a dor, ela 
pode ter a crise de asma. 
 Depressão – Tem que analisar se está sob controle pois o procedimento pode melhorar sua autoestima, 
como pode piorar muito caso a(o) cliente não fique satisfeito. Tentar perceber qual a expectativa da 
mesma em relação ao procedimento, muita cautela com depressão. 
 Gripe ou resfriado – Imunidade baixa e sensibilidade aflorada. 
 Herpes labial – Para os lábios não ficarem com falha. Se não tiver no período da crise, basta pedir a 
cliente para tomar o ciclo do medicamento para controle, conforme prescrição médica. 
 Hipertensão – Verificar se está sob controle e se a pessoa está calma. 
 Epiléptico – Mesma observação acima 
 Pílula Anticoncepcional – Pode favorecer hiperpigmentação, principalmente em pessoas mais morenas. 
 Irregularidades Intestinais – Desarranjos intestinais podem denunciar carências alimentares graves, 
anemia, verminose e etc. Questões que a cliente nem sempre se lembra de relatar, mas para a 
cicatrização de um procedimento será imprescindível... Durante a entrevista “papo” ela fala que tem 
muita prisão de ventre e que bebe pouca água (pele desidratada) ou que precisa comer muitas fibras pra 
melhorar o funcionamento (dieta com carotenos) ingestão de água e etc.. 
 Glaucoma(*) - Perigo de AVC 
 Produtos próxima a região tratada - Botox (esperar 15 dias), silicone, metacrilato(PMMA) antes ou após 
3 meses, artecoll, etc. (*) 
 Blefaroplastia (cirurgia de pálpebra) - Com alta médica ou após 3 meses. (*) 
 Aspirina nos últimos 5 dias - Quem tem necessidade de tomar aspirina diariamente, tem que parar por 5 
dias para realizar o procedimento ou com autorização médica, pois aumenta muito o sangramento. 
 Alcoolizadas(*) - Acredito que nem é preciso comentar! 
 HIV+(*) - Hoje em dia devemos lidar melhor com essa questão e lembrar que somos profissionais, quem 
tem HIV positivo não deve sofrer nenhum tipo de preconceito, a ciência já consegue manter a doença 
sob controle e esses clientes em especial precisam demais ter uma auto estima elevada. O cuidado que 
devemos ter, deve ser a autorização médica liberando o procedimento, e após isto, com os cuidados da 
biossegurança podemos fazer nosso procedimento tranquilamente, claro que sempre alertando que 
dependendo das medicações ingeridas, pode haver alguma dificuldade na pigmentação. Independente 
disso, dificilmente a (o) cliente vai informar que é soro positivo, por isso e por outras questões não 
menos importantes é que devemos sempre nos precaver. 
 Problemas graves de pele. Ex: Psoríase(*) Psoríase (do grego psora "coceira" + -sis "ação, condição") é 
uma doença inflamatória crônica da pele, podendo afetar mucosas, unhas e até articulações. Cerca de 2-
3% da população tem psoríase, que acomete homens e mulheres de qualquer idade, sendo frequente o 
seu aparecimento na terceira década de vida. É caracterizada pela presença de lesões avermelhadas, 
bem delimitadas, descamativas, em qualquer parte do corpo. Apresenta período de melhora e piora ao 
longo da sua evolução. A psoríase pode levar a uma piora na qualidade de vida dos pacientes, devido ao 
preconceito das pessoas que os cercam. 
É agravado por fatores psicológicos, estresse, frio, baixa umidade, ingestão de álcool e tabaco e 
corticosteroides. Não é contagiosa, sua causa mais frequente é genética associada a fatores psicológicos. A 
escolha do tratamento deve ser feita considerando-se a gravidade e a extensão do quadro clínico e do 
 
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comprometimento psicoemocional. [1] Atinge 2% a 3% da população mundial sendo mais frequente em 
pessoas brancas (cerca de 80% dos casos) com vulnerabilidade genética 
 Câncer(*)- Só após liberação médica, a própria quimioterapia faria o pigmento sair todo, além do 
paciente ficar com a imunidade muito baixa. 
 Diabetes(*)- A cicatrização se complica, mas quando a diabetes está sob controle e a cliente toma 
medicação, não causa problemas, caso contrário não se deve fazer. 
 Hepatite(*)- Infecção do fígado, apenas após a cura e com a liberação médica. 
 Mulheres grávidas ou amamentando(*) Totalmente contra indicado, na gravidez e lactação os 
hormônios se alteram dificultando o implante e permanência do pigmento, podendo inclusive causar 
manchas, além de podermos causar alguma rejeição por parte do organismo da cliente, implicando em 
administração de remédios pelo médico, muitas vezes contra indicados na gravidez ou lactação. 
 Hemofílicos ou portadores do gene da hemofilia- A hemofilia é um distúrbio na coagulação do sangue. 
Por exemplo: Quando cortamos alguma parte do nosso corpo e começa a sangrar, as proteínas 
(elementos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo) entram em 
ação para estancar o sangramento. Esse processo é chamado de coagulação. As pessoas portadoras de 
hemofilia, não possuem essas proteínas e por isso sangram mais do que o normal. 
Existem vários fatores da coagulação no sangue, que agem em uma sequência determinada. No final dessa 
sequência é formado o coágulo e o sangramento é interrompido. Em uma pessoa com hemofilia, um desses 
fatores não funciona. Sendo assim, o coagulo não se forma e o sangramento continua. (*) 
 Pessoas portadoras de marca-passo - Pois pode haver interferência nos batimentos, desregulando o 
marca-passo com o motor do dermógrafo. (*) 
 Cardiopatas(*) - O nervosismo pode desencadear uma arritmia por exemplo. 
 Lúpus - O que é Lúpus? 
Sinônimos: LES, Lúpus eritematoso sistêmico 
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico