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Recém-nascido

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–
 
Recém – Nascido
O preparo para atender o RN na sala de parto 
inclui necessariamente: 
• Realização de anamnese materna. 
• Disponibilidade do material para atendimento. 
• Presença de equipe treinada em reanimação 
neonatal. 
❖ Anamnese materna 
 
❖ Material para atendimento 
Todo material necessário para reanimação deve 
ser preparado, testado e estar disponível, em local 
de fácil acesso, antes do nascimento. Esse material 
e destinado a manutenção da temperatura, 
aspiração de vias aéreas, ventilação e 
administração de medicações. 
 
A temperatura ambiente na sala de parto deve ser, 
no mínimo, de 26ºC para que se mantenha com 
maior facilidade a temperatura corpórea normal 
do RN. 
 
❖ Equipe treinada em reanimação neonatal 
Considerando-se a frequência elevada da 
necessidade de realização de algum procedimento 
de reanimação no RN e a rapidez com que tais 
manobras devem ser iniciadas, é fundamental que 
pelo menos um profissional capaz de iniciar de 
forma adequada a reanimação neonatal esteja 
presente durante todo o parto. 
Os auxiliares atuarão junto ao médico, e este deve 
dedicar-se exclusivamente ao RN. No caso do 
nascimento de gemelares, deve-se dispor de 
material e equipe próprios para cada criança. 
 
Para a recepção do RN, devem-se utilizar as 
precauções -padrão, que compreendem lavagem/ 
higienização correta das mãos e uso de luvas, 
avental impermeável, máscara e proteção facial 
para evitar contaminação do profissional com 
material biológico do RN. 
 
O exame logo após o nascimento é importante 
para determinar as condições gerais, o estado de 
desenvolvimento, quaisquer anormalidades de 
desenvolvimento gestacional e eventuais 
alterações congênitas. 
 
O exame pode revelar doenças de origem 
cardíaca, respiratória ou neurológica. Ausculte a 
parte anterior do tórax com o estetoscópio, palpe 
o abdome e inspecione a cabeça, o rosto, a 
cavidade oral, os membros, a genitália e o períneo. 
 
Imediatamente após o nascimento, a necessidade 
de reanimação depende da avaliação rápida de 
quatro situações referentes a vitalidade do 
concepto, sendo feitas as seguintes perguntas: 
• Gestação a termo? 
• Ausência de mecônio? 
• Respirando ou chorando? 
• Tônus muscular bom? 
 
Se a resposta é sim a todas as perguntas, 
considera-se que o RN está com boa vitalidade e 
não necessita de manobras de reanimação. 
 
O RN a termo com boa vitalidade deve ser secado 
e posicionado sobre o abdome da mãe ou ao nível 
da placenta por, no mínimo, um minuto, até o 
cordão umbilical parar de pulsar 
(aproximadamente três minutos após o 
nascimento), para só então realizar-se o 
clampeamento. 
–
 
O clampeamento pode ser precoce, tardio ou 
imediato. É definido como clampeamento precoce 
aquele que ocorre até 60 segundos; 
clampeamento tardio aquele após 60 segundos 
até 3 minutos; e clampeamento imediato aquele 
logo após a extração do concepto. 
 
 
Se o RN estiver respirando ou chorando e com 
tônus muscular em flexão, a Organização Mundial 
da Saúde indica que o clampeamento seja tardio. 
Durante esse período, o RN deve ser colocado no 
tórax ou abdome da genitora em contato pele a 
pele. 
 
Já se o RN não obedecer a um dos dois critérios 
(respiração e tônus em flexão) o cordão deve ser 
clampeado imediatamente para não retardar as 
medidas de reanimação. 
 
 
Após o clampeamento do cordão, o RN poderá ser 
mantido sobre o abdome e/ou tórax materno, 
usando o corpo da mãe como fonte de calor, 
garantindo-se que o posicionamento da criança 
permita movimentos respiratórios efetivos. 
 
O contato pele a pele imediatamente após o 
nascimento, em temperatura ambiente de 26ºC, 
reduz o risco de hipotermia em RNs a termo que 
nascem com respiração espontânea e que não 
necessitam de ventilação, desde que cobertos 
com campos preaquecidos. Nesse momento, 
podem-se iniciar a amamentação. 
 
A Organização Mundial da Saúde recomenda que 
o aleitamento materno seja iniciado na primeira 
hora de vida, pois está associado à menor 
mortalidade neonatal, ao maior período de 
amamentação, à melhor interação mãe-bebê e ao 
menor risco de hemorragia materna. 
 
A determinação da necessidade de reanimação e 
a avaliação de sua eficácia dependem da avaliação 
simultânea de dois sinais: 
• Respiração. 
• Frequência cardíaca (FC). 
 
A FC é o principal determinante da decisão de 
indicar as diversas manobras de reanimação. Logo 
após o nascimento, o RN deve respirar de maneira 
regular e suficiente para manter a FC acima de 100 
bpm. 
 
A FC e avaliada por meio da ausculta do precórdio 
com estetoscópio, podendo eventualmente ser 
verificada pela palpação do pulso na base do 
cordão umbilical. Tanto a ausculta precordial 
quanto a palpação do cordão podem subestimar a 
FC. 
 
➢ 
A pontuação na escala de APGAR é essencial após 
o nascimento. Seus cinco componentes classificam 
a recuperação neurológica do recém-nascido e sua 
adaptação imediata à vida extrauterina. 
 
Como mostra a tabela cada uma das cinco 
características facilmente identificados – 
frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus 
muscular, irritabilidade reflexa e coloração – e 
avaliada e recebe pontuação de 0 a 2. 
 
–
 
A pontuação total, com base na soma dos cinco 
componentes, deve ser determinada em todos os 
recém-nascidos 1 e 5 minutos após o nascimento. 
 
Nos recém-natos deprimidos, o escore pode ser 
novamente estabelecido com intervalos de 5 
minutos, até terem-se completado 20 minutos. 
 
O Apgar de 1 minuto reflete a necessidade de 
reanimação imediata. O Apgar de 5 minutos e, em 
particular, a alteração ocorrida no escore entre o 
primeiro e o quinto minutos são um indicador útil 
da efetividade das manobras de reanimação. 
 
O Apgar de 5 minutos também tem significado 
prognostico para a sobrevida do neonato, uma vez 
que tal sobrevida está intimamente relacionada 
com seu estado na sala de parto. 
 
A pontuação de cada recém-nascido deve ser feita 
1 e 5,min após o nascimento. Essa pontuação 
baseia-se em uma escala de 3 pontos (0, 1 ou 2) 
para cada componente. A pontuação total pode 
variar de 0 a 10. 
 
Deve-se determinar a pontuação a intervalos de 5 
min, até que ela atinja 7 ou mais. Se a pontuação 
APGAR em 5 min for de 8 ou mais, prossiga para 
um exame mais completo. 
 
 
 
Logo após o nascimento, o recém-nascido 
rapidamente passa a respirar à medida que os 
alvéolos cheios de líquido se expandem com o ar 
ambiente e se estabelece a perfusão pulmonar. 
O recém-nascido começa a inalar e chorar quase 
imediatamente após nascer, indicando o início da 
respiração ativa. Entre os fatores que parecem 
influenciar a primeira inalação de ar estão: 
• Estimulação física: como manusear o 
recém-nato durante o nascimento; 
• Privação de oxigênio e acúmulo de 
dióxido de carbono: servem para 
aumentar a frequência e a amplitude dos 
movimentos respiratórios antes e após o 
nascimento; 
• Compressão do tórax: ocorre durante a 
descida pela pelve, após o que a pressão no 
canal vaginal do parto força a saída de 
líquido do trato respiratório em volume 
equivalente a cerca de 25% da capacidade 
residual final; 
A aeração dos pulmões do recém-nato não requer 
a insuflação de uma estrutura anteriormente 
colapsada, mas sim a substituição rápida do 
–
 
líquido existente nos brônquios e nos alvéolos por 
ar. Após o nascimento, o líquido residual nos 
alvéolos é eliminado pela circulação pulmonar e, 
em menor escala, pelos linfáticos pulmonares. 
O atraso na remoção do líquido dos alvéolos 
provavelmente contribui para a síndrome de 
taquipneia transitória do recém-nascido (TTRN). 
À medida que o líquido é substituído por ar, reduz-
se de maneira considerável a compressão da 
vasculatura pulmonar, assim como a resistência ao 
fluxo sanguíneo. Com a queda na pressão arterial 
pulmonar, o canal arterial se fecha. 
OBS: é preciso a pressão intratorácica negativa 
elevada para permitir a entrada inicial de ar nosalvéolos cheios de líquido. 
O surfactante, sintetizado pelos pneumócitos tipo 
II e já presentes nos alveolos reduz a tensão 
superficial e assim impede o colapso dos pulmões. 
O período neonatal é o intervalo de tempo que vai 
do nascimento até o momento em que a criança 
atinge 27 dias, 23 horas e 59 minutos. 
• Período neonatal precoce: intervalo de 
tempo que vai do nascimento até o 
momento em que a criança atinge 6 dias, 
23 horas e 59 minutos. 
• Período neonatal tardio: intervalo de 
tempo que vai do 7º dia até o momento em 
que a criança atinge 27 dias, 23 horas e 59 
minutos. 
A idade gestacional (IG) é a duração da gestação 
estimada a partir do 1º dia do último período 
menstrual (DUM), pela ultrassonografia pré-natal 
no início da gravidez ou clinicamente pelos 
métodos de Capurro, Dubovitz ou Ballard. É 
expressa em dias ou semanas completas. Quanto 
à IG, o recém-nascido (RN) pode ser classificado 
em: 
• RN pré-termo: crianças nascidas até 36 
semanas e 6 dias (258 dias) de gestação. o 
Pré-termo precoce: crianças nascidas até 
33 semanas e 6 dias. 
• Pré-termo tardio: de 34 semanas a 36 
semanas e 6 dias. 
• RN a termo: nascidas entre 37 e 41 
semanas e 6 dias (ou seja, 259 e 293 dias) 
de gestação. 
• RN pós-termo: nascidas com 42 semanas 
ou mais de gestação (294 dias). 
O peso ao nascimento é o primeiro peso obtido 
após o nascimento com a criança totalmente 
despida. Quanto ao peso ao nascimento, o RN 
pode ser classificado em: 
• Baixo peso: todo RN com peso inferior a 
2500g. 
• Muito baixo peso: RN com menos de 
1500g. 
• Extremo baixo peso: RN com menos de 
1000g. 
O RN pode ainda ser classificado conforme a 
adequação do peso à IG, considerando como 
referencial uma curva de crescimento adequada. 
Esse parâmetro reflete a qualidade do 
crescimento fetal e permite a determinação de 
risco para problemas neonatais. O RN pode ser 
classificado em: 
• Adequado para a idade (AIG): peso ao 
nascer entre os percentis 10 e 90. 
• Pequeno para a idade gestacional (PIG): 
abaixo do percentil 10. 
• Grande para a idade (GIG): acima do 
percentil 90. 
 
–
 
O melhor método para avaliação da idade 
gestacional é a regra de Naegelle, que utiliza a data 
da última menstruação para o cálculo. Quando 
esta não é conhecida ou existem dúvidas acerca do 
dia exato, pode-se usar a ultrassonografia como 
exame complementar para determinar a idade do 
concepto. 
 
No primeiro trimestre, o comprimento cabeça-
nádega é a medida que melhor se correlaciona 
com a idade gestacional, e no segundo trimestre 
costuma-se usar como parâmetro o diâmetro 
biparietal ou o comprimento do fêmur. 
 
Quanto mais se aproxima do termo, menor é a 
acurácia destas medidas anatômicas em 
determinar a idade fetal, aumentando 
sobremaneira o índice de erros. 
 
Uma terceira ferramenta para se avaliar a idade 
gestacional é através do exame físico somático e 
neurológico do recém-nascido, cujos achados 
apresentam correspondência com seu grau de 
maturidade. 
 
Observe a descrição de algumas características 
clínicas neonatais e seu período de aparecimento 
e desaparecimento ao longo do tempo: 
• Verniz caseoso – surge entre 20 e 24 
semanas. Começa a diminuir em torno de 
36 semanas, desaparecendo com 41 
semanas. Embora a quantidade presente 
ao nascimento esteja correlacionada com 
a idade gestacional, isso pode ser 
modificado pela nutrição fetal. 
• Pregas plantares – entre a 32ª e 34ª 
semanas de gestação uma única prega 
transversa anterior está presente. Com 37 
semanas, dois terços da planta 
apresentam pregas; e, com 41 semanas, o 
calcanhar encontra-se enrugado. 
• Descamação da pele – ocorre mais 
comumente no pós-termo. 
• Coloração e textura da pele – com 37 
semanas os vasos são visíveis. A deposição 
de gordura que ocorre entre 36-40 
semanas, dá à pele uma aparência 
arredondada. 
• Lanugem – surge em torno da 20a 
semana da gestação. Em torno de 28 
semanas, começa a desaparecer na face e 
na parte superior do tronco e, a termo, 
ainda costuma estar presente nos ombros. 
• Cabelos – surgem a partir de 20 semanas. 
• Olhos – as pálpebras se fundem no 
terceiro mês de vida e só reabrem entre 
28-30 semanas. 
• Orelhas – antes de 34 semanas são 
formadas por uma espessa dobra de pele, 
de pequeno formato sem cartilagem. Com 
34 semanas, elas ganham turgor, sendo 
observada a formação da cartilagem. 
Nessa fase, as orelhas começam a 
encurvar pela parte superior. Na 40a 
semana, o encurvamento é total, do topo 
ao lobo, com as orelhas apresentando 
–
 
consistência firme, mantendo-se saliente 
na cabeça. 
 
A determinação da idade do recém-nascido pode 
ser verificada através de características somáticas 
e neurológicas. 
 
• Método de Capurro 
Utiliza apenas 5 parâmetros somáticos e 2 
neurológicos, porém a verificação desses 
parâmetros em crianças deprimidas, doentes ou 
de difícil acesso fica limitada às variáveis 
somáticas. 
- Soma do Capurro somático: A + B + C + D + G + 
204 = idade gestacional em dias. 
- Soma do Capurro somático e neurológico: A + B 
+ C + D + E + F + 200 = idade gestacional em dias 
(desvio padrão ± 8,4 dias).
 
–
 
❖ Método de Ballard 
Utilizam-se 6 parâmetros somáticos e 6 
neurológicos. Esse método é simples, consome 
pouco tempo na sua execução e é aplicável em 
todos os recém-nascidos, inclusive nos que estão 
em terapia intensiva. Em 1993, sofreu uma 
modificação para poder ser aplicado em 
prematuros com menos de 29 semanas de 
gestação. 
–
 
A despeito do método utilizado, a determinação 
da idade gestacional com base em critérios clínicos 
e neurológicos tem baixa acurácia (± 2 semanas), 
com tendência de que a idade seja superestimada 
em recém-nascidos muito prematuros. 
➢ 
Na sala de parto, os cuidados iniciais constituem- 
se em elemento de fundamental importância para 
o bem-estar do RN. 
 
Definir se você está diante de um neonato de 
baixo risco ou de alto risco para necessidade de 
reanimação é fundamental para que os cuidados 
assistenciais sejam adequados a cada caso. 
 
Existem determinadas condições que estão mais 
associadas à necessidade de reanimação ao 
nascer, tais como idade materna (< 16 anos ou > 
35 anos), diabetes, hipertensão, infecção, 
gestação múltipla, cesárea, prematuridade, rotura 
prolongada de membrana (> 18 horas), dentre 
tantos outros. 
 
A identificação do RN de baixo risco é realizada 
quando se responde “sim” às três perguntas 
cardinais: 
1. A gestação é a termo? 
2. O RN está chorando ou respirando? 
3. O RN tem bom tono? 
 
Entretanto, mesmo que a situação de gestação e 
parto não aponte qualquer fator de risco para 
necessidade de reanimação e o neonato seja de 
baixo risco, é importante que a sala de parto esteja 
completamente preparada para eventuais 
necessidades. 
 
Sendo assim, a primeira medida para assistência à 
sala de parto, seja ela de baixo risco ou de alto 
risco, é prepará-la: 
• Temperatura ambiente de 23-26ºC. 
• Campos estéreis preaquecidos. 
• UCI preaquecida (fonte de calor radiante). 
• Material de aspiração de 
orofaringe/narinas: pera de sucção, 
mangueira de látex conectada a fonte de 
vácuo, sonda de aspiração n.º (6, 8, 10, 12). 
• Material para clampeamento de cordão: 
cord clamp, tesoura. 
• Material para identificação do neonato: 
pulseiras de identificação. 
• Material para reanimação neonatal (deve 
estar sempre preparado, mesmo que o 
parto esteja transcorrendo de forma 
tranquila e não haja sinais de sofrimento 
–
 
fetal pré-parto): máscara orofacial, balão 
autoinflável ligado à fonte de oxigênio, 
laringoscópio, tubos orotraqueais (n.º 2.5, 
3.0, 3.5), medicações já preparadas nas 
seringas (adrenalina, soro fisiológico), 
cateteres venosos. 
 
➢ 
Definição: 37-41 sem, respirando/ chorando, tono 
flexor) 
 
1. Colocá-lo junto ao colo materno. 
2. Secar o corpo e a cabeça com compressas 
aquecidas. 
3. Deixar em contato pele a pele com a mãe, 
cobrindo-o com tecido de algodão seco e 
aquecido.4. Manter as vias aéreas pérvias, sem flexão/ 
hiperextensão do pescoço; verificar se não 
há excesso de secreção em boca e narinas. 
5. Avaliar a FC (com estetoscópio no 
precórdio), tono e respiração. 
6. Clampear o cordão umbilical entre 1-3 
minutos depois da sua extração da 
cavidade uterina. Este clampeamento 
tardio mostra benefícios em relação aos 
índices hematológicos entre 3-6 meses, 
muito embora possa elevar a necessidade 
de fototerapia por hiperbilirrubinemia 
indireta na primeira semana de vida. 
7. Avaliação retrospectiva do boletim APGAR. 
8. Iniciar a amamentação na primeira hora 
pós-parto. Isto aumenta a chance de 
aleitamento materno exclusivo. 
9. Exame físico completo. 
10. Identificar neonato com a pulseira. 
11. Prescrição Médica Inicial: 
− Alojamento conjunto; 
− Aleitamento materno exclusivo e sob livre 
demanda; 
− Vitamina K IM; 
− Vacina de hepatite B IM. 
− Profilaxia da conjuntivite neonatal: povidona 
2,5%, uma gota em cada olho. Outros: nitrato de 
prata 1% (método Credé), ou eritromicina 0,5% 
colírio ou tetraciclina 1% colírio. 
 
Antes e durante a retirada do feto, devem ser 
considerados vários fatores determinantes ao 
bem-estar do neonato, incluindo: 
(1) estado de saúde da mãe; 
(2) complicações pré-natais, incluindo 
qualquer suspeita de malformação; 
(3) idade gestacional; 
(4) complicações no trabalho de parto; 
(5) duração do trabalho de parto e período 
decorrido desde a ruptura de membranas; 
(6) tipo e duração da anestesia; 
(7) dificuldades no período expulsivo; e 
(8) medicamentos administrados durante o 
trabalho de parto, sua dose, via de 
administração e período decorrido até o 
nascimento; 
–
 
➢ 
Cerca de 10% dos recém nascidos requerem algum 
grau de reanimação ativa para estimular a 
respiração e 1% requer reanimação extensiva. 
Quando privados de oxigênio, antes ou após o 
nascimento, os recém natos apresentam uma 
sequência de eventos bem definidos que levam a 
apneia. 
 
Com a privação de oxigênio, há um período 
transitório de respiração rápida e, caso a privação 
persista, a respiração é suspensa, o que é 
denominado apneia primária. Essa fase é 
acompanhada por queda na frequência cardíaca e 
perda do tônus neuromuscular. A estimulação 
simples em conjunto com a oferta de oxigênio em 
geral reverte a apneia primária. 
Contudo, se persistirem a privação de oxigênio e a 
asfixia, o recém-nato evoluirá com respiração 
ofegante, seguida por apneia secundária. 
Esta última etapa está associada a maior declínio 
na frequência cardíaca, queda da pressão arterial 
e perda de tônus neuromuscular. 
Os neonatos que estejam em apneia secundária 
não responderão a estímulos nem recuperarão 
espontaneamente a respiração. Se não for iniciada 
ventilação assistida, a criança evoluirá para óbito. 
Clinicamente, as apneias primária e secundária são 
indistinguíveis. Assim, deve-se presumir que haja 
apneia secundária para serem iniciadas imediata- 
mente as manobras de reanimação do recém-
nato.

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