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NOVA SINTESE 1.2

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NOVA SINTESE SO 1.2 (NASCEU, E AGORA?)
	SP 1.2 – Nasceu, e agora?
Gilda, 5º ano incompleto de escolaridade, com 18 anos, há seis horas teve sua filha Alice, de parto normal. Por falta de orientação, não fez acompanhamento pré-natal. A bebê nasceu com 1990g, 48 cm, 36 semanas. Seu Apgar foi 5-7-8. Gilda, já está no seu quarto dia de alojamento conjunto, com outro binômio, Telma, 30 anos, ensino médio completo e seu bebê Fausto, que nasceu há dois dias de parto normal, com 3050g, 39 semanas e 50 cm e que se encontra recebendo fototerapia no seu berço, porque “ficou amarelinho”. Gilda está nervosa e pergunta para a enfermeira porque sua filha não está no quarto com ela. A técnica de enfermagem responde que o nascimento é um período de grandes adaptações do bebê para a vida extrauterina e que Alice apresentou “alguma dificuldade” e por isso está passando por um acompanhamento e avaliação mais detalhada, mas que a médica virá falar com ela para lhe explicar toda a situação. As duas mulheres receberam alta no quinto dia. No momento da alta, Fausto pesava 2850g. Telma e seu companheiro, Pedro, receberam orientações antes da alta que foram dadas pela técnica de enfermagem, pela enfermeira e pelos residentes da obstetrícia e da pediatria. 
A médica assistente e enfermeira responsável pela paciente coordenaram o Plano de Cuidados a ser repassado pela equipe. Explicaram à Telma e a Pedro os diversos aspectos do cuidado, tanto com ela quanto com o bebê (Fausto), enfatizaram a importância na divisão de tarefas em casa e com o cuidado do recém-nascido.
Respondendo a um questionamento do pai, explicaram sobre a função de um colírio usado em Fausto ao nascer e sobre a injeção de vitamina K que recebeu na sala de parto, pois, Telma não soube repetir a informação que havia sido dada a ela no parto. Na sequência, orientaram sobre: vitaminas, banho de sol para Fausto, os cuidados com o coto umbilical, alimentação, cuidados para evitar o refluxo gastroesofágico (RGE), higiene, temperatura e vestimenta do bebê, e sobre os passeios e receber visitas nos dois primeiros meses de vida.
Telma, ansiosa, perguntou sobre o “teste do pezinho”, porque sua outra filha é portadora de anemia falciforme. O residente informou-lhe sobre a Triagem Neonatal. Gilda, recebeu alta e somente sua mãe foi lhe buscar. Ela estava triste porque sua filha Mércia permanecerá internada por mais alguns dias para atingir peso suficiente e por seu namorado, pai da criança, também com 18 anos, ainda não ter ido lhes visitar. Seu plano de cuidados foi também detalhado e todas as orientações sobre as dúvidas relacionadas ao parto pré-maturo foram sanadas.
 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
1. Entender o que é APGAR, como é realizado, para que é usado e como interpretá-lo; ok 
2. Aprender o que acontece na triagem neonatal; (exames- teste do pezinho, orelhinha, olhinho e coração) ok
3. Identificar as medidas antropométricas esperadas de um neonato; ok
4. Conhecer icterícia neonatal e identificar quando a fototerapia é recomendada; (se é fisiológico ou patológico, diagnostico, tratamento...) ok 
5. Compreender se é normal a perda de peso de um neonato nos primeiros dias, e por que isso ocorre; ok
6. Identificar as principais adaptações da vida extrauterina de um bebe; (sistema cardiorespiratório) ok escrito no caderno.
7. Entender como se promove o aquecimento do RN ao nascer, e qual a importancia; ok 
8. Reconhecer a importância de uma rede apoio no momento pós parto; ok
9. Analisar quando é indicado a injeção de vitamina k e colírio ao nascer; ok
10. Conhecer os cuidados com uma criança prematura e qual o indicativo para que ele seja liberado;
11. Entender a importância de um contato prévio entre binômio; (tanto para a mãe quanto fará filho) 
12. Compreender como se classifica a idade gestacional; (Classificação a termo, pré termo e pós termo) ok 
13. Identificar o plano de cuidados imediato pós parto e a importância de uma equipe multidisciplinar na elaboração deste.
14. Identificar os programas que visam fortalecer o vinculo mãe-filho e família;
 
Barreira hematoaeria
O sistema respiratório se desenvolve a partir da endoderme e mesoderma.
Por volta da 4a semana de desenvolvimento, o sistema respiratório começa como uma saliência do intestino anterior (precursor de alguns órgãos digestórios) discretamente inferior à faringe. Esta saliência é chamada de divertículo respiratório ou broto pulmonar.
A endoderme que reveste o divertículo respiratório dá origem a epitélio e glândulas da traqueia, brônquios e alvéolos. A mesoderme que circunda o divertículo respiratório dá origem a tecido conjuntivo, cartilagem e músculo liso destas estruturas.
Conforme o divertículo respiratório se alonga, sua extremidade distal se alarga para formar um broto traqueal globular, que dá origem à traqueia. Logo depois, o broto traqueal se divide em brotos brônquicos primarios, que se ramificam repetidamente e se desenvolvem em brônquios principais e secundários. Por volta da 24a semana após a fertilização, 17 sequências de ramos se formaram e bronquíolos respiratórios se desenvolveram.
Durante a 6a a 16a (estagio PSEUDOGLANDULAR) semanas após a fertilização, todos os principais elementos dos pulmões já se formaram, exceto aqueles envolvidos nas trocas gasosas (bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos). Como a respiração não é possível nesta fase, os fetos nascidos durante este período não são capazes de sobreviver.
Durante a 16a a 26a (estagio CANALICULAR) semanas após a fertilização, o tecido pulmonar torna-se altamente vascularizado e os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alguns alvéolos primitivos se desenvolvem. Embora seja possível para um feto nascido perto do final deste período sobreviver se receber terapia intensiva, a morte ocorre com frequência em virtude da imaturidade do sistema respiratório e de outros sistemas.
A partir da 26a semana até o nascimento, (estagio de SACO TERMINAL) muitos outros alvéolos primitivos se desenvolvem; eles consistem em células do tipo I alveolares (PNEUMOCITOS TIPO 1) (principais locais de trocas gasosas) e células do tipo II (PNEUMOCITOS TIPO 2) produtoras de surfactante. Os capilares sanguíneos também estabelecem um contato estreito com os alvéolos primitivos. Lembre-se de que o surfactante é necessário para baixar a tensão superficial do líquido alveolar e, assim, reduzir a tendência dos alvéolos de colapsar durante a expiração. Embora a produção de surfactante comece por volta da 20a semana, está presente apenas em pequenas quantidades. Quantidades suficientes para possibilitar a sobrevivência de um pré-termo (prematuro) não são produzidas até 26 a 28 semanas de gestação. Os recém-nascidos com menos de 26 a 28 semanas correm alto risco de síndrome de angústia respiratória do recém-nascido (SARRN), em que os alvéolos colapsam durante a expiração e precisam ser reinsuflados durante a inspiração (ver Correlação CLínica | Síndrome de angústia respiratória do recém-nascido na Seção 23.2)
Por volta da 30a semana, (estagio ALVEOLAR) desenvolvem-se alvéolos maduros. No entanto, estima-se que apenas aproximadamente um sexto do conjunto completo de alvéolos se desenvolva antes do nascimento; o restante de alvéolos maduros se desenvolve após o nascimento, durante os primeiros 8 anos de vida.
À medida que os pulmões se desenvolvem, eles adquirem seus sacos pleurais. A pleura visceral e a pleura parietal se desenvolvem a partir da mesoderme. O espaço entre as camadas pleurais é a cavidade pleural.
Durante o desenvolvimento, os movimentos respiratórios do feto provocam a aspiração de líquido para dentro dos pulmões. Este líquido é uma mistura de líquido amniótico, muco das glândulas brônquicas e surfactante. Ao nascer, aproximadamente metade dos pulmões estão preenchidos por líquido. Quando a respiração se inicia no momento do nascimento, a maior parte do líquido é rapidamente reabsorvida pelos capilares sanguíneos e linfáticos e uma pequena quantidade é expelida pelo nariz e boca durante o parto.
O bebe intrauterino não realizatrocas gasosas pelos pulmões e sim pela placenta. Os pulmões estão preenchidos por liquido. 
Livro tortora pág. 1195
Circulação fetal e neonatal
Livro marieb, pág. 666
1. Entender o que é APGAR, como é realizado, para que é usado e como interpretá-lo;
O escore de Apgar, também chamado de índice de Apgar ou escala de Apgar, é um dos métodos mais utilizados para a avaliação imediata do recém-nascido (RN), principalmente, no primeiro e no quinto minutos de vida.
O teste foi desenvolvido pela Dra. Virginia Apgar, médica norte-americana, responsável pela criação do que viria a ser a neonatologia, para avaliar 5 sinais objetivos do recém-nascido, atribuindo a cada sinal uma pontuação de 0 a 2.
Os sinais avaliados são: coloração da pele, pulso, irritabilidade reflexa, esforço respiratório, tônus muscular, conforme mostra a tabela abaixo. O somatório da pontuação (no mínimo 0 e no máximo 10) resultará no Escore de Apgar.
Interpretação dos resultados
· de 0 a 3 – Asfixia grave
· de 4 a 6 – Asfixia moderada
· de 7 a 10 – Boa vitalidade, boa adaptação
O resultado do primeiro minuto geralmente está relacionado com o pH do cordão umbilical e traduz asfixia intraparto. Já o Apgar do quinto minuto se relaciona com eventuais sequelas neurológicas. Além disso, escore menor que 7 é indicativo de asfixia perinatal.
https://www.sanarmed.com/escore-de-apgar 
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/107770/000556239.pdf?sequence=1&isAllowed=y#:~:text=As%20principais%20adapta%C3%A7%C3%B5es%20do%20neonato,principalmente%20devido%20a%20problemas%20maternos. 
2) Aprender o que acontece na triagem neonatal; (exames- teste do pezinho, orelhinha, olhinho e coração)
A triagem neonatal no Brasil faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que visa identificar distúrbios no recém-nascido em tempo hábil para uma intervenção adequada.
Programa Nacional de Triagem Neonatal – PNTN É um programa de rastreamento populacional que tem como objetivo geral identificar distúrbios e doenças no recém-nascido, em tempo oportuno, para intervenção adequada, garantindo tratamento e acompanhamento contínuo às pessoas com diagnóstico positivo, com vistas a reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A missão é promover, implantar e implementar a triagem neonatal no âmbito do SUS, visando ao acesso universal, integral e equânime, com foco na prevenção, na intervenção precoce e no acompanhamento permanente das pessoas com as doenças do Programa Nacional de Triagem Neonatal.
Conceito de Triagem Neonatal O termo triagem origina-se do vocábulo francês triagem que significa seleção. Em saúde pública, triar significa identificar, em uma população assintomática, os indivíduos que estão sob risco de desenvolver determinada doença ou distúrbio e que se beneficiariam de investigação adicional, ação preventiva ou terapêutica imediatas. 
O procedimento de triagem deve ser capaz de alterar a história natural da doença em uma parcela significativa da população elegível. A partir da identificação por testes específicos, pode-se iniciar o tratamento adequado visando minimizar riscos ou complicações advindas da condição identificada.
Ao aplicarmos a definição de Triagem Neonatal, estamos realizando essa metodologia de rastreamento, especificamente na população com idade de 0 a 28 dias de vida
A triagem neonatal consiste em alguns testes: o mais conhecido, o teste do pezinho, responsável pela identificação de diversas doenças metabólicas, genéticas endócrinas e enzimáticas; o teste do coraçãozinho; o teste do reflexo vermelho; a triagem auditiva; e a avaliação do frênulo lingual.
 
· Teste do pezinho:
Responsável por identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, para que estes possam ser tratados em tempo oportuno, evitando as sequelas e até mesmo a morte. Deve ser realizado entre o 3 e 5 dia
O teste do pezinho também é conhecido como triagem neonatal biológica e é responsável pela pesquisa de 6 doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase.
Realização da coleta
O profissional deve estar usando luvas de procedimento e deve realizar a assepsia do calcanhar do bebê com algodão ou gaze umedecidos com álcool a 70%. Colocar o pé do bebê abaixo do nível do coração, para que haja maior circulação de sangue.
A punção deve ser feita com lancetas apropriadas (autorretráteis para evitar acidentes), estéreis, descartáveis e com profundidade e largura determinadas. O local de punção deve ser em uma das laterais da região plantar do calcanhar, na qual há menor possibilidade de atingir o osso.
Punção: ação ou efeito de pungir ou puncionar.
Pungir: ferir ou furar com objeto pontiagudo
 Puncionar: cortar ou abrir com punção ('bisturi')
Após a punção, aguardar a formação da primeira gota de sangue e limpá-la, já que pode conter outros fluidos teciduais. As demais gotas devem ser encostadas no verso do papel filtro, até o preenchimento de todo o círculo demarcado.
Após a coleta, colocar a criança deitada e comprimir levemente o local com algodão ou gaze, até que o sangramento cesse.
A equipe multidisciplinar das maternidades e casas de parto deve orientar as puérperas e familiares sobre a importância da realização do teste.
O ponto de coleta é na Unideda de Atenção Básica perto da residência da família, quando não tiver sido feita na maternidade/casa de parto, entre o 3o e 5o dia de vida do bebê. A família deve estar atenta para pegar os resultados do teste e apresentar ao pediatra, que deve registrá-los na Caderneta da criança.
· Testes do coraçãozinho: triagem neonatal para Cardiopatia Congênita Crítica
Oximetria é um exame que permite medir a saturação de oxigênio do sangue, ou seja a porcentagem de oxigênio que está sendo transportada na circulação sanguínea. Este exame,que pode ser feito no hospital ou em casa com um oxímetro de pulso, é importante quando há suspeita de doenças que prejudicam ou interferem com o funcionamento dos pulmões, doenças cardíacas ou doenças neurológicas, por exemplo
Trata-se de um teste que deve ser realizado no recém-nascido ainda na maternidade, após as primeiras 24 horas de vida e antes da alta hospitalar para rastreio de cardiopatias congênitas críticas dependentes do canal arterial. Consiste na medição da saturação (níveis de oxigênio no sangue) do bebê, através da utilização de um aparelho denominado "oxímetro".
Observação: As cardiopatias congênitas são anomalias resultantes de defeitos anatômicos do coração e/ou dos grandes vasos ocasionadas pelo desenvolvimento embriológico alterado, levando a comprometimento da estrutura e/ou da função cardíaca.
São consideradas cardiopatias congênitas críticas (CCC) aquelas com necessidade de tratamento cirúrgico ou de cateterismo no primeiro ano de vida. Cardiopatias congênitas críticas incluem aquelas cianogênicas e “canal-dependentes” bem como algumas menos graves que não são dependentes de canal arterial. O canal arterial, ponto de comunicação entre a circulação pulmonar e sistêmica durante o período fetal, fecha funcionalmente na grande maioria dos recém-nascidos nas primeiras 72 horas de vida. A sintomatologia das CCC decorre do fechamento ou restrição do canal arterial (cardiopatias canal dependentes). 
No grupo das CCC ocorre uma mistura de sangue entre as circulações sistêmica e pulmonar, o que acarreta uma redução da saturação de O2. A aferição da oximetria de pulso de forma rotineira permite a detecção da baixa oxigenação e o encaminhamento do RN para avaliação clínica especializada, bem como para realização de exames mais específicos (ecocardiograma) visando o diagnóstico definitivo.
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/junho/12/SEI-MS-2937931-Nota-Tecnica.pdf 
Por que verificar o nível de oxigênio no sangue com oxímetro de pulso? O nível de saturação de oxigênio baixos (abaixo de 95% ou com uma diferença maiorque 2% entre os membros superiores e inferiores) podem indicar a presença de uma malformação cardíaca.
O teste envolve a oximetria de pulso. Consiste em um exame fácil rápido, além de muito específico para a detecção das cardiopatias congênitas críticas (CCC), que deve ser realizado antes da alta da Unidade Hospitalar em todos os RN com IG > 34 semanas.
O teste é realizado a partir da aferição da saturação de oxigênio no membro superior direito (MSD) e em qualquer um dos membros inferiores, entre 24 e 48 horas de vida. 
O resultado normal consiste na saturação maior ou igual a 95% em ambas as medidas, sendo a diferença menor que 3% entre as medidas do MSD e MMII. 
já o resultado anormal está presente quando qualquer medida seja menor que 95% ou houver diferença igual ou maior a 3% entre as medidas .
Se o resultado anormal se confirmar, o recém-nascido deve ser submetido a um ecocardiograma dentro de 24 horas.
· Triagem auditiva
A triagem neonatal auditiva ou o teste da orelhinha possibilita a identificação precoce de possíveis perdas auditivas nos recém-nascidos. A triagem auditiva deve ser realizada preferencialmente nos primeiros dias
de vida (24 a 48 horas), antes da alta ou, no máximo, no 1o mês de vida.
A forma como serão realizados os testes dependem da presença ou não de indicadores de risco para a deficiência auditiva. 
Alguns indicadores de alto risco de perda auditiva devem ser considerados: 
· História familiar de surdez congênita;
· Anomalias craniofaciais;
· Espinha bífida; 
· Síndromes genéticas que cursam com deficiências auditivas, como aSd. Waardenburg, Alport e Pendred
· Intercorrências neonatais, como peso < 1.500g, anóxia grave, uso de ventilação assistida, permanência em UTI por > 5 dias, sepse/meningite neonatal,
· Infecções congênitas. A  mulher teve alguma infecção durante a gravidez, como a toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis ou HIV
A forma como serão realizados os testes dependem da presença ou não de indicadores de risco para a deficiência auditiva. 
Para os neonatos e lactentes sem indicadores de risco, utiliza-se o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE), Já para os indivíduos com indicador de risco, utiliza-se diretamente o Peate-Automático, devido à maior prevalência das perdas auditivas retrococleares. (Quando falamos sobre doenças retrococleares estamos nos referindo a alterações da via auditiva que não estão relacionadas ao ouvido, mas sim a causas relacionadas a inervação auditiva e ao trato do sistema nervoso que liga o ouvido ao cérebro)
O EOAE é um teste rápido, simples e não invasivo, com alta sensibilidade e especificidade, capaz de identificar a maior parte das perdas auditivas cocleares (pré-neural). Porém, não permite a identificação das deficiências auditivas retrococleares e necessita de integridade anatômica da orelha externa e média para ser realizado. Já o PEATE é um teste mais complexo e caro, que precisa de sedação e avalia a integridade das vias auditivas até o tronco cerebral.
 
Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz. É um exame feito, geralmente, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê, é indolor, não tem contraindicações e dura em torno de 10 minutos.
Como é feito o teste da orelhinha
O teste da orelhinha é um teste simples e que não causa dor ou desconforto para o bebê. Nesse teste, o médico coloca um aparelho na orelha do bebê que emite estímulo sonoro e mede o seu retorno através de uma pequena sonda que também é inserida na orelha no bebê.
Assim, em cerca de 5 a 10 minutos, o médico pode verificar se existem alterações que devem ser investigadas e tratadas. No caso de ter sido verificada alteração durante o teste da orelhinha, o bebê deve ser encaminhado para a realização de um exame de audição mais completo, para que possa ser concluído o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado.
A deficiência de audição tem consequências desastrosas na infância, com implicações diretas no desenvolvimento, escolaridade, relacionamento social e status emocional do indivíduo. Outro aspecto importante é que a linguagem se desenvolve nos primeiros seis meses de vida, por isso a importância de identificar os bebês com alterações auditivas e iniciar seus atendimentos.
· TESTE DO REFLEXO VERMELHO (olhinho)
Também chamado de teste do olhinho, consiste em um exame simples e rápido realizado em recém-nascidos, com o objetivo de detectar precocemente problemas oculares congênitos. Identifica-se com esse teste as condições que comprometem a transparência dos meios oculares e que podem impedir o desenvolvimento visual.
O teste é realizado com o oftalmoscópio direto, que projeta a luz nos olhos e atravessa as estruturas transparentes, atingindo a retina e refletindo a luz vermelha. O aparelho deve ser colocado a uma distância de 50cm a 1 metro dos olhos do RN e deve-se observar a presença ou ausência do reflexo, assim como comparar a intensidade e simetria dos olhos.
A observação do reflexo vermelho da retina indica que as estruturas estão transparentes (normais); a opacidade desses meios pode levar a leucocoria (pupila branca) ou perda do reflexo. As principais causas de TRV negativo (alterado) são a catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, leucoma, inflamações intraoculares da retina e vítreo, retinopatia da prematuridade e outros.
· Avaliação do frênulo lingual 
A anquiloglossia é uma alteração que se caracteriza por um frênulo lingual anormalmente curto e espesso, que restringe a movimentação da língua em graus variados. Dessa forma, pode interferir negativamente na amamentação, diminuindo a habilidade para uma sucção adequada. Com isso, há dificuldade no estímulo adequado à produção de leite materno, causando dores e feridas durante a amamentação.
A avaliação do frênulo lingual tem como base o Protocolo Bristol, que leva em consideração os seguintes elementos: 
· aparência da ponta da língua, 
· fixação do frênulo na margem gengival inferior,
· elevação da língua e projeção da língua. 
As pontuações obtidas em cada item devem ser somadas, podendo variar de 0 a 8. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal_biologica_manual_tecnico.pdf 
Sanarflix. No módulo de neonatologia
3) Identificar as medidas antropométricas esperadas de um neonato;
· É a verificação do comprimento, peso , perímetro cefálico, torácico e abdominal do recémnascido.
· Finalidade: Acompanhar o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido. Detectar precocemente possíveis atrasos de crescimento.
Em crianças até 2 anos de idade, recomenda-se medir a altura (comprimento) com ela deitada, utilizando uma régua antropométrica. Para recém-nascidos, utiliza-se a balança pediátrica.
Perímetro cefálico (PC): realizada logo após o nascimento, e importante para acompanhamento da criança até os 2 anos de idade. Em crianças com algum déficit, deve ser medido até os 5 anos de idade. Para diagnóstico da microcefalia, o valor do PC deve ser inferior a 33 cm na criança a termo. A medida é realizada com fita inextensível, observando os pontos anatômicos das bordas supraorbitárias (arco das sobrancelhas) e a proeminência occipital em seu ponto mais saliente, na parte posterior.
Estatura – deve ser utilizada uma régua antropométrica ou graduada. Evita-se fita métrica pela possibilidade de erro. A cabeça do bebê deve ficar na extremidade fixa, com as pernas bem esticadas. 
• Estatura média do RN: 50 cm 
Peso – bebê deve estar sem roupa e em balança previamente tarada:
 • Alto peso ou macrossômico: > 4 kg
 • Peso médio do RN ao nascer: 3 – 3,5 kg 
• Baixo peso ou microssômico: < 2,5 kg 
• Muito baixo peso: < 1,5 kg e > 1 kg
 • Extremo baixo peso: < 1kg
Perímetro cefálico – medido com fita métrica, passando pela região mais proeminente do occipital até as bordas supraorbitárias (ou glabela). 
• Média: 34 – 36 cm.
Perímetro torácico – medido com a mesma fita métrica, passando pelalinha intermamilar. 
• Deve ser, em média, 2 centímetros menor do que o perímetro cefálico
Perímetro abdominal – medido com fita métrica, logo acima do coto umbilical.
 • Cerca de 2 centímetros menor do que o perímetro torácico.
https://paginas.uepa.br/eduepa/wp-content/uploads/2019/06/MANUAL-DE-NEONATOLOGIA.pdf 
Descrição do procedimento:
PARA MENSURAÇÃO DO COMPRIMENTO: 
 Deitar o recém-nascido na mesa de exames ou berço comum. 
 Retirar sapatinhos e chapéu se houver, com auxílio da mãe, caso seja possível. 
 Posicionar o antropômetro com a base totalmente aberta com a parte fixa voltada para a cabeça do recém-nascido e a parte móvel voltada para os pés. 
 Solicitar que a mãe segure a cabeça do recém-nascido próxima à base fixa impedindo que o mesmo a mova (se houver possibilidade a técnica deve ser realizada com dois profissionais). 
 Estender os membros inferiores do recém-nascido. 
 Proceder à progressão da base móvel em direção aos pés do recém-nascido.
 Verificar a medida demarcada na régua através da subida da base ao encontro dos pés do recém-nascido. 
 Puxar novamente a base móvel para baixo até que fique livre para ser retirada da mesa. 
PARA MENSURAÇÃO DO PERÍMETRO CEFÁLICO (PC): 
 Levantar a cabeça do recém-nascido com uma das mãos e com a outra
 Passar a fita por trás da cabeça com a outra mão e trazê-la para frente até que a ponta encontre o valor referente à mensuração desejada. 
PARA MENSURAÇÃO DO PERÍMETRO TORÁCICO (PT): 
 Levantar o tórax do recém-nascido suavemente e passar a fita por trás do mesmo e trazê-la a frente até que a ponta encontre o valor referente à mensuração desejada.
 PARA MENSURAÇÃO DO PERÍMETRO ABDOMINAL (PA): 
 Levantar o tórax do recém-nascido suavemente e envolver o abdômen com a fita, passando-o por trás do mesmo e trazendo para frente até que a ponta encontre o valor referente à mensuração desejada.
 Organizar o recém-nascido, se possível com auxílio da mãe. 
 Retirar as luvas.
 Realizar a higienização das mãos (Ver POP de Higienização das mãos). 
 Registrar as mensurações encontradas.
 
 
http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/pop_67_medidas_antropometricas_no_rn.pdf 
Para estabelecer grupos de risco, prognóstico e ações profiláticas específicas, o RN deve ser classificado de acordo com:
 1º Idade gestacional (IG): 
• pré-termo ou prematuro (RNPT) – IG até 36 semanas e seis dias; 
• termo – IG de 37 a 41 semanas e 6 dias; 
 pós-termo ou pós-maturo – IG de 42 semanas ou mais.
 
2º Peso de nascimento (PN): 
• baixo peso (RNBP) – PN menor que 2.500g; 
• peso elevado – PN igual ou maior a 4.500g. 
3º Idade Gestacional e o Peso de Nascimento: 
 • adequado para a idade gestacional (AIG) – PN entre os percentis 10 e 90 para a IG;
 • pequeno para a idade gestacional (PIG) – PN menor que o percentil 10 para a IG;
 • grande para a idade gestacional (GIG) – PN maior que o percentil 90 para a IG.
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/Semiologia-crianca-recem-nascido.pdf 
4). Conhecer icterícia neonatal e identificar quando a fototerapia é recomendada; (se é fisiológico ou patológico, diagnostico, tratamento...)
· Definição: 
Icterícia neonatal nada mais é do que a expressão clínica do aumento da concentração sérica da bilirrubina indireta (BI) > 1,3-1,5mg/dL ou bilirrubina direta (BD) > 1,5mg/dL desde que tal valor seja > 10% da bilirrubina total (BT).
Aqui trataremos, sobretudo, da hiperbilirrubinemia indireta a qual é mais frequente, uma vez que 98% dos RN apresentam níveis séricos de BI > 1mg/dL e, como vimos na aula de Dra. Nathalia, tal bilirrubina por ser lipossolúvel pode chegar facilmente ao sistema nervoso central (SNC) o que lesa o tecido cerebral instalando o quadro de encefalopatia bilirrubínica.
Além disso, é possível falar em icterícia precoce que acontece antes das primeiras 24h de vida que está
mais associada ao que se denomina “icterícia patológica” e a tardia que ocorre após as 24h chamada também de “icterícia fisiológica/ transitória ”, pois, como veremos a hiperbilirrubinemia indireta muitas vezes resulta de um adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina
· Para melhor compreender a hiperbilirrubinemia indireta do RN é fundamental compreender como ocorre
o metabolismo da bilirrubina.
Com a ruptura das hemácias e liberação da hemoglobina, esta é captada por macrófagos que a transformam em biliverdina, monóxido de carbono e ferro. 
A biliverdina ao ser convertida em bilirrubina livre pela biliverdina-redutase passa a ser liberada gradualmente dos macrófagos para o plasma, tal molécula é lipossolúvel, e como dito anteriormente, atravessa facilmente a barreira hematoencefálica.
 Para ser transportada no plasma esta bilirrubina liga-se à albumina, sendo chamada também de bilirrubina não conjugada ou indireta. 
Ao chegar ao fígado, a mesma é captada por proteínas chamadas ligandinas até os hepatócitos onde em seguida são levadas ao retículo endoplasmático no qual são conjugadas pela ação da enzima UDP glicuroniltransferase formando então um composto polar e hidrossolúvel que é a bilirrubina direta ou conjugada. 
A excreção desta ocorre através do polo biliar dos hepatócitos para então chegar ao intestino onde é desconjugada pela ação das glicuronidases bacterianas para formar o urobilinogênio que é excretado nas fezes, pequena porção é eliminada pela urina e, outra parte, volta para o fígado pelo sistema porta, constituindo o ciclo enterro-hepático da bilirrubina.
Obs: Hemoglobina é uma proteína presente nos glóbulos vermelhos e a responsável pela coloração vermelha do sangue. Essa proteína, que tem como função o transporte de oxigênio pelo organismo, 
Obs: A Barreira hematoencefálica (BHE) é uma estrutura de permeabilidade altamente seletiva que protege o Sistema Nervoso Central (SNC) de substâncias potencialmente neurotóxicas presentes no sangue e sendo essencial para função metabólica normal do cérebro.
Obs: A grande diferença entre a bilirrubina indireta e a bilirrubina direta é a capacidade de diluição na água, que é baixa na primeira e elevada na segunda.
O termo “hiperbilirrubinemia significante” tem sido considerado como níveis séricos de BT > 17 mg/dL (1 a 8% dos nascidos vivos), “hiperbilirrubinemia grave” se BT > 25 mg/dL (1 caso em 500 a 5.000 nascidos vivos) e “hiperbilirrubinemia extrema” quando BT > 30 mg/dL (1 caso em 15.000 nascidos vivos) em países desenvolvidos.
A hiperbilirrubinemia indireta costuma se manifestar clinicamente como icterícia quando atinge níveis séricos superiores a 5 mg/dL
Fator que contribui para a maior quantidade de BI no neonato
No RN tanto a captação quanto a conjugação mostram-se ineficientes devido à imaturidade da ação
tanto das ligandinas como da UDP glicuroniltransferase, a qual só atinge níveis similares aos do adulto entre
a 6ª e 14ª semana de vida. Além disso, a maior concentração de hemoglobina e menor meia vida dos eritrócitos leva o RN a ter uma quantidade de bilirrubina duas vezes maior que a do adulto. Outro fator que contribui para a maior quantidade de BI no neonato diz respeito ao aumento da circulação enterro-hepática decorrente de um trato gastrointestinal estéril, ou seja, com menor quantidade de glicuronidases bacterianas e também, devido a maior quantidade de beta-glicuronidase presente no leite materno.
Logo, o nível de bilirrubina sérica nos neonatos é dependente da interação entre os mecanismos de produção-captação-conjugação-excreção e circulação entero-hepática no mesmo de modo que, mesmo em se tratando de doenças hemolíticas onde há produção aumentada é possível também que ocorra de modo simultaneamente alterações em outros pontos do metabolismo.
Nível sérico é um termo usado por profissionais de saúde para se referir a quantidade de uma determinada substância no sangue.
 
· INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA DA ICTERÍCIA
A icterícia neonatal apresenta progressão cefalocaudal sendo possível avalia-la por meio das zonas de Kramer em que áreas
ictéricas do corpo do neonato, avaliadas sob luz natural, são correlacionadas com valoresmédios de bilirrubina
Limitação: No entanto, a avaliação por meio das zonas de Kramer não permite predizer a gravidade da elevação dos níveis de bilirrubina, assim como a análise pode variar muito a depender do tom de pele do RN. 
· Outra forma de avaliar os valores de bilirrubina é pelo método invasivo de coleta por meio do sangue do RN. Deste modo pode-se prever quais RN têm risco de desenvolver valores elevados na 1ª semana de vida. Para avaliação deste risco um nomograma, conhecido como Nomograma de Buthani, foi construído baseados nos percentis 40, 75 e 95 com os valores de BT séricas colhidas do RN.
Logo, qualquer RN ictérico com idade gestacional (IG) ≥ 35 semanas é necessário determinar o risco (mínimo, intermediário ou maior) de desenvolver hiperbilirrubinemia significativa, ou seja, BT > 25mg/dL. Esta
avaliação deve ser feita antes da alta
na maternidade, bem como no período
máximo de 72h após a mesma.
· Etiologia: 
Fisiológica
Como dito, a icterícia que ocorre após as 24h de vida costuma estar mais relacionada com aqueles mecanismos ligados à imaturidade dos hepatócitos. Tal icterícia nos RN a termo tem seu pico entre 3º-5º dia e desaparece até o 12º dia de vida, enquanto que nos pré-termo o pico é entre 5º-7º dia, desaparecendo em geral no 14º dia. 
Falta do leite materno:
Tal icterícia costuma acontecer na 1ª semana de vida associada a perda de peso pongestão inadequada do leite materno o que leva ao aumento da
circulação enterro-hepática de bilirrubina e, consequentemente, maior aporte desta para a circulação sanguínea. Isso pode acontecer tanto por uma dificuldade na sucção pelo RN, como pouca oferta do leite pela mãe, vale ressaltar que, esse contexto leva tanto a perda de peso quanto desidratação do neonato. A icterícia chegar a ser bastante intensa, assim como os níveis de bilirrubina podem levar ao desenvolvimento da encefalopatia bilirrubínica
 Complemento: A amamentação pode causar icterícia de duas maneiras, que são denominadas
· Icterícia associada à amamentação (mais comum)
· Icterícia do leite materno
A icterícia associada à amamentação se desenvolve nos primeiros dias de vida e normalmente se resolve na primeira semana. Ela ocorre em recém-nascidos que não consomem leite materno suficiente, por exemplo, quando o leite materno ainda não está sendo produzido em quantidade suficiente. Esses recém-nascidos têm menos evacuações e, assim, eliminam menos bilirrubina. À medida que os recém-nascidos continuam a amamentar e a consumir mais leite, a icterícia desaparece por conta própria.
A icterícia do leite materno é diferente da icterícia associada à amamentação, pois ela tende a ocorrer mais para o final da primeira semana de vida e pode se resolver até a segunda semana de vida ou persistir por vários meses. A icterícia do leite materno é causada por substâncias no leite materno que interferem com o processo que o fígado segue para eliminar a bilirrubina do organismo.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-do-trato-gastrointestinal-gi-e-do-f%C3%ADgado-em-rec%C3%A9m-nascidos/icter%C3%ADcia-no-rec%C3%A9m-nascido#:~:text=A%20icter%C3%ADcia%20associada%20%C3%A0%20amamenta%C3%A7%C3%A3o,sendo%20produzido%20em%20quantidade%20suficiente. 
Síndrome da icterícia pelo leite materno
Esta é descrita em 20-30% de todos os neonatos em aleitamento materno. Neste caso, diferente da etiologia explicada acima, o leite materno passa a agir como modificador ambiental para genótipos que atuam tanto na captação, quanto na conjugação da bilirrubina elevando o risco em até 22 vezes de chegar a valores de BT > 20mg/dl. 
O quadro clínico difere do anterior, pois neste caso há uma icterícia persistente desde a 1ª semana de vida que se prolonga por 2-3 semanas, mas o RN não chega a perder peso ou desidratar, ao contrário, está em bom estado geral e com adequado ganho pondero-estrutural. O diagnóstico costuma ser feito por exclusão após afastar as causas patológicas de aumento de BI
5) Compreender se é normal a perda de peso de um neonato nos primeiros dias, e por que isso ocorre;
É normal que a criança perca até 10% do seu peso ao nascer nos primeiros 7 dias de vida, devido a eliminação de líquidos e diminuição de edemas. Se a perda de peso for maior ou posterior a esse período, pode ser sinal alimentação inadequada ou doença grave, que diminui o apetite ou impede a utilização correta dos nutrientes ingeridos. Nesse caso, o quadro é avaliado como problema nutricional grave e há encaminhamento urgente para hospital.
Não podemos esquecer que todo recém-nascido apresenta perda ponderal de até 10% do peso ao nascimento na primeira semana de vida e tende a recuperar o peso na segunda semana de vida. Essa perda de peso corresponde à eliminação do excesso de líquido extracelular e ingesta restrita própria do período. No caso apresentado, a criança teve uma perda de 250 gramas, que é inferior a 10% do seu peso de nascimento (320g). (questões no sanarflix)
Manual de neonatologia 
7). Entender como se promove o aquecimento do RN ao nascer, e qual a importância;
Mecanismo de regulação térmica 
O ambiente intrauterino é termoestável e o controle térmico fetal é dependente da mãe. O feto tem taxa metabólica basal elevada e produz duas vezes mais calor por unidade de peso corporal que o adulto. Assim, a temperatura fetal é 0,5 a 1o C maior que a da mãe, estabelecendo um gradiente que propicia a transferência de calor do feto para o organismo materno.
 O calor fetal é eliminado predominantemente (85%) pela circulação placentária. Apenas 15% é eliminado pela pele fetal para o líquido amniótico e deste para a parede uterina. Assim, o organismo materno é um reservatório de calor para o feto. Por esse motivo, é importante alertar para algumas situações que podem aumentar a temperatura materna e fetal no parto, como: trabalho de parto prolongado, rotura prolongada de membranas, corioamnionite, infecção urinária e anestesia peridural, enquanto que na cesariana pode haver diminuição da temperatura materna e, consequentemente, do feto.
Após o nascimento, a troca de calor entre o feto e a placenta cessa e a estabilidade térmica do ambiente intrauterino é perdida, sendo assim, o recém-nascido precisa se habituar a este novo ambiente. A transição do ambiente aquecido e úmido para um ambiente relativamente frio e seco da sala de parto, propicia a perda de calor. Sem intervenções, a temperatura do RN pode diminuir rapidamente, em torno de 0,3ºC por minuto.
Os RNs apresentam controle térmico imaturo, necessitando de uma temperatura ambiente mais elevada para manter o ambiente térmico neutro. Além de possuírem dificuldade em dissipar calor em um ambiente superaquecido, o que leva a um aumento do risco de hipertermia.
Diversos fatores predispõem o RN a perda de calor, como a grande área de superfície exposta ao ambiente, a fina camada de gordura branca em tecido subcutâneo (não fornecendo isolamento térmico suficiente para conservação de calor), e o grande número de vasos superficiais próximos a pele (aumentando a perda insensível de água e dificultando a manutenção da temperatura), sobretudo em RNs Pré-termo, por apresentarem massa muscular reduzida, menos depósitos de gordura marrom (reserva de energia) e pele mais fina e pouco queratinizada.
 Ao nascimento, a transição do ambiente intrauterino, com temperatura em torno de 37,5o  C, para o ambiente seco e frio da sala de parto propicia importante perda de calor por evaporação e por convecção. Se não houver intervenção, a temperatura cutânea do RN diminui rapidamente, em torno de 0,3o C por minuto. Essa queda desencadeia resposta termorregulatória mediada pelo sistema nervoso simpático com liberação de noradrenalina nas terminações nervosas da gordura marrom, com liberação do hormônio estimulante da tireoide. Os hormônios tireoidianos, especialmente a triiodotironina (T3), atuam de forma sinérgica com a noradrenalina promovendo a oxidação de ácidos graxos livres e o aumento de uma proteína designada termogenina, resultando em produçãode calor, porém com grande consumo de energia.
· Mecanismos de perda de calor no período neonatal 
São quatro as possíveis maneiras de perda de calor pelo RN: evaporação, radiação, convecção e condução
1) Evaporação 
· Corresponde à perda insensível de água pela pele. As principais causas dessa perda são pele ou cobertas molhadas e baixa umidade do ambiente ou do ar inspirado. É especialmente importante em crianças em berços aquecidos.
· Obs: É a principal forma de perda de calor em RN prematuros, especialmente ao nascimento e nos primeiros dias de vida, sendo inversamente proporcional às idades gestacional e pós-natal.
2) Radiação 
· Trata-se da perda de calor do RN para objetos ou superfícies mais frias que não estão em contato com ele. 
· A principal causa dessa perda é a grande área da pele exposta a ambiente frio, o que pode ocorrer no RN despido em incubadora, que perde calor para as paredes da mesma
· A utilização de incubadoras de parede dupla para RN pré-termo pequeno minimiza este efeito. É por este mecanismo que os berços aquecidos fornecem calor aos bebês
3) Convecção 
· Forma pela qual ocorre perda de calor da pele do RN para o ar ao seu redor. 
· O principal fator desencadeante dessa perda é o fluxo de ar frio na pele ou mucosas.
· A manutenção das portinholas das incubadoras fechadas, assim como a lateral dos berços aquecidos levantadas, são importantes métodos de prevenção deste tipo de perda de calor
4) Condução 
· Trata-se da perda de calor do RN para a superfície fria em contato com ele. Geralmente essa perda é pequena, pois os RN são colocados em superfícies aquecidas
· Hipotensão:
Definição: A Organização Mundial de Saúde define como faixa de normalidade a temperatura do RN de 36,5 a 37°C e classifica a hipotermia conforme a gravidade: 
•. Potencial estresse do frio (hipotermia leve): temperatura entre 36,0 e 36,4°C. 
• Hipotermia moderada: temperatura entre 32,0 e 35,9°C. 
• Hipotermia grave: temperatura menor que 32,0°C.
Os fatores de risco para hipotermia podem ser agrupados em duas categorias: 
Fatores do RN: 4,10 
• Idade gestacional. 
• Peso de nascimento. 
• Asfixia. 
• Sepse. 
• Outras doenças. 
Fatores ambientais:
 • Baixa temperatura na sala de parto. 
• Transporte neonatal. 
• Controle inadequado do ambiente térmico.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que todos os RN sejam mantidos em temperatura ambiental de no mínimo 25o C
A hipotermia leva à diminuição da produção de surfactante e aumento do consumo de oxigênio e causa depleção das reservas calóricas, contribuindo para o desenvolvimento ou agravamento de insuficiência respiratória. Na hipotermia grave pode ocorrer hipotensão, bradicardia, respiração irregular, diminuição de atividade, sucção débil, diminuição de reflexos, náuseas e vômitos, acidose metabólica, hipoglicemia, hipercalemia, azotemia, oligúria e, algumas vezes, sangramento generalizado, hemorragia pulmonar e óbito.
Manutenção da temperatura corporal do recém-nascido:
As medidas de controle térmico do RN se concentram em mecanismos para prover calor ou evitar a perda de calor ao nascimento. Existem diversas recomendações para prevenir a perda de calor, adotando medidas ao nascimento, transporte e admissão em unidade neonatal.
 Intervenção utilizada é recepcionar o RN em campos aquecidos e colocá-lo sob calor radiante. Logo após deve-se secar o RN e remover os campos úmidos. Em RNs com menos de 28 semanas e menores que 1.500g recomenda-se, antes da secagem, envolvê-lo em saco plástico transparente dos ombros para baixo, e somente retirá-lo após estabilização térmica na unidade neonatal.
Outra medida utilizada para prevenir a perda de calor é a utilização de uma touca com tecido de algodão, pois estudos revelam que a perda de calor pela cabeça, pode ser de até 30% do calor do corpo, sendo esta clinicamente importante. É desejável que a temperatura do RN ao final da assistência em sala de parto, esteja em torno de 36,5 ºC.
Mais uma estratégia que traz como benefício o controle térmico do RN, é o contato pele a pele, favorecendo a amamentação e o vínculo mãe-filho, no qual consiste em colocar o RN despido no torax da mãe logo após o nascimento, em casos de RNs sadios.
http://www.repositorio.ufal.br/bitstream/riufal/6312/3/Termorregula%C3%A7%C3%A3o%20do%20Rec%C3%A9m-nascido%20nas%20primeiras%20horas%20de%20vida%20em%20Unidade%20Neonatal.pdf
· Prevenção: Todos os esforços devem ser feitos no sentido de prevenir a hipotermia, o que pode ser feito adotando-se várias medidas, geralmente simples, ao nascimento, no transporte e na unidade neonatal.
Ao nascimento: Os cuidados de rotina incluem: 
• Manter a temperatura da sala de parto maior ou igual a 25°C. 
• Ligar a fonte de calor radiante antes do nascimento e preaquecer os campos. 
• Recepcionar o RN em campos aquecidos e colocá-lo sob calor radiante. 
• Secar e remover os campos úmidos.
https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/files/uploaded/TE%2017-18%20Neonato%20Aula%20%201-%20Caracteristicas%20Biologicas%20RN.pdf 
8). Reconhecer a importância de uma rede apoio no momento pós-parto.
Após o parto, a mulher vivencia uma nova fase, período chamado de puerpério, em que esta mulher terá que passar por adaptações fisiológicas e psicológicas, momento em que ela percebe que toda a atenção que lhe era oferecida durante a gestação é transmitida para a criança.
O puerpério é conceituado como um período do ciclo grávido-puerperal em que o organismo materno retorna às suas condições pré-gravídicas e é caracterizado pelas regressões das modificações locais e sistêmicas que foram provocadas pela gravidez. O seu início se dá logo após a expulsão total da placenta e das membranas e tem duração de cerca de seis semanas. Durante esse período, a mãe torna-se dependente, necessitando de um suporte de apoio dos amigos, familiares e do profissional de saúde.
É nesse contexto que constatamos a importância do apoio social à puérpera, sendo este o alicerce para tomadas de decisões mais seguras e conscientes. Logo, quando a puérpera, família e enfermeira integram e enfrentam a realidade do período puerperal com transparência, empenho, o desenvolvimento do processo se torna mais fácil e mais saudável.
No enfrentamento das mudanças ocorridas no puerpério, a mulher experiência vários sentimentos, variando desde a angústia até o medo de não conseguir adaptar-se às tais mudanças. Nesse momento de dificuldades e de profundas transformações, podendo estas serem tanto psicológicas como biológicas, a mulher necessita de apoio por parte de pessoas próximas, como seu esposo, amigos, enfim, alguém que possa ajudá-la neste processo.
O apoio à mulher e família no pós-parto é fundamental para o reajustamento e equilíbrio pessoal e familiar. Este apoio pode verificar-se de diferentes formas e a diferentes níveis, o apoio social promovido pelo estado, o apoio dos técnicos de saúde e o apoio da família e dos amigos.
http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/485 
9). Analisar quando é indicado a injeção de vitamina k e colírio ao nascer
Dentre o grupo de doenças perinatais vou falar sobre a doença hemorrágica do recém-nascido
DOENÇA HEMORRÁGICA DO RECÉM-NASCIDO
 A presença de sangramento no recém-nascido (RN) pode estar associada a quadros graves de infecção, doenças hematológicas ou deficiência de vitamina K. 
A investigação inicial de um RN com sangramento deve ressaltar os seguintes pontos: história familiar de sangramento, história das gestações anteriores, história de doenças de coagulação na família, doenças maternas (principalmente infecções), drogas usadas na mãe e no neonato, certeza da administração da vitamina K no RN.
O RN em bom estado geral que apresenta sangramento tem diagnóstico provável de doença hemorrágica do RN, alterações plaquetárias ou deficiência dos fatores de coagulação.
· Doença hemorrágica do recém-nascido por deficiência de vitamina K
Vitamina K
A deficiência de vitamina K é comum em recém-nascidos, por causa da função hepática imatura e transferência de baixas quantidades de vitamina K através da placentaou do leite materno tem vitamina k, mas de forma insuficiente . Se a vitamina K não é aplicada, a criança corre risco de sangramento, conhecido como Doença Hemorrágica do Recém-Nascido. 
Essa doença está associada com hemorragia cutânea, gastrointestinal e intracraniana em recém-nascidos, com desenvolvimento típico na primeira semana de vida. Para evitá-la, o tratamento padrão é a aplicação de vitamina K1, administrada no nascimento.
A vitamina K é essencial para a atividade de várias enzimas carboxilase nas células hepáticas e, portanto, é necessária para a ativação de fatores de coagulação VII, IX, X e protrombina. A vitamina K é um cofator para algumas proteínas envolvidas na mineralização óssea.
Sinais e sintomas clínicos de deficiência de vitamina K incluem o sangramento das mucosas, hemorragias, melena (sangramento do estômago), hematúria ou quaisquer outras manifestações de coagulação deficiente (hematomas, sangramentos gengivais etc.).
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/vitamina-k/#:~:text=A%20defici%C3%AAncia%20de%20vitamina%20K,Doen%C3%A7a%20Hemorr%C3%A1gica%20do%20Rec%C3%A9m%2DNascido. 
Deve-se administrar, de forma profilática, vitamina K rotineiramente em todos os recém-nascidos. É importante para a prevenção de sangramento precoce por deficiência desta vitamina (doença hemorrágica do RN), evitando também sangramento posterior. Administra-se 1 mg por via intramuscular
A profilaxia ocular também é importante, já que evita infecções oculares que podem ser transmitidas durante a passagem do RN pelo canal de parto. Aplica-se colírio oftálmico de antibiótico em ambos os olhos, dentro da primeira hora após o nascimento, abrindo as pálpebras com os dedos e aplicando as gotas no ângulo interno da pálpebra inferior. 
Podem ser utilizados: 
• Tetraciclina 1%;
 • Nitrato de prata 1%; 
• Iodopovidona 2,5%; ou 
• Eritromicina 0,5%
https://paginas.uepa.br/eduepa/wp-content/uploads/2019/06/MANUAL-DE-NEONATOLOGIA.pdf 
11) Entender a importância de um contato prévio entre binômio; (tanto para a mãe quanto fará filho) 
Sabe-se que a primeira hora de vida do bebê é um dos momentos mais determinantes para a construção de uma vida saudável. É quando ele tem o primeiro contato externo com a mãe, recebe o seu afeto e calor, estabelece o vínculo e tem a oportunidade de ter sua primeira mamada. “Esse contato precoce, que há alguns anos era visto apenas como uma ação de humanização e de valorização do afeto, hoje já é visto como uma forma biológica, fisiológica de nascer, que beneficia enormemente a saúde física e psíquica da mãe e do bebê” 
Especialistas garantem que muito além da formação do vínculo afetivo entre mãe e filho, o contato pele-a-pele é tão completo, que nenhuma outra forma artificial de atenção ao recém-nascido pode substituir o corpo da mãe. Entenda os benefícios:
Equilíbrio da temperatura – Ao sair do útero, o bebê é exposto a uma perda de temperatura, principalmente se o ambiente estiver frio (abaixo de 26°C). “Ele vem de dentro de uma bolsa de água, numa temperatura de pelo menos 36°C, e a sua sensação térmica ao chegar num local frio é muito grande. Então, quando colocamos o bebê imediatamente no corpo da mãe, ocorre uma troca de calor e eles vão encontrar juntos um equilíbrio na temperatura”, explica o Dr. Ricardo, completando que a mulher, com o esforço do parto, tem sua temperatura elevada, e essa troca será benéfica para ambos.
Clampeamento do cordão – Ao sair do útero, o bebê precisa aprender a respirar com os pulmões, mas essa transição não ocorre imediatamente. Ela acontece de forma gradual, com uma readaptação dos sistemas circulatório e pulmonar para iniciar a respiração. Enquanto isso, nos primeiros minutos da vida, é importante que o bebê continue recebendo o oxigênio da placenta, através pelo cordão umbilical. Por isso, especialistas garantem que o clampeamento (corte) do cordão imediatamente após o nascimento priva o bebê de receber uma quantidade de sangue que poderia levar maior oxigenação aos órgãos e tecidos da criança, de reforçar os depósitos de ferro (que o protegerão de anemia durante a infância), e da transmissão das células tronco presentes do cordão.
Ainda no colo da mãe, é recomendado aguardar que o cordão umbilical pare de pulsar, para então prosseguir com o clampeamento. “Tanto num parto vaginal como cesáreo, a recomendação é para que o médico coloque o bebê em contato com a pele da mãe e aguarde alguns minutos para fazer o procedimento, observando a frequência cardíaca do cordão. Mesmo em um parto cesáreo, dá pra esperar pelo menos um minuto antes de cortá-lo. Isso não atrapalha o procedimento cirúrgico em nada”, garante Ricardo Chaves. Em bebês prematuros, além desses benefícios, também se reduz o risco de hemorragia cerebral.
Primeira mamada – A onda de hormônios liberados pelo corpo da mãe durante o parto, e especialmente a alta produção de ocitocina (conhecido como “hormônio do amor”) nos momentos imediatos ao nascimento, favorecem o primeiro contato e estimulam a amamentação, uma vez que o bebê está ativo e pronto para a sucção. Enquanto o bebê está em contato com a pele da mãe, ele tende a buscar sozinho pela mama, respondendo a um estímulo natural e espontâneo. Por isso, os especialistas garantem que a separação na primeira hora do nascimento prejudica o início da mamada, já que o bebê entrará numa fase de relaxamento e sonolência passado esse primeiro momento.
Segundo o Dr. Ricardo Chaves “não devemos separar o bebê do corpo da mãe nessa primeira hora após o nascimento, porque de uma forma espontânea ele vai buscar o peito da mãe. É só ter calma e deixar que amamentação aconteça naturalmente. Ela é um desfecho do parto. Além disso, é muito raro uma mulher que passa por todo esse processo não conseguir amamentar ou ter uma mastite ou depressão”, afirma.
“A amamentação que se estabelece logo após os primeiros minutos de vida vai além das necessidades nutricionais, traz proteção e segurança ao momento mais difícil e importante do ser humano, o nascimento”, completa o pediatra Rodrigo Zukauska.
Formação da imunidade – Outro benefício do contato pele-a-pele é em relação à formação do sistema imunológico do bebê, que nasce estéril e se “contamina” pelas bactérias da mãe e do ambiente. É assim que se forma a microbiota ou o sistema imunológico do bebê. “No contato com o corpo da mãe, até mesmo as lambidas da criança vão ajudar na formação da imunização”, diz o Dr. Rodrigo. Estudos garantem que a qualidade da formação desse sistema vai depender da forma de nascer: se for via parto vaginal, a criança se contamina com as bactérias da mãe, desenvolvendo as defesas necessárias para o resto da sua vida. “Desta forma, a criança terá menos asma e menos problemas relacionados a diabetes tipo 2 ou obesidade, até mesmo na vida adulta”, garante o Dr. Ricardo.
Além disso, uma parte da formação da microbiota da criança vem através do próprio colostro, por isso a importância da amamentação na primeira hora de vida.
https://www.revistanamochila.com/single-post/2016/08/09/especial-bem-nascer-por-que-o-contato-pele-a-pele-%C3%A9-t%C3%A3o-importante-no-nascimento#:~:text=Sabe%2Dse%20que%20a%20primeira,de%20ter%20sua%20primeira%20mamada. 
12) Compreender como se classifica a idade gestacional; (Classificação a termo, pré termo e pós termo)
O período neonatal é o intervalo de tempo que vai do nascimento até o momento em que a criança atinge 27 dias, 23 horas e 59 minutos.
A idade gestacional (IG) é a duração da gestação estimada a partir do 1o dia do último período menstrual (DUM), pela ultrassonografia pré-natal no início da gravidez ou clinicamente pelos métodos de Capurro, Dubovitz ou Ballard. É expressa em dias ou semanas completas. 
· Quanto à IG, o recém-nascido (RN) pode ser classificado em:
· RN pré-termo: crianças nascidas até 36 semanas e 6 dias (258 dias) de gestação.
o Pré-termo precoce: crianças nascidas até 33 semanas e 6 dias.
o Pré-termo tardio: de 34 semanas a 36 semanas e 6 dias.
· RN a termo: nascidas entre 37 e 41semanas e 6 dias (ou seja, 259 e 293 dias) de
gestação.
· RN pós-termo: nascidas com 42 semanas ou mais de gestação (294 dias). 
obs: idade gestacional e idade do bebe 
Existem duas idades gestacionais: a concepcional (que é contada a partir da concepção, ou seja, quando o espermatozóide fecunda o óvulo) e a menstrual (é contada a partir do primeiro dia da última menstruação). Podemos dividir a formação do concepto em dois períodos: embrionário e fetal.
Idade gestacional é vagamente definida como o número de semanas entre o primeiro dia do último período menstrual normal da mãe e o dia do parto. Mais precisamente, a idade gestacional é a diferença entre 14 dias antes da data da concepção e o dia do parto. A idade gestacional não é a idade embriológica real do feto, mas é o padrão universal entre obstetras e neonatologistas para discutir a maturação fetal.
Idade embriológica é o tempo decorrido desde a data da concepção até a data do parto e é 2 semanas menor que a idade gestacional. As mulheres podem estimar a data da concepção com base no período de ovulação como identificado por testes hormonais em casa e/ou medições da temperatura corporal basal. Contudo, a data da concepção só é conhecida de modo definitivo quando a fertilização in vitro ou outras técnicas de reprodução assistida são usadas.
 Calma! Seguimos… a verdadeira duração da gravidez é de 268 dias, ou seja, 38 semanas, começando a contar a partir do dia em que o óvulo foi fertilizado pelo espermatozoide.
 Pausa para esclarecimento: a ovulação é um evento que dura alguns instantes apenas, ela acontece no meio do ciclo menstrual, e a concepção acontece após a ovulação. O óvulo fica disponível de 12 a 24 horas no organismo para ser fecundado, enquanto que os espermatozoides mais resistentes vivem em torno de 3 a 5 dias dentro do corpo da mulher; então não conseguimos ter a real certeza da exatidão de quando efetivamente o óvulo foi fertilizado.
Sendo assim, como é praticamente impossível definir o dia exato em que o óvulo é fecundado, ficou convencionado datar a gravidez a partir do 1º dia do último período menstrual, como dito anteriormente. Porém, se contarmos desta forma, na verdade a gravidez durará 280 dias, ou em média 40 semanas, que representa dez meses e não nove. Daqui resulta a defasagem de duas semanas entre a idade gestacional e a idade do bebê!
entendendo o cálculo da idade gestacional
Quando chegamos para a primeira consulta pré-natal o obstetra vai usar um calendário diferente, em formato circular, para calcular a idade da gravidez e, de quebra, a data provável do parto, através da DUM. O primeiro Dia da Última Menstruação! Esta é a forma mais simples e antiga de se calcular a estimativa da idade gestacional.
E se eu não souber a data da última menstruação?
Bem, várias circunstâncias podem ocorrer para que a mulher não se lembre da data do primeiro dia da sua última menstruação: ciclos menstruais muito irregulares, ovários policísticos, gravidez não planejada, tomada contínua de cartelas de anticoncepcional, troca de método anticoncepcional, confusão entre um sangramento inicial na gravidez e uma perda menstrual mais leve…
Quando a mulher suspeita que está grávida e quer ter a certeza, pode fazer uma ecografia para verificar se existe algum vestígio de gestação. A partir da quinta semana de gestação já é possível ao médico observar se a mulher está ou não grávida porque o saco gestacional já é visível.
No caso de não saber qual a data exata da última menstruação, existem algumas formas de se calcular a idade gestacional que, analisadas em conjunto, dão maior credibilidade ao resultado. São elas:
1 – Quantidade do hormônio Beta HCG no sangue;
2 – Altura uterina (após a 12ª semana de gestação);
3 – Apalpação do útero; e
4 – Ultrassonografia.
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A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, tem por objetivo: Promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento (BRASIL, 2015b, art. 2º).
Ambiente facilitador à vida – Princípio que se refere ao estabelecimento e à qualidade do vínculo entre criança e sua mãe/família/cuidadores e também destes com os profissionais que atuam em diferentes espaços que a criança percorre em seus territórios vivenciais para a conquista do desenvolvimento integral (PENELLO, 2013). Esse ambiente se constitui a partir da compreensão da relação entre indivíduo e sociedade, interagindo por um desenvolvimento permeado pelo cuidado essencial, abrangendo toda a comunidade em que vive. Este princípio é a nova mentalidade que aporta, sustenta e dá suporte à ação de todos os implicados na Atenção Integral à Saúde da Criança.

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