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Lei Processual no Tempo

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Lei Processual no Tempo:
Direito intertemporal: Direito que regula a sucessão de leis no tempo;
Normas de direito penal: 
Art.5º, XL: “ A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”
Normas de direito processual penal:
A norma processual possui 2 espécies:
	- Norma genuinamente processual:
		- São aquelas que cuidam de procedimentos, atos processuais, técnicas do processo. Ex. extinção do protesto por novo júri (era um recurso), pela Lei 11.689/2008.
		- Aplica-se o critério do art 2º do CPP: A Lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior – “tempus regit actum”
		- Aplicabilidade imediata;
	- Norma processual mista (material ou hibrída):
		- São aquelas que abrigam naturezas diversas, de caráter penal e de caráter processual penal. Normas penais são aquelas que cuidam do crime, da pena, da medida de segurança, dos efeitos da condenação e do direito de punir do Estado. Por sua vez, normas processuais penais são aquelas que versam sobre o processo desde o seu início até o final da execução ou extinção da punibilidade. Assim, se um dispositivo legal, embora inserido em lei processual, versa sobre regra penal, de direito material, a ele serão aplicáveis os princípios que regem a lei penal, de ultratividade e retroatividade da lei mais benéfica. 
		- Ex. Art.366 – antigo e novo texto. 
Conceito de normas processuais heterotópicas: 
- Norma que foi mal colocada, norma penal que encontra-se no CPP, ou normas de processo penal que encontra-se no CP.
- Há determinadas regras que, não obstante previstas em diplomas processuais penais, possuem conteúdo material, devendo, pois, retroagir para beneficiar o acusado. Outras, no entanto, inseridas em leis materiais, são dotadas de conteúdo processual, e elas sendo aplicável o critério da aplicação imediata. É aí que surge o fenômeno denominado de heteropia, ou seja, situação em que, apesar de o conteúdo da norma conferir-lhe uma determinada natureza, encontra-se ela prevista em diploma de natureza distinta.
Ex. direito ao silêncio previsto no CPP.
Interpretação da Lei processual penal:
Art.3º do CPP: “ A lei processual penal, admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito”.
Interpretação quanto ao resultado:
- Interpretação declaratória – não amplia nem restringe a literalidade da lei;
- Interpretação restritiva – a lei disse mais do que queria dizer;
- Interpretação extensiva- a lei disse menos do que queria dizer. 
- Interpretação progressiva – busca adaptar o texto da lei a realidade social – Art.68 do CPP.
Analogia:
- Método de integração e não de interpretação;
- Onde impera a mesma razão, impera o mesmo direito.
OBS- No âmbito processual penal a analogia é admitida (nas normas originalmente processual), independente de ser a favor ou em prejuízo do réu. 
Aplicação supletiva e subsidiária do NCPC ao processo penal:
- Pode ser aplicado, apenas quando houver lacuna;
- O NCPC não fez referência explícita aos processos criminais – interpretação extensiva do art. 15 do NCPC

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