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Biomedicina 5º semestre – Estética Aluna: Laura Fernanda da Silva Souza A Lipodistrofia ginoide ou celulite (comumente conhecida), também pode ser chamada de adiposidade edematosa e dermatopaniculose deformante. Não se trata de uma enfermidade, mas sim de uma expressão fisiológica da adiposidade, que traz grande preocupação estética, principalmente para as mulheres. Aparência ondulada e irregular na pele, às vezes semelhante a casca de laranja, são características da celulite. Geralmente é encontrada nas coxas, nádegas, quadris, áreas onde há deposição do tecido adiposo e influência do estrógeno. É mais comum em mulheres, e raramente encontrado em homens (geralmente diante algum distúrbio). A etiologia da celulite é desconhecida, porém vários estudos relatam as principais causas de seu desenvolvimento. São elas: alterações anatômicas e hormonais, microcirculação e processo inflamatório crônico. A hipótese anatômica da celulite, corresponde a diferença dos lóbulos de gordura subcutânea e disposição das bandas fasciais entre homens e mulheres. Nas mulheres as bandas fasciais se dispõem verticalmente, o alongamento dessas bandas debilita e afina o tecido conjuntivo dérmico, permitindo a protrusão da gordura na interface dermo-hipodérmica, causando a aparência de pele ondulada e irregular. Já nos homens as bandas fasciais estão dispostas horizontalmente e diagonais, formando uma estrutura que impede herniação de gordura. A hipótese da microcirculação se trata da redução do fluxo sanguíneo e da drenagem linfática das áreas afetadas. Os adipócitos alargados, juntamente com a hipertrofia e hiperplasia das fibras reticulares periadipócitos, formariam micronódulos cercados por fragmentos de proteínas que, posteriormente, causariam esclerose dos septos fibrosos, levando ao aparecimento da celulite. A hipótese do processo inflamatório não é tão sustentada, pois ainda não houve muito estudo comprovando. Os septos seriam os responsáveis pela inflamação leve que resultaria em lise dos adipócitos e atrofia cutânea. Histopatologicamante, as maiores alterações estão nas fibras elásticas (estão diminuídas no plexo subepidérmico e mostram tendência para o agrupamento de fragmentos nas camadas mais profundas da derme), glicosaminoglicanos intercelulares foram identificados como edema mucoide entre as fibras de colágeno da derme profunda, os vasos linfáticos da derme superior estão quase sempre distendidos, as células individuais de gordura no tecido subcutâneo aparecem alargadas. Os vasos sanguíneos não mostram alterações patológicas. As celulites são classificadas qualitativamente, em quatro graus. O grau 0 é quando não há nenhuma alteração visível na superfície da pele. O grau 1, a celulite só é visualizada quando se pinça a área ou quando há contração muscular no local. No grau 2, a pele apresenta aspecto de casca de laranja, é evidente quando o indivíduo está em pé e sem nenhuma contração. O grau 3 as alterações descritas em 2 estão presentes e associadas a sobrelevações e nodulações. Existem diversos métodos para diagnosticar a celulite, ele vão desde simples e barato até os mais caros. Os mais utilizados são: macrofotografia, medidas antropométricas, bioimpedanciometria, xenografia, ecografia bidimensional, termografia por anodo, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, fluxometria de Doopler por Laser e biópsia de pele seguido de exame histopatológico. Os tratamentos para celulite podem variar desde invasivos pra não invasivos. Os não invasivos são divididos em: os tratamentos que não envolvem uso de substâncias biologicamente ativas (medicações) e os que envolvem substâncias ativas. Massagens/endermologia (pode ter ou não eficácia, é um método duvidoso), Luz intensa pulsada (LIP) e laser (não têm eficácia comprovada em estudos) ultrassom transdérmico focado (tem eficácia). Esses métodos fazem parte dos tratamentos não invasivos que não envolvem o uso de medicamentos. Tratamentos não invasivos com substâncias biologicamente ativas incluem: retinoides e metilxantinas. Os tratamentos invasivos com substâncias biologicamente ativas não têm eficácia comprovada em estudos, por mais que existam vários métodos. Os tratamentos invasivos sem substâncias biologicamente ativas já podem ser mais eficazes e são comprovados. Inclui subcisão, lipoescultura ultrassônica, laser Nd-Yag no subcutâneo (ainda precisa de mais estudos, porém tem mostrado eficácia).
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