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@daily.fisio @daily.fisio CATETER NASAL DE ALTO FLUXO O cateter nasal de alto fluxo (CNAF) é uma estratégia que pode fornecer misturas de gases aquecidos e umidificados através de uma cânula nasal. É um circuito capaz de fornecer uma fração inspirada de O2 (FiO2) de até 1,0 e um fluxo máximo de 60L/min. A estrutura básica de um sistema de CNAF inclui: 1. Uma cânula nasal não oclusiva; 2. Uma fonte pressurizada de oxigênio e ar, regulada por um fluxômetro/misturador; 3. Um reservatório de água esterilizada, conectada a um aquecedor e umidificador; 4. Um circuito isolado e/ou aquecido que preserve a temperatura e a umidade relativa do gás condicionado enquanto ocorre o deslocamento até o paciente. A CNAF é baseada em quatro características de extrema relevância: 1. As pontas da cânula nasal devem ocupar, no máximo, 50% da área transversal de cada narina, para que não haja obstrução ao fluxo; 2. As misturas de gases devem estar adequadamente aquecidas e umidificadas, para que não haja ressecamento de mucosas; 3. A cânula deve conduzir fluxos de misturas de gases maiores do que o pico de fluxo inspiratório do paciente, para que não haja entrada de ar ambiente durante a inspiração; 4. O gás conduzido em elevada velocidade penetra profundamente as vias aéreas, fornecendo gás fresco mais próximo à carina e proporcionando suporte ventilatório. As evidências apontam como efeitos do CNAF: redução da resistência inspiratória, eliminação do espaço morto anatômico nasofaríngeo, trabalho metabólico relacionado ao condicionamento de gás reduzido, melhora da condutância das vias aéreas e do transporte mucociliar e um fornecimento de baixos níveis de pressão positiva nas vias aéreas. @daily.fisio @daily.fisio Portanto, é possível que o tratamento com CNAF reduza o espaço morto, melhorando a depuração de CO2 e produzindo uma ligeira pressão positiva ao final da expiração, porém de forma indeterminada. Indicações • Insuficiência respiratória hipoxêmica; • Insuficiência respiratória hipercápnica; • Desmame ventilatório; • Suporte para a realização de procedimentos invasivos e doenças pulmonares crônica. DOSAGEM: Alguns autores utilizam as seguintes taxas: • Pacientes com menos de seis meses: 2 L/min; • Pacientes com idades entre seis e 18 meses: 4 L/min; • Pacientes com 18 a 24 meses de idade: 8 L/min ou 8-12 L/min para bebês e 20- 30 L/min para crianças. Há ainda autores que referem dosagens de acordo com o peso (1 a 2 L/kg/min). Uma estratégia é fornecer, no início, de 0,5 a 1,0 L/kg/min, aumentando-se o fluxo até 1,5-2,0 L/kg/min, o que pode atenuar as oscilações na pressão intratorácica e diminuir o trabalho respiratório REF: CASTRO, R.E.V. Saiba como é o uso do cateter nasal de alto fluxo na pediatria. PebMed, 2019.
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