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Anatomohistopatologia Técnicas de necropsia em medicina veterinária - aula 3 (parte II) Exame interno Durante o exame interno é indicado que sempre se faça a abertura torácica e abdominal Em alguns casos não há necessidade de se abrir cavidade craniana e pélvica A cavidade craniana é avaliada quando há suspeita de doenças neurológicas Cães e gatos Posicionar corretamente o animal: Cães e gatos podem ser posicionados em decúbito dorsal (barriga para cima) Se possível, umedecer a pele e principalmente os pelos do animal porque isso mantém o fio da faca Iniciar de fato a abertura do cadáver. Primeiro é feito a incisão primária, ela é longitudinal, ou seja, passa por todo o corpo do animal - Desde a sínfise mentoniana, segue-se pela linha alba até chegar a região do púbis. Em machos é necessário tomar cuidado com pênis e o saco escrotal O quarto passo é rebater a pele lateralmente Após o quarto passo já é possível fazer uma avaliação topográfica buscando por alterações no tecido subcutâneo (ex: edemas e hemorragias) Realizar a primeira abertura de cavidade do cadáver, sendo ela a cavidade abdominal A ordem craniocaudal é utilizada para a retirada dos conjuntos de órgãos Abertura da cavidade torácica. Antes de fazer desarticulação das costelas, é preciso avaliar a pressão negativa intratorácica, pois algumas patologias fazem com que o animal perca essa pressão adequada e prejudique a troca gasosa. É necessário verificar se havia a pressão negativa intratorácica, pois quando abrir o animal as pressões irão se igualar. Com a ponta da faca é feito um furo no diafragma, se ele se mexe e faz um ruído demonstra a diferença de pressão e é provado que a pressão no tórax estava negativa A abertura da cavidade torácica é feita com o auxílio do costótomo É feito primeira avaliação in situ, que é avaliar os órgãos sem mexer neles Começa-se de fato a retirada de órgãos. É feita incisão em formato de “V” invertido na região da mandíbula Liberação do primeiro conjunto: língua, faringe, laringe, traqueia, esôfago, pulmão e coração É feito uma ligadura de maneira dupla no esôfago para não extravasar possíveis conteúdo dentro do estômago É seccionado a veia cava caudal e aorta É feita a retirada do segundo conjunto: baço e omento Omento: estrutura que recobre as vísceras Retirada do terceiro conjunto: intestino delgado e grosso É feito ligaduras duplas para não extravasar conteúdo e não contaminar carcaça Retirada do quarto conjunto: diafragma, fígado, vesícula biliar, estômago, pâncreas e porção inicial do duodeno Retirada do quinto conjunto: rins, ureteres, bexiga, uretra, pênis, vagina, ânus e vulva O osso pélvico atrapalha a ter acesso a todas as estruturas juntas. Para conseguir retirar todo o conjunto, é necessário abrir uma janela na pelve Retirar o sexto conjunto: estruturas do sistema nervoso central Nem sempre é feita essa abertura, somente quando tiver indicação É necessário abrir o crânio para fazer a retirada Ruminantes, equídeos e suínos O posicionamento do primeiro passo é o decúbito lateral Em ruminantes: o rúmen é colocado para baixo para não tampar a visão das outras estruturas, então é colocado de maneira que o animal fique em decúbito lateral esquerdo Em equinos: o ceco é muito desenvolvido e ocupa muito espaço do lado direito e por isso o equino fica em decúbito lateral direito Em suínos: se for um animal jovem, pode ser feito o decúbito dorsal. Em adultos é feito o decúbito lateral direito devido ao baço que é um órgão grande proporcionalmente ao tamanho abdominal do suíno Não se deve nunca colocar o cadáver suspenso, isso porque isso deforma a maneira em que os órgãos estavam quando o animal estava em vida e em estação O segundo passo é exatamente igual ao de cães e gatos Para acessar facilmente a região ventral, é necessário fazer a desarticulação dos membros. É feito uma incisão na região axilar e na região inguinal É necessário romper o ligamento redondo da cabeça do fêmur, ou seja, desarticular a cabeça do fêmur com o acetábulo O quarto passo é exatamente igual ao de cães e gatos O quinto passo é exatamente igual ao de cães e gatos Ponto importante para observar possíveis conteúdos livres no espaço abdominal (ex: sangue, urina e fezes) Em animais jovens, avalie a estrutura do umbigo pois pode haver infecções com acúmulo de pus São todos exatamente iguais ao de cães e gatos Em ruminantes: retirada do segundo conjunto (diafragma, fígado, baço e omento, vesícula biliar, rúmen, omaso, abomaso, pâncreas, rins e adrenais, intestino delgado e grosso) - Deve-se tomar cuidado para não romper a vesícula - O conjunto geniturinário não sai inteiro como no cão e no gato Equídeos: diafragma, fígado, baço e omento, estômago, pâncreas, rins e adrenais, intestino delgado e grosso e reto - Tende a liberar primeiro o rim esquerdo Suínos: diafragma, fígado, baço e omento, estômago, pâncreas, rins e adrenais, intestino delgado e grosso e reto - É liberado primeiro o baço e depois o omento próximo ao estômago Retirada do terceiro conjunto: bexiga, uretra, pênis, vagina, ânus e vulva É igual para ruminantes, equídeos e suínos É feito a retirada do sistema nervoso central (quarto conjunto) A incisão varia de acordo com a espécie Em ruminantes é uma incisão mais quadrada, tendendo a retangular Nos equídeos será uma abertura mais ovalada ou elíptica Em suínos a tendência é de um corte mais quadrado, além de ser feito também um corte transversal para avaliar os cornetos nasais, uma vez que são muito acometidas por patologias do sistema respiratório
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