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AFECÇÕES DO APARELHO DIGESTÓRIO DOS EQUINOS

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AFECÇÕES DO APARELHO DIGESTÓRIO DOS EQUINOS – Clínica de grandes IV
Não estranguladas - Obstrução
Estranguladas - Isquemia
Acessos ao abdômen
Linha alba
· Vantagem: Permite exploração, animal não se movimenta, tempo cirúrgico pode ser longo 
· Desvantagem: Necessário um centro cirúrgico, anestesia geral, decúbito dorsal, custo mais alto.
Melhor tempo cirúrgico possível, pois os órgãos comprimem a aorta e a cava
Flanco 
· Vantagem: sedação e local, topografia das vísceras sem alteração, custo mais baixo e não precisa de sala de cirurgia. 
· Desvantagem: É necessário diagnóstico (Pelo espaço limitado); risco de queda do animal. 
Fazer para paracentece quando precisar continuar investigando e avaliando o animal, para concluir o diagnóstico e mandar para o hospital caso haja necessidade.
Obstrução Intestinal não estrangulada
Iremos tratar das obstruções do lúmen ou luz dos órgãos ocos.
Conceitualmente a palavra que mais se aproxima do aspecto clínico destas situações é compactação, embora tenhamos palavras específicas para indicar situações clinicas como enterólito.
Merriam-Webster Dictionary – Compactação é a parada de algo em uma cavidade ou órgão oco do organismo (ingesta, enterólito, fecaloma, corpo estranho)
NÃO ESTRANGULATIVAS
1. COMPACTAÇÃO – Causada pela ingesta de fibras, capim ressecado 
Ocorre no intestino delgado, normalmente no íleo. No intestino grosso, mais comum no Colón ascendente pelas flexuras presentes. 
Afecção que inicialmente o tratamento pode ser clinico. 
Avaliar por palpação retal
Animal continua defecando pelas fezes que já estavam no colón, depois o animal para de defecar. Às vezes, as fezes ficam pequenas/sibilas com muco ou ressecadas. 
Diagnostico – Palpação retal. Pegar o colón ascendente e sentir que está repleto e sentir delgado distendido.
Tratamento
Hidratação – Água via sonda (4/5L), parenteral, via fluido ou enema. Para umidificar as fezes compactadas. 
NÃO USAR HIDRATAÇÃO POR SONDA EM COMPACTAÇÃO DO INTESTINO DELGADO, o intestino já vai estar distendido, pela presença de refluxo enterogástrico. Em intestino delgado usar hidratação parenteral.
Fazer hidratação até o animal apresentar alterações de parâmetros (Taquicardia, taquipneia, mucosa congesta) e alterações em paracentese com aumento de lactato e proteínas (Mostrando que o animal apresenta isquemia). Com essas alterações encaminhar o animal para a cirurgia. 
Compactação de estômago - O estômago é um dos principais responsáveis pelo peristaltismo. Cavalos com ulceras ou gastrite diminuem a movimentação intestinal, causando não só a compactação do estômago (raras) mas principalmente compactações de cólon. Conteúdo não sai pela sonda, fica pastoso. Alguns parasitas podem ser responsáveis pelas lesões na mucosa gástrica.
Compactação do íleo - É a compactação comum do intestino delgado. Normalmente a ingesta pode ficar compactada por diminuição do trânsito e/ou da abertura da papila íleo-cecal. A hipertrofia da parede do íleo também pode estar envolvida e a etiologia desta afecção são distúrbios eletrolíticos ou alterações verminóticas que alterem a abertura da papila íleo-cecal. 
A hidratação da ingesta (Apenas por hidratação parenteral – Fluido) mesmo que durante o ato cirúrgico é o tratamento de eleição.
Se não tratar o cavalo acaba perdendo muito liquido e entra em choque toxemico e hipovolêmico. 
No intestino delgado, podemos evitar a enterotomia. Por massagem, hidratando com o conteúdo do próprio intestino ou colocando uma agulha e injetando o liquido no intestino, ao ponto de hidratar e o conteúdo cair no ceco. Em último caso pensamos em enterotomia. Já no intestino grosso, devemos fazer a enterotomia. 
Compactação do cólon - É a compactação mais comum dos equinos. Várias são as causas que podem incluir: baixa qualidade das fibras, desequilíbrios eletrolíticos, aplicação de amitraz, areia. 
Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com as obstruções por enterólitos ou corpo estranho na laparotomia. 
Fazer enterotomia pela flexura pélvica e lavando o colón dorsal e ventral, introduzindo uma mangueira. Fazendo dois planos de sutura, uma simples continua pegando mucosa e uma invaginante Cushing para a serosa e muscular. 
Não usar amitraz (Triatox - Carrapaticida) em equídeos, para a motilidade. 
2. ENTERÓLITO – Pedras formadas por minerais de cálcio, magnésio, fosforo. 
Não ocorre no intestino delgado. Ocorre apenas no intestino grosso, comum acontecer nos dois cólons (Ascendente e descendente). Para formar um enterólito as vezes demora anos e o trânsito do intestino delgado demora horas.
Mais comum ocorrer em animais estabulados, muito raro acometer animais de fazenda. 
Diagnostico diferencial de compactação só consigo ver na laparotomia exploratória. Enterotomia na região antimesentérica da flexura pélvica, para pegar as duas partes do cólon ascendente., para drenar conteúdo e se precisar fazer outra em cima do enterólito. 
Enterólitos no Cólon Descendente (Menor) - Enterólitos nesta região podem ser localizados por meio de palpação retal. O acesso cirúrgico com o animal em estação é pelo antímero esquerdo para ser exteriorizado. 
3. VERMINOSE – Ascaris (Parascaris) e cestóides (Anoplocefala).
Parascaris é a lombriga e a Anoplocefala não é ela que obstrui, ela leva alterações que causam obstrução. 
Apresentam- se no intestino delgado, jejuno, só ocorre no íleo por ação da anoplocefala. Não ocorre em intestino grosso, espaços muito grandes para obstruir pelos vermes. 
Anoplocefala fica dentro da luz do ceco, atrapalhando a descarga ileocecal favorecendo a parada de conteúdo. 
4. FECALOMA/AREIA - Não ocorre em intestino delgado, ocorre em intestino grosso.
5. CORPO ESTRANHO – Obstrução ocorre em esôfago. 
Muito raro de acontecer. Podendo ser ração concentrada, capim ou feno e corpo estranho.
Regurgitação do alimento por corrimento nasal (Saliva e alimento mastigado) de uma hora para outra. 
Diagnostico – Endoscopia
Passar uma sonda, colocar um pouco de água e fazer o conteúdo voltar para ver o que é. Não tentar emburrar e aumentar a pressão no esôfago. 
Tratamento - Trabalhar sempre no esôfago cervical (Caso de deiscência melhor cair no pescoço do que na cavidade torácica) passar uma sandanasogastrica por 48 horas e deixar aberto para drenar conteúdo e fechar por segunda intenção. 
6. NEOPLASIA – é raro, mais fácil de obstruir o intestino delgado. 
ESTRANGULATIVAS
Nesses casos além da obstrução do lúmen teremos isquemia. A maioria das vezes tem distensão de delgado.
1. HÉRNIA INGUINO ESTROTAL. Outras hérnias: Diafragmática, umbilical, mesentérica. 
Emergência absoluta 
Aprisionamento do segmento de intestino delgado, normalmente jejuno ou íleo.
Cavalo inteiro, garanhão, levando a um problema intestinal
Testículo acometido fica duro, mas não consigo palpar a alça que está fazendo isquemia. Fazer palpação retal e ver se as alças estão no anel escrotal. O anel vaginal é a estrutura que realmente aprisiona o segmento intestinal e as alças ficam necrosadas.
Na grande maioria das vezes não há aumento dos anéis inguinais, por isso o nome de aprisionamento é adequado.
 
a) Anel vaginal
b) Anel inguinal profundo
c) Anel inguinal superficial
d) Pele
e) Tunica vaginal
f) Epididimo
g) Testiculo 
Diagnostico
Palpação testicular- Testículo fica duro (Igual madeira), consistência normal é firme.
Palpação retal – Ir até o anel inguinal e ver se alça estra entrando. Delgado fica palpável/distendido, pois está alterado/distendido. Não puxar por palpação retal, alça edemaciada e o anel é muito pequeno, podendo romper o mesentério. 
Tratamento – Cirúrgico
Laparotomia pela linha alba (Para poder avaliar toda a estrutura), enterectomia e enteroanastomose com dois planos de sutura (Extravasamento é fatal nos equinos).
Castrar pelo menos o testículo acometido, podendo castrar antes para ficar mais fácil de tirar (Se o animal for de reprodução, tira o acometido e deixa o outro. Se não tirar o testículo acometido, o testículo tem tendência de degenerar no futuro). Não castrar os dois testículos no mesmo dia,não fazer inflamação extra para o animal, já vai ter feito a laparotomia e a castração de um lado. 
Avaliar todo o trato intestinal para ver se não tem isquemia em outros lugares. 
Estranguladas, anel pequeno não precisa fechar. Se não for estrangulada, tem que fechar o anel inguinal para não voltar mais. 
Neonato
Testículo deve estar na bolsa/escroto quando nasce. Por descer o testículo o anel está dilatado, a tensão da musculatura não fecha o anel. 
Não é emergência, anel dilatado e não está fazendo isquemia. Normalmente pode esperar até o desmame (5 a 6 meses). Enquanto isso ir emburrando as vísceras para dentro do abdômen enquanto o animal está deitado, fazer isso até o desmame para ver se o anel fecha. Se não fechar até depois do desmame, cirurgia eletiva para fecha os anéis e castra o animal (Pois é hereditário, para não passar para outros animais)
Em neonatos, normalmente a hérnia é bilateral.
Se o animal apresentar dor, abdômen dilatado e testículo duro. Pode ser uma isquemia, emergência, levar o animal para o hospital. 
Falha mesentérica ou hérnia mesentérica 
Falha que ocorre no mesentério e o intestino pode entrar dentro da falha e necrosar grande parte do intestino (Quanto mais próximo da base, mais vasos vão ser acometido)
Pode ser congênito e é fatal no equino. 
Prognostico ruim, tratamento por enterectomia e enteroanastomose. 
Sutura do Intestino Delgado 
Minha alternativa é utilizar dois planos de sutura contínuos; o primeiro seromuscular sem pegar a mucosa e o segundo plano cushing apenas na serosa sepultando a primeira sutura.
Pode-se suturar a mucosa e posteriormente a seromuscular. Ou ainda utilizar a sutura em Plano único
Sempre evitar estenoses
2. INTUSSUSCEPÇÃO
As intussuscepções são mais comuns em potros, e nestes casos o segmento mais acometido é o intestino delgado. Por alterações de peristaltismo, apresenta dor aguda, diarreia e delgado distendido. Se tirar 3 ou 4 metros de jejuno não tem problema. A partir de 6 metros, o animal pode apresentar síndrome de má absorção. 
Nos animais adultos a intussuscepção mais comum é a íleo-cecal. Mais rara em intestino delgado e cecocólica (Apresentando alteração em delgado)
3. VÓLVULO, VOLVO OU TORÇÃO
Quanto mais em direção a aorta mais grave, pois pega mais tecido para necrose. 
Volvo mesentério
Ocorre no intestino delgado e no intestino grosso
Laparotomia pela linha alba e pelo flanco só se o colón não estiver pesado. 
Torção do colón
Só torce se estiver cheio e pesado
Devemos lembrar que segmentos do intestino quando estão cheios ficam propensos a torções. Neste sentido a égua no período pós parto inicia um “restabelecimento” do espaço na cavidade abdominal. O cólon e outras partes do intestino podem retornar ao espaço antes ocupado pelo útero. Caso o cólon restabeleça seu tamanho de uma maneira muito rápida a chance de torção aumenta. Devemos, portanto, ficar atentos ao desconforto abdominal nas éguas no período de 3 semanas após o parto, já que este tipo de torção deve ser tratado rapidamente.
Tratamento cirúrgico, as vezes necessitando de uma enterotomia antes de virar o colón para esvaziar. 
Torção uterina os sinais são iguais os de cólica e ocorre no terço final da gestação, pois vai estar cheio e pesado.
4. LIPOMA PEDUNCULADO
Raro
Pedúnculo prende a víscera e leva a uma necrose. 
5. APRISIONAMENTO NO LIGAMENTO NEFRO ESPLÊNICO 
Embora possa ter tratamento clínico
Ocorre o deslocamento dorsal do cólon e seu aprisionamento no espaço nefroesplênico (Entre o rim esquerdo e o baço). O baço desloca-se da posição original junto ao gradil costal, devido a distensão gástrica ou esplenomegalia (Babesia) e permite a passagem do cólon entre a parede e o baço.
Ou pelo ligamento gastroesplênico, através de uma cólica o estomago fica dilatado e traciona o baço para o lado direito.
Acomete o colón ascendente
Diagnostico - palpação retal
Quando houver espaço (Se estiver tudo distendido não), posso tentar um tratamento clínico. Diminuindo o baço com epinefrina ou adrenalina, o colón pode voltar ao lugar. Ir acompanhando com palpação retal, se não voltar, tem que ir para cirurgia.
Tratamento quando for cirúrgico, pode ser pela linha alba ou pelo flanco. Pelo flanco, apenas se a colón não estiver cheio e pesado. A vantagem pelo flanco é que consegue fechar esse espaço depois (Sutura baço no ligamento, acabando com o espaço)
 
6. PARASITAS – Strongylus Vulgaris
Isquemia Tromboembólica, causado pela migração da larva do verme Strongylus vulgaris. As larvas vão migrando em direção a artéria aorta, onde fazem um espessamento dos vasos do mesentério. Portanto o sangue vai passar turbilhonando, fazendo agregação de plaquetas e formando pequenos coágulos na parede. Até o dia que os coágulos se soltam da parede dos vasos e obstrui os vasos, fazendo uma necrose extensa. 
Aneurisma verminótico – Artéria dilatada por um verme (Simula um aneurisma pela dilatação), provoca descolamento do trombo, causando um infarte, não se rompe, mas leva a uma necrose extensa. Descolamento do trombo pode obstruir vasos muito grandes e ser fatal. Na verdade, trata-se de um pseudoaneurisma já que a parede da artéria não fica mais delgada. 
Não está direcionada diretamente com o intestino, mas sim o a infestação de larvas que pode acometer o intestino. 
Tratamento: Vermífugos, heparina, ácido acetilsalicílico (Tentar melhorar a circulação) 
A vascularização da parede das vísceras pode ser diminuída apenas pela distensão provocada por gás, líquido ou ambos.
Vários agentes podem levar a obstrução da luz intestinal: parasitas, ingesta, corpo estranho, neoplasia, espessamento da parede (várias etiologias) ou ainda aderência.
ALTERAÇÕES DA PAREDE ABDOMINAL 
Cordão umbilical – Durante a gestação, o cordão umbilical leva sangue, nutrientes e retira os resíduos. 
Depois que nasce vira apenas uma cicatriz fibrosa.
Conecta se entre a parede abdominal do feto e na placenta da mãe (Equinos placenta epiteliocorial e bovinos placentoma)
Presentes no cordão umbilical: Veia e artérias, presença de uraco ligando a bexiga.
Átrios se comunicam
Respirar a primeira vez depois da ação do surfactante e entrar em contato com o O2. Antes disso a oxigenação vem pela égua através do cordão umbilicaç
Após o nascimento: Higienização, desinfecção e cauterização química com iodo do coto umbilical.
Se não curar pode ocorrer onfaloflebite e são grandes as chances de sepse. Em sepse muito difícil recuperar o animal. 
1) Fígado
2) Veia umbilical
3) Aorta
4) Artérias umbilicais
5) Vesícula urinária
6) Úraco
7) Umbigo
8) Parede abdominal
9) Anel umbilical
Clone bovino – Tem espessamento das estruturas do cordão umbilical. 
PERSISTÊNCIA DE ÚRACO 
É mais comum no equino do que nas outras espécies. O não fechamento do úraco resulta em um umbigo úmido pela urina (Goteja mais quando o animal está urinando) e propiciando a infecção local e posteriormente a septicemia.
Sintomas: Animal urina pelo órgão genital e pelo umbigo, coto umbilical fica sempre úmido, persistindo a infecções (Onfaloflebite, onfalite)
Onfalite também está associada a falha de transferência de imunidade passiva.
A imunidade passiva protege o animal até uns 3 meses de idade. Depois disso vai ter maturidade imunológica para ter uma resposta contra os patógenos. 
Importante cauterizar e certificar que o animal tem presença de imunidade passiva. Pois os potros vivem deitados e ficam com o umbigo em contato com o solo. 
O tratamento conservativo é feito com cauterização química (Se não estiver muito infeccionado e não tiver a presença de abscesso, pensando também no estado geral e do coto) e antibiótico. Cauterização química por: 
· Iodo – Menos agressivo
· Nitrato de prata (O mais indicado) – Mesma função do iodo de cauterização química, só que mais agressivo para fechar
· Fenol
Tratamento cirúrgico
Caso não haja melhora em 7 a 15 dias de tratamento conservativo, indicar a ressecção cirúrgica.
Se ainda estiver infeccionado, houver abscessos e um grande aumento de volume. 
Ressecção cirúrgica do úraco 
 
Acesso diretoa cavidade abdominal, se for fazer a campo (Acontece mais com bovinos) fazer tudo de forma esteril para pois está com a cavidade abdominal aberta. Equinos ideal levar para o hospital, pois tem acesso a cavidade abdominal. 
Animal em decubito dorsal, incisão eliptica ou fusiforme em volta do coto umbilical. Divulsão, isolar e fazer a ligadura de todas as estruturas do umbigo (Ideal fazer a ligadura de uma a uma), “refazer” a cicatriz umbilical e fechar a cavidade abdominal. (Parede abdominal, simples separado com fio abasorvivel. Junta subcutaneo e pele, pontos simples separado com fio inabsorvivel na pele)
· Na presença de abscessos, ao fazer a divulsão, muito cuidade para abrir o abscesso e não cair conteúdo do abscesso na cavidade abdominal, para não haver contaminação. 
Se for uma macho, desviar do prepucio. 
Consequências 
Onfalite/ Onfaloflebite
Artrites, osteomielite, poliomielite 
Hérnias congênitas ou adquiridas (Incisionais, causadas por um procedimento cirúrgico). Como consequência de má cura. 
Muito comum ter um aonfaloflebite/onfalite + persistência de úraco. 
HERNIA UMBILICAL 
Estruturas das hérnias:
· Anel herniário – anel fibroso
· Saco herniário
· Conteúdo herniário - Depende do tamanho da hérnia, era para estar na cavidade abdominal.
Hérnias umbilicais – Normalmente associas a má cura do umbigo
Hérnias incisionais – Consequência de deiscência ou uma falha da síntese da musculatura
Defeito congênito mais comum e bovinos
Em 45% dos casos evidencias de infecções umbilicais associadas 
1-Anel Herniário
2-Saco Herniário (Continente)
3-Vísceras (Conteúdo)
4- Peritônio Parietal
5-Musculatura Abdominal
6-Pele
Sintomas: Cólica, dor intensa, não responde a analgesia. 
Complicações: Estrangular conteúdo, isquemia e necrose de um seguimento de alças intestinais.
Hérnias não estranguladas 
Saco herniário redutível e o animal não apresenta sinais de dor, não apresenta inflamação. Mas a qualquer momento pode estrangular. Estrangula por alteração motilidade do intestino, dilatando, por fim se enroscando no anel fibroso e estrangula. 
Menos de 5 cm e o potro tem semanas de vira, apenas acompanhar, pois tem chances de fechar, fechamento espontâneo. 
Ou com 5/6 cm, ainda uma hérnia pequena colocar um anel para tentar fechar. Vai ficar um pedaço do saco herniário, que vai necrosar e a musculatura vai fechar sozinha, não vai precisar fazer a intervenção cirúrgica. 
Tratamento conservativo, quando não estrangulada o conteúdo passa a ser redutível. 
Hérnias estranguladas
Animal apresenta dores, pode estar inflamada 
O tratamento cirúrgico e prognostico reservado. 
Cirurgia que consegue fazer a campo, mas com todos os cuidados. 
Herniorrafia, incisão fusiforme em volta do anel fibroso (Palpar para ver onde está o anel) 
Divulsão para separa subcutâneo e saco herniário
Podendo abrir o saco herniário ou manter fechado e colocar para dentro da cavidade abdominal. Se não abrir o saco, não acessa a cavidade abdominal, pensando em infecção pode ser melhor, mas se abrir posso avaliar melhor dentro da cavidade se precisar. Conteúdo volta para a cavidade. 
Para fechar aproxima a musculatura (Sultan, Wolf, ponto simples separado, com fio absorvível – Podendo passar todos os fios e depois tracionar), subcutâneo e pele (padrão simples continuo ou sultan, com fio absorvível)
Cirurgia que manteve o saco herniário
Passando todos os fios de sutura e depois traciona para terminar finalizar os nós sem tração nenhuma. 
· Curativo limpar com solução fisiológica e passar pomada cicatrizante com repelente 
Hérnia incisional – Pode precisar de uma tela 
Hérnia inguino escrotal – Pode ser chamada de hérnia, por passar pelo um anel, ter a presença de um saco e conteúdo que não era para estar lá.

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