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Política Econômica e Industrialização brasileira (1946-1964)

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Política Econômica e Industrialização brasileira 
(1946-1964) 
Prof.ª Caroline Geografia 3º ano 
Governo Dutra (1946-1951) 
Getúlio Vargas foi deposto em 1945 e retornou ao poder em 1951, eleito pelo povo. 
Em 1946 o general Eurico o Gaspar Dutra assumiu a Presidência e instituiu o Plano Salte, destinando investimentos aos setores de saúde, alimentação, transporte, energia e educação. 
General Eurico Gaspar Dutra 
No decorrer do governo Dutra, as reservas de capital acumuladas durante a Segunda Guerra Mundial foram utilizadas com: 
importação de máquinas e equipamentos para as indústrias têxteis e mecânicas. 
Reequipamentos do sistema de transportes. 
Incremento da extração de minerais metálicos, não metálicos e energéticos. 
Houve também abertura à importação de bens de consumo, o que contrariava os interesses da indústria nacional. 
Os empresários nacionais defendiam a reserva de mercado. 
O retorno de Getúlio e da política nacionalista (1951-1954) 
Em 1951 Getúlio Vargas, eleito pelo povo, retornou à presidência e retornou seu projeto nacionalista: 
Investiu em setores que impulsionaram o crescimento econômico – sistemas de transportes, comunicações, produção de energia elétrica e petróleo- e restringiu a importação de bens de consumo. 
Dedicou-se à criação do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social- BNDES (1952) e da Petrobras (1953). 
O projeto nacionalista de Getúlio acabou sendo derrotado pelos liberais, que argumentavam que:
 
com a economia fechada ao capital estrangeiro, a modernização e a expansão do parque industrial nacional tornavam-se dependentes do resultado da exportação de produtos primários. 
Qualquer crise ou queda de preço desses produtos, particularmente do café, resultava em crise na modernização e na expansão do parque industrial. 
Em 1954, em meio à série crise política, Vargas suicidou-se, Café Filho, seu vice-presidente, assumiu o poder, permanecendo até 1956. 
Juscelino Kubitschek e o Plano de Metas (1956-1961) 
Durante seu governo foi implantado o Plano de Metas, com as seguintes estratégias: 
Investimentos estatais em agricultura, saúde, educação, energia, transportes, mineração e construção civil para atrair investimentos estrangeiros.
Fazer o país crescer “50 em 5”.
Transferência da Capital federal do Rio de Janeiro (litoral) para Brasília (interior), buscando promover a ocupação do interior do território. 
Posse de João Goulart na Presidência da República em 7 setembro de 1961. 
73% dos investimentos foram direcionados aos setores de energia e transportes. 
Ingresso de capitais estrangeiros, principalmente nos setores automobilísticos, químico-farmacêutico e de eletrodomésticos. 
O Parque Industrial brasileiro passou a contar com significativa produção de bens de consumo duráveis, o que deu continuidade à política de substituição de Importações. 
Ao longo do Governo de JK consolidou-se o tripé da produção industrial nacional, formado pelas indústrias: 
De bens de consumo não-duráveis, com amplo predomínio do capital privado nacional. 
De bens de produção e bens de capital, que contaram com investimento estatal nos governos de Getúlio Vargas. 
De bens de consumo duráveis, com forte participação de capital estrangeiro
Com a concentração do parque industrial do sudeste, as migrações internas intensificaram-se e os maiores centros urbanos registraram crescimento desordenado. 
O crescimento econômico acelerado e o aumento da dívida externa provocaram aumento da inflação. 
A partir de 1959 foram criados diversos órgãos de planejamento com a estratégia de descentralizar investimentos produtivos por todas as regiões do país. 
O governo João Goulart e a tentativa de reformas (1961-1964)
Conhecido como Jango, assumiu a Presidência do Brasil após a renúncia do presidente Jânio Quadros, empossado poucos meses antes e do qual era vice-presidente 
A renúncia de Jânio gravou a crise com os problemas econômicos herdados do governo JK, com a elevada dívida externa e a inflação. 
A posse de Jango, em 7 de setembro de 1961, ocorreu após a instauração do parlamentarismo, que reduziu os poderes do chefe do Executivo (presidente). 
Durante o período parlamentarista do governo João Goulart 
 ( até início de 1963), a inflação e o desemprego aumentaram, 
 e as taxas de crescimento reduziram-se. 
Em 6 de janeiro de 1963 houve o retorno ao presidencialismo e foram encaminhadas as reformas de base, com as seguintes diretrizes: 
Reforma dos sistemas tributários, bancário e eleitoral; 
Regulamentação dos investimentos estrangeiros e da remessa de lucros ao exterior. 
Reforma agrária. 
Maiores investimentos em educação e saúde.
Tal política foi tachada de comunista pelos setores mais conservadores da sociedade civil e militar, criando as condições para o golpe de 31 de março de 1964.

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