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Saberes Indígenas e Quilombolas sobre Agricultura e Alimentação

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Faculdades Metropolitanas Unidas FMU/FIAM/FAAM 
Curso: Administração - Matéria: Metodologia Científica – atividade 1 
Aluno: Airton Silva de Sousa - RA 6521650 
São Paulo, 2021. 
Leia com atenção a síntese do artigo de Maciel, Sousa e Lima (2016). 
 
Para os pesquisadores, os povos tradicionais possuem um vasto conhecimento 
sobre a natureza e uma rica cultura adquiridos ao longo de várias gerações. No 
entanto, notaram que havia pouco conhecimento sistematizado a respeito das 
práticas alimentares das comunidades indígenas e quilombolas, então, 
resolveram fazer uma pesquisa na comunidade indígena da aldeia Kanindé de 
Aratuba e no quilombo da Serra do Evaristo em Baturité; ambos localizados no 
Ceará. A questão que norteou a pesquisa foi: “o que se mantém de alimentos 
tradicionais nessas duas comunidades, uma vez que a alimentação tem se 
modificado não apenas nas cidades, mas também no campo?” Buscou-se 
levantar e analisar as práticas alimentares utilizadas, de modo a resgatar o fazer 
de comidas típicas. 
A pesquisa foi embasada teoricamente em autores que discutem os saberes das 
comunidades tradicionais e questões relativas à segurança alimentar dessas 
comunidades. Pautou-se no método etnográfico com abordagem qualitativa, 
tendo sido realizadas observações in loco, coleta de depoimentos dos 
moradores e levantamento de informações em materiais bibliográficos. 
Como resultados foram apresentadas descrições de ambas as comunidades: 
sua localização, origem histórica, moradores, tradições, cultura etc. Nos 
depoimentos dos moradores foram revelados diversos saberes, por exemplo, 
“descobriu-se que alguns homens que trabalhavam com agricultura há décadas, 
tinham métodos designados como experiências de prever se o inverno seria bom 
para plantio” (p. 67). Identificou-se como pratos típicos na aldeia o mungunzá 
salgado e o pirão de fava e no quilombo o mungunzá salgado, o doce de mamão 
e a cocada. Foi acompanhado e registrado o modo de fazer de cada prato. 
Fonte: MACIEL, T., SOUSA, M., LIMA, A. E. Comunidades tradicionais: saberes 
e sabores dos indígenas de Aratuba aos quilombolas de Baturité-CE. Conex. Ci. 
e Tecnol., v. 10, n. 3, p. 63 - 70, nov. 2016. Disponível em: 
http://www.conexoes.ifce.edu.br/index.php/conexoes/article/view/869/794. 
Acesso em 15 jun. 2019. 
 
Avaliação dissertativa 
 
Pondere a respeito do porquê de os saberes dos indígenas e quilombolas sobre 
agricultura e práticas alimentares não serem considerados conhecimento 
científico, enquanto o conhecimento produzido pelos pesquisadores a respeito 
desses saberes é considerado científico. Apresente, em seus argumentos, as 
características dos métodos científicos, usando exemplos extraídos do próprio 
texto. 
Com base nos estudos da unidade e no que os autores já descreveram, os 
saberes dos indígenas sobre agricultura e práticas alimentares não podem ser 
considerados conhecimento científico, pois o mesmo é adquiro por meio de 
métodos de estudo. O conhecimento dos saberes dos indígenas e quilombolas 
se dá a experiência de vida passada de geração em geração de pai para filho 
por meio de métodos empíricos, ou seja, da vivencia em determinada 
comunidade. 
Por outro lado, o conhecimento dos saberes por parte dos pesquisadores 
produzido pelos pesquisadores a respeito desses saberes pode ser 
considerado conhecimento científico, pois o mesmo é proveniente de todo um 
método de pesquisa fundamento dentro dos processos do método cientifico 
com teses e fatos concretos, com objetivo racional, geral, investigativo, 
sistemático e verificável. 
Dito isso, o conhecimento cientifico se produz à partir do saberes e outros 
fenômenos concretos e observáveis, advindo de uma investigação metódica e 
sistemática, partindo do princípio popular que se dá nas relações entre os 
indivíduos e os meios na qual estão inseridos, onde suas características são: 
real, fatual, contingente, sistemático, aproximadamente falível, verificável, 
objetivo, e transcendente aos fatos claros e preciso.

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