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SEMIOLOGIA UROLÓGICA

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Uma avaliação urológica de qualidade, é preciso uma boa história detalhada + um bom exame físico urológico + urinálise (análise da urina), 
sendo que uma anamnese bem elaborada, já estabelece boas hipóteses diagnósticas principais em urologia. A maioria dos pacientes é 
capaz de identificar sintomas que são originárias de doenças do sistema urinário e dessa forma são capazes de procurar diretamente o 
urologista para sua consulta médica.
Pela queixa principal em geral já é possível estabelecer o diagnóstico e seus principais diferenciais, sendo fundamental considerar junto 
aos sintomas:
Duração-
Severidade-
Cronicidade-
Periodicidade-
Grau de deficiência causada-
Importante avaliar:
A: Distúrbios da Micção
B: Hematúria
C: Dor
D: Alterações da Função Sexual
E: Alterações da Fertilidade
DISTÚRBIOS DA MICÇÃO (LUTS)
LUTS = STUI : Sintomas do Trato Urinário Inferior
Os STUI (do inglês, lower urinary tract symptons – LUTS) são divididos em sintomas de armazena- mento (disúria, polaciúria, nictúria, 
urgência miccional), esvaziamento (jato urinário fraco, hesitação miccional, intermitência urinária, gotejamento pós-miccional, sensação 
de sobra de urina na bexiga), presença de dor nos flancos, edema, incontinência urinária, aspecto da urina (hematúria, colúria, odor fétido, 
opacidade e presença de espuma).
É a soma de todas as perturbações da micção provocadas por alterações estruturais do colo vesical e uretra posterior. Antigo 
“PROSTATISMO”.
LUTS – SINTOMAS IRRITATIVOS E OBSTRUTIVOS
IRRITATIVOS : de armazenamento – afetam a frequência miccional. 
OBSTRUTIVOS : de esvaziamento – afetam a força/ calibre e a saída da urina. 
Polaciúria: aumento do número de micções, intervalo menor que 2h e sem alterar o volume 24h. Pode acontecer por diminuição da 
capacidade vesical (diminuição da capacidade de armazenamento), por diminuição do limiar de sensibilidade da mucosa vesical. Volume 
continua igual, só aumenta a frequência.
150ml: capacidade em que o cérebro é avisado que precisa urinar
Diminuem a capacidade da bexiga:
Inflamações crônicas da bexiga (cistites crônicas)-
LARISSA RODRIGUES SANTOSSEMIOLOGIA UROLÓGICA
quarta-feira, 3 de março de 2021 14:02
 Página 1 de CIRURGIA 
Inflamações crônicas da bexiga (cistites crônicas)-
Compressões extrínsecas (útero gravídico)-
Cálculos, tumores e urina residual vesical-
Aumentam a sensibilidade da bexiga:
Inflamação da bexiga-
Problemas neurogênicos da bexiga-
Noctúria: é o aumento da frequência miccional que ocorre à noite. Interrompe o sono (+2 de micções/noite).
Associa-se em geral à polaciúria por diminuição da capacidade vesical. Pacientes com problema de ordem emocional tem polaciúria, sem 
nictúria. 
Poliúria: é o aumento do volume urinária diário. Maios que 2500ml, ou seja, o volume aumenta muito.
Paciente na UTI: De 0,5-1ml/kg por hora
Diabetes insipidus-
Insuficiência renal-
Urgência Miccional: Desejo miccional forte, imperioso, repentino. Caracteriza-se por contrações involuntárias do músculo detrusor 
(hiperreflexia de doença neurológica e instabilidade por cistites/obstruções infravesicais).
Disúria: é a dificuldade miccional ou dor/ardência miccional. Normalmente a dor/ardência é referida pelos pacientes em geral, nas porções 
distais da uretra, associada a um desconforto supra-púbico.
A MICÇÃO DEVE SER INDOLOR E VOLUNTÁRIA . Se não for dessa forma, algum problema existe
Causas:
Ites - cistites, uretrites, prostatites-
Corpo estranho em bexiga/uretra-
Câncer da bexiga invasivo-
Períodos de momento de dor/desconforto ao urinar:
Disúria Inicial: Doenças uretrais
Disúria Terminal: Doenças vesicais
Disúria Total: Envolve uretra/beixga
Sintomas obstrutivos mais frequentes:
Diminuição da força e do calibre do jato urinário-
Hesitação-
Intermitência urinária (vai e volta)-
Esforço miccional-
Gotejamento pós-miccional/terminal-
Quando se pensar em obstrução... Tudo que pode fechar o fluxo da urina:
Hiperplasia de Próstata-
Estenose de uretra-
Câncer de próstata-
Corpo estranho em bexiga/uretra-
Bexiga neurogênica-
RETENÇÃO URINÁRIA
AGUDA: gera distensão da bexiga com desconforto supra púbico.
- Não consegue esvaziar a bexiga 
CRÔNICA: polaciúria, fluxo urinário diminuído e sensação de esvaziamento vesical incompleto.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA: Perda de urina de forma involuntária e inconsciente pela uretra. 
Contínua: fístulas Vesico-vaginal, Uretro-Vaginal e ureter ectópico-
 Página 2 de CIRURGIA 
Contínua: fístulas Vesico-vaginal, Uretro-Vaginal e ureter ectópico-
De Esforço: espirra, ri, sobe um degrau, qualquer esforço físico faz ela perder urina-
Urgência: urge incontinência-
Paradoxal ou de Transbordamento: bexiga extremamente cheia até o volume máximo, sendo um problema neurológico-
HEMATÚRIA: Presença de sangue na urina, proveniente do trato urinário, acima da uretra anterior.
Sangue na urina-
Macroscópica/microscópica-
Dolorosa/não dolorosa-
Macroscopica : > 100.000 hemácias ( olho nu) e Microscopica : > 3 hemácias por campo ( urinalise )
Todas as doenças do trato urinário podem provocar hematúria.-
Doenças sistêmicas também podem gerá-las como:
Anemia Falciforme○
Distúrbios de coagulação○
Vasculites○
Exercícios Físicos Intensos○
-
Hematúria inicial: pensar em doença uretral/cervicoprostática
Hematúria final: pensar em doença do colo e da próstata/vesical
Hematúria total: doença da bexiga, ureteres e rins
Hematúria macroscópica e indolor: Câncer no trato urinário
Pode-se ter uma hematúria glomerular, por lesão na parede do glomérulo, apresentando hemácias dismórficas.
URETRORRAGIA: Saída de sangue pelo meato uretral e fora da micção.
DOR
Qualquer parte do sistema urinário pode gerar dor (leve ou intensa). É um sintoma frequente que leva o paciente à procurar recurso 
médico.
DOR RENAL - CRÔNICA
Pode vir de distensões da cápsula, ou das cavidades, cronicamente, ou de inflamações. Dor surda, contínua, na região lombar e costo-
vertebral.
Pielonefrites-
Isquemias renais-
Dilatações por processos obstrutivos crônicos-
DOR RENAL - AGUDA
Pode ser aguda, por elevação aguda das pressões nas cavidades, decorrentes de obstruções agudas. Dor em cólica, não contínua.
Dor de grande intensidade-
Náuseas e vômitos - estímulo reflexo no sistema gastrointestinal pela proximidade de gânglios celíacos-
 Página 3 de CIRURGIA 
Náuseas e vômitos - estímulo reflexo no sistema gastrointestinal pela proximidade de gânglios celíacos-
DOR VESICAL
Dor em região supra-púbica.
DOR PROSTÁTICA
Presente nas prostatites (inflamações), ocorre na região perineal, irradia para área lombossacra, inguinal e membros inferiores. Gera 
sintomas urinários irritativos.
DOR PENIANA
Uretrite-
Parafimose-
Balanopostite-
Úlcera herpética-
Lesões traumáticas-
Corpos estranhos-
Divertículos-
Cálculos-
Tumores de uretra-
Peyronie-
Priapismo-
 Página 4 de CIRURGIA 
Priapismo-
Pode ocorrer na flacidez ou ereção.
DOR TESTICULAR
É um lugar muito frequente de dores, sendo a aguda no escroto (intensa e irradia pra virilha).
Orquiepididimite-
Torções-
Traumas-
Ou a crônica, sendo discreta (sensação de peso)
Varicocele-
Hidrocele-
 Página 5 de CIRURGIA 
Tumores-
DISFUNÇÃO SEXUAL
Pode ser uma disfunção erétil/impotência. Normalmente uma inabilidade de obter/manter a ereção satisfatória para o ato sexual, 
envolvendo o desejo/libido, ereção e ejaculação.
Alteração da libido: 
Deficiência androgênica-
Depressão-
Ambos-
Alteração da Ereção
Psicogênica: Depressão-
Orgânica: Além da diabete, as principais causas são, segundo Cavalcanti, hipertensão, dislipidemia (que é a alteração nos níveis de 
colesterol e triglicérides) e obesidade.
-
Ambas-
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES
TB : geram alterações morfo-funcionais que podem gerar obstrução ureteral, infecções crônicas perda da função renal-
Diabetes: nefropatia diabética TRS-
HAS : geram disfunções sexuais por alterações vasculares e medicamentos que interferem-
Dças Neurológicas: Adultos e crianças com distúrbios miccionais e sexuais-
Anemia falciforme: Priapismo-
VÍCIOS
Tabagismo : eleva risco de câncer urotelial e disfunção erétil ( dça vascular periférica)-
Alcoolismo : Gera neuropatia periférica e autonômica e reduz níveis de testosterona com perda da libido e da sensação de prazer
Saber o uso de medicações , de cirurgias prévias-
Saber histórico de alergias – exames de contraste-
-
 Página 6 de CIRURGIA 
Saber histórico de alergias – exames de contraste-
ANTECEDENTES FAMILIARES
Podem traduzir uma série de riscos inerentes para cada paciente-
Histórico de CaP-
Histórico de Dças genéticas : esclerose tuberosa e cistinúria -
EXAME FÍSICO UROLÓGICO
Inicia-se pela inspeção geral, buscando alterações que possam indicar doenças do aparelho urogenital, como edema, saliência ou 
inflamação nos flancos, aumento escrotal, lesões no pênis, entre outras. Importante observar:
Pele-
Estado nutricional-
Ginecomastia-
Edema de MMII e de genitais-
Gânglios inguinais-
É essencial, no caso de paciente com queixas renais, quantificar o peso e aferir a pressão arterial sistêmica.
RINS
Os rins localizam-se no retroperitônio (“loja renal”), têm o formato de feijão e situam-se ao lado da coluna vertebral, junto aos músculos 
psoas maiores. Têm a borda externa convexa e a interna côncava, por onde emergem a pelve renal e os vasos. Devido ao grande tamanho 
do lobo direito do fígado, o rim direito encontra-se em um nível um pouco inferior quando comparado ao rim esquerdo. Além disso, o rim 
esquerdo é um pouco mais alongado que o direito e suas dimensões são em média 10 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de 
espessura.
A melhor posição do paciente para o exame clínico é a decúbito dorsal, completamente relaxado com os braços ao longo do corpo e a 
cabeça no mesmo nível.
Órgão de grande volume, reto peritoneais-
Difícil de serem examinados-
Rim D mais que baixo que rim E-
Palpável em mulheres magras e crianças (polo inferior rim D). Rim E não é palpável.-
INSPEÇÃO: Inicialmente, realiza-se a inspeção abdominal à procura de cicatrizes, abaulamentos, retrações próximas às lojas renais e, a 
seguir, no dorso, observa-se se há empastamentos na região costovertebral.
PALPAÇÃO: Existem vários métodos de realizar a palpação renal, no entanto a melhor maneira de fazê-la, como já dito, é com o paciente 
em decúbito dorsal e com a musculatura abdominal bem relaxada. Uma das mãos do examinador, posicionada no ângulo costo-
vertebral, deve tentar empurrar o órgão enquanto a outra, na face anterior do abdome junto ao rebordo costal e paralela ao músculo reto 
abdominal, tenta palpá-lo durante a inspiração profunda.
Os rins normalmente não são palpáveis nos adultos, embora, em indivíduos magros, o polo inferior do rim direito possa ser percebido 
durante a inspiração profunda. A detecção de um rim com dimensões aumentadas sugere processos tumorais, rins policísticos ou mesmo 
hidronefrose.
 Página 7 de CIRURGIA 
Palpação do rim esquerdo: existem duas maneiras de realizar a palpação do rim esquerdo. O primeiro modo consiste na palpação do-
lado esquerdo do paciente, com ele deitado em decúbito dorsal. Coloca-se a mão direita nas costas do paciente, logo abaixo e 
paralelo à 12a costela, com as pontas dos dedos próximas do ângulo costovertebral. Realiza-se, então, uma pressão de forma a 
elevar o rim, tentando deslocá-lo anteriormente. A mão esquerda deve ser posicionada cuidadosamente no quadrante superior 
esquerdo do abdome, paralelamente ao músculo reto abdominal, com os dedos voltados para o rebordo costal. Deve-se então 
solicitar ao paciente que ele faça uma inspiração profunda, mantenha-a por poucos segundos e faça uma expiração bloqueada em 
seguida. Durante o pico da inspiração, aperta-se a mão esquerda profundamente no quadrante superior esquerdo, buscando 
capturar o rim entre as duas mãos. Conforme o paciente expira, deve-se diminuir a pressão realizada pela mão esquerda, buscando 
sentir o rim retornar para a posição expiratória. O segundo modo deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal, com o 
examinador do lado esquerdo do paciente. Com a mão esquerda posicionada nas costas do paciente, eleva-se seu flanco esquerdo. 
Simultaneamente, a mão direita realiza a palpação profunda do quadrante superior esquerdo, pesquisando possíveis massas nesse
local. Durante a palpação, deve-se solicitar ao paciente que realize manobra de inspiração profunda não bloqueada, que pode 
facilitar a pesquisa. O rim esquerdo em um indivíduo sem alterações dificilmente é palpável. Uma massa palpável em flanco 
esquerdo deve ainda ser diferenciada entre um aumento do rim esquerdo e uma esplenomegalia. Enquanto, no primeiro caso, têm-
se preservação do timpanismo em quadrante superior esquerdo, possibilidade de penetração dos dedos entre a massa e o rebordo 
costal e não se atinge profundamente a borda medial e inferior da massa, no segundo há uma massa com chanfradura palpável em 
borda medial que pode ultrapassar a linha média, a percussão timpânica em quadrante superior esquerdo e o espaço de Traube.
Palpação do rim direito: é realizada com o examinador do lado direito do paciente, buscando capturar o rim com técnicas similares 
às da palpação do rim esquerdo, mas com o papel de cada mão invertido, isso é, com a mão esquerda como apoio nas costas do 
paciente e a mão direita realizando a palpação profunda. O rim direito pode ser palpável normalmente, em especial em indivíduos 
magros e com bom relaxamento muscular. Pode ou não ser ligeiramente hipersensível e, normalmente, o paciente sente sua captura 
e liberação. O rim direito pode ainda estar localizado mais anteriormente que o habitual, podendo ser diferenciado do fígado pela 
forma arredondada do polo inferior do primeiro em comparação à borda do último que é pontiaguda e se estende medial e 
lateralmente, de forma que não é possível prendê-lo com as mãos.
-
Detecta mais comumente as "massas"-
Adultos e obesos - grandes "massas"-
 Página 8 de CIRURGIA 
Palpação não diferencia cistos e sólidos-
CRIANÇAS podem apresentam "massas"
Cística: rins policísticos, hidronefrose-
Sólida: Tu de Wilms, neuroblastomas-
-
PERCUSSÃO: Após a palpação, realiza-se a percussão renal, que, diferentemente das percussões realizadas em outras partes do corpo, não 
tem o objetivo de avaliar sons, mas sim a sensibilidade dolorosa. Com a borda cubital da mão posicionada no ângulo costo- vertebral, 
aplica-se um leve golpe no paciente, manobra chamada de percussão (ou punho-percussão) de Giordano. Deve-se atentar para a força 
aplicada na manobra, que deve ser suficiente para gerar vibração perceptível, mas indolor, em um indivíduo normal, o que pode ser 
interessante treinar. É importante lembrar que cada pessoa tem uma tolerância diferente a estímulos dolorosos, o que pode influenciar o 
resultado obtido na percussão.
A percussão serve para saber se o paciente sente dor.-
A percussão de Giordano costuma ser positiva em pacientes com distensão da cápsula renal, por obstrução ou infecção.
 Página 9 de CIRURGIA 
AUSCULTA: A ausculta da loja renal e do abdome (lateral- mente à região periumbilical) pode revelar a presença de sopro sistólico, 
eventualmente presente em estenoses ou aneurismas da artéria renal.
BEXIGA
A bexiga tem localização intrapélvica e, normalmente, não é passível de exame físico, no entanto poderá ser palpada se contiver mais de 
200 mL de urina, situação em que ela ultrapassa a sínfise púbica.
PALPAÇÃO: A palpação da bexiga deve ser bimanual, por meio de técnica descrita na propedêutica abdominal, quando se devem avaliar a 
mobilidade e a hipersensibilidade vesical. Também é necessário palpar a cúpula, que, em indivíduo sem alterações, apresenta-se lisa e 
arredondada.
PERCUSSÃO: A percussão é feita com a mesma técnica descrita na propedêutica geral/abdominal e deve ser utilizada para identificar 
hipersensibilidade e macicez, e determinar a altura da bexiga em relação à sínfise púbica.
PÊNIS
Antes de iniciar o exame do pênis, é feita a avaliação dos pelospubianos, uma vez que esses podem ser sede de ectoparasitoses.
INSPEÇÃO: O exame do pênis inicia-se pela inspeção de toda a extensão do órgão observando-se o aspecto da pele, do prepúcio, da 
glande, do meato uretral e da base do pênis. É importante avaliar a presença de malformações, úlceras, cicatrizes, tumorações, sinais de 
inflamação, secreção e outras lesões.
A pele é o lugar mais comum para o aparecimento de úlceras e outras lesões relacionadas a doenças sexualmente transmissíveis. É 
necessário avaliar se a glande pode ser retraída para expor o prepúcio. Isso é essencial para avaliá-la de forma completa e caracterizar a 
fimose caso sua retração não seja possível. A presença de substância caseosa esbranquiçada é chamada de esmegma, e pode ser 
encontrada normalmente sob o prepúcio. Lembre-se de recobrir a glande com o prepúcio antes de prosseguir o exame.
 Página 10 de CIRURGIA 
Observam-se a localização do meato uretral, seu calibre e a possível saída de secreções ou sangue, o que é mais bem avaliado se a glande 
for comprimida cuidadosamente com o dedo indicador e o polegar. Possíveis lesões neoplásicas também podem ser encontradas na 
uretra, hipótese idealmente afastada ao palpá-la a fim de encontrar nódulos que possam sugerir algum tipo de lesão proliferativa.
PALPAÇÃO: A palpação do pênis deve buscar sinais de anormalidade, como tumorações, hipersensibilidade e endurecimento. Pode ser 
feita utilizando o polegar e os dois primeiros dedos. Caso o paciente tenha referido secreção que não foi constatada durante a palpação, 
pode-se realizar a ordenha da base do pênis até a glande, o que pode provocar a saída da secreção.
Parafimose é um problema mais grave que a fimose e exige atendimento imediato. A parafimose pode ser entendida como o inverso 
da fimose: a pele do prepúcio retrai e não consegue voltar para cobrir novamente a glande do pênis.
BALANITE XERÓTICA OBLITERANTE: A balanite xerótica obliterante é uma causa inflamatória importante de compromisso da 
glande, prepúcio, meato uretral e uretra e trata-se de um potencial factor de risco para o carcinoma do pénis. Normalmente por falta de 
higiene. 
 Página 11 de CIRURGIA 
HIPOSPÁDIA E EPISPÁDIA: Embora ambas sejam alterações na abertura da uretra, a epispadia é mais rara que a hipospadia, na qual 
a abertura da uretra está na região inferior do órgão genital
DOENÇA DE PEYRONIE: A principal característica da doença de Peyronie é o desenvolvimento de uma placa fibrótica ou de um nódulo que 
se instalam na túnica albugínea — estrutura que envolve os corpos cavernosos –, comprometem sua elasticidade e impedem que eles se 
expandam normalmente, o que dificulta a ereção, pois esses distúrbios provocam distorções na forma e inclinação do pênis.
PRIAPISMO: O Priapismo é definido como uma ereção persistente e dolorosa do pênis ou do clitóris sem associação com desejo e 
estimulação sexual. O nome Priapismo é derivado do deus grego Priapo, que é o deus da fertilidade. O Priapismo consiste em uma 
emergência urológica que exige uma avaliação rápida. A glande não fica cheia de sangue, só o corpo cavernoso fica cheio.
 Página 12 de CIRURGIA 
ÚLCERA GENITAL
CÂNCER DE PÊNIS
 Página 13 de CIRURGIA 
ESCROTO
INSPEÇÃO: O escroto ou bolsa testicular é normalmente flácido, contendo os testículos e os elementos do funículo espermático. A pele 
contém folículos pilosos e glândulas sebáceas. Os testículos têm forma oval, consistência firme, porém não endurecida. A inspeção da pele 
deve ser realizada por completo, inclusive na superfície posterior, de modo que é necessário levantar o escroto.
Ainda durante a inspeção escrotal, avaliam-se o aumento volumétrico da bolsa e a presença de nódulos e veias salientes e/ou tortuosas 
(varicocele). Na fáscia superficial da bolsa escrotal, há o músculo dartos, cujas fibras são unidas à pele, sua contração faz a pele escrotal 
enrugar-se no frio ajudando na manutenção da temperatura testicular. Essa contração pode ser observada no momento do exame físico.
PALPAÇÃO: A palpação dessa região consiste em utilizar o polegar e os dois primeiros dedos para palpar os testículos, o epidídimo e os
ductos deferentes até o anel inguinal superficial.
Os testículos devem ser palpados com cuidado, pois são muito sensíveis. Quando normais, apresentam consistência firme, elástica e 
superfície lisa. No momento da palpação testicular, o examinador deve estar atento quanto ao aumento de tamanho, nodulações ou 
hipersensibilidade exagerada.
No exame genital, principalmente da criança, é importante observar se ambos os testículos encontram-se na bolsa testicular. Se não 
estiverem, devem ser procurados em outras localizações, como no canal inguinal, no abdome ou na raiz da coxa. Os cordões espermáticos 
devem ser palpados individualmente e, no início, com o paciente em posição ortostática. Inicia-se no epidídimo e segue-se até o anel 
inguinal superficial. Devem-se pesquisar nodulações ou aumento volumétrico. O epidídimo é palpado na face posterior de cada testículo.
Qualquer dado de aumento de volume do escroto ou dos testículos deve ser seguido pelo teste da transiluminação, que consiste em 
projetar uma fonte de luz sobre a parte posterior do escroto e observar a passagem ou não da luz através da pele. Se, de um lado, houver 
passagem da luz, pensa-se em acúmulo de líquido na bolsa (hidrocele) e, por outro, se não houver, a primeira hipótese diagnóstica passa a 
ser tumoração.
TRANSILUMINAÇÃO: diferencia as "massas" escrotais sólidas das císticas.
 Página 14 de CIRURGIA 
Hidrocele ( transiluminação +)-
Ca de testículo (transiluminação -)-
Hérnias inguino-escrotais ( transiluminação -)-
Varicoceles-
Orquiepididimites-
Torções-
Criptorquidias-
TOQUE RETAL
O exame prostático deve ser realizado em todo paciente com queixa urológica independentemente da idade. Se não houver queixa 
urológica, recomenda-se que seja feito preventivamente em todo paciente com mais de 40 (naqueles que apresentam história familiar de 
adenocarcinoma prostático) ou 45 anos.
O paciente pode estar em decúbito lateral esquerdo com as nádegas próximas à beira da mesa de exame (posição de Sims), em posição 
genupeitoral ou em pé, fletido sobre a mesa de exame. Deve-se realizar a inspeção anal com objetivo de identificar afecções orificiais 
como hemorroida ou fissuras.
O toque retal é feito com o dedo indicador devidamente protegido com luva e lubrificado. A introdução do dedo é feita lentamente: de 
início, avaliam-se as condições do reto e, a seguir, procura-se sentir a superfície posterior da próstata. A próstata normal é do tamanho de 
uma noz, com consistência elástica e indolor. Toda superfície da glândula deve ser examinada buscando avaliar seu tamanho, consistência, 
superfície, sulco mediano, limites, mobilidade e hipersensibilidade, além da possível presença de nódulos ou áreas endurecidas.
Orientar paciente previamente sobre as características do exame-
Avisar para NÃO contrair o esfíncter anal-
Colocar o paciente na posição adequada-
Decúbito dorsal com perna fletida-
Genu-peitoral-
 Página 15 de CIRURGIA 
Genu-peitoral-
Decúbito lateral-
Ortostático com tronco para frente -
Introduz o dedo indicador inteiro-
Avalia o tônus do esfíncter anal e a ampola retal (conteúdo e paredes)-
Próstata fica a 3-4 cm do ânus-
Lembra uma noz, triangular com vértice para baixo e base para cima-
Cada cm medido no sentido horizontal da próstata equivale a 10g de peso-
A consistência é macia, indolor, bordas nítidas e arredondadas e sulco mediano presente-
Próstata dolorosa e amolecida : PROSTATITE-
Próstata de volume aumentado-
Consistência elástica e firme-
Indolor-
Podendo haver nodulações-
Desaparecimento do sulco mediano-
 Página 16 de CIRURGIA 
Desaparecimento do sulco mediano-
 H.P.B. - Hiperplasia Prostática Benigna
O aumento pode ser leve, moderado ou intenso-
O grau de aumento é descrito estimando o peso em gramas, ou o número de vezes que está aumentadaem relação à próstata normal-
CÂNCER DE PROSTATA
Se a próstata com:
Superfície irregular-
Consistência pétrea ou endurecida (local ou toda)-
Indolor-
SUSPEITA DE NEOPLASIA-
O exame da próstata deve ser considerado com a história clínica do paciente, pois, se nesta houver dados de febre, queda do estado geral 
ou alterações miccionais, esses sintomas associados ajudam a estabelecer o diagnóstico.
VALE LEMBRAR... 
O médico e o acadêmico de medicina pode empreender uma adequada avaliação do paciente urológico e conhecer melhor sua doença.-
Uma história bem tirada e um exame físico bem feito é decisivo para uma eficiente assistência.-
A análise da urina deve sempre complementar as informações obtidas.
 Página 17 de CIRURGIA

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