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TRONCO ENCEFÁLICO E BULBO Amanda Liberato - 4° período ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO → Localizado na fossa posterior do crânio, ventralmente ao cérebro. → É formado pelo bulbo (região caudal); Mesencéfalo (cranial) e ponte (ambas as partes). BULBO → Limite antes da medula: Plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno do osso occipital. → O limite superior (anteriormente): sulco bulbo-pontino que se origina dos nervos cranianos VI; VII, VIII. → Limite superior (posteriormente): estria medular do IV ventrículo. → Superfície anterior: Percorrida longitudinalmente por sulcos que continuam com os sulcos da medula. Delimitando assim áreas anterior (ventral), lateral e posterior (dorsal), são eles: - Sulco anterior mediano (meio do bulbo); - Sulco lateral anterior (pré-olivar); - Sulco lateral posterior (retro- olivar). * A área lateral do bulbo está localizada entre o sulco lateral anterior e o posterior. → Área ventral: Fissura mediana anterior (FMA) e Pirâmides (lateralmente a FMA). → Parte caudal: Decussação das pirâmides (fibras do trato corticoespinal descem e decussão para formála). → Oliva: - Lateralmente as pirâmides: Massa de substância cinzenta (núcleo olivar inferior). - Ventralmente – sulco lateral anterior (XII) - Sulco lateral posterior (IX, X, XI). - Porção fechada do bulbo: Continuação direta do canal central da medula, onde é formado o IV ventrículo (em parte constituído pela porção aberta do bulbo). → Superfície posterior: - Sulco mediano posterior - Sulco posterolateral Entre o SMP e SPL- área posterior do bulbo. - Sulco intermédio posterior: Entre o SPL e SIP (fascículo cuneiforme). Entre o SIP e SMP (fascículo grácil). ** Esses fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes (medula) que terminam em duas massas de substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme (parte cranial). Tais núcleos estão situados no tubérculo do núcleo grácil e tubérculo do núcleo cuneiforme. Tubérculos afastam-se lateralmente formando o pedúnculo cerebelar inferior. MODIFICAÇÕES DA ESTRUTURA DEVIDO À MEDULA → Aparecimento de novos núcleos próprios do bulbo; → Decussação das pirâmides/ motorafibras do trato corticoespinhal percorre as pirâmides e decussa (muda de direção) cruzando o plano mediano continuando como trato corticoespinhal lateral, separando a cabeça da base da coluna anterior. → Decussação dos lemniscos/ sensitivo: as fibras que se originam nesses núcleos (grácil e cuneiforme) são denominadas fibras arqueadas internas. Elas mergulham ventralmente, passam através da coluna posterior, contribuindo para fragmentá-la. cruzam o pla no mediano (decussação sensitiva) e infletem- - se cranialmente para constituir, de cada lado, o lemnisco medial. → Abertura do IV ventrículo: Desaparecem os dois fascículos (grácil e cuneiforme) e os núcleos (grácil e cuneiforme). Logo, não há nenhuma estrutura no funículo posterior (medula). NÚCLEOS → Núcleo ambíguo: núcleo motor. Situado profundamente no interior do bulbo. → Núcleo do hipoglosso: núcleo motor (língua). Situa-se no trígono do hipoglosso. → Núcleo dorsal do vago: núcleo motor. Situa-se no trígono do vago. → Núcleo vestibular: núcleo sensitivo. Situa-se na área vestibular do assoalho do IV ventrículo. → Núcleo do trato solitário: núcleo sensitivo. Gustação. → Núcleo do trato espinhal do nervo trigêmeo: sensitivo (quase toda a cabeça). → Núcleo salivatório inferior. ** Esquema para memorização: Inicialmente põe-se a língua para fora para lamber o sorvete. Núcleo envolvido: núcleo do hipoglosso. A seguir é necessário verificar se o sorvete está mesmo frio (ou seja, se é realmente um sorvete). Núcleo envolvido: núcleo do trato espinhal do trigêmeo. Agora, é conveniente verificar o gosto do sorvete. Núcleo envolvido: núcleo do trato solitário. Nessa etapa, o indivíduo já deve estar com a "boca cheia d'água". Núcleo envolvido: núcleos salivatórios (no caso do bulbo, somente o inferior). Nessa fase já há condições de se engolir o sorvete. Núcleo envolvido: núcleo ambíguo. Finalmente o sorvete chega ao estômago e sofre a ação do suco gástrico. Núcleo envolvido: núcleo dorsal do vago. E como o indivíduo tomou o sorvete de pé, sempre mantendo o equilíbrio, es tiveram envolvidos também os núcleos vestibulares inferior e medial. → Núcleo grácil e cuneiforme: Fibras arqueadas internas que cruzam o plano mediano para formar o lemnisco medial. → Núcleo olivar inferior: Liga-se ao cerebelo através das fibras olivocerebelares que cruzam o plano mediano, penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior, distribuindose a rodo o córtex desse órgão. → Núcleos olivares medial e dorsalcomplexo olivar inferior. → Fibras arqueadas internas: formam dois grupos principais, de significação completamente diferente: algumas são constituídas pelos axônios dos neurônios dos núcleos grácil e cuneiforme no trajeto entre estes núcleos e o lemnisco medial; outras são constituídas pelas fibras olivocerebelares que, do complexo olivar inferior, cruzam o pia· no mediano, penetrando no cerebelo do lado oposto, pelo pedúnculo cerebelar inferior. → Fibras arqueadas externas: Originam-se do núcleo cuneiforme acessório têm trajeto próximo à superfície do bulbo e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior. → Fascículo grácil e cuneiforme: Visíveis na porção fechada do bulbo. → Lemnisco medial: Fita compacta de fibras de cada lado do plano mediano, terminando assim no tálamo. → Pedúnculo cerebelar inferior - é um proeminente feixe de fibras ascendentes que percorrem as bordas laterais da metade inferior do IV ventrículo até o nível dos recessos laterais onde se fletem dorsalmenle para penetrar no cerebelo. As fibras que constituem o pedúnculo cerebelar inferior já foram estudadas e são as seguintes: fibras olivocerebelares; fibras do trato espinocerebelar posterior; e fibras arqueadas externas. → Correlação anatomoclínicas: Os sintomas mais característicos das lesões bulhares são a disfagia (dificuldade de deglutição) e as alterações da fonação por lesão do núcleo ambíguo, assim como alterações do movimento da língua por lesão do núcleo do hipoglosso. Esses quadros podem ser acompanhados de paralisias e perdas de sensibilidade no tronco e nos membros por lesão das vias ascendentes ou descendentes, que percorrem o bulbo. PONTE → Localizada entre o bulbo e o mesencéfalo. O limite superior é o sulco pontino superior (fossa interpeduncular), e o limite inferior é o sulco bulbopontino. Além desses sulcos, anteriormente há também o sulco basilar disposto medialmente à ponte, por onde passa a artéria basilar e a eminência pontinha. → Tais fibras convergem de cada lado par formar o pedúnculo cerebelar médio. → IV ventrículo: O limite superior do quarto ventrículo é o aqueduto cerebral, o limite inferior é o canal central da medula, o limite anterior são a ponte e bulbo e o limite posterior é o cerebelo. Na parte posterior, são observados os pedúnculos cerebelares superior, médio e inferior, o tubérculo do núcleo cuneiforme, tubérculo do núcleo grácil e o sulco limitante. Além disso, é possível observar a eminência média, colículo fascial, área vestibular, estria medulares, trígono do hipoglosso e o trígono do vago. RELAÇÃO DA PONTE COM NERVOS CRANIANOS → Dentro da ponte há a formação reticular que tem como função controlar o ciclo sono- vigília, por meio da atividade elétrica cortical, controlar a via eferente de sensibilidade e dor, motricidade somática e postura, controlar o sistema nervoso autônomoneuroendócrino e centro respiratório e vasomotor. Ainda, encontra- se o locus cerelus com função de controle do estado de vigia e parte da formação reticular, apresentando neurônios ricos em noradrenalina e o complexo parabraquial que tem como função o processamento e transmissão de informações fisiológicas, estação relê para integração de conexões ascendentes e descendentes. MESENCÉFALO → Localizado entre a ponte e o diencéfalo, e é atravessado pelo aqueduto cerebral que transfere LCR dos ventrículos superiores à medula. As principais funções são controle de funções sensoriais e motoras, movimento dos olhos e coordenação dos reflexos visuais e auditivos. → Tecto do mesencéfalo: há a lâmina quadrigêmea. A lâmina é formada por 4 colículos, sendo: 2 superiores e 2 inferiores. Os 2 conículos superiores que ficam no braço do colículo superior, formam o corpo geniculado lateral e controla a visão. Os 2 conículos inferiores estão presentes no braço do colículo inferior, formam o corpo geniculado medial e controla a audição. → O colículo superior é formado a partir de camadas alternadas de substância branca e cinzenta que controlam os reflexos que regulam movimento dos olhos. O colículo inferior é feito de massa de substância cinzenta, fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral e é uma importante estrutura das vias auditivas. A substância negra são neurônios com neuromelanina, neurônios dopaminérgicos e fibras nigro- estriatais e estriato-nigrais (conexões) com funções motoras. Assim, o núcleo rubro tem controle sobre a motricidade somática, recebe fibras do cerebelo e controla a motricidade voluntária da musculatura distal do membros. Estudos revelaram que pacientes com deficiência de neuromelanina costuma apresentar a doença de Parkinson.