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TCC GESTÃO FISCAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA
CONTROLE INTERNO MUNICIPAL: Inovações e Sistemas Tecnológicos de Apoio à Gestão Pública
 
2021
 
CONTROLE INTERNO MUNICIPAL: Inovações e Sistemas Tecnológicos de Apoio à Gestão Pública
 
 [footnoteRef:1] [1: ] 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que ele foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “
RESUMO
O presente trabalho aborda os aspectos e conceitos envolvidos com o conceito de orçamento público, sendo que este abrange diversas áreas, pois o conceito deste é no qual baseia-se o uso de dinheiro, a entrada e saída de receita, e aonde este será utilizado. Aborda conjuntamente as leis e diretrizes que tangem este assunto e que o tornam legalizados, além de conceituar a importância e a utilização deste método como forma de controle para todos os âmbitos de governo, sendo municipal, estadual e federal. O desenvolvimento do trabalho foi realizado por meio de uma revisão bibliográfica que abrange textos, artigos e revistas encontrados tanto em biblioteca como biblioteca. Conclui-se com o presente artigo que o orçamento público é de suma importância para o desenvolvimento das cidades e estados e também para que não seja feito desperdício do dinheiro.
Palavras-chaves: orçamento, receita, público.
16
 1 INTRODUÇÃO
O Orçamento público é uma ferramenta de suma importância que é relacionada a gestão administrativa pública. Este é utilizado para auxiliar a organizar e controlar os recursos financeiros. Partindo da intenção inicial de controle, o orçamento público tem evoluído e vem incorporando novas instrumentalidades. (ENAP, 2014)
Tal ferramenta consiste em informações sobre recursos contidos pelo poder Público que abrangem todos os aspectos relacionados a receitas e despesas. De maneira semelhante desempenha função próxima a de um orçamento doméstico, possuindo um registro de recursos. (UNICEF, 2000)
Sua existência está prevista constitucionalmente e é materializada anualmente numa lei específica que “estima a receita e fixa despesa” para um determinado exercício. O funcionamento completo desta função é primordial para que assim possa se obter um equilíbrio e assim forma uma sociedade livre, justa e solidária. Os recursos arrecadados são provindos através de taxas e impostos 
buscando um equilíbrio que possibilite um controle destas despesas de acordo com a arrecadação, não podendo haver um desequilíbrio onde as despesas são maiores que as receitas, que iria acarretar em um déficit público.
Este trabalho tem por objetivo demonstrar a importância da gestão pública e a existência de instrumentos que auxiliam na elaboração do orçamento, assim como demonstrar os meios de controle que os cidadãos podem utilizar para acompanhar o orçamento e gastos públicos.
Sendo assim possui como objetivo geral de conceituar orçamento público e sua elaboração e princípios. Além de possuir como objetivos específicos conceituar aspectos que se relacionam com orçamento público; conceituar os passos para realizar a criação de um orçamento público, mostrando seus princípios, planejamento, execução e controle, o principal instrumento.
 O tipo de trabalho realizado irá ser uma revisão de literatura no qual foi realizada uma consulta a livros, dissertações e por artigos científicos selecionados através de busca nas seguintes bases de dados (livros, sites de banco de dados, etc) como google acadêmico, revistas online. Utilizando as palavras chaves: controladoria, pequenas empresas, controladoria empresarial. Utilizando trabalhos pesquisados dos últimos 35 anos de pesquisa, com busca sendo feita em livros, artigos, revistas e sites de instituições na internet, entre as bibliografias consultadas cita-se autores renomados na área de pesquisas de campo. Nesta revisão de literatura será abordado autores que dissertam sobre o assunto como Araujo (2014), Giacomani (2005) e Neto (2006) entre outros autores. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 ORÇAMENTO PÚBLICO 
O termo orçamento provem do termo urdir, que possui origem italiana e significa planejar e calcular. A história do orçamento público existe desde a época dos impérios e reinados, nesta época não havia aspectos que diferenciavam as finanças privadas, ou seja, particular do imperador ou rei, das finanças públicas. Porém com o crescimento do estado, ou seja, crescimento das cidades, estados, entre outros, observou-se um a demanda para que se ocorre uma forma de separar o que seria dinheiro público e o que seria do estado, pois este deveria ser destinado a manutenção e cuidados realizados para com a cidade e população. Tendo em vista esta necessidade, surge o orçamento público como uma fermenta para auxiliar as instituições governamentais a exercer controle sobre as receitas e demandas do dinheiro público. (PINTO, 1956)
A história do orçamento público brasileiro deu-se início quando o Rei D. João VI e com ele ocorreram mudanças nas questões financeiras do brasil, principalmente na área de vendas por meio da abertura dos portos, e com isso consequentemente houve um aumento na arrecadação de impostos, pois os portos geravam enormes valores provindos dos impostos aduaneiros. Com o aumento na arrecadação o Estado se viu forçado a criar métodos para conseguir organizar e controlar as receitas recolhidas, sendo assim, em 1808 criou-se o Erário Público e do Regime de Contabilidade, com a criação desta ferramenta tem-se que a importância do orçamento no Brasil vem desde séculos atrás. (PIRES E MOTTA, 2006)
 Devido a sua enorme importância vários autores, conceituam o significado deste termo, como Haddad e Mota (2010), este concebe o orçamento público como uma forma de autorizar o recebimento de dinheiro e o gasto do mesmo, sendo que este é diretamente relacionado as atividades de planejamento que serão desenvolvidas, sendo assim uma forma de torna estes planos mais palpáveis.
O orçamento público também definido segundo o pensamento de Lima e Castro (2000):
“Orçamento público é o planejamento feito pela Administração Pública para atender, durante determinado período, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos, por meio da planificação das receitas a serem obtidas e pelos dispêndios a serem efetuados, objetivando a continuidade e a melhoria quantitativa e qualitativa dos serviços prestados à sociedade.” (LIMA E CASTRO, 2000, p.19)
Esta ferramenta é considerada o principal documento, no qual possui-se os registros das atividades do governo que serão exposta a sociedade, sendo que este é algo considerado obrigatório sendo contido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ou seja, o governo deve publicar de forma periódica as informações sobre o dinheiro recolhido e os gastos que as instituições públicas iram gastar. Sendo uma forma de estreitar os laços entre o governo e a população que este governa. (PIRES E MOTTA, 2006)
2.2 ELABORAÇÃO E PRINCÍPIOS
O orçamento público tem por característica ser elaborado anualmente pelo Poder Executivo constituído em cada uma das esferas de gestão (Federal, Estadual, Municipal), e posteriormente sendo encaminhado e analisado pelo Poder Legislativo para aprovação, conforme expresso na Lei nº 4.320/64, sendo esta lei que rege as Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraçãoe controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, e na Constituição Federal de 1988, observando que seguindo as diretrizes propostas, esta ferramenta de planejamento relaciona-se diretamente com o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei orçamentária anual, de forma que metas e orçamento estejam em consonância. (MARTINELLI, 2015)
O Plano Plurianual - PPA é uma ferramenta de planejamento, sendo que esta é utilizada para médios prazos, e é obrigatório para todos os entes federativos. Este deve conter o planejamento dos Municípios, Estados e União , tendo como vigência de um quadriênio que vai do segundo ano do mandato com vigência e termina no primeiro ano do mandato subsequente, possuindo datas diferentes para sua entrega, sendo estas especificas para cada âmbito, como por exemplo para a União deve ser entregue à Câmara até 31 de agosto, já o Município observar o disposto na Lei Orgânica Municipal. O PPA pode ser alterado por meio de leis especificas, e a população pode acompanhar o desenvolvimento do exercício financeiro através do PPA. (ARAUJO, 2014)
A segunda lei que se relaciona diretamente com a estruturação do orçamento público, a lei de diretrizes orçamentárias, esta terá como conteúdo e sua estrutura o anexo de Riscos Fiscais, no qual ocorrerá a análise dos passivos contingentes e outros riscos capazes de influenciar de forma negativa as contas públicas, demonstrando as possíveis ações a serem tomadas para a resolução do problema, e as metas do governo se concretizem. Esta tem por objetivo definir as prioridades e metas de programas que serão executados pelos governos, configurando-se como uma ferramenta que articula o orçamento. A entrega deste documento deve ocorrer até 15 de abril de cada ano, sendo este o prazo direcionado a União, para os Estados será o prazo que constar em sua Constituição Estadual e para os Municípios será aquele que dispuser a Lei Orgânica Municipal. (CARVALHO, 2009)
Por último a lei que interage com a questão do orçamento público, tem-se que esta denominada lei orçamentaria anual diz respeito a concretização das metas propostas no PPA, baseando-se na LDO, tornando-se responsável pelo cumprimento destes objetivos, estimando as receitas e determina o que será gasto no decorrer do ano, disciplinando as ações governamentais, tendo em vista a função que esta lei desempenha o trabalho de um instrumento elaborado pelo Poder Executivo. (NUNES, 2008)
Segundo Carvalho (2009) cita que estas leis se definem conforme as suas funções, estas são elaboradas baseando-se em doze princípios, sendo estes: Legalidade, Universalidade, Periodicidade, Exclusividade, Clareza, Unidade, Publicidade, Equilíbrio, não vinculação dos impostos, Especificidade, Orçamento Bruto e Utilidade. 
2.3 A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LRF
 Considerando a definição de Paludo (2013), a LRF é considerada como um marco história das finanças públicas no brasil, tornando-se posteriormente uma ferramenta importante para a conduta dos administradores públicos, norteando-os perante as regras e limites, necessitando de uma prestação de contas para que assim possa-se responsabilização e aplicação de sanções pessoais (PALUDO, 2013).
 A lei complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a qual se tornou vigente logo após sua publicação, pulando assim o período de vacatio legis, sendo conhecida por lei de responsabilidade fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. A LRF exerce uma função de demonstrar as ações imposto aos gestores públicos, fazendo com que estes sejam obrigados a realizar um planejamento relacionado ao dinheiro público, considerando despesas e receitas. Exigindo desses um maior planejamento a respeito das despesas públicas. (JÚNIOR, 2017)
Esta lei é de suma importância para a sociedade, devido ao seu papel relacionar-se com o combate de fraudes na gestão pública, realizando a fiscalização e posteriormente realizando a punição para aqueles que forem considerados com condutas errôneas. Tem-se então que os gestores necessitam sempre estar atentos aos detalhes que tangem a lei LRF, para que sempre se mantenham na legalidade. (PISCITELLI, 2011)
2.4 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS CLÁSSICOS
Segundo Sanches (2004) os princípios básicos correspondem a uma série de proposições orientadoras que direcionam a realização dos processos e as práticas orçamentárias, tendo por objetivo assegurar-lhe estabilidade e consistência, além de proporcionar transparecia perante o Poder Legislativo e a população.
Esses princípios tendem por finalidade exercer a função de regras, os quais tem suma importância sobre os orçamentos possuindo forte conotação jurídica e, alguns deles chegaram até os dias de hoje incorporados à legislação. (NETO, 2006)
2.4.1 Princípio da Anualidade ou Periodicidade
Este princípio tem por função definir que o orçamento público dever ser feito em um determinado período de tempo podendo este coincidir ou não com o ano civil, no caso do Brasil ocorre a coincidência com o ano civil, conforme disposto no art. 34 da Lei nº 4.320/64, tendo em vista que esta lei rege as normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da união, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
2.4.2 Princípio da Clareza
Seguindo a definição do próprio nome, este princípio tem por função, integrar ao orçamento e sua estrutura a clareza para que sua compreensão seja de forma fácil e simplificada para que até pessoas leigas possam entender o que está sendo exposto e realizado neste orçamento, aumento assim a relação entre Estado e a população, tornando mais transparente o que está sendo feito.
2.4.3 Princípio da Especificação ou Discriminação
Este é tangido pela Lei nº 4.320/64, nos seus arts. 5º e 15 que diz respeito a questão da necessidade de se constar no orçamento com o que será gasto as receitas constando assim sua respectiva despesa, seguindo assim o nome do princípio a “especificação”, um orçamento público deve conter um nível satisfatório de discriminação para que assim cada uma passe por análise perante o poder Legislativo, evitando assim que esta avaliação ocorra em blocos. (GIACOMANI, 2005)
Silva (1973) reafirma a preocupação que se deve ter com o limite da discriminação, tendo em vista que o orçamento não deve ultrapassar o limite tênue entre uma descrição minuciosa e globalização.
2.4.4 Princípio da Exclusividade
Este conceito tem como definição de sua função não permitir que o orçamento fuja das metas e objetivos pré-definidos, garantindo que a lei orçamentária não possuirá matéria tangente a previsão da receita e à fixação da despesa, ou seja que não está pré-fixada nos planos. Observando isto, em segundo plano este princípio é utilizado para direcionar a votação do orçamento nas Assembleias Legislativas, fazendo que assim os processos sigam um direcionamento correto, não buscando assim caminho legislativo mais rápido e sujeito a prazos fatais, buscando uma forma mais rápida. (SANCHES, 2004)
2.4.5 Princípio da não vinculação de receitas
A concepção básica deste, é relacionada ao fato de o orçamento não poder ser vinculado a nenhum outro tipo de receita, tendo como destino único o Caixa Único do Tesouro, evitando-se assim consequentemente que ocorra desvios inapropriados de receita pública. Para Torres (1995) o princípio de não afetação sendo direcionado a administração pública, contendo assim direcionamento para investimentos e gastos.
2.4.6 Princípio da Legalidade 
Este princípio diz respeito a legalidade do orçamento público, tornando obrigatório que este antes de colocado em prática seja aprovado perante o poder legislativo, tornando-se assim algo legalizado frente ao governo, contendo a autorização do setor legislativo.
Para Silva (1973) o conceito deste tópico mantém o mesmo contexto no qual se adequa a legalidade geral contendo como diferença que este é aplicado a matéria orçamentária, segundoo qual a administração se subordina aos ditames da lei.
2.4.7 Princípio da Publicidade 
Por ser uma ferramenta de suma importância para a administração pública e para o controle de gastos e receitas recebidas, o orçamento público deve conter uma ampla publicidade, pois nesta ferramenta contém o fluxo de dinheiro relacionado ao setor público. Esta divulgação que se deve ter em torno do orçamento deve ser clara e realizada pelo governo, por meio do diário oficial, ser norteado por meio de leis, entre outros meios.
Considera-se a publicidade como algo que é tomado como base das atividades realizadas pelo poder público no regime democrático, ou seja, também é direcionada ao orçamento, sendo este fundamental para o desenvolvimento e evolução de um governo. (GLAUBER,2005)
2.4.8 Princípio Orçamentário da Unidade
O princípio da unidade segue o conceito básico previsto em lei, que cada setor da federação (união, estado ou município) deve conter apenas um orçamento, estruturado de maneira correta e uniforme. Para que assim cada ente obtenha o controle da sua contabilidade de forma separada, e que todas as despesas e receitas constem de forma única, para que assim tenha-se desenvolvimento.
2.4.9 Princípio da Universalidade
O conceito deste tópico segue o significado da palavra que o define, tendo como conceito o fato de que todas as despesas e todos as receitas devem constar na lei orçamentária. Este princípio sempre foi de importância essencial para se conduzir a uma administração adequada.
Para ser considerado universal e que esteja adequadamente neste termo, um orçamento deve efetivamente contemplar tudo que envolva dinheiro, caso isto não ocorra o Poder legislativo não possuiria controle absoluto e eficaz sobre a contabilidade.
2.5 PLANEJAMENTO 
O ato de planejar é diretamente relacionado a tentativa de obter controle sobre algo, neste caso sobre as despesas e receitas, este plano deve ser feito de forma a conceber um resultado promissor e articulado, na forma de um sistema integrado de decisões, pensando nas consequências orçamentárias, financeiros e históricos que venham a intervir no decorrer de uma ação e que possam influenciar resultados esperados. Consiste na ação de estrutura atividades de forma que se possibilite prever o que irá ocorrer no futuro. (ABREU, 2010).
Na tentativa de realizar este planejamento criou-se ferramentas para auxiliar no processo de desenvolvimento, como por exemplo o Plano Plurianual-PPA que se destaca como sendo o principal instrumento para corroborar com o desenvolvimento, sendo que este tem concebe a definição de uma maneira regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal. (PARES, 2006)
O que diz respeito ao PPA este é utilizado para auxiliar no processo de planejamento a médio prazo, a LOA é definida para curtos prazos, tendo como validade o período de um ano. 
2.6 EXECUÇÃO
Após a elaboração do planejamento e a utilização das ferramentas em auxilio para o controle, a parte posterior corresponde a execução orçamentária e financeira, a qual é de suma importância para garantir ao ente público que estes possuam receita suficiente, para que se possa desempenhar uma melhor execução de seus programas de governo, e garantir o controle e equilíbrio entre as despesas e as receitas. 
Segundo Kohama (2010) esta etapa consiste em fundamentar-se na programação, servindo isto tanto para adequar-se as normas estabelecidas pelo orçamento, mas também poder prever o que acontecerá e possíveis problemas, alcançando a máxima racionalidade e probabilidade de resolução perante a um contratempo. Se a execução estiver dentro dos parâmetros relacionados possibilita realizar modificações dentro dos prazos estipulados. 
Dentro da execução existem ferramentas para auxiliar seu funcionamento, sendo como:
• Programação Financeira e Cronograma de Desembolso
É uma ferramenta que ajusta e adequa a execução do orçamento com o seu possível fluxo de caixa, ou seja, receita e despesas (desembolso de recursos financeiros mensais), este é utilizado para corrigir as deformações da execução orçamentária, com o objetivo de manter o equilíbrio e controle da contabilidade.
Segundo Fortes (2006) as Unidades Orçamentárias realizam a execução do orçamento, estas em sua maioria não possuem receita suficiente para complementar o ciclo da execução do orçamento pelo pagamento. Se possuísse recursos seria necessário estruturar uma programação financeira, sendo os recursos são arrecadados durante o exercício financeiro.
O Decreto Federal n° 93.874/86 define as informações para estruturação da programação financeira e cronograma de desembolso, sendo algumas dessas como disponibilidade de caixa existente, provável arrecadação de receita própria e arrecadação de transferências correntes e de capital, orçamento por órgão e unidade orçamentaria, entre outras.
· Programação da Receita
Realiza-se isto perante um estudo feito referente a análise e interpretação do desempenho da arrecadação dos últimos três exercícios e previsões de arrecadação de receitas de capital. Devem-se realizar as previsões de receita levando em consideração aspectos variáveis e atualizados como PIB, inflação, normas técnicas e legais, alteração de legislação, a variação do índice geral de preços, entre outros. (SALDANHA, 2013)
Esta programação é realizada por meio de etapas que significam estágios da arrecadação, sendo estes: Previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.
· Programação da Despesa
Esta é feita observando o cronograma de desembolso, sugerindo que o ente público realizou a programação de suas receitas. A programação da despesa realiza a estruturação de metas com as quais serão gastos o dinheiro público, sendo considerada um forte mecanismo para controle dos recursos que serão gastos na execução dos programas de governos que serão desenvolvidos pelas unidades orçamentárias. (CONTI et al, 2010)
3 CONCLUSÃO
No presente trabalho observou-se sobre a importância do orçamento público e os aspectos relacionados a este. Percebe-se que a criação do orçamento é de suma importância para o governo pois este atua baseando-se no que foi definido e determinado no orçamento público.
A estruturação de um orçamento público possui diretrizes que são abordadas por todos os poderes municipal, estadual e federal, e também tem algumas que são especificadamente para cada poder devido a amplitude de cada um, tendo isso todos os aspectos devem ser considerados e abordados de forma coerente e correta.
REFERÊNCIAS
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ARAUJO, L.G. ORÇAMENTO PÚBLICO: INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE NO MUNICÍPIO DE QUELUZ SP. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, 2014.
CONTI, J. M. Orçamentos públicos: a Lei 4.320/1964 comentada. 2ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.
ENAP. Orçamento Público: Visão Geral. Disponível em: <http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/882/OP_vis%C3%A3o%20geral.pdf?sequence=1>. Acesso em: 12 de janeiro 2013.
GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. Método de pesquisa. UFRGS, 2009.
GIACOMONI, J. Orçamento público. 13. ed. Ampl. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2005.
HADDAD, R. C.; MOTA, F. G. L. Contabilidade pública. Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB,2010.
JÚNIOR, F. V. D. S. A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF) COMO INSTRUMENTO DE SUMA IMPORTÂNCIA NA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO. Revista Conhecimento Contábil, ISSN 2447-2921, Mossoró/RN, UERN; UFERSA. Vol. 04, n. 01, p. 23 a 37, 2017.
KOHAMA, H. Contabilidade Pública: Teoria e Prática. 11. ed. São Paulo. Atlas,
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LIMA, D. V.; CASTRO, R. G. Contabilidade Pública. São Paulo: Atlas, 2000.
LIMA, L. C. M. CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
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MARTINELLI, R. M. ORÇAMENTO PÚBLICO: UM ESTUDO DE CASO DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BARRETOS/SP. Universidade de Brasília – UnB, 2015.
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