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FARMACOLOGIA DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR E MIORRELAXANTES INERVAÇÃO DAMUSCULATURA ESQUELÉTICA Sistema Nervoso Somático Acetilcolina Receptores nicotínicos Sem gânglios, controla movimentos voluntários, não-autonômicos; JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Junção de um neurônio motor que sai da medula SNC e inerva diretamente as fibras musculares. Neurotransmissor: Acetilcolina Armazenada em vesículas pré-sinápticas; Quando há um estímulo a acetilcolina é liberada; Encontra na musculatura esquelética os receptores nicotínicos (ionotrópicos - acoplado a canal iônico, permeável a Na) - Abre o canal Com a entrada de Na acontece a despolarização da célula que leva a contração da musculatura; Então drogas que interferem na acetilcolina, interferem na contração do musculo. DROGAS MIORRELAXANTES MIORRELAXANTES DE AÇÃO PERIFÉRICA o PRÉ-SINÁPTICA: outros usos; ex: toxina botulínica (botox) Impede que haja liberação da Ach que está armazenada na vesícula, então com menos Ach na fenda sináptica, menos ligação aos receptores e mais os músculos relaxam. Uso terapêutico: estrabismo, hiper-hidrose; Uso estético: linhas faciais hipercinéticas; o PÓS-SINÁPTICA: Bloqueadores JNM Curares ou Agentes Curarizantes Usos terapêuticos: Relaxante muscular: em cirurgias, procedimentos ortopédicos; Relaxamento de M. Respiratórios: para intubação e controle de respiração artificial; Animais selvagens em fuga; Adjuvantes de anestesias; Despolarizantes Ex: Succinilcolina (suxametônio), decametônio Mecanismo de ação: o Agonistas de R Nic da ACh -> mimetizam a ação da Ach em m. esqueléticos, mas são menos sensíveis à AchE, e provocam despolarização contínua -> fasciculação muscular; o Fase I (despolarização) -> fasciculação (pequenas contrações contínuas) o Fase II (dessensibilização) -> miorrelaxamento Não-despolarizantes ou Competitivos Competem com a ACh pelos receptores; São antagonistas competitivos de R nicotínicos da acetilcolina; Antagonizam a ação da ACh, a despolarização e a contração muscular; Se fasciculação muscular; Ex: d-tubocurarina, atracúrio, vecurônio, galamina, pancurônio, fazadínio, rocurônio, cisatracúrio. o D-tubocurarina (“curare”) É um alcalóide mono-quaternário derivado das plantas Chondrodendron e Strychnos; Pouco absorvida V.O. (muito hidrossolúvel, tem muitos radicais) Concentra-se mais na JNM; Cães: reduz PA. o Galamina: ação mais prolongada que d-tubocurarina, bloqueia RNic e RMusc da Ach, Ação também em R beta1- adrenérgicos; Eliminada por excreção renal; o Atracúrio Sem efeitos cardíacos; Eliminação de “Hofman”: auto-metabolização, indicado para pacientes hepato e nefropatas Inicia com amina e cria amônio quaternário Aspectos Farmacocinéticos o Injetáveis: Os grupamentos amônio quaternários conferem hidrossolubilidade e mínima absorção oral. o Distribuição extracelular; o Sofrem metabolismo hepático, e uma fração é eliminada de forma inalterada pela urina; o Atracúrio sofre eliminação de Hofman e é indicado em casos de insuficiência hepática e renal; o Vecurônio tem eliminação biliar; Efeitos faracológicos o Miorrelaxamento; o Liberação de histamina: “reação alérgica”br Variável de acordo com a espécie, dose e via de administração; Cães e Gatos são mais sensíveis; Sintomas: salivação, secreção brônquica, broncoespasmo; Profilaxia com antagonista H1 e H2 -> antihistaminícos; Efeitos cardiovasculares: o Galamina e pancurônio possuem efeitos adrenérgicos e anticolinérgicos, com possível aumento da FC, DC e PA. o Atracúrio e vecurônio têm efeitos insignificantes. o D-tubocurarina: hipotensão; Reversores de Bloqueadores Não-despolarizantes o São os inibidores da AchE (anti-colinesterásicos). Ex: neoetigmina, piridostigmina, edrofônio. o Induzem reações muscarínicas ou colinérgicas -> antagonizadas por anticolinérgicos como a atropina. o Ex. De uso da Piridostigmina – A dose para antagonismo do bloqueio neuromuscular é de 0,25 a 0,25 mg.kg-1, administrado conjuntamente a 20 ug.kg -1 de atropina. CONSIDERAÇÕES GERAIS o Não são analgésicos ou anestésicos; o Uso preferencialmente em centro cirúrgico o Uso cauteloso Liberação de histamina Queda da PA Estimulação do SNA o Contraindicados em asma e miastenia grave MIORRELAXANTES DE AÇÃO CENTRAL o Podem atuar diretamente no interneurônio ou indiretamente no neurônio motor; Ex: Metocarbamol, etc. o Tétano Clostridium tetani: neurotoxina -> inibe liberação de GABA e glicina, resultando em rigidez persistente dos músculos esqueléticos. o Doença do disco intervertebral (IVDD) em cães Condições em que os discos de amortecimento entre as vértebras criam protuberâncias para o espaço medular -> pressionam os nervos da medula espinhal -> causam dor, lesão do nervo e paralisia. Sintomas e sinais: Dor e fraqueza nas patas traseiras (claudicação); Comportamento ansioso; Espasmos musculares nas costas ou no pescoço; Redução do apetite e nível de atividade; Incontinência urinaria e/ou fecal; Tratamento: Cirurgia (maninectomia), esteroides e AINES para reduzir o edema da medula e a dor, para os espasmo musculares: massagem, diazepam, metocarbamol, etc. o Ações no SNC sem deprimir condução nervosa periférica, a excitabilidade e a transmissão na JNM. o Usos: tratamento de espasmos musculares em – tétano, intoxicação por estricnina, miosites/IVDD, estiramentos, ansiedade. o Relaxantes centrais propriamente ditos Metocarbamol Ação em interneurônios (bloqueia) -> bloqueio de reflexos polissinápticos; Equinos, cães e gatos -> em miopatia de esforço, espasmo muscular, trauma medular, miosites, tétano; Uso oral, uso i.v. em condições de severidade (tétano) Baclofeno Derivado sintético do GABA (neurotransmissor inibitório do SNC) -> agonista GABA b GABA b -> R. metabotrópico Tão eficaz quanto diazepam, mas não causa sedação Oral e injetável, bomba de infusão para terapia intratecal Benzodiazepínicos Agonistas de receptores GABAa -> R ionotrópico (canal Cl) - neurotransmissão inibitório; hiperpolarização Tranquilizantes, sedativos Ex: Diazepam, midazolam, clonazepam o Diazepam Usado via i.v (emergências), v.o. e via retal Tem metabólitos ativos Também é anticonvulsionante Efeitos terapêuticos: miorrelaxante, ansiolítico, sedativo/hipnótico, anticonvulsionante Efeitos Adversos: ataxia, excitação paradoxal, amnésia, possíveis efeitos teratogênicos e carcinogênicos. o Antagonistas de benzodiazepínicos É antídoto para superdosagens de benzodiazepínicos -> Antagonista de receptores GABAa Flumazenil, i.v -> ação intravenosa rápida Guaifenesina - éter gliceril guaiacol (EGG) Miorrelaxante para equinos Agonista glicinérgico -> hiperpolarização de moto neurônios Quando receptores de glicina são ativados, cloreto entra no neurônio através de receptores inotrópicos causando um potencial pós sináptico inibitório; Uso oral ou i.v Atravessa barreira placentária Uso associado a outros fármacos para anestesia em equinos (benzodiazepínicos e levomepromazina) Carisoprodol Uso em humanos Geralmente associados a anti-inflamatórios Intoxicação em cães já relatada Mecanismo de ação central não conhecido Ex: tandrilax, torsilax, mioflex. o Alfa2 – Agonistas Alfa2-adrenérgico: receptor auto-regulatório -> controla liberação da NOR Ex: Xilazina, detomidina, medetomidina, romifidina, Clonidina e dexmedetomidina: pacientes em UTI com COVID-19 R. alfa 2 pré-sináptico -> inibe influxo de Ca -> impede liberação de NOR Efeitos: Analgesia (especialmente visceral) Relaxamento muscular Aumento tônus vagal: “bloqueio cardíaco” -> bradicardia, aumento de PA seguido de redução de PA -> efeitos sobrePA são dose-dependentes Hiperglicemia e redução da liberação de insulina Prolapso peniano em equinos Emese Diminui peristaltismos e secreções; Usos: MPA (medicação pré-anestésica) Associação a anestésicos gerais Como miorrelaxantes Antagonistas: Tolazolina, ioimbina, atipamezole, piperoxam: são antagonistas alfa 2 -> reversores de efeitos da xilazina e outros alfa2-agonistas. Ex: Medicamento Reset (cloridrato de ioimbina) para equinos; ANESTÉSICOS LOCAIS Fármacos capazes de bloquear, de maneira reversível, os impulsos nervosos aferentes no local da sua aplicação, especialmente os estímulos dolorosos; Afetam a excitabilidade elétrica celular HISTÓRICO Cocaína -> procaína -> lidocaína -> ripovacaína ESTRUTURA QUÍMICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS O anestésico local é uma molécula anfipática possuindo uma parte hidrofílica ligada a uma cadeia intermediária que se conecta à parte lipofílica o Radical aromático Responsável pela lipossolubilidade e potência anestésica Exemplos: Na cocaína: ácido benzoico Na procaína: PABA Lidocaína, bupivacaína, mepivacaína: xilidina o Cadeia intermediária Responsável pela potência anestésica (peso molecular) – Amida ou Éster Amida (ex. Lidocaína) – mais comum Mais estáveis Metabolizados no fígado Os metabólitos geralmente são farmacologicamente ativos Efeito mais prolongado > t1/2 Éster (ex. Procaína) Hidrolisados por esterases no fígado e plasma <t1/2 - tempo de meia vida mais curto Efeito mais rápido Maior taxa de reações de hipersensibilidade Curta: procaína e propoxicaína Intermediária: lidocaína, mepivacaína e prilocaína Longa: tetracaína, ropivacaína, bupivacaía e etidocaína; o Radical amina Responsável pela hidrossolubilidade; Grupo amina terminal Secundária: prilocaína Terciária: demais anestésicos locais -> são sais resultantes da reação: amina + ácido forte (HCl). Ex: cloridrato de lidocaína FATORES QUE AFETAM A AÇÃO DOS AL 1. pH o AL são bases fracas -> se dissociam em solução (Os AL são bases fracas mas geralmente são preparados comercialmente em solução com cloridrato, o que faz com que o pH da solução seja ácido, portanto, ionizados) pH das soluções é ácido (3 a 5,5) e anestésico encontra-se ionizado; A solução ácida será tamponada pelos tampões teciduais e se dissocia em: Parte catiônica e base não ionizada – deve haver equilíbrio entre os dois para o AL ter efeito. o Conversão cátion/base depende do pKa do anestésico e do pH do local; Acidez tecidual: < formação de base não ionizada Alcalinidade tecidual: > formação de base não ionizada (maior o pH, maior penetrabilidade nos tecidos) o Base: responsável pela penetração tecidual, não tem carga, mais lipossolúvel. o Cátion: grupo farmacologicamente ativo, atua internamente às membranas, responsável por produzir o efeito anestésico local. o Fundamental: equilíbrio entre base não ionizada e cátion Cátion: forma protonada -> afinidade de ligação ao sítio ativo do canal de Na Consegue bloquear o canal de sódio, com isso impede a passagem do estimulo de dor e assim o efeito anestésico acontece; Mas para isso precisa penetrar na célula em forma de base não ionizada; Dentro da célula precisa ser ionizada para promover o efeito da droga; o PH 7,4 e grau de ionização Ex: Lidocaína -> pKa = 7,7 -> 65% na forma ionizada (fora da célula) - 35% entra e produz efeito – consegue agir mais rapidamente Bupivacaína -> pKa = 8,1 -> 85% na forma ionizada – 15% entra e produz efeito Em comparação, Lidocaína tem período de latência mais curto – pois tem maior % que penetra na célula e já começara agir, portanto, tem efeito mais rápido; % ionizada é a que provoca o efeito do anestésico; o É comum anestésico local não funcionar em tecido inflamado, pois é um tecido geralmente ácido que contém alto fluxo sanguíneo e muitos mediadores inflamatórios e o pKa do anestésico local é básico, então o anestésico local nesse meio ácido, se dissociará na forma protonada, e não conseguirá penetrar na célula pois não forma base não ionizada o suficiente e, portanto, não produzirá efeito. 2. Diâmetro da fibra e mielinização o Aalfa = propriocepção; 12-20 um diâmetro - Sensibilidade a AL + (baixa) o Adelta = dor, temperatura; 2-5 um diâmetro - Sensibilidade a AL +++ (média) o C = dor; 0,4-1,2 um diâmetro - Sensibilidade de AL ++++ (alta) o Quanto mais mielina mais o anestésico demora para penetrar na fibra e bloquear a sensibilidade; 3. Lipossolubilidade o Quanto mais lipossolúvel for o AL maior a sua penetração; Associado a potência; o Procaína Potência: 1 Lipossolubilidade: 100 o Prilocaina Potência: 1.8 Lipossolubilidade: 129 o Lignocaina Potência: 2 Lipossolubilidade: 366 o Bupivacaia Potência: 8 Lipossolubilidade: 3420 MECANISMO DE AÇÃO Bloqueiam de forma reversível os potenciais de ação responsáveis pela condução nervosa (dor) Agem nos canais de sódio impedindo que haja a despolarização; Bloqueio de canais de Na voltagem-dependente: início e propagação do potencial de ação o Direto o Por tamponamento o Na parte interna da membrana Canais de Na+ existem nas formas: o Ativa: aberto; o Inativa: fechado; o Repouso: fechado; o AL seletivamente ligam-se a canais de Na+ em estado inativo; LOCAIS DE AÇÃO E EFEITOS DOS AL Todas as estruturas excitáveis Nervos (voluntários e involuntários) o Nervo vago (antitussígeno) - nervo parassimpático Lidocaína inalada para controlar tosse Aparelho cardiovascular o Ação antiarrítmica (lidocaína) - via intravenosa o Depressão do miocárdio o Bupivacaína: + cardiotóxica SNC o Estímulo paradoxal por depressão de circuitos inibitórios o Depressão CR o Tremor, agitação, convulsão tônico-clônica, paralisia respiratória; Placenta: penetração (menor com bupivacaína) M. liso: ação antiespasmódica Local: irritação, ulceração TIPO DE BLOQUEIO/USO Tópico: spray, gel, pasta; Infiltração (i.d, s.c): cuidado em extremidades Perineural: bloqueio regional do nervo Espinhal/intratecal: espaço subaracnóide; Intra-articular: para diagnósticos (equinos) Intravenoso: uso de torniquete e faixa de smarch para interromper a circulação; SEQUENCIA DE BLOQUEIO 1° : perda de sensação de dor e temperatura (fibras pequenas); 2° : perda de sensação de tato e pressão; 3° : perda da função motora (fibras grossas); INTERAÇÕES MEDICAMETOSAS Intensificam bloqueio NM (sulfas, digitálicos, beta-bloqueadores) Bloqueadores de canais de Cálcio: elevam cardiotoxicidade dos AL Vasoconstritores (epinefrina): diminuem absorção dos AL o Reduz o perigo de reações tóxicas; o Não usar em extremidades -> necrose ALGUNS ANESTÉSICOS LOCAIS Na forma de Cloridratos: sais solúveis Os sais de cloridrato são ligeiramente ácidos -> isto aumenta a estabilidade dos AL do tipo ésteres. HCl + Amina -> Cloridrato ou Hidrocloridrato **Lidocaína (amida): todos os tipos de AL** Procaína (éster): anestesia infiltrativa, rápida biotransformação, baixa toxicidade Tetracaína (éster): 10x mais potente que procaína; uso tópico, infiltrativo, regional, epidural; Bupivacaína (amida): alta ligação com PR; mais segura; bloqueio regional e espinhal (obstetrícia) Articaína (amida): cirurgia oral e dentária REAÇÕES ADVERSAS DOS AL – DOSE-DEPENDENTES Hematomas: locais de punção; Lesões neurológicas: paresia/paralisia de nervos periféricos o Ex: síndrome da cauda equina Hipersensibilidade: reação alérgica/dermatite em poucos indivíduos -> mais com AL do tipo éster Meta-hemoglobinemia: induzida pela aplicação de AL, como a benzocaína, a lidocaína e a prilocaína; o Em endoscopia, broncoscopia e ecocardiografia transesofágica; o Incapacidadede liberar oxigênio para células o Cianose persistente o Deficiencia de NADPH-metemoglobina redutase RESUMO Derivados da cocaína e procaína Bases fracas (pKa 8-9) Ação depende do pH local Estrutura molecular com 3 partes distintas Bloqueiam canais de Na+ voltagem-dependente -> efeitos farmacológicos e adversos Vários métodos de utilização (bloqueios anestésicos) ANESTÉSICOS GERAIS Fármacos inalatórios Fármacos injetáveis Definição: é o estado reversível da perda da consciência induzida por fármacos que permitam a realização de procedimentos cirúrgicos. Objetivos: aliviar ou inibir a dor, preservar a vida do paciente e fornecer ao cirurgião um campo de trabalho adequado. Para uma anestesia ideal é necessário: o Analgesia; o Hipnose o Relaxamento muscular; o Ausência de reflexos autônomos; Estágios anestésicos o Níveis de depressão do SNC: Dose-dependentes; o Da normalidade a morte; o Estágio I: “estágio de analgesia” até perda da consciência, ausência da dor, reflexos presentes, pupila normal; o Estágio II: “estágio de excitação ou delírio” - olhos movem, reflexo fotomotor e sensorial, midríase, atividade motora, náuseas e vômitos; o Estágio III: “estágio cirúrgico” - Miorrelaxamento e respiração regular; Plano 1: respiração regular, movimentos globo ocular, pupila retorna ao normal; Plano 2: respiração menos profunda, ausência de movimentos no globo ocular, miose; Plano 3: respiração com esforço abdominal, inicio de midríase; Plano 4: respiração só abdominal, pupilas dilatas, reflexo fotomotor ausente, midríase; o Estágio IV: “morte iminente” - paralisia respiratória; midríase completa; colapso vasomotor. o Atualmente os planos anestésicos são mais flexíveis: tipo da respiração, resposta cardíaca/pressora ao estímulo cirúrgico, reflexos sensitivos profundos Plano Superficial Plano Adequado Plano Profundo Anestésicos Parenterais (intravenosos e outros) o Usados para indução anestésica; o Realização de procedimentos mais rápidos; o Ação e duração muito rápidas; o 1. BARBITÚRICOS Derivados do ácido barbitúrico, que em si não tem propriedades depressoras, mas a alteração de sua estrutura produz compostos hipnóticos; Tiobarbitúricos (ex. tiopental) - “droga da eutanásia” na 2° guerra mundial; Oxibarbitúricos (ex. pentobarbital e fenobarbital) Farmacocinética: Uso i.v. Ácidos fracos, mas preparações são alcalinas (pH 10) (exclusivamente via i.v., se for aplicado em tecidos adjacentes pode levar a necrose perivascular) -> forma não- ionizada é ativa (lipossolúvel - atravessa membrana como a barreira hematoencefálica e consegue chegar ao SNC); Lipossolúveis: tempo de latência muito curto e ação rápida (ultracurta) Lipossolubilidade: efeito sedativo residual e longa recuperação anestésica; devido a lipossolubilidade parte do fármaco se acumula no tecido adiposo; Ligação com proteínas plasmáticas -> hipoalbuminemia aumenta a concentração cerebral, pois terá mais droga livre; Biotransformação hepática (relativamente lenta) Farmacodinâmica: Ativam receptores GABAa: aumentam a ação inibitória do GABA; permitem a entrada de cloro e o neurônio fica cada vez mais hiperpolarizado e vai inibindo a atividade cerebral; (todas as regiões cerebrais) Reduzem condutância do Na+,Ca++, K+ Diminuem ação da ACh na pós-sinapse (Rec. Nicotínicos) - (perifericamente: miorrelaxamento) o 2. DERIVADOS DA FENCICLIDINA Cetamina (quetamina) o Farmacocinética: Altamente lipossolúvel; Solução com pH ácido: dor por via intramuscular, mas não induz necrose. Ação rápida Biotransformação e excreção hepática (exceto gatos – renal) Norcetamina: metabólito ativo Atravessa barreira placentária o Farmacodinâmica: Anestesia Dissociativa Aumenta as vias serotoninérgicas inibidoras descendentes; Potencializa ação de receptores GABAa Analgesia (medula espinhal) Antagonista de R NMDA e modula NT glutamato e R AMPA (R excitatórios) Efeitos anti-depressivos Tiletamina Considerações o Mais seguros que barbitúricos; o Alguns reflexos continuam presentes (pálpebras abertas) o Hipertonicidade muscular o Analgesia o Taquicardia o Convulsões e agitação no despertar o Depressão Centro Respiratório dose-dependente Geralmente associados a zolazepam pois esses fármacos sozinhos não são bons miorrelaxantes, por isso são associados a eles. o Cloridrato de tiletamina + zolazepam o Cloridrato de cetamina + cloridrato de xilazina o Cloridrato de cetamina + dizepam o 3. PROPOFOL É um alquilfenol Uso intravenoso apenas Líquido oleoso esbranquiçado (emulsão) e termosensível -> nanoemulsões alternativas Usado para indução e manutenção anestésica Lipofílico Excreção renal dos metabólitos (inativos) Farmacodinâmica: Potencializa a ação (inibitória) do GABA em receptores GABAa Reduz disparos de neurônios, inclusive DAminérgicos Curta duração, rápida recuperação Pobre analgesia e médio relaxamento muscular Não causa necrose tecidual Induz alterações respiratórias (depressão), mas não hepáticas Atravessa B.P. o 4. ETOMIDATO É um composto imidazólico Hipnótico, mas sem ação analgésica e miorrelaxamento Anestesia de curta duração (10 a 15 min) Excreção renal Pacientes cardiopatas: ausência de alterações CV -> indicado Reduz a PIC: neurocirurgias -> indicado Farmacodinâmica: Modula a ação GABAérgica em R GABAa Aumenta expressão de R GABA Etapas da Anestesia Geral o Indução o Manutenção o Recuperação Características de um Anestésico Geral Ideal o Físico-química Solubilidade em água Estável no ambiente Lipoafinidade Pequeno volume de injeção o Farmacocinética Rápida distribuição Curta duração Metabólitos atóxicos o Farmacodinâmica Ampla margem de segurança Sem efeitos variáveis inter-paciente Não alergênico Atóxica indução rápida e suave o Efeitos Gerais Produzir inconsciência e ausência de responsividade Produzir amnésia Bloquear reflexos Relaxar m. esqueléticos, mas não os m. respiratórios Recuperação suave rápida sem efeitos adversos o Como é difícil um único fármaco obter todas essas características, se faz associação de fármacos para obter uma melhor anestesia. ANESTESIA INALATÓRIA Administrados e eliminados via pulmonar; Permite rápida mudança de planos anestésicos; Halotano – primeiro anestésico não inflamável; Isoflurano, sevoflurano Características Físico-químicas: o Pressão de vapor, diz qual anestésico é mais fácil de ser vaporizado, quanto maior a pressão de vapor mais fácil de vaporizar o agente; Isoflurano chega a 32% e o Sevoflurano a 21% o Temperatura, quanto maior mais fácil de vaporizar; o Pressão barométrica, quanto menor mais fácil vaporizar; o Solubilidade do anestésico em cada meio o Coeficiente de Partição Sangue/Gás o Concentração Alveolar mínima (CAM) capaz de inibir a resposta motora de um estímulo doloroso supramáximo em 50% FÁRMACOS ANTICONVULSIVANTES CONVULSÃO Descarga elétrica excessiva, repentina e anormal do cérebro; Convulsões recorrentes -> epilepsia Origem dos distúrbios convulsivos: intracranianas, extracranianas (sistêmicas) Causas de convulsão em Medicina Veterinária o Doenças inflamatórias (encefalite, necrosante do Yorkshire, encelafile do Pug) o Infecciosa (raiva, cinomose, FIV/FELV, PIF, erlichiose, toxoplasmose) o Nutricional (deficiência de tiamina) o Traumática (TCE) o Vascular (acidente vascular hemorrágico e isquêmico) o Genética (mutação de canais iônicos) o Neoplásica (meningiomas, gliomas, tumor de hipófise, linfoma) o Tóxica (metais pesados, rodenticidas, herbicidas, medicamentos) Descrição das convulsões quanto à manifestação o Clônicas: contração de extremidades; o Mioclônicas: movimentos involuntários na parte superior do corpo e dos membros; o Tônicas: perda de consciência; o Tônica-clônicas: combinação dos sintomas das convulsões tônicas e clônicas (“Grande mal”) o De ausência: ausente do mundo consciente por um breve período (“Pequeno mal”) Classificação das convulsões quanto às alterações cerebrais o Parciais o Generalizadas o Parcial com generalização secundária Registro eletroencefalográficos (EEG) na epilepsia Terapia anticonvulsivante depende do Potencial de Ação MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTICONVULSIVANTES Potencialização da ação do GABA (ação em receptores GABAa ou na síntese do GABA), quando abre o canal permite a entrada cloro que tem carga negativa, então ocorre uma hiperpolarização dificultando um novo disparo de potencial de ação. Inibição da função dos canais de sódio; Inibição da função dos canais de cálcio; o A atividade do canal de cálcio do tipo T é importante para determinação da despolarização rítmica dos neurônios do tálamo – região mais afetada para iniciar uma convulsão generalizada. Estímulo de receptores canabinóides CB1 e CB2; o Sistema Endocanabinóide – Receptores CB1 – por todo o corpo humano, hipotálamo, amígdala – regulação do apetite, processamento emocional, memória. CB2 – sistema imunitário, sistema nervoso periférico – reduz a inflamação, reação às doenças. No casos das convulsões CB1 é o mais importante, está presente nas sinapses, são receptores metabotrópicos acoplados a proteína G, estimulados por agonistas que ativam esses receptores canabinóides. o Canabidiol (produto extraído da canabbis que tem efeito anticonvulsivante) Baixa afinidade por receptores CB; Receptores 5-HT; Receptores opioides; Receptor TRPV1 -> normaliza Ca intracelular; Non-endocannabinoid G protein-coupled receptors (GPCRs); Bloqueio dos canais de Ca e K dependentes de voltagem; Fármacos Anticonvulsivantes o Clássicos Fernobarbital Primidona Benzodiazepínicos Fenitoína Ácido valproico Brometo de potássio Carbazepina o Novos Oxcarbazepina Gabapentina Vigabatrina Lamotrigina Topiramato Canabidiol 1. Anticonvulsivantes Clássicos o 1.1 Fenobarbital (gardenal) Mecanismo de ação: potencializa ação do GABA É um barbitúrico Biotransformação hepática Indutor enzimático – biotrasformação acontece mais rapidamente pois haverá mais enzimas Alta ligações às proteínas plasmáticas Meia-vida de 47 a 74h Efeitos colaterais: sedação, hiperatividade, poliúria, polidipsia, polifagia, hepatotoxicidade (a atividade das enzimas hepáticas é acelerada e pode produzir alguns metabólitos danosos) e anemia Vantagem: preço baixo o 1.2 Primidona Semelhante ao fenobarbital Mecanismo de ação: potencializa ação do GABA Quando administrada, é absorvida, passa pelo fígado e é biotransformada gerando um metabólito ativo que é o fenobarbital; 85% da primidona gera como metabólito o fenobarbital; É um barbitúrico; Indutor enzimático; Meia vida plasmática de 5 a 15h; Efeitos colaterais: sedação, hiperatividade, poliúria, polidipsia, polifagia, necrose hepática e anemia; Tóxica para gatos; o 1.3 Benzodiazepínicos Mecanismo de ação: potencializa ação do GABA Diazepam (nome comercial: valium) Biotransformação hepática Meia-vida de 1 a 2 dias Penetra imediatamente no SNC (emergência) Desenvolve tolerância – em 1 a 2 semanas (não muito bom para terapias prolongadas) Uso em associação Efeitos colaterais: sedação e polifagia Também é miorrelaxante de ação central; Outros: clonazepam, clorozepato, midazolam, lorazepam o 1.4 Fenitoína (ou Hidantoína) Mecanismo de ação: inibição da função dos canais de sódio Biotranforação hepática Indutor enzimático Alta ligação às proteínas plasmáticas Meia-vida de 4h em cão e de 24 a 108h em gatos (evitar em gatos pois tem ação muito longa devido alguns déficits de biotransformação nos felinos) Efeitos colaterais: hepatopatia, anemia Vantagem: não causa sedação o 1.5 Ácido Valproico (ou Valproato) Ação pleiotrópica Inibição da função dos canais de sódio Inibição da função dos canais de cálcio In vitro: estimula a ácido glutâmico – descarboxilase (síntese do gaba) e inibe a GABA-transaminase (degradação do gaba) Biotransformação hepática Alta ligação às proteínas plasmáticas Meia-vida de 15h Efeitos colaterais: sedação e hepatopatia o 1.6 Brometo de potássio Mecanismo de ação: hiperpolarização dos neurônios, como o Cl- Usado em cães com convulsões refratárias a outros medicamentos ou que desenvolveram hepatopatia; Meia vida de 16,5 dias Efeitos colaterais: ataxia, pancreatite, hiperatividade, dermatite alérgica (atopia), hiperpotassemia; (devido aos efeitos deixou de ser utilizado na medicina humana) Vantagens: não produz indução enzimática, nem interações medicamentosas o 1.7 Carbamazepina Mecanismo de ação: inibição da função dos canais de sódio Biotranforação hepática Indutor enzimático Alta ligação às proteínas plasmáticas Meia-vida de 10 a 20h Tratamento para comportamento agressivo Efeitos colaterais: sedação, nistagmo, vômitos e hepatopatia 2. Novos Anticonvulsivantes o 2.1 Oxcarbazepina Mecanismo de ação igual à Carbazepina Inibição dos canais de sódio Meia vida de 4h Não promove indução enzimática o 2.2 Gabapentina Aminoácido sintético semelhante ao GABA Mecanismo de ação: inibição dos canais de sódio Pouca interação farmacológica Efeitos adversos leves É usada também como analgésico para tratar dor neuropática o 2.3 Vigabatrina Mecanismo de ação: bloqueador irreversível da GABA-transaminase, enzima que degrada o GABA, assim se tem maior presença de GABA sendo formado e liberado para atingir os receptores, provocando então hiperpolarização; Primeiro “fármaco planejado” no campo da epilepsia; Epilepsia refratária; Porém: efeitos na visão periférica (retinopatia em humanos) Não promove indução enzimática o 2.4 Lamotrigina Mecanismo de ação: inibição dos canais de sódio e da liberação de glutamato; Metabólio cardioativo N-lamotrigina -> altera a condução atrioventricular; Tratamento da doença maníaco-depressiva o 2.5 Topiramato Mecanismo de ação: inibição dos canais de sódio e bloqueio de receptores AMPA (glutamato) Efeitos colaterais: alteração gastrointestinal e irritabilidade; Desvantagem: preço alto o 2.6 Canabidiol (CBD) ADTIVOS ZOOTÉCNICOS DEFINIÇÃO FDA: agentes que alteram a produção animal quando administradas por via oral (puros ou ração) ou parenteral que visam aumentar a produtividade animal; Termo em desuso “Promotores de ganho de peso) – pois algumas drogas são utilizadas para aumentar além do ganho de peso, mas também a produção de ovos, leite, etc. CLASSES DE DROGAS Anabolizantes Antibióticos (ionóforos, outros) Tilosina, lincomicina e tiamulina Somatrotopina bovina Agonistas b-adrenérgicos (Clembuterol) Probióticos Prébióticos 1. ANTIBIÓTICOS Ações o ↓ diminuição das bactérias e produção de toxinas bacterianas o ↓ diminuição das enterites o ↑ aumenta a absorção de nutrientes (Ex. aminoácidos) Ionóforos o Utilizados na medicina veterinária como aditivo, sem uso clinico o Lasalocina, maduramicina, monensina, narasina, salinomicina, senduramina o Mais ação em G+ o Atuam como se fossem carreadores de íons pela membrana das bactérias, essas moléculas se inserem na membrana carregando os íons e acabam alterando o equilibro eletrolítico, reduzindo a viabilidade dos microrganismolevando a morte dessas bactérias o Uso em bovinos (leite e corte) e aves o Aumentam a proporção do AGV propiônico -> fonte de energia para bovinos o Consideradas drogas seguras em doses adequadas o Tóxico para equinos – fatal o Relatos de toxicidade em outras espécies: bovinos, suínos, coelhos, galinhas e outras aves. o Essa toxicidade se deve a alteração iônica alterando indiretamente o Ca++ intracelular e com isso alterando a liberação de catecolamina e provocando efeitos cardíacos e também pelo rompimento de mitocôndrias que leva a necrose, alterações metabólicas e, portanto, a morte celular. Outros o Virginamicina, bacitracina de Zn, colistina, tilosina, amprólio, eritromicina; mais utilizados mais em aves e suínos o Usados como Anticoccidianos Eimeria sp. - Coccidiose ou Eimeirose – doença intestinal (inflamação), + bactérias oportunistas -> enterites em aves -> redução de peso, redução do consumo de ração -> mortalidade Isospora Cystoisospora Crystosporidium Uso proibido no Brasil Ativos contra Gram(+) - Staphylococcus - Streptococcus - Enterococcus Ativos contra Gram(-) - Campylobacter Na, K, Mg, Ca Bom antibiótico promotor deve ser: Alta performance econômica Atuar em baixas doses Não induzir resistência -> descrita para vários anticoccidianos ionóforos (ex. em Enterococcus) Manter equilíbrio flora GI Atóxico e não mutagênico Biodegradável Para evitar resistência bacteriana a antibióticos em humanos Medicamentos que também são utilizados na clínica humana foram proibidos. Portaria nº 110, de 23 de maio de 2019 - tilosina, lincomicina e tiamulina com a finalidade de aditivos melhoradores de desempenho em animais produtores de alimentos será proibido. 2. PROBIÓTICOS Microrganismos vivos -> restauradores da microflora intestinal; Mistura de Lactobacillus, Enterococcus, Bifidobacterium e Bacillus -> produtores de ácido lático (diminui o pH intestinal e diminui a presença de bactérias patogênicas; Uso em aves, suínos, bovinos e equinos; Ações o Produzem ác. láctico -> reduzem pH, E.coli e Clostridium o Competem com bactérias patogênicas o Melhoram imunidade local -> ativação de macrófagos e IgA. o Ex: Biobac, Turbolyte, Protexin. 3. PREBIÓTICOS Ingredientes alimentares não-digestíveis com efeitos benéficos – fibras Exemplos: oligossacarídeos de frutose (FOS) ou manose (MOS) São carboidratos complexos. Ações o Modulam microflora/microbioma intestinal o Imunomodulação -> IgA e IgG Vantagens sobre probióticos -> estabilidade, pois são fibras e não MO vivos, toleram variações de umidade e temperatura; Usados isoladamente ou em conjunto com os probióticos 4. EUBIÓTICOS OU SIMBIÓTICOS Probióticos + Prebióticos juntos; Ex: bifidobactérias + FOS 5. ABIÓTICOS Substâncias purificadas -> beta-glucanos Regulam a resposta imune contra patógenos (Salmonella) 6. ENZIMAS Proteases, lipases, fitases, xilanases -> digestão de alimentos Aves/promissoras em suínos 7. SOMATOTROPINA (GH) Hormônio protéico da hipófise anterior: GH -> liberação regulada no hipotálamo por: o Somatostatina (inibidora) o GH-RH (estimulador) IGF-1/IGF-2: Fator de crescimento semelhante à insulina ou somatomedina C Produção de Leite Uso atual -> rbST (somatrotopina recombinante bovina) (=rBGH) 1 aplicação de rbST a cada 14 dias, via subcutânea, em vacas e búfalas. Polêmica.... Considerada segura (Genebra, 1992) Mas exige nutrientes de melhor qualidade para o animal Problemas clínicos (vacas leiteiras) - ↑ 25% mastite clínica - ↑ 40% risco de não emprenhar - ↑ 50% sinais clínicos de laminite 8. -AGONISTAS Chamados “agentes de partição” ou “de repartição” -> + músculo e –gordura Alteram o padrão de crescimento e de carcaça Bem absorvidos por via oral; Ex: clembuterol, salbutamol, ractopamina, zilpaterol Ractopamina: uso permitido para suínos; Zilpaterol e ractopamina aprovados para bovinos em 2012 pelo MAPA Zilmax – controverso (uso suspenso no EUA e Canadá em 2013) Mecanismo básicos o Ação em R adrenérgicos -> 1, 2 e 3 o Estimulam lipólise -> energia liberada, síntese de PR -> aumenta tecido muscular; Efeitos o Metabolismo proteico – hipertrofia muscular o Metabolismo lipídico Efeito mais perceptível; ↓ tamanho de adipócitos ↓ lipogênese e ↑ lipólise o Metabolismo Glicídico – alteram sensibilidade à insulina, que regula metabolismo de glicose; Toxicidade de -agonistas o Ensaios com clembuterol Anomalias fetais em coelhas com altas doses de clembuterol Itália – 1996 -> intoxicação humana -> 62 pessoas hospitalizadas após consumir carne com até 0,8 µg/kg Uso proibido em vários países, inclusive Brasil o Ensaios com ractopamina Pouco tóxica Menor ligação com PP -> +biotransformada e +excretada; Aprovada em alguns países, inclusive pelo FDA 9. ANABOLIZANTES (Esteróides) Naturais o Testosterona o Progesterona o 17-estradiol Estilbenos (Proibidos!) o DES (E): proibido em todos os países o Hexestrol (E) o Dienestrol (E) Xenobióticos o Zeranol (E) o Trembolona (T) o Melengestrol (P) Mecanismo de ação o Ação em receptores nucleares o Aumentam síntese de PR, inclusive musculares o Animais tratados com anabolizantes terão mais massa muscular (mais usado em bovinos de corte) Mecanismo de ação de 17-estradiol – efeitos mais genéricos Fatores e considerações o Em bovinos inteiros -> ação de estradiol é + evidente. o Em fêmeas -> ação de andrógenos é + evidente o Efeitos irregulares em suínos e ovinos o Trembola (T) e Zeranol (E) -> LMR = 2 e 10 µg/kg o IN Nº 10 MAPA, DE 27 ABRIL DE 2001 o Art. 1º Proibir a importação, a produção, a comercialização e o uso de substâncias naturais ou artificiais, com atividade anabolizante, ou mesmo outras dotadas dessa atividade, mas desprovidas de caráter hormonal, para fins de crescimento e ganho de peso em bovinos de abate. o Permitidos hormônios ou assemelhados para fins terapêuticos e reprodutivos, como sincronização do cio de vacas e transferência de embriões, em uso pontual e não contínuo. Uso polêmico o Risco de uso indiscriminado o Riscos para consumidores o Carcinogenicidade (linfoma, CA de testículos e cérvix uterina) o Dificuldade na fiscalização o Desrespeito ao período de carência para abate o Dificuldade na detecção de esteroides xenobióticos. RESÍDUOS DE ADTIVOS ZOOTÉCNICOS Cálculos dos Riscos o NOEL (Nível Sem Efeito Observável) dose máxima antes que apareça qualquer efeito benéfico de um fármaco. o IDA (Ingestão diária aceitável) IDA = NOEL x Peso corporal (60 kg) Fator de segurança (FS) Ex: monensina IDA = 1,25 mg/kg x 60 kg 0,75 mg 100 1,25 mg/kg NOEL encontrada em um estudo longo de toxicidade em cães FS = 100 102 considera que o homem possa ser 10x mais sensível que outras espécies o LMR (Limite máximo de resíduos) Legislação – MAPA o Possui plano nacional de análise de produtos de origem animal; análise em laboratórios credenciados; CONSIDERAÇÕES FINAIS Aditivos alimentares melhoram a produção animal Preocupação constante com risco a consumidores resíduos dos aditivos e seus efeitos em curto e longo prazo Riscos de resistência bacteriana Riscos toxicológicos e alérgicos Riscos ambientais Deve-se estabelecer os LMR aceitáveis: com base em efeitos genéticos, mutagenicidade, reprodutivos, excreção e metabolismo. TOXICOLOGIA – AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE DROGAS RESÍDUOS DE ADITIVOS ZOOTÉCNICOS Índices que indicam segurança para consumidores: NOEL (Nível Sem Efeito Observável) – dose máxima antes que apareça qualquer efeito benéfico de um fármaco. IDA (Ingestão diária aceitável) LMR (Limite máximo de resíduos) Regulação feita pelo MAPA – análises realizadas com amostras FÁRMACOS/ADTIVOS + EFICÁCIA + SEGURANÇA = TESTES TOXICOLÓGICOS PRÉ-CLÍNICOS FASES DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS Descobrimento da droga Pré-clínica – testes que indicam a eficácia do fármaco e a toxicidade; longo tempo Fase testes clínicos (fase 1 – indivíduos saudáveis; fase 2 – determinado número de pacientes doentes; fase 3 – número grade de indivíduos doentes) Fármaco no mercado TOXICOLOGIA PRÉ-CLÍNICA (Farmacologistas) Onde mais atuam, através de: Testes de eficácia e de toxicidade in vitro Protocolos experimentais validados Boas Práticas de Laboratório (BPL ou GLP) Laboratórios Brasileiros credenciados. Ex: Biosintesis – IPEN/USP, Centro de Inovação e Estudos Pré-clínicos (SC) TOXICOLOGIA PRÉ-CLÍNICA X TOXICOLOGIA NÃO-CLÍNICA A primeira se faz seguindo todos os protocolos de regulamentação e a segunda seguindo os protocolos mas não em laboratório reconhecido pela ANVISA por exemplo. Necessária para registro de Fármacos humanos (ANVISA) Fármacos veterinários (MAPA) Agrotóxicos (MAPA) Com especificidades de cada agência Objetivos Segurança do produto Mecanismo de toxicidade do produto Reversão de intoxicação do produto Resultados prévios aos testes clínicos Fundamento ANVISA: baseada em documentos de agências e instituições reconhecidas na área FDA: Food and Drug Administration EMA: European Medicines Agency WHO: World Health Organization ICH: International Conference on Harmonization NCI: National Cancer Institute OECD: Organization for Economic Co-operation and Development** - órgão de referência nos testes pré-clínicos GUIA PARA A CONDUÇÃO DE ESTUDOS NÃO CLINICOS DE TOX – Métodos regulamentados pela ANVISA Estudos de toxicidade de dose única Estudos de toxicidade de doses repetidas Estudos de genotoxicidade Estudos de tolerância local Estudos de carcinogenicidade Etc; Toxicologia pré-clínica -> protocolos devem ter permissão do Comitê de Ética para o Uso de Animais (CEUA) 1. ESTUDOS DE TOXICIDADE DE DOSE ÚNICA (AGUDA) Objetivo o Avaliar a toxicidade produzida por uma droga quando administrada em dose única, seguida de observação diária dos animais por 14 dias Modelo Animal o Ratos ou camundongos (6 machos e 6 fêmeas) o Diferença de peso entre os animais não superior a 20% Vias de Administração o Oral e intraperitoneal -> via pretendida + uma alternativa Dosagem o – até 1.000 mg/kg (3 doses); Parâmetros a serem avaliados o Sinais clínicos e comportamentais; o Variações no peso corporal e no consumo de ração e água; o Latência, duração e reversibilidade da toxicidade; o Investigações anatomo e histopatológicas; o Mortalidade; o Ex de tabela: atividade geral, frêmito vocal, irritabilidade, resposta ao toque, contorção, endireitamento, força de agarrar, ataxia, reflexo corneal. Observações o Não é exigida a determinação de DL50 (dose letal para 50% dos animais) porém quando possível sim, para futuro cálculo do Índice Terapêutico (IT = DL50/DE50) o *DE – dose efetiva o IT e DL são diretamente proporcionais, quanto maior um, maior o outro; isso garante segurança pois quanto mais alto for IT melhor, pois representa que é difícil chegar naquele valor que induz mortalidade; Se DL for baixo é fácil de ser atingido e o animal pode ir a óbito. o Cálculo DL50: softwares ou método da OECD (métodos alternativos) o Objetivos do cálculo da DL: determinação do índice terapêutico e classificação toxicológica do produto UFPR Máquina de escrever Up-Regulation e Down-Regulation Quando as células são super-estimuladas, ou seja, quando há um excesso de ligantes ativando seus receptores, elas possuem a capacidade de inativar uma parte desses receptores para diminuir a sua sensibilidade e restabelecer uma homeostase (down-regulation). De forma contrária, quando muitos receptores estão bloqueados (ex: por antagonistas), as células podem produzir mais receptores para sua membrana, aumentando sua capacidade de ser estimulada (up-regulation) UFPR Seta Interpretação do resultado o Classificação da toxicidade aguda oral de fármacos para ratos Agrotóxicos - Classe toxicológica: cor da faixa no rótulo ou embalagem 2. ESTUDO DE TOXICIDADE DE DOSES REPETIVAS Objetivos o Avaliar o perfil toxicológico de uma droga administrada cronicamente; o Investigar o potencial cumulativo da substância o Investigar o potencial carcinogênico da substância o Fornecer informações sobre os riscos à saúde e à segurança após exposição crônica Modelo Animal o Duas espécies de mamíferos, incluindo 1 não roedor (roedor: 10 machos e 10 fêmeas; não roedor: 3 de cada) Vias de administração o Via que a droga será utilizada Doses o Doses baseadas nos estudos de toxicidade aguda ou testes-piloto o > dose: deve levar à toxicidade sem mortalidade alta o < dose: utilizada terapeuticamente o Dose intermediária: dose entre a> e < dose estimulada (ou alométrica) Período de observação Parametros a serem avaliados o Sinais clínicos e comportamentais; o Variações no peso corporal e no consumo de ração e água; o Patologia clínica (hematologia, bioquímica) o Latência, duração e reversibilidade da toxicidade; o Investigações anatomo- e histopatológicas; o Determinação do nível plasmático da droga; Resultados fornecem dados de: o Órgãos atingidos pela substância-teste (Distribuição - FC) o Mecanismo de ação da substância-teste (FD) o Determinação da NOAEL-dose e IDA (NOAEL – dose na qual não se observa nenhum efeito adverso x NOEL – nível sem efeito clínico observável) o Reversibilidade (ou não) dos efeitos adversos o Efeitos cumulativos e possível carcinogenicidade da substância; EXPOSIÇÃO CRÔNICA X CARCINOGENICIDADE o Diferentes tipos de tumores podem aparecer espontaneamente: Ratos (adenomas testiculares Camundongos (adenomas hepáticos) o Importância de se ter grupos controle, assim como o controle histórico para aquela espécie e linhagem; 3. ESTUDO DE CARCINOGENICIDADE Identificam substâncias que possam causar desenvolvimento potencial de tumores. Via de administração pretendida na clínica Estudos de longo prazo: mínimo 24 meses (ratos) e 18 meses (camundongos e hamsters) Ratos: preferidos Parâmetros: guia OECD 451 o Morbidade e mortalidade; o Início, localização, dimensão, progressão dos tumores; o Hematologia, necropsia completa e detalhada; o Histopatologia; Necessidade de realização quando: o Uso clínico de no mínimo 6 meses, ou inferior a 6 meses mas que seja contínuo e intermitente; o Pertence à classe de fármaco com potencial carcinogênico; o Relação estrutura/atividade sugere potencial carcinogênico; o Lesões pré-neoplásicas em estudos de toxicidade em doses repetidas; o Retenção do composto ou seus metabólitos nos tecidos – reações locais ou sistêmicas. 4. ESTUDOS DE GENOTOXICIDADE Testes in vitro e in vivo para detectar o potencial das substâncias sob investigação de causar mutações gênicas e alterações cromossômicas Ensaio de micronúcleo: (eritrócitos imaturos ou céls em interfase) – taxa elevada de micronúcleos é indicativa de altas taxas de mutação e tem sido relaciona ao desenvolvimento de carcinoma. Ensaio cometa (diversas células): detecção de quebras de fita de DNA, por eletroforese. 5. ESTUDOS DE TOLERÂNCIA LOCAL Irritação cutânea Irritação ocular Tolerância local vaginal Tolerância local retal Teste de hipersensibilidade Bem-estar animal (?) – polêmicos Atualmente em desuso, pois há métodos alternativos; Métodos alternativosvalidados pelo CONCEA: - Potencial de irritação e corrosão ocular o 1) OECD TG 437 – teste de permeabilidade e opacidade de córnea bovina o 2) OECD TG 438 – teste de olho isolado de galinha o 3) OECD TG 460 – teste de permeação de fluoresceína - Potencial de irritação e corrosão de pele (2015) o 4) OECD TG 430 – corrosão dérmica in vitro: teste de resistência elétrica transcutânea o 5) OECD TG 431 – corrosão dérmica in vitro: teste da epiderme humana reconstiruída o 6) OECD TG 435 – teste de barreira de membrana in vitro o 7) OECD TG 439 – teste de irritação cutânea in vitro - Absorção cutânea o 8) OECD TG 428 – método in vitro de absorção cutânea - Potencial de sensibilização cutânea o 9) OECD TG 429 – sensibilização cutânea: ensaio do linfonodo local o 10) OECD TG 497 – abordagens para testes sensibilização cutânea -> atualizado em 14/06/21 o 12) OECD TG 420 – toxicidade aguda oral: procedimento de doses fixas o 13) OECD TG 423 – toxicidade aguda oral: classe tóxica aguda o 14) OECD TG 425 – toxicidade aguda oral: procedimento up and down o 15) OECD TG 129 – estimativa da dose inicial para teste de toxicidade aguda oral sistêmica] FARMACOLOGIA DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA Mecanismos envolvidos Fase vascular: inicia hemostasia, por contração vascular Fase plaquetária: adesão de plaquetas, formando trombos Fase de coagulação: fatores de coagulação (fígado) Fase de fibrinólise: lise de coágulos. Ativação e Agregação Plaquetária Coagulação Via extrínseca – quando há lesão de vasos (específicos VII e X) Via intrínseca – alteração de algum fator do próprio sangue (específica: IX) Fatores dependentes de Vitamina K (sintetiza fatores de coagulação funcionais) VII, IX, X e II Fatores de Coagulação DROGAS PRÓ-COAGULANTES Estimula a coagulação sanguínea, utilizadas em situações em que há uma perda excessivas de sangue: - Hemorragias - Distúrbios de hemostasia (Ex. Hepatopatias) - Intoxicação por anticoagulantes - Acidentes cirúrgicos 1) Vitamina K K1: fitoquiona (natural), síntese bacteriana, Gram (+) K2: menadiona (natural), síntese bacteriana, mais ativa K3: menaftona (sintética) Ação: formação de protombina (II) e fatores Vii, IX, X. Ausência: déficit de coagulação Mecanismo de ação: a oxidação da vitamina K, permite que haja uma liberação de uma carboxilase e ao mesmo tempo ativa a protombina Farmacocinética: o Administrada por vo, im, iv, sc; o Eliminação: fezes, leite; atravessa placenta Usos clínicos: a) profilaxia e tratamento de hemorragias de recém-natos (suínos) b) antídoto contra cumarínicos -> anticoagulantes orais (ex. Warfarin) e raticidas anticoagulantes – causa morte por hemorragia; vitamina K é utilizada quando outros animais ingerem esses raticidas. 2) Antiplasmínicas Ex: ácido tranexâmico e ácido aminocapróico Inibem enzimas proteolíticas (plasmina) - impedem a degradação da fibrina pois inibindo a plasmina, inibe-se a fibrinólise e o coágulo não se desfaz e fica mais tempo formado – ação pro-coagulante; é preciso que o indivíduo esteja com o sistema de coagulação funcionando, pois esse mecanismo ocorre apenas na última fase do processo de coagulação. Usos: tratamento de hiperfibrinólise e cirurgias cruentas (que sangram bastante); 3) Hemostáticos Tópicos - colocados sobre o sangramento 3.1) Componentes da coagulação: Tromboplastina Trombina Fibrinogênio Fibrina Colágeno Usos: hemostasia em cirurgias quando o mecanismo da coagulação estiver intacto; Ação em vasos de diâmetro pequeno e capilares Formas: espuma, pó, gelatina, esponjas, spray; (são materiais que conseguem absorver grande quantidade sangue) Plaquetas expostas ao colágeno tornam-se “ativadas” 3.2) Sais de cloretos e Sulfatos Usos: odontológico, dérmico - Cloreto férrico - Cloreto de alumínio - Sulfato de prata Ações: causam o entumescimento das fibras colágenas dentro dos capilares rompidos estimulando a ligação de plaquetas, promovendo obstrução e consequente hemostasia; Efeito adstringente – geram o coágulo e em pouco tempo já se dissolve; Vantagens: não são gerados coágulos e resíduos que aderem nos preparos dentais Formas: gel, spray, solução, pó. 4) Fatores VIIa Reombinante (rFVIIa) Aprovado pelo FDA para uso em hemofilia tipo A e B NovoSeven© RT Indicado em sangramentos de hemofílicos A e B com inibidores; ou prevenção de sangramentos; Deficiência do fator VII “Inibidores” são anticorpos do F VIII ou F IX -> aparecem após a terapia de reposição (após a tentativa de repor os fatores deficientes, o organismo desenvolve anticorpos contra eles). Utilizando o Fator VII a recombinante, estimula-se o reestabelecimento da coagulação pela via extrínseca; Desvantagem: alto custo. DROGAS ANTICOAGULANTES Impedem o processo coagulativo 1) Anticoagulantes Orais Derivado de cumarínicos (metabólitos de plantas) Ex: Warfarin ou Varfarina Ação: evitam ação da vitamina K -> fatores vit. K-dependentes – ação somente in vivo. Só funciona no uso clínico, não laboratorial. Não há geração da protombina; Usos – profilaxia e/ou tratamento de: o Trombose venosa; o Embolismo pulmonar; o Complicações tromboembólicas associadas a cirurgias cardíacas (ex: recolocação de valvas cardíacas) o Embolismo cardíaco Toxicidade: o Hemorragia, lesão hepática, teratogênese; 2) Anticoagulantes Injetáveis Heparinas o Várias moléculas de heparinas (glicosaminoglicanas) o Em mastócitos, plasma, células endoteliais; Ação: reduzem agregação plaquetária; inibem trombina e formação de fibrina; aumentam ação da antitrombina III em até 1000x De alto PM (não fracionada) -> us o i.v. De baixo PM -> uso s.c. (atuam mais no fator X) Toxicidade: o Hemorragia, trombocitopenia transitória; o Antagonista: sulfato de protamina (caráter básico) Usos: tratamento e prevenção de isquemia e infarto agudo do miocárdio; e de trombose venosa. Enoxaparina e Covid-19 o Liberação de citocinas -> síndrome da resposta inflamatória sistêmica –> morte celular -> ativação da cascata de coagulação -> microtromboses -> isquemia e disfunção orgânica. o D-dímero: marcador indireto da geração de trombina -> aumentado em situações de ativação da hemostasia -> maior taxa de mortalidade; o Faz parte da terapia de pacientes com Covid-19 severa; 3) Drogas antiplaquetárias In vivo: agregação é controlada pelo equilíbrio entre TXA2 e PGI2; Alteração do equilibro: induz aterosclerose e trombo arterial; AAS Prostaciclina (epoprostenol) Dipiridamol: bloqueador da receptação de ADP Ticlopidina: bloqueador de receptores ADP em plaquetas 4) Drogas fibrinolíticas ou Trombolíticas – desfazem o coagulo formado Fibrinólise: Drogas (enzimas): uso i.v. Estreptoquinase: do Streptococus beta-hemolitico Uroquinase Alteplase: aumenta plasminogênio. Usos terapêuticos de anticoagulantes Circulação extracorpórea Tromboembolismo aórtico e venoso Pré-cirurgico para evitar trombos (ex: cirurgias ginecológicas, urológicas e ortopédicas) Em hemodiálises repetidas no mesmo paciente Infarto agudo do miocárdio: AAS + estreptoquinase AAS: diminui riscos de doenças CV em pacientes de risco Heparina e warfarin: prevenção de trombos (covid-19) -> tempo de protombina para monitorizar Miorrelaxantes Anestésicos Locais Anestésicos Gerais Anticonvulsivantes Aditivos Zootécnicos Toxicologia Coagulção Sanguínea