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Casos Analgesia 
Caso 
JD, um adolescente de 15 anos de idade, sofre graves queimaduras ao tentar escapar de um incêndio de um prédio. As queimaduras 
extensas são de primeiro e segundo graus e atingiram grande parte do corpo incluindo uma queimadura local de terceiro grau no 
antebraço direito. JD chega à emergência com dor intensa e é tratado com morfina intravenosa em doses crescentes, até relatar o 
desaparecimento da dor. A dose de morfina é então mantida. No dia seguinte, o paciente é submetido a enxerto de pele na região da 
queimadura de terceiro grau. Durante a operação, o anestesista administra uma infusão intravenosa continua de remifentanil, com 
uma dose de morfina por injeção intravenosa direta 15 minutos antes do termino da operação. No final da cirurgia e nos quatro dias 
seguintes, JD, recebe morfina intravenosa através de um dispositivo de analgesia controlado pelo paciente. À medida que as 
queimaduras vão cicatrizando, a dose de morfina é reduzida de modo gradativo e, por fim, substituída por um comprimido contendo 
a associação de codeína / acetaminofeno. Três meses depois JD queixa-se de acentuada perda de sensação ao toque na área do enxerto 
cutâneo. Descreve também uma sensação de formigamento persistente nessa área, com surtos ocasionais de dor aguda em punhalada. 
Após encaminhamento a uma clinica especializada em dor, JD recebe gabapentina oral, que reduz parcialmente os sintomas. 
Entretanto retorna a clinica dois meses depois sentindo ainda uma dor intensa. Nessa ocasião acrescenta-se a amitriptilina a 
gabapentina, e a dor é ainda mais aliviada. Três anos depois, a dor remanescente de JD desapareceu e ele não necessita mais de 
medicação, entretanto, a falta de sensibilidade no antebraço persiste. 
1. Qual foi o fundamento lógico para a sequência de medicamentos utilizados durante o enxerto da pele? 
R: A morfina administrada inicialmente pois apresenta alto potencial analgésico, porém como este medicamento leva a dependência e 
intolerância, sua dosagem foi diminuindo aos poucos, sendo substituída por medicamentos menos potentes como a combinação 
codeína/acetaminofeno. 
2. Como a morfina atua no organismo? 
R: Atua promovendo a abertura dos canais de potássio e a inibição da abertura de canais de cálcio controlados por voltagem. Causando 
assim, hiperpolarização e redução da excitabilidade neuronal. Além disso, ocorre redução da liberação de transmissores (pela inibição 
da entrada de Ca2+). 
3. Quais as reações não esperada que a morfina possa causar? 
R: As reações adversas mais frequentemente observadas incluem tontura, vertigem, sedação, náusea, vômito e transpiração. Estes 
efeitos parecem ser mais observados em pacientes ambulatoriais do que naqueles que não sofrem dor grave. Em tais pacientes, são 
aconselháveis doses mais baixas. 
4. Qual o fundamento lógico para utilizar a gabapentina no tratamento da dor crônica? 
R: O tratamento com a gabapentina impede a neurotransmissão da dor, aliviando assim os sintomas de dor crônica sentidas por JD. 
5. Por que a morfina teve a sua dose reduzida gradualmente e substituída por um comprimido com associação de codeína / acetaminofeno? 
R: A morfina é um medicamento agonista opoide muito forte para dores extremamente acentuadas que causa dependência; por aumentar 
a intensidade do ramo descendente, gerando uma baixa no ramo ascendente do SNC, assim ele diminui a sensação de dor e aumenta a 
sensação de prazer bloqueando os canais de cálcio e sódio pela ligação intensa aos receptores MU/MI gerando um estado de repouso 
no neurônio pré e no neurônio pós estimula a abertura dos canais de potássio o deixando hiperpolarizado, dessa forma a sinapse estaciona 
e não ocorre, o individuo começa a sentir uma sensação de prazer, esse medicamento causa dependência e depressão, seu uso continuo 
não é indicado, logo se prescreveu para o paciente a associação de codeína/acetaminofeno pois a codeína, do grupo das morfinas é o 
mais brando que causa menor dependência e o acetaminofeno é a mesma coisa que o paracetamol, este gera inibição de COX, 
diminuindo a inflamação do paciente. 
Caso 
VGF, 5 anos e 5 meses, Feminina, Natural de Conselheiro Lafaiete, encaminhado para o serviço por apresentar, desde os 6 meses de 
vida, tosse seca, às vezes muito intensa, sem sibilância ou dispnéia importante. Sintomas pioram pela madrugada e ao se levantar pela 
manhã. Ausência de febre, responde mal ao B2 e corticoide oral. O quadro se repete todo mês e não fica assintomática no período 
intercrise. A tosse e pigarro pioram pós-alimentação. Medicações em uso: prednisolona, nebulização com B2 e atrovent. Após consulta 
o médico suspeita de Doença do Refluxo Gastroesofágico e retira todas as medicações em uso pela criança e prescreve codeína para 
alívio da tosse, se esta fosse muito persistente, e também omeprazol. 
1) Por que nesse quadro foi prescrito codeína? 
R: A codeína atua como agonista de receptores opioides, no núcleo do trato solitário. É indicada nos casos de tosse seca e dolorosa, 
associada ao carcinoma brônquico. A codeína é considerada como um dos antitussígenos de maior eficácia. 
2) Quais as reações adversas da codeína? 
R: Pode causar dependência. Outros efeitos adversos são náuseas, tontura e constipação intestinal. Crianças menores de dois anos não 
devem fazer uso de antitussígenos. 
Caso 
Uma mulher afro-americana de 41 anos de idade foi admitida em uma instalação de um abrigo para pacientes internos com câncer 
cervical inoperável avançado. A paciente estava passando por grave dor secundária à extensiva invasão do tumor local, metástases 
pélvicas ósseas, e úlceras de decúbito sacro. Sua dor foi tratada com um quadro de dose crescente de sulfato de morfina até que 
satisfatória analgesia foi alcançada com doses estáveis de uma combinação de sulfato de morfina de liberação controlada (MSContin®, 
Purdue Pharma LP) 400 mg oralmente cada 8 h, e sulfato de morfina de liberação imediata (MSIR®, Purdue Pharma LP), 180 mg 
oralmente cada 4 h, quando necessário para dor avançada (média de 2 a 3 doses por dia). A paciente passou por vários episódios de 
sangramento vaginal que ameaçaram sua vida para os quais ela foi hospitalizada para transfusões de hemácias e embolizações da 
artéria hipogástrica bilateral. Ela passou as 12 semanas finais de sua vida exclusivamente na unidade do abrigo para pacientes internos. 
Aproximadamente 3 semanas antes de sua morte, a paciente se submeteu a uma coleta de amostra da urina e análise da morfina e dos 
metabólitos. Análise do GC-MS revelou a presença de morfina assim como de pequenas quantidades de hidromorfona. 
1) Por que os médicos usam monitoração das drogas da urina com pacientes que recebem analgésicos opióides? 
R: Para determinação de concentrações de opioides na urina. Vários opioides prescritos produzem metabólitos que eles mesmos são 
https://www.infoescola.com/doencas/carcinoma/
opioides de prescrição, portanto a presença de um metabólito na urina pode refletir ou a conversão in vivo do opioide prescrito ou o 
uso não autorizado de um segundo opioide. 
2) Quais são os metabólitos normalmente esperados da morfina? 
R: Os metabólitos mais prevalentes da morfina de analgésicos opioides incluem o UGT2B7-catalisado, farmacologicamente ativos 
3-e 6-glicuronídeos, com vários metabólitos inativos ocorrendo em menores quantidades. 
Caso 
Paciente do sexo feminino, 50 anos, 60 kg, estado físico ASA I, submetida à tireoidectomia sob anestesia geral induzida com propofol 
(140 mg), fentanil (350 µg), atracúrio (30 mg) e mantida com isoflurano, duas doses subseqüentes em bolus de atracúrio (10 mg cada) 
e ventilação controlada mecânica. No final da cirurgia, após antagonização do bloqueio neuromuscular, a paciente foi extubada, 
obedeceu aos comandos para respirar e colaborou na passagem à maca, sendo transportada para a SRPA, aonde chegou consciente. 
Minutos após, apresentou apneia, cianose e inconsciência. Foirealizada ventilação manual com oxigênio a 100% seguida de injeção de 
naloxona (0,2 mg) por via venosa, havendo retorno da ventilação espontânea e da consciência. 
1) Explique por que o paciente apresentou um quadro de apneia, cianose e inconsciência? 
R: Os cuidados ventilatórios no pós-operatório, durante o transporte, admissão à SRPA e permanência nessa unidade, devem ser 
contínuos em pacientes que receberam opióides, mesmo demonstrando estar conscientes ao deixarem a sala cirúrgica. 
2) Explique como o analgésico atua e as suas reações adversas. 
R: 
3) Por que foi aplicado naloxona no paciente? 
R:

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