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Bactérias Cocos Gram positivo - gênero Streptococcos

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Bactérias Cocos Gram+: gênero Streptococcos 
- Streptococcos são cocos Gram+: arranjo em 
forma de colar de pérolas (cadeias) de 
diferentes tamanhos, cerca de 1um de diâmetro. 
- Não possuem flagelo (são imóveis), apenas 
algumas espécies apresentam fímbrias; não são 
esporulados, consegue sobreviver bastante tempo 
no ambiente, mas não forma esporos. 
- São Gram+ pois a membrana plasmática é formada por peptideoglicano e coram 
com o primeiro corante. 
- É uma bactéria fastidiosa: significa que é exigente quanto ao crescimento em meio 
de cultura sangue ou soro (o principal é o ágar sangue); 
- São bactérias fermentadoras de glicose ou carboidratos (açúcares): utilizam a 
fermentação p/ obtenção de energia. Quando fermentam, produzem ácido lático 
(indicador de pH). 
- Anaeróbicos facultativos: conseguem crescer na presença de oxigênio apesar de 
serem anaeróbicos, crescem sem O2. 
- São cocos Gram +, são imóveis, não esporulados, e são fermentadores de glicose. 
- São catalase negativa: ou seja, não produzem a enzima que degrada o peróxido de 
hidrogênio (H2O2). 
- São oxidase negativa: não produzem a enzima oxidase citocromo C. 
- Estão amplamente distribuídos na natureza: comumente encontrados. Comensais nos 
tratos respiratório superior, digestivo e genital inferior dos mamíferos (até homem). 
Existem pelo menos 30 espécies comensais da pele/mucosas. 
- São patógenos oportunistas/primários, ou seja, fazem parte da flora normal, mas só 
se manifestam quando tem oportunidade, por exemplo, quando há baixa da imunidade, 
quando entram em uma região que consegue se proliferar, causam doenças. Algumas 
espécies são primárias, quando o animal entra em contato, já pode desenvolver a 
doença. 
- Podem sobreviver no pus dessecado (secreção purulenta) por semanas, são sensíveis 
a temperaturas entre 55 e 60°C por 30 minutos (processo de pasteurização do leite). 
 
 
 
→ São associados a infecções supurativas (Streptococcos) 
a) infecções de trato respiratório superior com linfaenite: garrotilho em equinos (S. 
equi) ou adenite equina – é a inflamação dos linfonodos.; Linfadenite cervical (suínos, 
felinos e cobaias). 
b) infecções respiratórias e septicemia em neonatos: infecção umbilical (potros, leitões 
e cães) – entra bactérias no umbigo e causa infecções, por isso é importante 
desinfecção. Septicemia - infecções disseminadas através da circulação. 
c) pneumonia: em diferentes espécies animais e inclusive no homem 
d) infecções pirogênicas não relacionadas ao trato respiratório: mastite bovina (s. 
agalactiae), metrites (sistema urinário), poliartrites (cordão umbilical), meningites, 
infecções urinárias em cães/gatos, endocardites em cães, septicemias em aves. 
 
• Adenite equina: conhecida como garrotilho (forma abcessos na região do 
pescoço). 
Bacteriose causada por Steptococcus equi, afeta trato respiratório, produz 
secreção mucopurulenta, forma abcessos, prevalece em equinos jovens, principalmente 
os de ambientes frios. Transmissão é direta, por meio de fômites, buçais, pastagens 
e estábulos contaminados. O agente permanece viável por meses. Ocorre quando o S. 
equi, subsp. equi, fixa-se às células epiteliais da mucosa nasal e bucal, invade a mucosa 
nasofaríngea, causando faringite aguda e rinite. Se o hospedeiro não consegue conter 
o processo, o agente invade a mucosa e o tecido linfático farínge, desenvolvem-se 
abscessos nos linfonodos retrofaríngeos e submandibulares, liberam o pus com 
bactéria, que contamina o ambiente por semanas. As manifestações clínicas da doença 
iniciam após duas semanas da exposição, sinais clínicos típicos de um processo 
infeccioso generalizado (depressão, inapetência, febre), secreção nasal serosa, que 
passa à mucopurulenta e à purulenta em alguns dias, tosse produtiva, dor à palpação 
da região mandibular e aumento de volume de linfonodos, pescoço estendido devido à 
dor na região da laringe e faringe. Após a drenagem do abscesso, o animal se recupera 
rapidamente. Embora a letalidade da doença seja muito baixa, pode levar à morte por 
complicações. 
 
→Fatores de virulência do gênero Streptococcos – aqueles fatores que facilitam o 
microrganismo de invadir um tecido e causar a doença, facilitam o estabelecimento 
das infecções, colonização delas, e dificultam o sistema imune de eliminar o patógeno. 
- Três grandes grupos: 
1) componentes de superfície bacteriana: cápsula e proteínas de ligação (adesão); 
2) Enzimas; 
3) Toxinas 
 
➢ 1- Componentes de superfície bacteriana: 
Cápsula de ácido polissacarídeos – inibe a fagocitose, facilita a aderência, dificulta as 
células de identificarem a bactéria. Além da cápsula, possui Proteínas de adesão 
(fibronectina e proteína F), Fímbrias (adesão), Proteínas M (correlacionada com 
fímbrias, é uma proteína anti-fagocítica, dificulta a fagocitose – dificulta o fator 
antifagocítico, impede a opsonização pelo complemento e aderência). 
– A célula precisa produzir enzimas para entrar e se aderir ao tecido para 
sobreviver, dificultando a fagocitose. 
 
➢ 2- Enzimas 
2.1) Estreptoquinase (fibrolisina): Transforma o plasminogênio → plasmina → digere o 
coágulo; 
2.2) Hialuronidase: Despolariza o ácido hialurônico → constituinte da matriz extracelular 
do tecido conjuntivo, facilita a disseminação entre os tecidos. 
2.3) Hemolisinas: agem sobre a membrana celular → alterações na estrutura e função 
(ação sobre vários tipos celulares); capaz de causar hemólise → ruptura dos 
eritrócitos (hemácias); o Ferro é um elemento limitante para o crescimento das 
bactérias; Alfa (hemólise total), beta 
(hemólise parcial) gama e delta hemolisinas > 
Uma enzima que faz a lise/morte de várias 
células, principalmente hemácias. 
2.4) Estreptolisina O e S: provocam a lise de 
neutrófilos, eritrócitos e plaquetas/células 
de defesa. Estreptolisina O é dependente de 
oxigênio, organismo reconhece como 
estranha e produz Anticorpos, e a 
Estreptolisina S não é dependente de 
oxigênio. 
 
→Kit/teste de identificação de Estreptolisina O: se for Streptococcus, irá produzir 
Estreptolisina O, o anticorpo irá se ligar e então aglutinar, formando grumos de 
Streptococcus – quando isso acontece, ocorreu a região antígeno-anticorpo. 
➢ Classificação de espécies de Streptococcos – fatores comuns 
S. pyogenes, S. agalactinae, S. equi, S. equisimilis, S. zooepidemicus, S. dyagalactiae, S. 
canis, S. suis, S. uberis, S. penumoniae ➔mais de 98 espécies e inúmeras subespécies. 
Propriedades sorológicas: antígenos de superfície – classificação de Lancefield. 
Padrões hemolíticos: avaliação da produção de enzimas hemolíticas. 
Propriedades bioquímicas: provas bioquímicas – avaliação do metabolismo. 
 
➢ Propriedades sorológicas/anticorpos – Teste de Lancefield 
É feito um teste sorológico para identificação da espécie ou de qual grupo pertence. 
Procura um antígeno para se ligar ao anticorpo através de um kit de testes, para 
chegar a determinado grupo. 
Em 1933, Rebecca Lancefield descobriu que sobre a superfície de diferentes 
Streptococcus há características antigênicas: Carboidrato C, carboidrato 
reconhecido pelo organismo como estranho, induzindo a produção de carboidratos, 
antígenos de superfície (parede da bactéria); 
Então classificou-os em classes com a presença de carboidratos: há 20 Grupos 
sorológicos de Lancefield (A-V). 
Em Medicina Veterinária, os 
principais estreptococos estão nos 
grupos: A B C D F G. Há outros: H 
K L M N O P Q R S T U V. 
Observação: S. pneumoniae e S. 
viridans - Não Agrupáveis 
 
 
 
 
 
Possuem receptores p/ classificar os Streptococcus. 
As diferentes espécies de Streptococcus produzem anticorpos específicos, descobriu 
que existem carboidratos que se diferenciam entre as espécies. De acordo com o 
carboidrato presente, ele e diferencia em espécies, classificando-os em letras: 
Grupo A= Ramose-N-acetilglicosamina, se tiver R-N-A será da espécie S. pyogenes. 
Grupo B= R-N-G-G, se tiver R-N-G-G será daespécie S. agalactiae.

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