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A Psicologia da Saúde

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A psicologia da saúde
A psicologia da saúde não é uma
área homogênea, devido aos
diferentes serviços de saúde que
estão espalhadas pelo mundo, e não
seguem uma homogeneidade
também, tendo características
próprias de acordo até com as
regiões do estado.
Bra���
No Brasil, devemos levar em conta
todas as vulnerabilidades sociais, as
nossas crenças, como os sintomas e
as curas dizem respeito às
experiencias de vida, podendo levar
ao questionamento de algumas
“curas”, as praticas
complementares, como a
acupuntura, os chás etc.
Ao mesmo tempo, o
questionamento é como
conseguiríamos criar um serviço de
saúde que engloba as praticas com a
quebra dessas crenças, e a
reeducação para com os sintomas e
curas.
Na psicologia, muitas vezes usamos
termos que acreditamos que
sabemos o que significa, mas na
realidade ficamos com dificuldade
para defini-los.
Um conceito é um recorte pelo qual
somos capazes de criar uma lente
pelo qual nos permite observar um
fenômeno ou evento do mundo. Um
conceito de saúde também é uma
lente, um recorte, que tem se
alterado ao longo da história, pois o
recorte influencia o fenômeno, e vice
versa, e ao longo dos anos e da
história nós alteramos esse recorte
para que ele se encaixe melhor nas
expectativas da nossa sociedade,
permitindo uma observação dos
fenômenos e dos determinantes que
fazem parte do mundo naquele
momento, e também olhando a
realidade de uma perspectiva mais
ampla.
♦ saúde
A OMS coloca saúde como o
“estado de integridade do corpo
físico”.
Hoje, o senso comum ainda não
consegue associar o conceito de
saúde a um bem estar físico, mental
e social. A opinião publica sobre o
que saúde representa tem a ver com
a “ausência de problemas de
saúde”.
As palavras que usamos são
determinantes para que possamos
resolver nossos problemas, e pensar
que saúde se resume à ausência de
problemas de saúde coloca
problemas da vertente mental,
emocional, afetivos e sociais nos faz
associar o sofrimento ao estado
normal do ser humano, sendo que
isso não é saudável.
O bem estar físico também é bem
complexo, porque dependendo da
doença, alguns sintomas podem
aparecer à medida que a doença já
está em estado avançado, sugando
nutrientes, desenvolvendo tumores,
debilitando órgãos e produzindo,
então, sintomas. Porém até a
produção desse sintoma,
acreditamos estar bem. Do ponto de
vista prático, não estamos.
♦ se� ���p�i��s���i�l
Hoje, definimos a saúde como
“bem estar do ser biopsicossocial”,
e em tese, o estado de saúde deveria
estar associado a essas 3 partes do
sujeito. Quando pensamos em
estados de saúde que são
melhorados ou agravados por
aspectos psicológicos ou sociais,
precisamos entender o que isso
significa na nossa vida.
Quando falamos em
biopsicossocial, entendemos que o
comportamento humano e tudo
que o cerca é determinado
filogeneticamente, mentalmente e
culturalmente. Quando falamos
desses três níveis de seleção do
comportamento, separamos eles
para que fique mais fácil a
compreensão de cada um e de como
eles atuam sobre nós. Mas na
pratica, eles não são separados, eles
estão interligados de maneira
insociável na vida humana.
♦ cu���r�
Cultura são os conhecimentos,
crenças e tradições que são
passadas de uma geração para
outra. Parte desses conhecimentos
são uteis para os indivíduos que
constituem essa cultura, mas outra
parte não necessariamente é
benéfica pro individuo em si, mas
para a cultura como um todo.
O que permite a perpetuação de
práticas, a passagem desses
conhecimentos, é a fala, transmitida
de pessoa para pessoa, através de
gerações. A nossa capacidade como
espécie de falar, simbolizar e
significar coisas, nos permite
atribuir significado ou sentido a
coisas que antes não tinham
significado – o ato de atribuir
sentido está ligada à nossa esfera
cognitiva, psicológica. A cultura,
portanto, só existe porque existe
cognição.
A cognição foi necessária para que o
ser humano produzisse condições
necessárias para a sobrevivência da
espécie.
CULTURA ~> COGNIÇÃO
Algumas questões culturais são
colocadas como parte daquela tribo,
porém não são praticadas pelos seus
líderes, pelos seus chefes de poder
(ex: pedofilia na igreja católica –
essas praticas que hoje
consideramos abomináveis, não
eram abomináveis
filogeneticamente, e outras espécies
começavam a reprodução bem antes
de atingir a idade adulta. A cultura
estabeleceu que essas praticas não
eram mais aceitáveis, mas dentro de
4 paredes, isso nunca deixou de
acontecer).
Pap�� �� p�i�ólo�� �� áre� ��
saúde
A inserção da psicologia dentro dos
setores de saúde abrange muito
mais do que a perspectiva clínica.
A psicologia começou a se tornar
relevante para a área da saúde a
partir do momento que Freud
estipulou o processo da
Psicossomatização, que é uma
condição orgânica resultado de uma
situação psicológica, colocando
assim a psicologia como uma área
que pode ser relevante para o
tratamento de alguns problemas.
O psicólogo, dentro do sistema de
saúde, entende que deveríamos
olhar para o paciente de maneira
interdisciplinar.
A multidisciplinaridade diz respeito
a uma equipe de saúde que
trabalhará num mesmo caso, mas de
maneira isolada. Já a
interdisciplinaridade compõe
diversos profissionais de saúde
diante de um mesmo problema ou
caso, mas essa equipe irá trabalhar
em conjunto e em cooperação, para
que o trabalho de cada um sustente
outras práticas, levando em
consideração o que foi analisado
pelas outras frentes, havendo uma
comunicação para que todos
possam se apropriar do
conhecimento que vem de fora da
sua área e incorporar esse
conhecimento na sua atuação. Na
pratica, no entanto, a medicina
ainda se entende como detentora
das questões de saúde de forma
patrimonial, e dentro das tentativas
de estabelecer praticas
interdisciplinares, a medicina
sempre tentara assumir o controle
disso e delegar funções que acredita
que sejam, a partir da sua prática, de
cada profissional.
A psicossomatização vem de
encontro com a ideia da medicina de
patologização. Sendo assim, numa
perspectiva biomédica, não
considerando as questões
emocionais, estruturais da
sociedade, que podem levar uma
pessoa a desenvolver problemas de
saúde.
A interdisciplinaridade adiciona ao
tratamento condições
comportamentais e sociais, com
uma equipe montada com
profissionais capazes de levar os
múltiplos fatores em consideração,
os hábitos, as dificuldades
particulares, o contexto ambiental
de cada paciente, para entender
uma doença como um todo.
Não basta jogarmos recomendações,
se não compreendo os
determinantes de tal
comportamento, ou da falta dele.
A psicologia, dentro da área da
saúde, é responsável,
majoritariamente, pela equalização
das questões culturais e
psicológicas, a medida em que elas
não se tornam mais auxiliares da
saúde, mas sim vilãs. Como
exemplo, a ansiedade é um
comportamento reflexo que tem
como objetivo auxiliar a preservação
da vida, mas que pode se tornar um
grande vilão e prejudicial à saúde
do ser humano.
A função do psicólogo dentro do
sistema de saúde não é SÓ de
psicólogo, mas sim social, política,
histórica.

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