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MANUAL DE GESTAO FINANCEIRA E ORCAMENTARIA VERSAO FINAL -

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Prévia do material em texto

MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM 
CONTABILIDADE E AUDITORIA 
 
 
3º Ano 
Disciplina: Gestão Financeira e Orçamentaria 
Código: ISCED31-CONTCFE008 
Total Horas/1o Semestre: 150 
Créditos (SNATCA): 6 
Número de Temas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA- ISCED 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
i 
 
Direitos de autor (copyright) 
 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 
e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou 
total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
 
A não observância do acima estipulado infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No212 Ponta - Gêa 
Beira – Moçambique 
Telefone: +258 23323501 
Cel: +258 823055839 
Fax:23323501 
E-mail:isced@isced.ac.mz 
Website:www.isced.ac.mz 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
ii 
 
 
Agradecimentos 
 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual 
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste 
manual: 
Autora Marisa Iva Abrão Malate Gobeia Mestre em 
Auditoria e Gestao Empresarial 
Pela Coordenação 
Pelo design 
Direção Académica do ISCED 
Direção de Qualidade e Avaliação do ISCED 
Financiamento e Logística 
 
Pela Revisão 
Instituto Africano de Promoção da Educação 
a Distância (IAPED) 
Esmeraldo Inácio, Mestre em Contabilidade 
e Auditoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
iii 
 
Visão geral 1 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Gestão Financeira e Orçamentaria ............................ 1 
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 1 
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2 
Ícones de actividade ......................................................................................................... 4 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 4 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 7 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 8 
Avaliação ........................................................................................................................... 9 
TEMA – I: INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS 11 
1.1. Função Financeira .................................................................................................. 11 
1.2. Objectivos e Limites da função financeira ............................................................ 14 
1.3. O lugar da função financeira na empresa ............................................................. 15 
1.3.1. O conteúdo da Função Financeira ............................................................. 15 
1.4. Impacto da Inflação na Gestão Financeira ............................................................ 16 
1.5. O Sistema Financeiro e a Intermediação Financeira ............................................. 18 
1.6. A importância da intermediação financeira .......................................................... 21 
1.7. Intermediários Financeiros .................................................................................... 22 
1.8. Custo de dinheiro .................................................................................................. 23 
1.9. Determinantes das Taxas de Juro do Mercado ..................................................... 23 
1.10. Exercícios desta Unidade ....................................................................................... 25 
Sumário.................................................................................................................. 25 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................................................... 25 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................................................... 26 
TEMA – II: ESTRATÉGIAS FINANCEIRAS 28 
2.1. Política de Capital Circulante ................................................................................. 28 
2.2. Rendibilidade e a Tesouraria ................................................................................. 29 
2.2.1. Auto Financiamento .................................................................................... 29 
2.3. Auto Financiamento, Liquidez e Disponibilidade .................................................. 29 
2.4. Tesouraria da Empresa .......................................................................................... 30 
2.4.1. Mapa de Fluxo Financeiro ............................................................................ 30 
2.5. A Tesouraria de Exploração (TE) ............................................................................ 31 
2.6. A tesouraria extra-exploração ............................................................................... 31 
2.7. A Tesouraria Global ............................................................................................... 32 
2.8. Gestão de Tesouraria e Fundo de Maneio ............................................................ 32 
2.8.1. Necessidades financeiras ........................................................................... 33 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
iv 
 
2.8.2. Os recursos financeiros ............................................................................. 34 
2.9. Métodos de cálculo do fundo de maneio necessário de exploração ................... 35 
2.10. Estratégias de gestão eficiente de Caixa ............................................................... 37 
2.11. Exercícios desta Unidade ....................................................................................... 39 
Sumário.................................................................................................................. 39 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................................................... 39 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................................................... 40 
TEMA – III: Noções sobre Avaliação de Títulos 43 
3.1. Títulos de dívida e a sua avaliação ........................................................................ 43 
3.2. Principais Características dos Títulos de Dívida de Longo Prazo ........................... 44 
3.3. Avaliação de Obrigações ....................................................................................... 45 
3.4. Rendimento até o Vencimento ............................................................................. 46 
3.5. Rendimento até o Resgate Antecipado ................................................................. 47 
3.6. Risco de taxas de juro em Títulos de Dívida .......................................................... 48 
3.7. Acções e Sua Avaliação .......................................................................................... 49 
3.7.1.Avaliação da Acção Ordinária .................................................................... 49 
3.8. Avaliação de acções com crescimento constante ................................................. 52 
3.9. Acção preferencial ................................................................................................. 53 
3.9.1. Avaliação de Acções Preferenciais ............................................................ 53 
3.10. Exercícios desta Unidade ....................................................................................... 54 
Sumário.................................................................................................................. 54 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................................................... 55 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................................................... 56 
TEMA – IV: Orçamento e Planeamento Financeiro 59 
4.1 O Método Percentual de Vendas .......................................................................... 59 
4.1.1 Modelo Matemático para o cálculo das necessidades financeiras externas.60 
4.2 Orçamento de Caixa .............................................................................................. 62 
4.2.1 Origem da Projecção de Fluxo de Caixa .................................................... 62 
4.3 Razões da Projecção de Fluxos de Caixa ............................................................... 62 
4.4 Pressupostos de elaboração do Orçamento de Caixa ........................................... 63 
4.5 Relevância do Orçamento de caixa ....................................................................... 64 
4.6 Período do Orçamento de Caixa ........................................................................... 64 
4.7 Formato do Orçamento de Caixa .......................................................................... 66 
4.8 4.8. Exercícios desta Unidade ................................................................................ 70 
Sumário.................................................................................................................. 70 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
v 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................................................... 70 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................................................... 71 
Tema V:DECISÕES DE FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO 74 
Introdução ............................................................................................................. 75 
5.1. Definição de custo de capital ................................................................................ 75 
5.1.1. Custo de Capital, Kd (1-T) ........................................................................... 76 
5.1.2. Custo da Acção Preferencial, Kp ................................................................ 76 
5.2. Comparando o Benefício Fiscal: Capital Alheio versus Acções Preferenciais ....... 77 
5.3. Custo dos Lucros Retidos....................................................................................... 77 
5.4. Bases de Determinação de Proporções ................................................................ 79 
5.4.1. Proporções históricas ou Pesos históricos ................................................ 79 
5.4.2. Peso baseado no Valor Contabilístico ....................................................... 79 
5.4.3. Peso baseado no Valor de Mercado .......................................................... 79 
5.5. Alterações no Custo Médio Ponderado de Capital (Custo Marginal de Capital) .. 81 
5.6. Ruptura no esquema do CMC ............................................................................... 83 
5.6.1. Outras Rupturas no Esquema do CMC ...................................................... 85 
5.7. Risco e Taxa de Retorno ........................................................................................ 86 
5.7.1. Retornos dos Investimentos ...................................................................... 86 
5.7.2. Conceituação ............................................................................................. 86 
5.8. Distribuição de Probabilidade e Taxa de retorno Esperada .................................. 86 
5.8.1. Distribuição de Probabilidade ................................................................... 86 
5.9. Taxa de Retorno Esperada..................................................................................... 87 
5.10. Risco e Incerteza .................................................................................................... 92 
5.11. Medição de Risco Isolado: O Desvio Padrão ......................................................... 92 
5.12. Medição do Risco Isolado: o Coeficiente de Variação .......................................... 95 
5.13. Risco em um Contexto de Carteira ........................................................................ 96 
5.14. Retornos de Carteira ............................................................................................. 96 
5.15. Risco de uma Carteira............................................................................................ 97 
5.16. Risco Diversificável Versus Ris co do Mercado ..................................................... 98 
5.17. Medição do Risco da Carteira ................................................................................ 99 
5.18. Covariância e o Coeficiente de Correlação ........................................................... 99 
5.19. Modelo CAPM – Modelo de Precificação de Activos de capital ......................... 101 
5.19.1. Pressupostos do Modelo CAPM .............................................................. 101 
5.20. Exercícios desta Unidade ..................................................................................... 102 
Sumário................................................................................................................ 102 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
vi 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ......................................................................... 103 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ......................................................................... 104 
VI- Analise das decisões de investimento de longo prazo 108 
Introdução ........................................................................................................... 108 
6.1. Carácter estratégico dos investimentos .............................................................. 109 
6.1.1. Perfil de um projecto de investimento .................................................... 110 
6.2. Os métodos de avaliação económica de um projecto de investimento ............. 111 
6.3. Classificação de Projectos de investimento ........................................................ 112 
6.4. Critérios clássicos de avaliação de investimentos............................................... 114 
6.4.1. PAY BACK PERIOD (Período de Recuperação do Investimento).............. 114 
6.4.2. PAY BACK DESCONTADO ......................................................................... 115 
6.4.3. VALOR ACTUAL LÍQUIDO (VAL ou NPV) ................................................... 117 
6.4.4. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR ou IRR) ............................................... 118 
6.5. Comparação dos métodos do VAL e da TIR ........................................................ 121 
6.6. Projectos Independentes .................................................................................... 124 
6.7. Projectos Mutuamente Exclusivos ...................................................................... 124 
6.8. Exercícios desta Unidade .....................................................................................125 
Sumário................................................................................................................ 125 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ......................................................................... 126 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ......................................................................... 127 
Exercícios de Fim de Modulo............................................................................... 128 
VII - Bibliografia Recomendada 132 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
1 
 
Visão geral 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Gestão Financeira e Orçamentaria 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Gestão Financeira e 
Orçamentária deverá ser capaz de seleccionar os investimentos 
que propiciem uma maior rentabilidade ao futuro da actividade 
empresarial, optimizar o uso dos recursos financeiros, fazendo 
com que o custo médio ponderado de capital seja o menor 
possível, exercer controlo para que esses objectivos, em coerência 
com os demais objectivos funcionais, permitam a contínua 
geração de valor para o accionista. 
 
 
Objectivos 
Específicos 
 Aplicar as técnicas de análise dos demonstrativos 
financeiros; 
 Aplicar as técnicas de gestão do capital de giro; 
 Aplicar as técnicas de decisões de investimento a longo 
prazo. 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 3º ano do curso de 
licenciatura em Contabilidade e Auditoria do ISCED. Poderá 
ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e 
consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-
vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá 
adquirir o manual. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
2 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Gestão Financeira e Orçamentária, para 
estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Contabilidade e 
Auditoria, à semelhança dos restantes do ISCED, está estruturado 
como se segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta 
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como 
componente de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades, Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas algumas incluído estudo de caso. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
3 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio 
de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, 
apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu 
módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na 
biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos 
relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CD-
ROOM, DVD. Para além deste material físico ou electrónico 
disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital 
moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus 
estudos. 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de 
campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de 
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame 
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exercícios de avaliação é uma grande vantagem. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
4 
 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza diadáctico 
- Pedagógica, etc., sobre como deveriam ser ou estar 
apresentadas. Pode ser que graças as suas observações que, em 
gozo de confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo 
venha a ser melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar 
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar 
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, 
uma mudança de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando 
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos 
que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos 
estudos, procedendo como se segue: 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
5 
 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e 
assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou 
as de estudo de caso se existirem. 
 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo -espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando. Estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de 
estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: 
Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo 
melhor à noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da 
semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num 
sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em 
cada hora, etc. 
 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido 
estudado durante um determinado período de tempo; Deve 
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao 
seguinte quando achar que já domina bem o anterior. 
 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler 
e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
6 
 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos 
conteúdos de cada tema, no módulo. 
 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso 
(chama-se descanso à mudança de actividades).Ou seja que 
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos 
das actividades obrigatórias. 
 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado 
volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, 
criando interferência entre os conhecimentos, perde sequência 
lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai 
em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, 
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área 
em que está a se formar. 
 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
7 
 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis 
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página 
trocada ou invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os serviços de 
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), 
via telefone, SMS, Correio electrónico, se tiver tempo, escreva 
mesmo uma carta participando a preocupação. 
 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, 
estudante – CR, etc. 
 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
8 
 
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que permite-lhe situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficar a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
9 
 
O plágio1é uma violação do direito intelectual do (s) autor (es).Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do texto de um 
autor, sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a 
realização dos trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja 
uma avaliação mais fiável e consistente. 
 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamento de 
avaliação. 
 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
 
1Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
10 
 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
11 
 
TEMA – I: INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS 
UNIDADE Temática 1.1. Função financeira nas empresas 
UNIDADE Temática1.2. Objectivos e Limites da função financeira 
UNIDADE Temática 1.3. O lugar da função financeira na empresa 
UNIDADE Temática 1.4. Impacto da Inflação na Gestão Financeira 
UNIDADE Temática 1.5. O Sistema Financeiro e a Intermediação Financeira 
UNIDADE Temática 1.6. A importância da intermediação financeira 
UNIDADE Temática 1.7. Intermediários Financeiros 
UNIDADE Temática 1.8. O Custo de dinheiro 
UNIDADE Temática 1.9. Determinantes das Taxas de Juro do Mercado 
UNIDADE Temática 1.10.EXERCÍCIOS deste tema 
 
Objectivos: Destacar os aspectos mais relevantes dos objectivos financeiros e das trajetórias 
económico-financeiras da empresa 
1.1. Função Financeira 
Introdução 
 
Numa primeirafase a função financeira identificava-se com o papel do 
tesoureiro da empresa, ou seja, consistia em efectuar os recebimentos e os 
pagamentos decorrentes do exercício das restantes actividades da 
organização. As suas preocupações consistiam na manutenção de um saldo 
de disponibilidades que lhe permitisse assegurar o normal funcionamento 
da empresa, na rapidez e segurança da cobrança das dívidas dos clientes e, 
finalmente, no escalonamento adequado da liquidação dos débitos aos 
fornecedores. Portanto, a função financeira limitava-se a gestão de 
disponibilidades. 
 
Aquela tarefa elementar da função financeira cedo veio a ser ampliada, 
surgindo então a noção tradicional da preocupação com as decisões de 
financiamento, ou seja, a recolha atempada e ao menor custo dos fundos 
que possibilitam o financiamento dos capitais necessários ao funcionamento 
e desenvolvimento da empresa. 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
12 
 
Aquela tarefa elementar da função financeira cedo veio a ser ampliada, 
surgindo então a noção tradicional da preocupação com as decisões de 
financiamento, ou seja, a recolha atempada e ao menor custo dos fundos 
que possibilitam o financiamento dos capitais necessários ao funcionamento 
e desenvolvimento da empresa. 
 
A concepção tradicional veio, por sua vez, a ser gradualmente acrescida de 
novos elementos, de novas atribuições para a função financeira, chegando 
assim a chamar-se gestão financeira moderna. As novas tarefas estão 
relacionadas com aspectos de carácter predominantemente económico, 
passando a caber `a área financeira a analise e o controlo da rendibilidade 
previsional e efectiva das aplicações de fundos. Esta mudança veio a 
traduzir-se, no concreto, na participação da função financeira nas decisões 
de investimento e na elaboração do plano a médio prazo da empresa, assim 
como o aparecimento da figura do controller, cuja actuação está 
intimamente ligada ao controlo da rendibilidade das aplicações de fundos. 
A moderna gestão financeira engloba, assim, um conjunto de tarefas que se 
pode sintetizar como se observa na figura 1.1 
 
Assim: 
 A política de investimento assume um papel preponderante e 
preocupa-se fundamentalmente com a análise da rendibilidade e do 
risco potenciais das decisões que, envolvendo um horizonte 
temporal alargado, implicam um dispêndio de fundos no presente 
em troca de um potencial de entrada de fundos no futuro; 
 A política de financiamento visa principalmente proporcionar `a 
empresa os fundos de que necessita, em função da sua política de 
investimento e de desenvolvimento; 
 A política de dividendos tem um carácter marginal e dedica-se ao 
estudo da melhor forma de afectar a riqueza adquirida pela empresa 
entre a retenção em reservas e o pagamento de dividendos aos 
accionistas, atendendo `as condições e restrições legais a que a 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
13 
 
mesma e os detentores do seu capital estão sujeitos; 
 O documento fundamental da gestão financeira a médio e longo 
prazo é o plano financeiro, que é a tradução do plano da empresa em 
entradas e saídas de fundos, com vista ao teste global do equilíbrio 
financeiro previsional a longo prazo (entradas + saldo inicial – saídas 
≥ saldo final desejado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.1: Conteúdo da Gestão Financeira 
 
 
A gestão da tesouraria é, como o próprio nome indica, um prolongamento 
das tarefas originais da função financeira – papel do tesoureiro, em relação à 
qual destacamos: 
A MÉDIO E LONGO PRAZO 
 
Decisões estratégias 
 
Politica de investimentos 
Política de Financiamento 
Política de Dividendos 
 
Plano Financeiro 
 
GESTÃO 
FINANCEIRA 
A CURTO PRAZO 
(ou Gestão da Tesouraria) 
 
Decisões Operacionais: 
Gestão do Activo Circulante 
Gestão do Passivo Circulante 
 
Orçamento de Tesouraria 
 
Objectivos da Gestão Financeira: 
 Equilíbrio Financeiro 
 Maximizar a Rendibilidade 
 Minimizar o Risco 
 Crescimento 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
14 
 
 A gestão do activo circulante, que compreende para além da já 
referida gestão das disponibilidades, a gestão ou controlo do crédito 
concedido `a clientela, o controlo financeiro dos stocks e a aplicação 
dos excedentes temporários de tesouraria (v.g., depósitos a prazo e 
títulos de colocação); 
 A gestão dos passivos circulantes, que engloba a gestão dos créditos 
obtidos dos fornecedores e dos restantes devedores correntes 
(Sector Publico Estatal, por exemplo), assim como a cobertura dos 
défices temporários de tesouraria (v.g., pelo recurso ao credito 
bancário); 
 O documento central da gestão financeira a curto prazo é o 
orçamento de tesouraria, que não é mais do que a tradução do 
orçamento global da empresa em termos de recebimentos e 
pagamentos previsionais, com vista ao teste do equilíbrio de 
tesouraria de curto prazo. 
1.2. Objectivos e Limites da função financeira 
 
A teoria financeira é uma aplicação da teoria microeconómica da empresa, 
cujo objectivo é o da maximização do lucro. Acontece, porém, que o 
conceito de lucro não é muito operacional, nem tão pouco relevante para 
uma disciplina que se preocupa essencialmente com os fluxos monetários 
(cash-flow). Assim, foi aquele principio substituído pelo da maximização da 
riqueza dos accionistas que deve ser entendido como o valor actual dos 
fluxos monetários que, no futuro, a empresa poderá vir a conferir aos 
titulares do seu capital. 
 
O enunciado do princípio de maximização do valor da empresa como 
objectivo da função financeira merece alguns comentários adicionais: Em 
primeiro lugar, aquele conceito implica o exame dos efeitos financeiros das 
decisões tomadas na empresa em duas vertentes complementares: a da 
rendibilidade e a do risco. A rendibilidade exprime a capacidade de uma 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
15 
 
empresa para gerar lucros, ou melhor (e numa óptica exclusivamente 
financeira), a aptidão para gerar uma série de fluxos financeiros com valor 
positivo. O risco reflecte a variabilidade potencial dessa série de cash-flows. 
O valor da empresa concilia estas duas perspectivas, ao sugerir que o valor 
actual da série de fluxos monetários seja calculado por ocorrência a uma 
taxa de custo de oportunidade de capital, que é precisamente ajustada ao 
nível de risco potencial. 
 
1.3. O lugar da função financeira na empresa 
Não existe nenhuma regra geral que permita definir o lugar da função 
financeira e o seu conteúdo para o conjunto das empresas. As estruturas de 
uma empresa dependem da sua dimensão, do seu passado e das relações 
que existem entre os grupos que a movimentam. 
 
1.3.1. O conteúdo da Função Financeira 
 
É relativamente `a função contabilística e ao controlo de gestão que convêm 
distinguir em 1º lugar a função financeira. 
 
A área especificamente financeira compreende: 
 A análise financeira, 
 As previsões financeiras, 
 A realização de operações financeiras a longo prazo, 
 A decisão de investimento e de financiamento, 
 A negociação de créditos, 
 A gestão da tesouraria e dos activos financeiros, 
 A politica de resultados, 
 A informação financeira externa. 
 
A análise financeira assenta na aplicação de instrumentos específicos a 
partir dos documentos de síntese contabilística e das informações relativas à 
tesouraria. 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
16 
 
 
A realização das operações financeiras a longo prazo implica a manutenção 
de relações com o mercado financeiro e com o conjunto dos intermediários 
e organismos financeiros. 
 
Adecisão de investimento e de financiamento surge no quadro do processo 
de planificação, que consiste na elaboração de informação financeira 
adequada para a tomada de decisões sobre a obtenção e a aplicação de 
recursos. 
A negociação de créditos põe o responsável financeiro em contacto 
permanente com o sistema bancário e com o mercado dos créditos a curto 
prazo. 
 
A gestão da tesouraria e dos activos financeiros tem por objecto o conjunto 
dos activos circulantes e nomeadamente as disponibilidades e o crédito a 
clientes, bem como o crédito de fornecedores e os créditos bancários no 
sentido lato. 
 
A política de resultados diz respeito ao mesmo tempo `a escolha do sistema 
de amortização e `a escolha do montante da distribuição dos dividendos. 
Estas decisões dependem do Conselho de Administração mas são 
preparadas pelo responsável financeiro. 
1.4. Impacto da Inflação na Gestão Financeira 
Inflação é a perda da capacidade aquisitiva da moeda como consequência da 
subida generalizada e persistente de preços. 
 
Por que o Gestor Financeiro deve se preocupar com a inflação? 
O gestor financeiro precisa de considerar a inflação no seu planeamento 
porque ela incide da maneira diferente sobre as empresas, depende do nível 
e da estrutura de activos e de financiamento que cada empresa possui. 
Vamos abordar o impacto da inflação sob o ponto de vista de prof. Brigham, 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
17 
 
isto é, do ponto de vista generalista2: 
 
a) Taxa de Juro 
A inflação influi na taxa de juro porque a inflação é um agregado da taxa de 
juro, por isso que quando a inflação aumenta, a taxa de juro também 
aumenta. 
 
b) Dificulta as previsões financeiras 
Previsão financeira é a estimativa de receitas e custos (despesas) futura 
onde o ambiente contextual em que a empresa vai funcionar tende a ser 
diferente do presente. 
 
c) A inflação provoca aumento da procura de capitais 
Uma vez que os preços dos factores subiram, o montante do valor 
monetário requerido para fazer as mesmas transacções aumenta, ao 
mesmo tempo o aumento da procura de capitais provoca o aumento da 
taxa de juro que é o preço de capitais. 
 
d) Diminuição do preço das acções 
Dado que a taxa de juro é um custo, os empréstimos do capital são 
remunerados com as taxas de juro que também aumentam com o aumento 
da inflação, reduzindo assim os resultados de exploração das empresas e 
consequentemente o valor das empresas (constituído por acções). Neste 
caso é melhor investir em obrigações que aumentam a sua remuneração 
com o aumento da taxa de juro. 
 
e) Provoca problemas contabilísticos 
Tem a ver com a amortização do activo fixo. Tem a ver com o esforço ou 
atitude para capitalização da empresa ou evitar a sua descapitalização. Os 
procedimentos contabilísticos garantem o autofinanciamento da empresa. 
Se a amortização incide sobre o valor histórico, o preço de reposição do 
activo tendem a ser maior que o preço do activo fixo que foi comprado no 
 
2 Os estudantes deverão abordar o impacto da inflação sob ponto de vista de Caldeira 
Meneses 
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18 
 
passado. Assim, o valor retido não poderá ser suficiente para a reposição do 
activo fixo devido ao aumento dos preços. Esta perda pode ser minimizada 
pelas reavaliações dos activos fixos. 
1.5. O Sistema Financeiro e a Intermediação Financeira 
Sistema Financeiro é um conjunto que inclui a classe dos superavitários, 
deficitários (empreendedores), mercados financeiros, instrumentos 
financeiros, intermediários financeiros e a regulamentação financeira. 
Mercado Financeiro é definido como um local físico ou não (lógico) onde se 
realizam as operações financeiras entre os superavitários e os deficitários. 
Tem como função servir de ponto de encontro de agentes acima referidos. 
 
Sistema Financeiro 
(1) Financiamento Indirecto 
 
 
 
 
 
 
 Superavitários Deficitários 
Fundos Fundos 
 
 
 
 
Figura 1.2: Intervenientes do Sistema Financeiro 
 
(2) Financiamento Directo 
 
Intermediários 
Financeiros 
Fu
n
d
o
s 
Fu
n
d
o
s 
1. Famílias 
2. Firmas 
3. Governo 
4. Estrangeiros 
Mercados 
Financeiros 
1. Famílias 
2. Firmas 
3. Governo 
4. Estrangeiros 
Fu
n
d
o
s 
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19 
 
Financiamento Directo: Não há intermediários financeiros. Há um contacto 
directo entre os superavitários e os deficitários; 
 
Financiamento Indirecto: Há intermediários financeiros como o elo de 
ligação entre os superavitários e os deficitários; 
 
A via que é mais utilizada é a de financiamento indirecto através de 
intermediação financeira. Tem como vantagem a disponibilidade de 
informações. 
Conclusão: 
Os mercados financeiros desempenham uma importante função na 
economia: 
1. Permite a movimentação de fundos dos agentes superavitários para 
os deficitários. Assim, contribuem para a alta produção e eficiência 
da economia, no seu conjunto. 
2. Melhoram directamente o bem-estar dos consumidores ao permitir 
planear melhor as compras; 
3. Melhora o bem-estar de todos agentes na economia. 
 
A Estrutura dos Mercados Financeiros 
Os Mercados financeiros subdividem-se em: 
 
Mercado Monetário: onde são transacionados 
instrumentos financeiros de curto prazo. 
Quanto ao Prazo 
Mercados de Capitais: São transacionados 
instrumentos financeiros de Médio e longo prazo. 
Por sua vez, estes se subdividem em: 
Quanto a Natureza Jurídica pode ser: 
 Mercado Monetário 
 Mercado de Capitais 
 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
20 
 
1. Mercado Monetário: 
 
Mercado de Crédito: Onde são transacionados instrumentos financeiros de 
natureza impeditiva de livre transmissibilidade dos direitos e das obrigações 
(Não há recompra nem revenda). 
 
Mercado de Valores Mobiliários: Os direitos e as obrigações são livremente 
transacionáveis (Há recompra e revenda). 
 
 Mercado de Crédito 
2. Mercado de Capitais 
 Mercado de Valores mobiliários 
 
Quanto e envolvência pode ser: 
 Mercado de Valores Mobiliários que por sua vez se subdivide em: 
 
Mercado Primário – onde ocorre a 1ª venda de títulos pelo agente emissor; 
Mercado Secundário – onde ocorre a 2ª e a enésima revenda de títulos; 
 
No Mercado Monetário, o mercado primário está o mercado de 
instrumentos de dívidas e no Mercado de Capitais, o mercado primário 
subdivide-se em; 
 Mercado de Acções 
 Mercado de Instrumentos da Dívida 
 
Classificação dos mercados de Valores Mobiliários quanto a natureza 
jurídica e económica dos direitos envolvidos 
1. Mercado de Acções – No qual são transacionados acções. As 
acções conferem o direito a responsabilidade do seu detentor, 
sobre a entidade que as emitiu, o qual é proporcional à parcela 
do capital investido pelo acionista no capital social, remunerado 
principalmente pelos dividendos distribuídos no fim de cada 
exercício; 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
21 
 
 
2. Mercado de Instrumentos da Dívida: Os instrumentos da dívida 
transacionados nestes mercados (obrigações, …) conferem aos 
seus detentores, um direito de crédito sobre as entidades que os 
emitiu. Dão direito ao reembolso do capital emprestado e, um 
determinado juro, previamente acordado. 
 
1.6. A importância da intermediação financeira 
Nas transacções financeiras ocorrem duas situações: 
 Há custos de transacções 
 Há assimetria de informações; 
 
Os custos de transacções 
 Tempo 
 Comissão pelos serviços 
 Pagamento de advogados 
 Garantias 
 
Neste caso, sem a intermediaçãofinanceira, os custos de transacções são 
muito elevados comparativamente as operações realizadas por 
intermediários financeiros, pois, estes criam escalas de produção, se 
especializam nesta área e tornam assim os custos de transacções reduzidos; 
 
Assimetria de informação 
 Selecção adversa (falta do conhecimento sobre a idoneidade do 
deficitário, poderá induzir a escolha de deficitário não correto), 
situação que ocorre antes do empréstimo (processo de escolha entre 
vários pedidos). 
 Risco moral: Refere-se a ausência da capacidade de 
acompanhamento e monitoria do que o deficitário esta fazendo com 
o empréstimo que obteve. 
 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
22 
 
Neste caso, os intermediários financeiros têm sectores especializados para 
analisar cada uma das áreas em que o crédito for concedendo. Assim, 
permite o acompanhamento permanente, reduzindo os problemas de 
assimetria de informação. 
 
Por outro lado, os intermediários financeiros permitem acumular muitas 
poupanças, viabilizando assim, o financiamento grandes projectos de 
investimento benéficos para o país. 
1.7. Intermediários Financeiros 
1. As Instituições Depositárias 
 Os Bancos Comerciais 
 As Associações de Poupança e Crédito; 
 Os Bancos de Poupança Mutua; 
 As Cooperativas de Crédito 
 
A característica principal das instituições depositárias é aceitar 
responsabilidades (Contas de depósitos) nas suas instituições e a principal 
aplicação das poupanças depositadas é a concessão de crédito aos agentes 
económicos; 
 
2. As Instituições de Poupanças Contratual 
 Companhias de seguro de vida e Contra outros riscos (acidentes, 
incêndios,) 
 Os fundos de Pensão e os fundos Governamentais de 
Aposentação. 
 
A característica principal desta categoria é existência de um contrato entre 
os interessados. As instituições não mantém estes fundos ociosos, aplicam-
nos de forma lucrativa como aquisição de instrumentos de dívida, 
participações em empresas, 
 
3. Os Intermediários de Investimentos 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
23 
 
 As companhias financeiras (BIM Leasing, BCI Leasing, AVIS) 
 Os Fundos Mútuos 
 
1.8. Custo de dinheiro 
Na economia de mercado livre o capital é alocado em função de sistema de 
preços. Custo de dinheiro é o preço que se paga pelo seu uso. 
Sabido que as fontes de dinheiro podem ser próprio ou alheio, o preço que 
se paga pelo capital alheio é a taxa de juro e o preço do capital próprio são 
dividendos. 
 
Os principais factores que afectam o preço de dinheiro são: 
 As oportunidades de produção: Quanto maior for a oportunidade 
de produção maior é a procura de dinheiro e o seu custo; 
 O tempo preferencial de consumo: Quanto mais distante for o 
tempo em que quer consumir maior a incerteza em relação aos 
factores que afectam o negócio e o custo de dinheiro; 
 O risco: É a probabilidade de ocorrência de um fenómeno futuro 
indesejável; 
 A inflação 
 
1.9. Determinantes das Taxas de Juro do Mercado 
Em geral, a taxa de juro cotada (ou nominal) sobre um título de divida (K) é 
composta de uma taxa real de juro livre de risco (K*), mais vários prémios 
que reflectem a inflação, o factor risco de título e a negociabilidade no 
mercado (liquidez). Essa relação pode ser expressa como se segue: 
 
Taxa de Juro nominal = K = K* + PI + PRI + PL + PRV 
 
Em que: 
K – taxa de juro nominal de um título específico; 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
24 
 
K* - é a taxa que existiria em um título sem risco e com expectativa de 
inflação zero. 
 
KSR – A taxa de juros nominal livre de risco. Esta é a taxa de juro nominal 
sobre um título com a letra de tesouro, o qual é bastante líquido e isento da 
maioria dos riscos. A KSR inclui um prémio de inflação esperada: KSR = K* + PI 
 
PI – Prémio de inflação. O PI é igual a taxa média esperada de inflação sobre 
a vida do título; 
 
PRI – Prémio de risco de inadimplência: Este prémio reflecte a possibilidade 
de o emissor não pagar juros ou o principal de um título em tempo e 
quantias específicas; 
 
PL – Prémio de liquidez ou negociabilidade: Este prémio é cobrado pelos 
emprestadores para reflectir o facto de que alguns títulos não podem ser 
convertidos em dinheiro em curto espaço de tempo, a um preço razoável. 
 
PRV – Prémio de risco de vencimento: Conforme se referiu, os títulos de 
longo prazo são expostos a um risco significativo de declínio de preços e um 
prémio de risco de vencimento é cobrado pelos emprestadores para reflectir 
esse risco. 
 
A taxa de juro afecta os resultados das empresas de duas maneiras: 
 Sendo a taxa de juro um custo, então, quando maior for as taxas de 
juro mais baixo são os resultados (lucro) ou mais alto é o prejuízo. Se 
os lucros são baixos, o preço de cotação das acções baixa porque a 
empresa capitaliza menos; 
 
 A taxa de juro afecta a rendibilidade da empresa dado que afecta o 
resultado. Se a rendibilidade da empresa é baixa menor é a confiança 
dos empresários em relação a empresa e os preços das acções da 
empresa baixam. 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
25 
 
1.10. Exercícios desta Unidade 
Sumário 
Nesta Tema 1 estudamos e discutimos fundamentalmente nove itens em 
termos de considerações gerais á disciplina de Gestão Financeira e 
Orçamentária: 
UNIDADE Temática 1.1. Função financeira nas empresas 
UNIDADE Temática1.2. Objectivos e Limites da função financeira 
UNIDADE Temática 1.3. O lugar da função financeira na empresa 
UNIDADE Temática 1.4. Impacto da Inflação na Gestão Financeira 
UNIDADE Temática 1.5. O Sistema Financeiro e a Intermediação Financeira 
UNIDADE Temática 1.6. A importância da intermediação financeira 
UNIDADE Temática 1.7. Intermediários Financeiros 
UNIDADE Temática 1.8. O Custo de dinheiro 
UNIDADE Temática 1.9. Determinantes das Taxas de Juro do Mercado 
UNIDADE Temática 1.10.EXERCÍCIOS deste tema 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
GRUPO-1 (Com respostas detalhadas) 
1. Debruce sobre os seguintes aspectos: 
1. Essência da Função Financeira, tendo em conta a estratégia 
financeira (médio e longo prazo) e decisões operacionais (curto 
prazo e gestão de tesouraria); 
2. A teoria financeira é uma aplicação da teoria micro económica da 
empresa, cujo objectivo é o da maximização de lucro. Explique 
porque é que o conceito de lucro não muito operacional, nem tão 
pouco relevante para a disciplina de Gestão financeira; 
3. Funções de Gestor Financeiro 
4. Conteúdo da Função Financeira 
5. Objectivos da empresa (diferencie maximização do lucro e 
maximização do valor da empresa) 
6. Impacto da inflação na gestão financeira quer na óptica de Prof. 
Brigham como na do Prof. Caldeira Meneses 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
26 
 
7. O que é Sistema Financeiro 
8. Qual é a função e importância dos Intermediários Financeiros 
9. Identifique e diferencie os principais intermediários financeiros 
10. Explique como é que a existência da Informação Assimétrica 
dificulta o funcionamento efectivo dos mercados financeiros. 
Como é que os intermediários financeiros lidam como os 
problemas decorrentes da Assimetria de informação; 
Respostas: 
1. Rever o primeiro parágrafo da página 11 
2. Rever o ponto 1.2 da pagina 14 (Introdução desta Unidade); 
3. Rever a página 15 no primeiro paragrafo no ponto 1.3; 
4. Rever o 2º parágrafo da página 15 no ponto 1.3.1; 
5. Rever o ponto 1.2 da pagina 14 
6. Rever página 16 no ponto 1.4 e nas paginas 112 a 118 do autor 
caldeira Meneses em princípios de gestão financeira; 
7. Rever ponto 1.5 nas paginas 18 e 19 respectivamente; 
8. Rever a página 21o ponto 1.6; 
9. Rever os conteúdos da página 22 no ponto 1.7 
10. Rever os conteúdos da página 22 no primeiro parágrafo; 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
GRUPO-2 (Com respostas sem detalhes) 
1. Os principais factores que afectam o preço de dinheiro são: 
Escolha apenas uma alternativa correcta 
a) As oportunidades de produção, o tempo preferencial de 
consumo, o risco e a inflação 
b) A taxa de juro 
c) As taxas directórias do banco central 
d) Todas alternativas estão correctas 
 
2. As Instituições de Poupanças Contratual integram: 
 Escolha apenas uma alternativa correcta 
a) Companhias de seguro de vida e Contra outros riscos (acidentes, 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
27 
 
incêndios) 
b) Os fundos de Pensão e os fundos Governamentais de Aposentação; 
c) a) e b) 
 
3. Os Intermediários de Investimentos são constituídos pelos: 
Escolha apenas uma alternativa correcta 
a) Caixas comunitários 
b) As companhias financeiras (BIM Leasing, BCI Leasing, AVIS) 
c) Os Fundos Mútuos 
d) b ) e c) 
 
4. As Instituições Depositárias são : 
Escolha apenas uma alternativa correcta 
a) Todas as empresas (independentemente do tamanho); 
b) Todas as entidades filantrópicas como Ong´s, Fundações, Igrejas, etc.; 
c) Cooperativas; 
d) Nenhuma alternativa; 
 
5. Nas transacções financeiras ocorrem duas situações: 
Escolha apenas uma alternativa correcta 
a) Há custos de transacções e assimetria de informações; 
b) Tempo e Comissão pelos serviços 
c) Pagamento de advogados e garantias 
d) Nenhuma alternativa 
 
GRUPO-3 (Exercícios de GABARITO) 
1. Explique os principais factores que afectam o preço do dinheiro; 
2. Quais os determinantes de taxas de juro no mercado? 
3. Como as taxas de juro afectam os resultados das empresas Geral. 
4. Qual á natureza das informações prestadas pelo Gestor Financeiro? 
 
Escolha, pelo menos, duas empresas e compare os departamentos 
Financeiros e classifique quanto ao conteúdo das informações financeiras 
produzida tendo em conta os dois últimos anos consecutivos 
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28 
 
 
TEMA – II: ESTRATÉGIAS FINANCEIRAS 
Unidade Temática 2.1.Política de Capital Circulante 
Unidade Temática 2.2. Rendibilidade e a Tesouraria 
Unidade temática 2.3. Auto Financiamento, Liquidez e Disponibilidade 
Unidade temática 2.4. Tesouraria da Empresa 
Unidade temática 2.4.1.Mapa de Fluxo Financeiro 
Unidade temática 2.5. A Tesouraria de Exploração (TE) 
Unidade temática 2.6. A tesouraria extraexploração 
Unidade temática 2.7. A Tesouraria Global 
Unidade temática 2.8. Gestão de Tesouraria e Fundo de Maneio 
Unidade temática 2.8.1. Necessidades e os recursos financeiros 
Unidade temática 2.9.Os recursos financeiros 
Unidade temática 2.10.Métodos de cálculo do fundo de maneio necessário 
de exploração 
Unidade Temática 2.11. Estratégias de gestão eficiente de Caixa 
Unidade Temática 2.12.EXERCÍCIOS deste tema 
 
Objectivos: Analisar os coeficientes de gestão da liquidez e solvência da empresa a curto prazo 
2.1. Política de Capital Circulante 
Introdução 
Refere-se as políticas básicas de uma empresa sobre os níveis -alvo para 
cada categoria de activos circulantes e como os activos circulantes serão 
financiados. 
 
E útil começar a discussão da política de capital circulante revendo alguns 
conceitos: 
 
Capital circulante é o investimento de uma empresa em activos de curto 
prazo (caixa, títulos negociáveis, stocks e contas a receber). 
 
Capital circulante Líquidos são os activos circulantes menos os passivos 
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29 
 
circulantes. 
2.2. Rendibilidade e a Tesouraria 
2.2.1. Auto Financiamento 
 
O auto financiamento tem sido um conceito diferentemente caracterizado 
por diversos autores de obras de gestão financeira. Em nossa opinião o auto 
financiamento representa o conjunto de meios líquidos gerados pela 
empresa e neste anualmente retido, e que não revelam qualquer vínculo 
imediato de exigibilidade (meios libertos totais retidos). 
 
O auto financiamento acumulado da empresa representa somatório das 
amortizações e previsões acumuladas, das reservas de lucros dos resultados 
transitados dos registos anteriores e dos resultados líquidos retidos no 
respectivo exercício. 
 
2.3. Auto Financiamento, Liquidez e Disponibilidade 
 
O auto financiamento anual (quando positivo) significa um aumento da 
liquidez da empresa e não necessariamente as suas disponibilidades, pois 
aquela pode ser automática ou deliberadamente absorvida por outras 
elevações do activo (crédito concebido aos clientes). 
 
A liquidez (grau de liquidez) de um elemento de activo consiste na sua 
aptidão para se converter a curto prazo em meios monetários 
(disponibilidades); 
 
A disponibilidade (grau de disponibilidade) de um elemento do activo é 
revelada pela sua aptidão para se transformar imediatamente em meios 
monetários. 
 
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30 
 
2.4. Tesouraria da Empresa 
 
A natureza estática e jurídica – contabilístico do balanço tradicional – não 
completamente superada pelo mapa de origem e aplicação de fundos – 
contribuiu para o surgimento de um outro importante documento (o mapa 
de fluxos financeiros) que assume características essencialmente financeiras. 
 
2.4.1. Mapa de Fluxo Financeiro 
 
O mapa do fluxo financeiro (mapa do fluxo de tesouraria, demonstração dos 
fluxos de caixa e mapa do cash-flow) é um documento dinâmico que nos 
permite analisar a evolução histórica e previsional da tesouraria da empresa 
durante um certo período de tempo. 
 
O mapa do fluxo financeiro merece as seguintes observações: 
 
O crédito concedido aos clientes durante o período de referência abrange 
as variações positivas das contas cliente ou variações negativas das 
mesmas. 
1. O crédito obtido compreende as variações positivas ou negativas das 
contas fornecedores. 
2. Os recebimentos extra exploração integram todas receitas extra 
exploração (líquidas de eventuais variações de crédito concedido) e 
outros recebimentos resultantes do ciclo das operações financeiras 
(empréstimos bancários obtidos); 
3. Os custos financeiros de financiamento pagos durante o horizonte 
temporal de referência não obedecem ao princípio de especialização 
económica dos exercícios, pois, não tem em atenção as respectivas 
regularizações; 
4. A rubrica de investimentos (capital fixo e outros) compreende os 
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31 
 
respectivos pagamentos e não as despesas correspondentes; 
5. A rúbrica impostos sobre rendimentos e outros (impostos directos ou 
indirectos insusceptíveis de repercussão sobre as vendas) também se 
referem aos respectivos pagamentos e não ao valor anual estimado; 
6. Os lucros distribuídos reportam-se ao período em que são pagos e 
não ao momento da sua distribuição. 
 
2.5. A Tesouraria de Exploração (TE) 
A tesouraria de exploração (operational cash-flow) consiste na diferença 
entre os recebimentos e os pagamentos de exploração ocorridos num certo 
período de tempo. Assim, ela é afectada exclusivamente pelas vendas 
líquidas, pelas variações de crédito (Δ CC), pelos custos de exploração totais 
e pelas variações dos stocks (Δ SO), do crédito obtido (Δ CO) e pela 
rendibilidade da empresa (nível dos meios libertos brutos de exploração 
(MLB). Assim teremos: 
 
 
 
2.6. A tesouraria extra-exploração 
 
A tesouraria extra-exploração (non-operational cash-flow) resulta da 
diferença entre os recebimentos e os pagamentos extra-exploração, 
verificados durante um determinado período de tempo. Ela decorre dasactividades inorgânicas da empresa (outros resultados), da situação 
financeira (nível dos custos financeiros de financiamentos), da actuação da 
fiscalidade (nível de impostos sobre rendimento), da política de distribuição 
de dividendos e de outros fluxos financeiros associados aos ciclos das 
operações financeiras e de investimento. 
 
TE = MLB - [( ΔCC +Δ SO) – Δ CO ] 
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32 
 
2.7. A Tesouraria Global 
 
A tesouraria global (cash-flow total) decorre da diferença entre os 
recebimentos e os pagamentos de exploração (tesouraria de exploração) e 
os recebimentos e os pagamentos extra-exploração (tesouraria extra-
exploração) ocorridos durante um certo lapso de tempo. 
 
A tesouraria global resulta, então, da tesouraria de exploração, 
profundamente marcada pela qualidade da gestão corrente, e da tesouraria 
extra-exploração, mais influenciada por factores estruturais e externos à 
empresa. 
 
A variação periódica da tesouraria global da empresa pode ser positiva ou 
negativa: 
 
 
 
Onde: 
Sn – Saldo anual do disponível no termo do período n 
Sn-1 - Saldo anual do disponível no termo do período n – 1 
TEn – Tesouraria de exploração no termo do período n 
TFEn - Tesouraria de extra-exploração no termo do período n 
 
2.8. Gestão de Tesouraria e Fundo de Maneio 
A gestão de tesouraria da empresa ou gestão financeira de curto prazo (até 
um ano) abrange a gestão do capital circulante total (exploração e extra-
exploração) e a gestão da divida a curto prazo (exploração e extra-
exploração), observe que a expressão gestão de tesouraria também é 
muitas vezes utilizada num sentido restrito, ou seja, a gestão do disponível. 
 
Sn – Sn-1 = TEn + TFEn 
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33 
 
2.8.1. Necessidades financeiras 
 
As necessidades financeiras da empresa podem resultar directamente do 
ciclo de exploração (necessidades financeiras de exploração) ou dos ciclos 
das operações de investimento e das operações financeiras (necessidades 
financeiras extra-exploração). 
 
As necessidades financeiras de exploração são geralmente cíclicas ou 
incessantemente renováveis, materializando-se através de: 
 Credito não titulado concedido aos clientes; 
 Credito titulado, mas não susceptível de mobilização (desconto 
bancário); 
 Pagamentos adiantados exigidos pelos fornecedores correntes 
(matérias primas e subsidiarias, etc). 
 Stocks de matérias-primas, matérias subsidiarias, produtos em vias 
de fabrico, produtos semi-acabados, produtos acabados, 
mercadorias, embalagens, etc. 
 
Constituem exemplos de necessidades financeiras de exploração normais: 
 A margem de segurança de tesouraria; 
 O volume de crédito não titulado concedido aos clientes, 
correspondentes a condições de recebimento pré-negociadas; 
 O montante de crédito titulado facultado aos clientes nas condições 
anteriormente referidas; 
 Os adiantamentos efectuados aos fornecedores correntes; 
 Os valores dos diversos stocks normais, isto é, os geralmente exigidos 
para regular o funcionamento da empresa (aprovisionamento, 
produção e comercialização dos produtos acabados). 
 
As necessidades financeiras extra-exploração têm a sua origem não no 
ciclo das operações de exploração, mas sim nos ciclos das operações de 
investimento (imobilizações de exploração e outras) e das operações 
financeiras, como por exemplo: 
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34 
 
 Concessão de empréstimos aos colaboradores da empresa; 
 Concessão de empréstimos `as associadas; 
 Aquisição de terrenos; 
 Construção de novos edifícios fabris; 
 Aquisição de uma participação numa nova sociedade. 
 
As necessidades financeiras extra-exploração integram a maior das rubricas 
do imobilizado total (financeiro, corpóreo e incorpóreo) e algumas rubricas 
do capital circulante (capital circulante extra-exploração). 
 
2.8.2. Os recursos financeiros 
 
Os recursos financeiros de que a empresa dispõe também resultam do ciclo 
de exploração ou do ciclo das operações financeiras. Os recursos financeiros 
de exploração (ou de funcionamento) decorrem directamente do ciclo das 
operações de exploração e são, em condições normais, geral e 
permanentemente renováveis. 
 
Os recursos financeiros de exploração abrangem fundamentalmente: 
 O crédito não titulado obtido dos fornecedores correntes (matérias 
primas, matérias subsidiarias, embalagens, serviços de exploração, 
etc.); 
 O crédito titulado obtido dos fornecedores correntes; 
 O crédito obtido do Estado: IRPS retido, IVA, etc. 
 O crédito obtido da Segurança Social (parcela da empresa e dos 
próprios trabalhadores; 
 Antecipação e adiantamento dos clientes. 
 
Todos os recursos financeiros utilizados pela empresa têm custos explícitos 
ou implícitos. 
 
Os custos explícitos traduzem-se em custos financeiros efectivos ou em 
resultados distribuídos aos sócios (acionistas); os custos implícitos traduzem 
nos custos de oportunidade resultantes de aplicações alternativas, que 
necessariamente são sacrificadas. 
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35 
 
Constituem recursos financeiros de exploração normais os seguintes: 
a) Os créditos não titulados (ou não) obtidos de fornecedores correntes 
e correspondentes a prazos de pagamentos pré-negociados; 
b) O crédito normal obtido dos trabalhadores da empresa; 
c) Os créditos obtidos do Estado e dos organismos para estatais não 
resultantes de quaisquer situações litigiosas ou de mora; 
d) Os adiantamentos normais (contratuais) dos clientes, isto é, não 
forçados pela empresa. 
 
Os recursos financeiros extra-exploração (ou funcionamento) não são 
provenientes do ciclo de exploração, mas sim do ciclo das operações 
financeiras ou operações de investimento, como por exemplo: 
 Obtenção de um empréstimo bancário a curto prazo, em conta 
corrente e renovável; 
 Contracção de um empréstimo bancário a médio prazo; 
 Negociação de suprimentos junto dos detentores do capital social; 
 Aumento de capital social realizado em dinheiro; 
 Recebimentos de dividendos de uma participação financeira. 
 
2.9. Métodos de cálculo do fundo de maneio necessário de exploração 
 
Existe dois métodos de cálculo do FMN: Os métodos indirectos e empíricos 
e método directo. 
 
Dos diversos métodos indirectos e empíricos existentes para o cálculo do 
FMN, seleccionamos os seguintes: 
 Os métodos baseados nas vendas 
 O método dos tempos de retenção 
 
Aqui vamos abordar apenas o método baseado em vendas, para o método 
dos tempos de retenção veja Caldeira Meneses paginas 194 e 195. 
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36 
 
Exemplo: 
 
Pretendendo calcular o FMN para 2003, a empresa Cheru organizou a 
seguinte informação (cts): 
 
Elementos 2000 2001 2002 
Vendas Liquidas de Imposto 
Reserva de Segurança de Tesouraria 
Credito real concedido 
Credito concedido e negociado 
Existências reais 
Fornecedores reais 
500 
10 
70 
11 
100 
110 
750 
15 
97,5 
16 
127,5 
180 
1.000 
20 
150 
22,5 
170 
230 
a) Calcule o FMN de 2002 
b) Calcule o FMN para 2003 tendo em conta que se prevê vender 1.500 
cts. 
 
Resolução: 
a) FMN2002 = (20+150+170) – 230 
FMN2002 = 110 cts 
O método a utilizar na estimativa do FMN é baseado no valor de vendas: 
Elementos 2000 2001 2002 Medias 
Vendas Liquidas de Imposto 
Reserva de Segurança de 
Tesouraria 
Credito real concedido 
Credito concedido e negociado 
Existências reais 
Fornecedores reais 
100% 
2% 
14% 
2,2% 
20% 
22% 
100% 
2% 
13% 
2,13% 
17% 
24% 
100% 
2% 
15% 
2,25% 
17% 
23%100% 
2% 
14% 
2,19% 
18% 
23% 
FMN Médio 11% 
 
FMN Médio = (2% + 14% + 18%) – 23% = 11% 
FMN2003 = 1.500 x 11% = 165 cts 
 
 
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37 
 
Ciclo de Caixa 
É o período de tempo que vai desde os desembolsos para adquirir os 
factores de produção até a cobrança do valor de venda de produto 
produzido com aqueles factores comprados. 
 
Giro de Caixa ou Rotação de Caixa 
Refere-se ao número de vezes por ano (se o período de análise for ano) em 
que o Caixa é efectivamente realizado ou abastecido. 
 
Com o conceito de Ciclo de Caixa pretende-se demonstrar as implicações das 
estratégias de gestão de caixa para a vida da empresa ou da tesouraria da 
empresa. 
 
2.10. Estratégias de gestão eficiente de Caixa 
 
Gráfico de Ciclo de Caixa 
 
Compra à Credito Venda à Prazo (PA) Cobrança s/ Clientes 
PMS (X2) dias PMC (X3) dias 
 
0 PMP (X1) dias X1 X2 X3 
 Pagamento à Fornecedores 
Tempo (dias) Desembolso Recebimento 
Ciclo de Caixa (Y = X3 + X2 – X1) 
 
 
PMP – Período Médio de Pagamento 
PMS – Período Médio de estocagem 
PMC – Período Médio de Cobrança 
 
Estratégias: 
1. A empresa deve retardar tanto quanto possível o pagamento das dívidas 
aos credores sem perder o conceito de crédito da empresa, 
aproveitando por conseguinte os descontos financeiros que sejam 
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38 
 
favoráveis (X1 dias), neste caso o ciclo de caixa diminui. 
2. Girar o mais rápido possível os stocks, evitando, entretanto, a falta de 
stocks que podem resultar na interrupção na linha de produção ou perda 
de vendas (X2 dias), neste caso o ciclo de caixa diminui; 
3. Receber mais rápido possível as dívidas sem perder vendas futuras 
devido as técnicas severas de cobrança, usando descontos financeiros 
para acelerar as cobranças, se tais descontos forem economicamente 
favoráveis (X3 dias), o ciclo de caixa diminui. 
Lembre-se: 
 
 
 
Cálculo do Giro de Caixa 
Giro de Caixa (GC) = 
)(
)(
CaixadeCicloCC
anododiasdeNumeroNDA
 
Ou 
GC = 
)(
)(
CaixadeMedioSaldoSMC
TotalAnualDesembolsoDAT
 
 
Quanto maior for o Giro de Caixa melhor é situação da empresa porque 
menor é o caixa mínimo necessário (necessidade de caixa para fazer face as 
operações necessárias). 
 
Cálculo do Caixa mínimo operacional da empresa 
Caixa Mínimo (CM) = Saldo Médio de Caixa (SMC) = 
)(
)(
CaixadeGiroGC
TotalAnualDesembolsoDAT
 
 
A manutenção de caixa mínimo envolve custos de oportunidade e é melhor 
conhecer para ver se justifica a sua manutenção. 
 
Custo de Manutenção de Caixa Mínimo 
É o custo de oportunidade que se incorre pela manutenção de um certo 
volume de caixa. 
 
A aplicação dessas estratégias tem como consequência a redução do Ciclo de Caixa com 
vista do fundo de maneio. 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
39 
 
Se K é Custo de oportunidade 
CCM – Custo de Caixa mínimo 
CM – Caixa mínimo = SMC 
 
 
2.11. Exercícios desta Unidade 
Sumário 
Nesta Tema II estudamos e discutimos fundamentalmente catorze itens em 
termos de análise e gestão da liquidez e solvência da empresa a curto prazo: 
Unidade Temática 2.1.Politica de Capital Giro activos circulantes 
Unidade Temática 2.2. Rendibilidade e a Tesouraria 
Unidade temática 2.3. Auto Financiamento, Liquidez e Disponibilidade 
Unidade temática 2.4. Tesouraria da Empresa 
Unidade temática 2.4.1.Mapa de Fluxo Financeiro 
Unidade temática 2.5. A Tesouraria de Exploração (TE) 
Unidade temática 2.6. A tesouraria extra-exploração 
Unidade temática 2.7. A Tesouraria Global 
Unidade temática 2.8. Gestão de Tesouraria e Fundo de Maneio 
Unidade temática 2.8.1. Necessidades e os recursos financeiros 
Unidade temática 2.9.Os recursos financeiros 
Unidade temática 2.10.Métodos de cálculo do fundo de maneio necessário 
de exploração 
Unidade Temática 2.11. Estratégias de gestão eficiente de Caixa 
Unidade Temática 2.12.EXERCÍCIOS deste tema 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
GRUPO-1 (Com respostas detalhadas) 
1. Debruce sobre os seguintes aspectos: 
1. Discuta o conceito de política de capital Giro de activos 
circulantes; 
CCM = K x CM 
 
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40 
 
2. Conceitue o termo Fundo maneio necessário a exploração; 
3. Durante o capítulo 2 foram discutidos métodos de calculo de fundo 
de maneio necessário a exploração identifique - os; 
4. As necessidades financeiras extra- exploração têm a sua origem não 
no ciclo das operações de exploração, mas sim nos ciclos das 
operações de investimento comente a afirmação; 
5. Identifique as estratégias de gestão eficiente de caixa; 
6. O auto financiamento anual independentemente de ser positivo ou 
negativo significa um aumento da liquidez da empresa concorda 
com a afirmação; 
7. Todos os recursos financeiros utilizados pela empresa têm custos 
explícitos ou implícitos identifique apenas os explícitos; 
8. Enuncie os tipos de recursos financeiros de exploração e distinga-os; 
9. Dê exemplos de necessidades financeiras de exploração normais; 
10. Explique porque Quanto maior for o Giro de Caixa melhor é 
situação da empresa; 
Respostas: 
1. Rever os conteúdos da pagina 28 no ponto 2.1. 
2. Rever os conteúdos da página 33 última paragrafo; 
3. Rever os conteúdos da pagina 37 a 38 no ponto 2.10. 
4. Rever o conteúdo da página 33 
5. Rever os conteúdos da página 35; 
6. Rever os conteúdos da pagina 29 no ponto 2.3; 
7. Rever os conteúdos da página 34; 
8. Rever os conteúdos da página 35; 
9. Rever os conteúdos da página 33; 
10. Rever os conteúdos da página 65 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
GRUPO-2 (Com respostas sem detalhes) 
Escolha apenas uma alternativa correcta para todas questões 
1. O ciclo de caixa refere-se: 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
41 
 
a) Número de vezes que o tesoureiro faz retiradas financeiras; 
b) Os principais factores que afectam o preço de dinheiro; 
c) O período de tempo que vai desde os desembolsos para adquirir 
os factores de produção até a cobrança do valor de venda de 
produto produzido com aqueles factores comprados; 
d) Nenhuma das Alternativas; 
 
2. O Giro de caixa pode ser considerado como: 
a) O número de vezes por ano (se o período de analise for ano) em 
que o Caixa é efectivamente realizado ou abastecido 
b) Rotação de caixa 
c) a) e b) 
d) Todas acima 
 
3. Constituem recursos financeiros de exploração normais os seguintes: 
i. Os créditos não titulados; 
ii. O crédito normal obtido dos trabalhadores da empresa; 
iii. Os créditos obtidos do Estado e dos organismos para estatais não 
resultantes de quaisquer situações litigiosas ou de mora; 
iv. Todas acima 
 
4. Com o conceito de Ciclo de Caixa pretende-se: 
a) Demonstrar as implicações das estratégias de gestão de caixa para 
a vida da empresa ou da tesouraria da empresa; 
b) Mostrar as saídas e entradas de recursos materiais; 
c) Mostrar estratégias de Gestão financeira de curto prazo; 
d) Nenhuma alternativa 
 
5. Período Médio de Pagamento refere-se: 
a) Ao período que a empresa requer para fazer face aos seus 
compromissos de curto prazo 
b) Período de pagamento dos fornecedores 
c) a) e b) 
 ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 3º Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
42 
 
d) Todas acima 
GRUPO-3 (Exercícios de GABARITO) 
1. As necessidades financeiras de exploração são geralmente cíclicas ou 
incessantemente renováveis? 
2. Defina o termo tesouraria global? 
3. Fale sobre Mapa de Fluxo Financeiro e as respectivas observações na 
elaboração do mesmo 
4. Descreva

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