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Padrão de Herança Multifatorial

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Universidade Nove de Julho Maria Lívia 
Padrão de Herança 
Multifatorial 
Herança poligênica: 
• É um tipo de herança na qual participam 2 ou + genes 
com segregação independente; 
• Resultando em um efeito acumulativo de vários genes 
envolvidos - cada um contribuindo com uma parcela 
para a formação da características; 
• Herança Multifatorial: muitos genes influenciam o 
mesmo caráter de modo acumulativo e sofrem 
influência ambiental. 
‣ Doenças Complexas: 
- Fenótipo determinado por uma combinação de 
fatores genéticos e ambientais; 
- O caráter é determinado pela interação de vários 
genes em locos diferentes, cada um com efeito 
pequeno mais aditivo (poligenes); 
- Heredograma: não possibilita um diagnóstico de 
herança multifatorial; 
- São doenças comuns na população: 1/1000. 
Risco de recorrência: 
• Varia de doença para doença; 
• Pode variar entre etnias, sexos e idade; 
• É obtido de forma retrospectiva, através do estudo de 
diversas famílias afetadas; 
• Aumenta com a gravidade de doença; 
• É maior quanto mais próximo o parentesco com o 
afetado e aumenyw com o número de indivíduos 
afetados na família. 
Doenças crônicas frequentes: 
• Malformações congênitas; 
• Osteoporose; 
• Diabetes; 
• Hipertensão; 
• Dislipidemias; 
• Câncer; 
• Doença de Alzheimer; 
• Obesidade. 
• Produzidas pela combinação de transtornos genéticos 
que predispõem a uma determinada suscetibilidade 
quando associados a uma exposição a agentes 
ambientais.. 
Osteoporose: 
• É uma doença óssea e metabólica, caracterizada por 
uma baixa densidade do osso que o predispõe a um 
maior risco de fraturas. É uma desordem esquelética 
caracterizada pelo comprometimento da força óssea, 
predispondo a um aumento do risco de fraturas. 
• Densidade mineral: é determinada pela massa óssea 
máxima (quantidade de osso adquirida no período de 
crescimento do esqueleto) e pela perda da mesma, a 
qual ocorre com o passar dos anos e é influenciado 
por diversos fatores ambientais. 
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• Fatores de risco ambientais: 
‣ Idade: mulheres pós menopausa, >70 anos no 
homem; a perda de estrogênio na menopausa 
natural ou cirúrgica pode levar a um aumento de 
enfraquecimento dos ossos; 
‣ Tabagismo: componentes químicos do cigarro, entre 
eles a nicotina, atuam deprimindo a atividade do 
osteoblasto; 
‣ Baixa ingestão de cálcio; 
‣ Alcoolismo: efeito direto sobre os osteoblastos, 
determinando diminuição nos níveis de osteocalcina. O 
consumo de bebidas alcoólicas que excede a 200 ml 
por semana pode interferir nos níveis estrogênicos. 
• Fatores genéticos: 
‣ VDR: receptor da vitamina D; alteração da 
homeostase de cálcio, com efeitos subsequentes 
sobre o tamanho e a densidade óssea - maior 
prevalência e incidência de fraturas e perda de 
massa óssea; 
‣ ESR1: o estrógeno influencia o metabolismo e 
crescimento ósseo. Mutações no gene do ESR1, 
como evento único ou combinado com o gene VDR - 
potencial ligação fisiológica entre o gene ESR1 e a 
vitamina D - regulação da disponibilidade do 
estrógeno ao seu receptor, expresso nos 
osteoblastos; 
‣ COL1A1: o colágeno tipo I é a proteína extracelular 
mais abundante da matriz óssea e é essencial para 
a força esquelética. Portadores da mutação no gene 
são propensos à fratura, relacionando-se com a 
qualidade do colágeno no estado , na determinação 
da força e massa óssea. 
Diabetes: 
• Diabetes mellitus (dm): doença endócrino-metabólica 
de etiologia heterogênea, caracterizada por 
hiperglicemia crônica, resultando de defeitos da 
secreção ou da ação da insulina. 
• Diabetes tipo 1: 
‣ Histórico Natural: 
- Destruição das células beta pancreáticas, 
determinando deficiência de insulina; 
• Produção de insulina cai abaixo de um limiar 
crítico - dependência de suplementos 
exógenos de insulina; 
- A destruição das células beta é geralmente 
causada por processo autoimune, o qual pode ser 
detectado pela presença de auto-anticorpos 
circulantes no sangue periférico (anti-ilhotas); 
- Fatores genéticos associados: 
• Mais de 13 loci diferentes de susceptibilidade 
genética forram relatados em seres 
humanos. 
Marcadores genéticos Localização cromossômica Produtos e 
características 
VDR 12q13 Receptor de vitamina D
ESR1 6q25 Receptor de estrógeno
COL1A1 17q21 Colágeno tipo I
Marcadores gênicos Localização Características 
Genes IDDM1 Cromossomo 6p21 
região dos genes do 
MHC
40% de susceptibilidade 
Genes IDDM2 Cromossomo 11p15.5 10% de susceptibilidade 
Genes IDDM3 Cromossomo 2q33 
região dos genes CTL-4 
e CD28
Associação devido 
ativação de linfócitos 
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Câncer: 
• Neoplasia: lesão constituída por proliferação celular 
anormal, descontrolada e autônoma, em consequência 
de alterações em genes e proteínas que regulam a 
multiplicação das células. Pode ser benigna ou maligna 
(câncer). 
• Oncogênese ou carcinogênese: 
‣ Fatores: 
- Ambiental, genético, geográficos, culturais e 
raciais. 
‣ Etiologia do câncer: 
- Fatores externos (90% dos casos) - agentes 
carcinogênicos: 
• Carcinógenos químicos (ação direta ou 
indireta); 
• Carcinogênese por radiação; 
• Vírus oncogênicos de RNA e DNA; 
• Bacteria Helicobacter pylori - inflamação 
crônica (úlceras pépticas) - carcinomas 
gástricos ou linfomas gástricos. 
- Fatores genéticos (10% dos casos): 
• Ex: 40% retinoblastomas são herdados. 
• Formação e desenvolvimento: originam-se de células 
normais que sofreram mutação genica ou alterações 
epigenéticas. 
‣ Genes alvos de mutações no câncer: 
- 1. Estimulam multiplicação celular; 
- 2. Inibem proliferação celular; 
- 3. Regulam apoptose; 
- 4. Regulam reparo do DNA; 
- Regulam metilação e acetilação de DNA. 
‣ Quando mutados: maior sobrevivência celular, 
redução apoptose e crescimento autônomo. 
• Proto-oncogenes: 
‣ São genes cujos produtos proteicos controlam o 
crescimento, proliferação e a diferenciação celular; 
‣ Quando sofrem mutações são chamados de 
oncogenes. 
• Oncogene: é um gene mutante cuja função ou 
expressão alterada resulta em estimulação anormal da 
divisão e proliferação celular. 
‣ Proteínas oncogênicas: 
- Fatores de crescimento; 
- Receptores de fatores de crescimento; 
- Fatores de transcrição. 
• Genes supressores de tumor: 
‣ Genes normais envolvidos com o controle negativo da 
proliferação celular - principal p53; 
‣ Morte celular programada - apoptose; 
‣ Regulação do ciclo celular: pontos de checagem; 
‣ Reparo do DNA. 
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• Genética e câncer de mama: 
• Patogênese: 
‣ Fatores ambientais adquiridos químicos, radioativos, 
virais —> mudanças no genoma de células 
somáticas —> ativação dos oncogenes promotores 
de crescimento ou inativação dos genes supressores 
tumorais —> expressão de todos os produtos 
gênicos alterados e perda dos produtos gênicos 
normais —> NEOPLASIA MALIGNA
BRCA1 BRCA2
Localização 17q12-21 13q12-13
Função Supressor de tumor; 
Interação com proteínas nucleares; 
Possível papel na reparação de danos ao DNA
Mutações ~500 ~200
Idade de inicio ~40-50 anos Após os 50 anos 
Risco de outros tumores
 30-60%
CM masculino, pâncreas, 
próstata e cólon 
CM masculino, ovário, 
próstata, bexiga, 
pâncreas, melanoma

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