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ARTIGO SAMUEL

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ANÁLISE E DESAFIOS DA GESTÃO DE MATERIAIS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MANAQUIRI
Samuel Lima dos Santos[footnoteRef:1] [1: Titulação: Graduado em Teologia com licenciatura em Ensino Religioso. Faculdade de Educação Santa Terezinha – Email: sls.lima2019@gmail.com ] 
	
RESUMO:
A gestão de materiais nas organizações de saúde é hoje um grande desafio para os responsáveis por esta área e para as respectivas organizações. Observa-se que ferramentas de gestão empregadas anteriormente apenas em outros setores, passam a ser empregadas em período recente na área de saúde, gerando êxitos. Tendo em vista as dificuldades das organizações da área da saúde com a gestão de materiais e com a capacitação dos profissionais envolvidos, surge a motivação para a realização deste trabalho. Ou seja, o objetivo deste trabalho foi analisar as práticas da gestão de materiais de uma unidade de saúde do município de Araquari em Santa Catarina, município esse que também vem passando por uma série de mudanças e por isso deve se adequar para atender de forma adequada aqueles que necessitarão dos serviços assistências na saúde.
Palavras chave: Gestão. Armazenagem. Controle
1 INRODUÇÃO
Pensar no ensino da Geografia não implica apenas seu papel como disciplina escolar, mas também o alcance social da ciência geográfica na compreensão da realidade espacial. O professor de Geografia comprometido para uma educação geográfica significativa, ou seja, uma educação que proporcione a instrumentalização dos alunos para a análise do espaço ao qual estão inseridos encontrará na proposta do Lúdico, uma importante ferramenta metodológica para a mediação entre aluno e espaço geográfico.
A atividade lúdica no ensino de Geografia proporciona o prazer e divertimento durante as aulas, ao passo em que ajuda a desenvolver no educando habilidades cognitivas e motoras; atenção e percepção; capacidade de reflexão; conhecimento quanto à posição do corpo; direção a seguir e outras habilidades importantes para o desenvolvimento da pessoa humana.
Nessas condições, buscou-se analisar por meio deste estudo, a importância da ludicidade no desenvolvimento intelectual dos alunos, e como esta concorre para estimular a reflexão; à expressão de ideias, e, consequentemente, à estruturação do conhecimento geográfico pelo aluno. Defende-se neste trabalho a inserção das atividades lúdicas na Geografia Escola, vale ressaltar o papel de destaque do educador no planejamento/utilização de jogos, vídeos, músicas, brincadeiras entre outros recursos disponíveis. A atenção especial a este ponto deve-se ao fato de tais recursos didáticos serem considerados não convencionais, isto é, não foram desenvolvidos inicialmente para a prática educacional, requerendo um cuidado a mais na sua inserção em sala de aula.
2 DESENVOLVIMENTO
A situação de crise pelo qual o Ensino de Geografia passa, requerem esforços e inovações para superar o delicado quadro que envolve os aspectos didático-pedagógicos dessa disciplina escolar. Apesar de abordarmos nesse trabalho com mais especificidade a Geografia Escolar, percebemos que de modo geral, o quadro educacional brasileiro vem apresentando baixa evolução dos índices que medem sua qualidade. Sobre esse ponto Gadotti propõe a discussão acerca da má qualidade do ensino no Brasil, quando compara o quadro educacional brasileiro ao de outros países que possuem um contexto socioeconômico semelhante:
Há 30 anos venho acompanhando a situação da escola e a deteriorização que se deu de forma acentuada no nosso país e na América Latina. Contudo, na América Latina, o Chile, a Argentina, o México, ao lado de outros países, como o Uruguai e a Costa Rica, conseguiram avançar muito mais do que o Brasil. O grau de escolaridade é muito maior nesses países. No Chile, o analfabetismo é de apenas 2%, na Argentina 3% e, no México 5%, não se comparando com os índices de 30% no Brasil (GODOTTI, 1993, p. 80).
Frente ao panorama que nos é posto, percebe-se a necessidade de elevar a qualidade do sistema educacional como um todo. São diversos os fatores que ocasionam problemas na educação, no entanto, direcionamos nosso trabalho para o fator considerado por nós de grande relevância em prol de melhorias em relação ao processo de ensino e aprendizagem: as metodologias utilizadas pelos professores. Acreditamos que a utilização de atividades lúdicas nas escolas poderá contribuir significativamente no desenvolvimento do aluno, ao tempo em que concorre para a melhoria geral da qualidade do ensino.
O professor interessado em promover mudanças, poderá encontrar na proposta do lúdico um importante mecanismo com vistas à significação do Ensino de Geografia, e, conseqüentemente da realidade, podendo contribuir assim para que ocorra a diminuição dos altos índices de fracasso e de evasão verificados nas escolas, além de instigar o interesse dos alunos pelas aulas de Geografia.
Para Vigotsky (1989, p.84), “As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do indivíduo e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras da realidade”. As pesquisas que abordam essa temática mostram que os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para gastar energias de nossos alunos, mas sim, meios que contribuem e enriquecem suas experiências afetivas.
Por meio dos jogos, a criança aprende a dominar e conhecer as partes do seu corpo e as suas funções, a orientar-se no espaço e no tempo, a amar a arte, a natureza, a manipular e a construir, a desempenhar os papéis necessários para as futuras etapas da sua vida, a elaborar as suas fantasias e seus temores, a sentir as suas tensões, a saber, perder e ganhar, em suma ela pode desenvolver as suas múltiplas inteligências. (BROTTO, 1999, p. 132)
Nessas condições é possível perceber a relevância da utilização dos jogos e brincadeiras no cotidiano escolar, de tal sorte que a relação entre o ensino e a aprendizagem venha a se tornar mais atrativa e, do mesmo modo, favoreça o maior aproveitamento das aulas de Geografia, visto que em algumas pesquisas já realizadas, essa disciplina é descrita por grande parcela dos discentes como uma “chata” ou “enfadonha”. Fato que agrava a relação do aluno com os conhecimentos produzidos historicamente pela ciência geográfica.
Os jogos podem ser adaptados para explicação de conceitos trabalhados, como reforço ou como avaliação. Por exemplo: é possível construir um dominó com combinação de explicitação de noções com o respectivo vocabulário; no “supertrunfo”, além da forma sugerida pelo produtor, podemos desafiar os alunos a formar grupos como regiões de língua, grupos de países exportadores e/ou importadores de determinados produtos, índices de IDH etc. (PASSINI, 2007, p. 120)
Sugere-se que o jogo seja trabalhado antes da abordagem do conteúdo, afim de que favoreça o convívio com a dimensão procedimental do conteúdo, posto que no ensino fundamental II, sempre que possível, é aconselhável partir das experiências concretas para depois construir os processos de abstração. 
Cabe lembrar que antes da realização do jogo o professor deva discutir com os alunos a importância da atenção às regras, ou seja, a forma como cada etapa do jogo será operacionalizada a fim de garantir o sucesso no processo. Em todas as disciplinas do currículo escolar, bem como na geografia há espaço para o uso do lúdico como instrumento pedagógico. Nesse sentido, considera-se que: 
Na Geografia, os docentes podem se utilizar dos jogos que explorem as inteligências pessoais e a naturalista (ambiental). Fazer com que conheçam o espaço geográfico e construam conexões que permitam aos alunos perceber a ação do homem em sua transformação e em sua organização no espaço físico e social (ANTUNES, 2006, p.44). 
A Geografia é uma das disciplinas curriculares com maior potencia de aplicação dos jogos e brincadeiras nas atividades de articulação entre os conteúdos escolares e a vida cotidiana dos alunos, pois ela se propõe a trabalhar o espaço de convívio imediato,abordando os aspectos físicos, econômicos e sociais.
 De acordo com Mendonça (2001, p. 16), “a geografia tem um caráter particularmente heterogêneo; se por um lado ela se alinha entre as ciências da natureza, por outro, situa-se entre as ciências do homem”. Assim, pode-se afirmar que em termos de lida com a Geografia Escolar, brincando e jogando, o educando direciona os esquemas mentais dos alunos para a realidade que os cerca, encaminhando-o para a compreensão e assimilação das questões analisadas pela Geografia. Como resultado, tais esquemas de ações, fundamentados necessariamente nas atividades lúdicas e inseridas no contexto do cotidiano escolar, concorrem, sobremaneira, para a expressão, a assimilação e as ações conscientes do processo de construção da realidade (conceituação).
Promover a interação do aluno com o espaço geográfico correlacionando teoria e realidade cotidiana deve ser um dos objetivos do educando ao inserir atividades lúdicas no ensino da Geografia. Neste caso é fundamental que a criança adquira a percepção do espaço, e, servindo-se do conjunto de atributos que se vinculam ao ensino lúdico, o processo de ensino e aprendizagem geográfica tornar-se-á muito mais significativo e prazeroso. Com vistas à presença dos jogos no Ensino de Geografia, consideram que:
[...] jogos de simulação são para a Geografia, e as ciências sociais em geral, como as experiências de laboratório para as ciências experimentais. O Geógrafo não consegue reproduzir no laboratório os fatos e fenômenos que estuda, reproduz recorrendo à simulação e ao jogo. Isto permite abordar com simplicidade certos temas de caráter complexo [...] sendo adequadas ao processo de ensinoaprendizagem [...]. (JIMÉNEZ E GAITE, 1995, p. 83)
Compreendendo os pressupostos básicos da Geografia, o aluno conseguirá estabelecer interrelações entre o conteúdo teórico presentes nos jogos e sua percepção do mundo. O ato de ler um jornal, de andar pelas ruas no trajeto casa-escola, o contato com diferentes culturas, a ação de pegar um mapa para se localizar espacialmente, de conhecer/entender as dinâmicas climáticas são formas de interação com a Geografia. O papel exercido pelas atividades lúdicas será de promover o encontro das diferentes formas de conhecimentos (cotidianos e científicos).
3 CONCLUSÃO
A realização deste trabalho foi pensada a partir da necessidade de estimular os alunos nas aulas de Geografia e a partir da observação em sala de aula, onde percebi que os educandos muitas vezes não se interessavam pelas aulas tradicionais e que era preciso inovar a metodologia de ensino. Embora já existam trabalhos publicados acerca desta temática, é preciso que haja incentivos a prática de atividades lúdicas no ensino, cabendo ao professor buscar sempre inovar nas suas aulas. 
Portanto, ainda é necessário por parte dos pesquisadores de educação, abordar esse e outros temas relacionados a metodologias de ensino, visando sempre buscar melhorias no campo educacional, utilizando esses recursos como meios de melhoria na compreensão dos conteúdos e formação escolar dos alunos.
REFERÊNCIAS 
ANTUNES, Celso. Inteligências múltiplas e seus jogos: introdução, v. 1. Petrópolis: Vozes, 2006.
BROTTO, F. O. Jogos cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. Santos-SP: Re-Novada, 1999.
GADOTTI, Moacir. A organização do trabalho na escola: alguns pressupostos. São Paulo: Ática, 1993.
 JIMENEZ, António; GAITE, Maria de Jesus, Enseñar Geografia: de la teoria a la práctica. Colección Espacios y Sociedades, n. 3, Madri: Editorial Síntesis, S.A., 1995. 
MENDONÇA, Francisco: Geografia física: ciência humana. Coleção Repensando a Geografia. São Paulo: Contexto, 2001. 
PASSINI, Elza Yasuko. Prática de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente . São Paulo : Martins Fontes, 1989.

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