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ESPECTRO ANTIBACTERIANO

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▪ ESPECTRO ANTIBACTERIANO 
 
Fator determinante para o surgimento de bactérias resistentes → Uso indiscriminado 
de antibiótico. 
 
→ Agentes Antibacterianos 
• Espectro Antibacteriano 
- Amplo espectro de ação é aquele antibiótico que vai conseguir eliminar várias 
espécies diferentes (abrangente em seu efeito), por exemplo, funciona para gram-
positiva e para gram-negativa. 
Vantagem: trata o paciente de forma empírica, ou seja, se eu não tenho certeza vou 
usar um antibiótico que atinge a maior variedade de espécies bacterianas. Usando o 
amplo espectro, maior é a chance de eliminar a infecção. 
Desvantagem: prejudicial/deprime a microbiota natural, pois é usado um antibiótico 
que elimina várias espécies. Assim, outros microorganismos podem tomar conta do 
sitio anatômico, originando diarreia, candidíase (na mulher). 
Ex: Paciente grave com quadro séptico é usado o amplo espectro (situação de 
emergência), não se deve esperar o resultado do antibiograma. 
- Espectro restrito é aquele que vai direto alvo. 
Ex: Infecção urinária em mulheres é causada principalmente pela bactéria Escherichia 
coli, pois a anatomia do anus é muito próxima da uretra. 
 
• Atividade Bacteriostática 
Antibiótico vai inibir a replicação (síntese proteica) da bactéria, mas ela continua viva. 
Se a bactéria para de fazer enzimas (fatores de virulência) o nosso sistema imune 
consegue atuar com mais eficiência. 
 
• Atividade Bactericida 
Antibiótico que destrói a bactéria. 
Obs: Não tem diferença nas atividades bacteriostática e bactericida, o que interessa é 
o antibiótico fazer efeito. Então, dependendo da espécie da bactéria eu vou escolher 
qual o antibiótico ideal. 
 
• Toxicidade Seletiva 
Parte do princípio da sua analise quanto médico. O antibiótico apresenta um nível de 
agressão (toxicidade) ao organismo, mas se ele for o melhor para a bactéria ele vai ser 
usado. É necessário analisar as condições que se encontra o paciente, por exemplo, se 
tem doença renal crônica, diabético. 
 
ATENÇÃO: Paciente chega grave com apendicite aguda, é necessário o uso de 
antibiótico. Antes de qualquer coisa é preciso pegar o material biológico do paciente, 
encaminhar para cultura, e tratar com o que você achar melhor naquela hora. Se não 
surgir efeito, o resultado do material sai e você tem como trocar o antibiótico. 
 
→ Antibiótico Ideal 
• Ação bactericida: possibilita a certeza de eliminação do microorganismo. 
• Espectro específico: usar o antibiótico de espectro menor possível, para evitar a 
eliminação de microbiota natural do paciente. 
• MIC: Concentração Inibitória Mínima, usar a menor quantidade possível da 
substancia que já é capaz de matar a bactéria. Estipulada na bula dos medicamentos. 
• Menos tóxico 
• Maior nível no local da infecção: dependendo do local tem situações que o 
antibiótico não consegue chegar muito rápido, por exemplo, em um lugar que tem 
muito pus. 
• Mais barato 
• Fatores do hospedeiro: para prescrever um antibiótico é necessário saber se o 
paciente tem alguma alergia, problema renal, imunodeprimido. 
ex: Penicilina, muitas pessoas desenvolvem alergia. 
 
→ Fatores Locais 
• Pus: fagócitos, restos de fibrina e proteína. Na situação de pus o antibiótico tem mais 
dificuldade de agir no local da infecção. 
• Hematomas infectados: acumulo de hemoglobina, gera dificuldade na ação do 
antibiótico. 
• Abscesso: ph baixo, bactérias gostam desse ambiente e o antibiótico perde sua ação. 
 
→Locais de Ação dos Antibióticos 
Existem antibióticos que agem destruindo a parede celular da bactéria, ou seja, ele vai 
destruir o peptideoglicano (substancia da estrutura da parede), esses antibióticos são 
chamados de betalactâmicos. Os betalactâmicos possuem um anel que é o principio 
ativo do medicamento, se destruir o anel o medicamento perde sua ação de excluir o 
peptideoglicano. O que acontece hoje é que tem muitas bactérias que produzem 
substancias chamadas betalactamases, que acabam por destruir o anel betalactâmico 
do antibiótico. 
Obs: os betalactâmicos são usados para bactérias gram-positiva e gram-negativa 
também. 
Obs: Vancomicina: antibiótico que destrói a parede celular e não serve para infecções 
de gram-negativa, pois ela é grande e fica entalada no poro da membrana externa, não 
atravessa a bactéria. 
 
• Membrana plasmática: é outro alvo que os antibióticos tem nas bactérias, começa a 
furar a membrana plasmática. 
• Síntese de proteína: existem antibióticos que agem no ribossomo da bactéria 
• DNA da bactéria: o antibiótico altera a transcrição, replicação e a bactéria não 
consegue contornar essa situação. 
• Metabolismo da bactéria: age entrando na via metabólica que a bactéria forma, com 
isso ela não consegue formar o acido fólico e acaba sendo destruída.

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