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▪ PARTICIPAÇÃO POPULAR DA COMUNIDADE NA SAÚDE Toda vez que a gente trabalha com participação da comunidade sabemos que ela faz parte do preceito constitucional, mas mais que isso é uma forma de estarmos buscando, ela deve ser uma proposta nossa, um incentivo da gente que a nossa população participe mais ativamente das questões relacionadas ao seu município, das questões relacionadas à saúde. Essa participação é direito de cidadania e faz parte da nossa Constituição, vem desde a nossa Constituição essa questão de todo poder emana do povo, vai exercer os seus representantes eleitos justamente de acordo com os termos da Constituição é através de quem eles escolhem a possibilidade deles também terem o direito de falar. Cabe a nós instigar a comunidade do seu direito de falar, de questionar, ou seja, de reivindicar e participar das ações. A participação da comunidade deve ser proposta, estimulada e garantida pelos dirigentes de saúde. A participação popular A participação popular compreende as múltiplas ações que diferentes forças sociais desenvolvem para influenciar a formulação, a execução, a fiscalização e a avaliação das políticas públicas e/ou dos serviços básicos na área social (por exemplo, saúde, habitação, transporte e saneamento básico). Essa participação deve ser pensada de maneira coletiva. A participação popular se dá de várias formas: participação individual que é aquela pessoa que vai para a briga e que reclama, participação coletiva quando se junta um grupo social, um grupo de pessoas que possam entrar em discussão, participação eventual que é do momento, as pessoas numa situação especifica se unem e vão discutir um assunto e depois daquilo passou, não continuam, a participação organizada que é a soma de forças, organização, divisão do trabalho, etc., como por exemplo a associação de moradores, a participação em organização (subsidiar as ações de um grupo que tem objetivos em comum e a participação em processos eleitorais que envolve eleitor, candidato ou militante partidário. Uma das formas de participação popular mais utilizada é a do mutirão, geralmente quando tem um evento de mutirão ele acontece por uma situação especifica e por conta dela aquelas pessoas reúnem para aquela atividade e temos que pensar que as vezes a comunidade em que você trabalha pode vir a acontecer situação que exiga. Legislação A participação popular encontra respaldo legal desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz que a vontade do povo será a base da autoridade do governo. No Brasil, no setor da saúde, a primeira proposta institucional que incorporou a participação popular nos colegiados de gestão foi a Resolução nº 6, de 3 de maio de 1984. Essa resolução aprova as Ações Integradas de Saúde ou AIS e o documento de Normas Gerais Aplicáveis às AIS. As AIS propunham como instâncias de planejamento e gestão a Comissão Interministerial de Planejamento ou CIPLAN, as Comissões Interinstitucionais de Saúde (CIS), as Comissões Regionais Interinstitucionais de Saúde (CRIS) e as Comissões Locais e/ou Municipais de Saúde (CLIS ou CIMS). As duas últimas previam a participação de entidades representativas da população local. Com a criação do SUS, a saúde emerge como questão de cidadania e a participação política, como condição de saúde exercício. Os Conselhos de Saúde surgiram dessa estrutura legal como instituições responsáveis por capacitar a participação dos cidadãos na gestão da saúde. A garantia legal de participação popular fica clara só com a Constituição de 88, no artigo primeiro, no qual se estabelece um Estado Democrático de Direito, e principalmente no primeiro parágrafo que diz que o poder emana do povo que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. No ano de 1990, a Lei nº 8142, 8 que dispõe, e sobre a participação da comunidade na gestão do SUS, garante a criação dos conselhos de saúde e das conferências de saúde, com participação paritária de usuários, trabalhadores e gestores. Em 92, a Resolução 33 do Conselho Nacional de Saúde aprovou as Recomendações para a constituição dos Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde que precisam ser atuantes. A Norma Operacional Básica de 1996 ou NOB-96 torna realidade a institucionalização da participação popular, pois determina a criação e o funcionamento de conselhos conforme as determinações legais como pré-requisitos para o repasse de recursos financeiros para as Secretárias de Saúde Municipais e Estaduais. É importante ter Conselhos Distritais para territórios onde se tem uma distância geográfica considerável, assim constituíram núcleos para atuar em cada distrito. A lei 8142, pela primeira vez, institucionaliza a participação da população nas políticas de saúde nas três esferas, municipal, estadual e federal por meio da participação nos Conselhos de Saúde formados por 25% de gestores, 25% de trabalhadores do SUS e 50% por usuários do sistema, e nas conferências de saúde. As conferências devem acontecer de 4 em 4 anos nas três esferas e podem ser realizadas conferências temáticas entre elas.
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